domingo, agosto 31

Empate na Luz

Foi um bom jogo aquele a que assistimos na Luz.
Entrada mais forte do clube que jogava em casa, mas rapidamente voltou tudo ao equilibrio com um Sporting a jogar bastante personalizado a jogar na Luz. A discutir a posse de bola, pressão alta, número de cantos, o que mostrou um Sporting que foi efectivamente lutar pelo resultado na Luz.

Muito se tem falado nas saidas do Benfica, mas para mim, talvez um pouco exageradamente. No ano passado o clube da Luz tinha 4 jogadores de nivel mundial (e um deles ficou logo arrumado em Outubro com uma lesão de 6 meses) na minha opinião. Com a saida de Garay, este ano conta com 3 e isso quer queiramos quer não, ainda se nota principalmente em jogos como este. Enzo, Gaitán e Salvio estiveram sempre a um nivel muito superior de todos os outros. E enquanto permanecerem no clube, este Benfica vai ser sempre uma equipa bastante forte.

O Sporting, apesar das tremidelas naqueles 15 minutos da segunda parte, esteve quase sempre bem neste jogo. Estava com receio de ver as estreias de Sarr e Esgaio nestes ambientes. O francês acabou de chegar e o defesa direito ainda não tinha tido um teste a este nivel. Ambos estiveram muito bem e o Sporting acabou por fraquejar talvez nas suas unidades mais experientes (Mauricio, Adrien, André Martins). Continua a faltar o melhor Nani, mas já temos Slimani e com isso ganhamos outro poder ofensivo que não tivemos nos outros dois jogos.

Apartir de agora, vai ter que ser sempre a ganhar, até chegarmos á sexta jornada onde vamos receber o Porto. Jogo importantíssimo para nós, pois já estamos a quatro pontos do primeiro lugar.

Benfica vence dérbi.

Dérbi morno, onde o Benfica foi superior e teve mais e melhores oportunidades de golo. Artur voltou a mostrar todas as debilidades (que têm anos) e a equipa sofreu desnecessariamente. Gostei do Talisca novamente (ainda lhe falta alguma coisa), do Maxi e do Luisão.

O Sporting conseguiu sobreviver na segunda parte e no fim acabou por cima, sem saber muito bem como. Felizmente para o Benfica, o suspeito do costume entrou já depois do jogo ter terminado e resolveu a coisa com mais um golo e mais três pontos para os encarnados.

quinta-feira, agosto 28

Sorteio Champions

 - Sporting com Chelsea, Schalke e Maribor. Nada mau. Com algum jeito até passamos o grupo. A Liga Europa é obrigação.

- Benfica com Zenit, Leverkusen e Monaco. Muito equilíbrio. Nenhum favorito óbvio.

- Porto com Shakthar, Bilbao e Bate Borisov. O mais sortudo. Mas duas equipas espanholas no mesmo grupo? Achei que não era permitido...

terça-feira, agosto 26

Brahimi & Jackson: Milhões de Festa em jogo de cêntimos

Nas contas do defeso, não se enganaram os 'olheiros' de coração azul e branco. Brahimi sempre lhes pareceu como o algodão, assim como Jackson, e a sua permanência, sempre foram exigidas à SAD portista como fundamentais para a 'ilusión' que a nova época lhes podia, ou não, criar. Pois bem! num dos momentos mais fundamentais da época para o FC Porto, foram estas duas certezas dos adeptos que ofereceram aos portistas a 19.ª presença na Champions, número que permite aos dragões igualar Real Madrid e Manchester United no número de participações na prova rainha do futebol europeu. No entanto, até se chegar aos dois momentos mais importantes do jogo (leia-se golos - Brahimi, aos 49', e Jackson, aos 69'), o 'Lopi Team' demonstrou cuidado a mais para aquilo que o Lille merecia. O grau de exigência que os gauleses trouxeram ao Dragão nunca revelou a necessidade de um meio-campo reforçado (aquele que, de resto, já é imagem de marca deste Porto: Casemiro; Rúben Neves e Herrera), e de um futebol tão curto de ideias. Assim, lembre-se que o técnico basco tinha avisado que os dragões teriam que ser perfeitos (99,9% não chegava) para passar a eliminatória. Mas perfeito, perfeito... só mesmo um resultado criado sem quaisquer outras chances de golo. 

Não foi, assim, o adversário a refrear os ânimos atacantes dos dragões nesta nova aventura pela Europa do futebol. Foi sim, apostamos, o elevado grau de exigência que a obrigatoriedade de participar na Champions League implicou para uma equipa com tão pouco tempo para administrar uma ideia de jogo tão complexa. O FC Porto quer-se 'mandão' e prota
gonista, mas a sua rotina ainda 'só' chega para mostrar uma organização defensiva irrepreensível e uma intenção de toque curto, com um posicionamento que lhe permite, até agora, controlar os seus jogos. Contra um Lille um 'nada' mais atrevido que na 'ida', Casemiro, Rúben Neves e Herrera (com Óliver e Brahimi das alas para dentro) foram defensivos e cautelosos em demasia para um Porto com qualidade para resolver a questão bem mais cedo. Assim sendo, o Dragão teve de esperar por um momento de génio do seu novo ídolo - Brahimi - para chegar à baliza de Eneyama. Já na segunda metade, foi através de um livre (porque este 'miolo' não liga com o último terço) que o argelino ofereceu o primeiro sopro de alívio a um Estádio que na ultima época não viu nenhuma vitória europeia. Mas não só. O golo do 'Tio Brahinhas' pôde dar a segurança que faltava a um conjunto que geriu com pinças, e passes de risco, uma vantagem que nunca seria segura para corações tão sôfregos.

Enquanto isso, Ricardo Quaresma ia também sofrendo com o paradigma do seu novo técnico - Lopetegui teve decerto pesadelos com as sucessivas perdas de bola do Mustang (e de Quintero) - e o máximo de relva que este lhe ofereceu... foi a zona reservada ao aquecimento. Uma polémica que, diga-se, nunca sairá do controle de 'Lopi' enquanto a equipa conseguir um grau de eficácia como o desta terça-feira. É que mesmo sem criar chances de golo, basta um erro de posicionamento adversário para o talento de Brahimi (não esquecendo que Óliver fez um jogo que merecia o centro do campo) encontrar as redes ou criar um 'duo' que tem tudo para ficar nas melhores memórias portistas. Com Jackson, que é certo e sabido, não perdoa, o argelino coroou-se 'man of the match' enquanto os dragões transformaram os cêntimos que levaram para esta partida em milhões fundamentais para a nova época.

FC Porto-Lille, 2-0 (Brahimi 49' e Jackson 69')

Foto: UEFA

segunda-feira, agosto 25

Nunca mais faço zapping em dia de jogo.


A partir dos 5:22. Simplesmente inacreditável. Só não lhe chamo grandessíssimo fanático dos popós porque as coisas andam tão perigosas que ainda me põem um processo qualquer em cima. A lata desta gente. A máquina está ligada, a propaganda está mais declarada do que nunca e os gorilas avançam sem medo porque ninguém lhes dá uma chumbada na tola. Estes artistas estão na primeira linha da destruição do futebol português. Simplesmente ultrajante e descarado.

E aquele banana do Benfica está ali a fazer o quê? Que coisa tão imbecil. O do Sporting compõe o ramalhete. Chiça, que vergonha do alheio.

domingo, agosto 24

Sinteticamente, uma pobreza.

Tinha algumas expectativas para este jogo no Bessa. A equipa do Benfica mostrou qualidade na primeira jornada, Enzo poderia ser opção e o adversário era fraco. Pensei que pudesse haver continuidade mas rapidamente tirei o cavalinho da chuva.

Talisca aparecia recuado e Amorim sem sal, Sálvio e Gaitán disinspirados, Lima um zero absoluto. Sobrava Maxi para dar alguma rapidez (e talvez o melhor jogador em campo), Luisão com extremo acerto, e Eliseu a subir de forma.

Sobre o lateral, já aqui o escrevi: vai meter Siqueira num chinelo, precisando apenas de melhorar fisicamente para não ter que recorrer à falta tantas vezes e para que possa apoiar mais o ataque. Boa contratação, sem dúvida.

Talisca fez uma primeira parte razoável mas, como a equipa toda, uma segunda apenas sofrível. Mas continuo a achar que deve ser aposta.

O Boavista não joga futebol. Limita-se a ocupar os espaços e a dar biqueiros na bola. A forma como o Benfica também (não) jogou acabou por beneficiar os axadrezados que, tipo râguebi, iam ganhando terreno, lançamentos, cantos, sem saber muito bem como.

Três pontos conquistados mas uma exibição muito fraca dos encarnados. Mas, sabendo que esta fase da época é a mais complicada, digamos que o importante foi mesmo o resultado.

A arbitragem , sem ser medonha, teve vários erros. Sempre a apitar, sempre a quebrar o ritmo do jogo. Já fez bem melhor, este Marco Ferreira. Contudo, nos lances capitais, acertou sempre.

Uma vitória que não convence, mas que nos pôs no caminho certo

Ponho-me a imaginar no que seria ir á Luz com 4 pontos de atraso, sob o risco de ficar a 7. O que seria "apenas" a mesma distância pontual que tinhamos para o primeiro classificado quando o campeonato passado acabou. Só que claro,com a pequena diferença, que ainda estamos á terceira jornada....

Este Sporting de Marco Silva ainda não arrancou. E talvez o jogo na Luz possa ser o momento certo para o fazer. Mas o certo é que o jogo da equipa neste momento é previsivel, molengão, sem grandes rasgos individuais, não pressiona a defender, a atacar parece estar á espera que o golo caia do céu. E aqui não sei se a vinda de Nani deu a mensagem certa para o plantel.
Eu acho que o pior de tudo é que todas as boas notas que tinhamos tirado da pré-temporada, parecem já não estar lá. André Martins voltou á letargia da época passada, Rossell parece jogar a medo, Montero continua na sua sequia inexplicável. Talvez este tipo de jogo peça mesmo Slimani ou então porque não Tanaka? O colombiano está a precisar de uma terapia de confiança

Notas Positivas: Adrien (parece decidido a sair da mediania); Mané (que satisfação é ver este jogador no plantel e a entrar para resolver. Pela quase generalidade da mentalidade tuga, estaria a evoluir numa B ou teria sido já emprestado a um clube pomposo lá no estrangeiro); o ambiente em Alvalade (por enquanto em sintonia total com a equipa)

Notas Negativas: Nani ( apesar do óbvio extra de qualidade que veio trazer, não pode começar logo a ser ele a marcar livres, penalties, a amuar quando é substituido. Havia uma equipa montada e pensada, antes de ele chegar); André Martins e Montero pelos motivos que já expus.

Para a Luz, vou confiante apesar de tudo. Algo temeroso pelo baptismo de Sarr e Esgaio nestas andanças, mas optimista que nestes jogos lá na frente possa haver mais inspiração para resolver jogos.

quarta-feira, agosto 20

Pavilhão da Realidade

Que se saiba, tirando os 'esforços' de Herman José com as rabúlas da 'Expo 97' (Herman Enciclopédia), nunca houve nada parecido à Expo '98 na Invicta. Por consequência, pavilhões como o da Utopia, ou o da Realidade Virtual, nunca dariam para fazer analogias ao primeiro jogo europeu dos dragões sob o comando de Julen Lopetegui. Mas, depois da polémica que antecedeu o Lille-Porto, a cobertura do Pierre-Mauroy fechou mesmo e transformou a casa do adversário dos dragões num inédito Pavilhão da Realidade. Lá, puderam ser revisitados conceitos já conhecidos mas com algumas inclusões (ou exclusões...) surpreendentes. Que dizer do afastamento de Quaresma do 'onze', do golo do improvável Herrera, de nova vitória fora-de-portas (desta vez em França e a doer) e do comportamento defensivo quase irrepreensível de uma equipa que à meia-hora conseguiu... 70% de posse-de-bola? E esta parece ser a Realidade de um colectivo que quer estar preparada para tudo.

Claro que tudo isto teve um preço que transportou para a realidade dos espectadores e tele-espectadores que este FC Porto é, claramente, um produto inacabado. Talvez a relva seca e a tentativa de sufocar o 'paradigma' azul e branco tivessem ajudado, mas a verdade é que os cinco médios que Lopetegui juntou (Casemiro; Rúben Neves, Herrera, Óliver e Brahimi - estes últimos ocupavam as faixas) tiveram demasiados problemas em se ligar a Jackson e, por consequência, em criar lances que aproveitassem a desmesurada percentagem de 'posse' que o FC Porto conseguiu na meia-hora inicial. Mas se a máxima reza que as equipas se constroem a partir de trás, os portistas podem estar descansados. É que foi, quase sempre, exemplar a forma como o 'Lopi Team' fechou os caminhos a uma equipa que só procurou o resultado a partir da meia-hora já referida.

Aí, momento determinante para se avaliar a coesão do novo dragão. E se já com Vítor Pereira (com Paulo Fonseca escusa-se o mesmo exercício) se conheciam dificuldades em assumir os jogos fora-de-portas em jogos europeus com grau de dificuldade elevada (City, PSG, Málaga), a pressão gaulesa foi determinante para que se veja, e reveja (porque não?) que o Porto tem ainda muito trabalho na sua organização ofensiva. Por outro lado, o comportamento zonal da linha defensiva só por uma vez assustou (Corchia 45'). Mas quem estiver interessado na relação casa/fora de um Porto (que se quer) Europeu, pode também reter que na segunda metade a tentativa de 'ser protagonista' se manteve - apesar da 'posse' ir baixando à medida que a velocidade defensiva do Lille aumentava -, mas que para se criar um Porto totalmente imponente vai ser preciso mais tempo. Claro que, no meio disso, o mais importante: Rúben Neves ainda é aposta e serviu mesmo, tanto para ser o mais esclarecido dos dragões em campo, como para oferecer de bandeja uma inédita corrida até à linha que haveria de dar o triunfo aos dragões. Tello entrou (Brahimi 60') e mostrou outro caminho, Jackson não conseguiu bater Enyeama, mas Herrera (que precisa, à vontade, de 100 remates para fazer um golo) conseguiu aproveitar o facto da baliza ter ficado escancarada e colocar o FC Porto a sonhar (mais ainda) com a Europa. Isso, e fazer recuar uma equipa que até aí se tinha mostrado sempre mais 'mandona'. Mas, depois disso e até ao fim, a filosofia de Lopetegui teve de dar lugar à (excelente) organização defensiva e à (escusada) repetição de chutões para Tello. Algo a rever para Paços-de-Ferreira e para a segunda-mão deste 'playoff' que se joga na próxima terça-feira no Estádio do Dragão.

Lille-FC Porto, 0-1 (Herrera 61')

Foto: Getty Images

terça-feira, agosto 19

Populismo, meus senhores!!!

Estava ali mesmo perto do estádio, quando resolvi por lá passar numa mais de "morder" o ambiente e ver afinal de contas quem é que treina, quem não treina, como se joga, como MS prepara esta equipa para o jogo de sábado e talvez dar a minha contribuição para a Missão Pavilhão.

E foi mesmo chegar lá perto para logo me aperceber que algo de diferente se estava a passar. Algum pessoal já a fazer filas para comprar bilhete para o próximo jogo de sábado, Loja Verde completamente cheia, várias pessoas em passo acelerado para entrar depressa no estádio, falta de lugares para se sentar, laterais e superior a terem que ser abertas etc etc etc.

Do treino em si, não sairam grandes ilações. Miguel Lopes por lá andava, bons pormenores do puto argentino da esquerda, muitos passes e trocas de bolas, pouco golos e poucos destaques individuais para o dia de hoje.

Mas o melhor estava para vir. O pessoal a agradecer no fim e BdC a pedir o microfone.
Primeiro, comecou por agradecer a presença de tantos adeptos. E logo começou a dizer que ainda tinha mais 2 coisas para dizer.
A segunda delas, era aquela que todos os sportinguistas estavam á espera: Nani está de volta a Alvalade!
Foi como se marcasse um golo em Alvalade. Na verdade, não me lembro de ver tanta manifestação positiva dentro de um estádio que não estivesse relacionado com um golo.
Por fim, lança outra noticia que deixou os sportinguistas ainda mais orgulhosos do seu clube: 9 milhões para o pavilhão. Alegria total!

Por fim, ao ver o pessoal sair, pensei cá para mim. Pode ter sido puro populismo, mas soube muito, muito bem.
:-)

segunda-feira, agosto 18

Um bom começo

Vou esperar a crónica/análise ao jogo para quem sabe escrever (despacha-te lá Marco) e vou-me limitar a partilhar uma fotografia tirada in loco, que imortaliza o pontapé de saída desta nova edição da liga e meia dúzia de linhas sobre este novo Porto.


Boas indicações deste Porto com sotaque castelhano. Lopetegui muito bem na escolha do 11 inicial, principalmente pela coragem em colocar um miúdo a titular e bem na forma como foi lendo o jogo e mexeu na equipa. Nota-se uma preocupação clara em sair com a bola controlada e evitar o jogo directo, mesmo que às vezes seja enervante, principalmente nos pontapés de baliza, acredito nesta forma de jogar e nas vantagens que existem em começar a construir cedo e em chamar o adversário para pressionar em zonas tão adiantadas. Outro factor evidente é a qualidade técnica destes meninos. O controlo de bola e a qualidade de passe são muito bons. Oliver é uma peça fundamental nesta equipa, pela forma como faz circular a bola e descongestiona o jogo e Brahimi é um desequilibrador. Uma nota final para Ruben Neves que fez história aos 17 anos.

Benfica entra com o pé direito.

Primeira jornada com uma boa vitória do Benfica sobre um Paços de Ferreira bem organizado e perigoso. Os encarnados estiveram em bom plano e produziram um futebol com alguma qualidade, sendo que os dois golos nascem de excelentes combinações e finalizações.

O reforço Talisca parece-me bastante interessante, com um bom toque de bola e boa capacidade de a transportar. Contudo, parece ainda algo distante da mecânica da equipa. Já a lateral esquerda parece bem entregue a um Eliseu que vai fazer esquecer Siqueira num instante.

Jara entrou bem, e confesso que gosto do seu estilo. Tem algumas dificuldades na altura de decidir mas, parece-me, será um elemento importante durante a época. Teve alguns momentos bons.

De resto, destaque especial para Artur que, com mais um penálti defendido, mostrou que quer continuar a ser o número um. Maxi em grande, assim como Sálvio e Gaitán. O extremo-direito é uma seta apontada à baliza adversária. Com Markovic havia uma maior subtileza no toque e no passe, assim como uma maior predisposição para caminhos mais interiores, mas o argentino arrasta sempre consigo pelo menos dois jogadores e, normalmente, as suas acções resultam em jogadas de perigo. Bom jogo também de Amorim, Jardel e Luisão.

A vitória foi tranquila mas o plantel parece curto para uma época que se deseja bem recheada de jogos. Contudo, o objectivo principal, mais uma vez, é a conquista do campeonato nacional e, pelo menos para isso, parece que estamos relativamente bem servidos.

É muito importante garantir Enzo e um avançado goleador, entretanto, pois Lima não consegue desempenhar esse papel.

A arbitragem foi medonha.

quarta-feira, agosto 13

FC Porto - versão 2014/15

Não há dúvidas que o FCP é a equipa que mais está a apostar neste defeso e a quem se vai exigir mais para esta nova temporada. É verdade que o Sporting também vai querer mostrar que o ano que passou foi o regresso de um SCP competitivo e a lutar pelo título e o SLB vai querer defender os troféus da época passada, mesmo depois de ver jogadores-chave sair. Mas voltando ao que me interessa mesmo... o FCP. O plantel ainda não está fechado, mas avanço com uma primeira análise daquilo que me parece ser um grupo mais equilibrado, quando comparado com o ano anterior.

Guarda-Redes - Fabiano, Andrés Fernandez e Ricardo (Helton dificilmente contará)

Não tenho grandes comentários neste sector. Parece-me que o Fabiano será o titular da baliza do FCP e só se enterrar muito ou tiver problemas físicos será substituído pelo Espanhol.

Defesa - Danilo, Opare, Maicon, Diego Reyes, Martins Indi, Marcano, Alex Sandro e José Angel

Uma das grandes lacunas da época passada parece ter sido endereçada, com a contratação de alternativas aos laterais, mas o principal problema da defesa tem sido as constantes falhas de concentração e erros infantis. Qualidade existe, tem é que haver a calma e a confiança necessária para jogar simples e não perder bolas de forma estúpida.

Meio-Campo - Ruben Neves, Casemiro, Herrera, Carlos Eduardo, Oliver, Brahimi, Quintero e Evandro

Um sector renovado e cheio de qualidade. Permanecem grandes dúvidas em relação a quem irá desempenhar o papel de médio defensivo, vulgo trinco, mas a forma como a equipa se vai posicionar em campo, tentando recuperar a bola mais à frente, vai determinar o perfil deste elemento. Com a saída de Defour e provável dispensa de Carlos Eduardo (claramente sem espaço) é possível que entre um médio de características defensivas.

Ataque - Jackson, Adrian, Quaresma, Sami, Tello, Kelvin e Ricardo Pereira

A dinâmica do novo sistema de jogo com os extremos a virem mais para dentro e a aparecerem mais na área para finalizar irá com certeza mostrar e exigir mais dos homens que irão jogar no apoio a Jackson. O colombiano não tem um substituto à altura e esta poderá ser a maior lacuna do plantel, porque tanto Adrian como Sami, apesar de poderem fazer o lugar não chegam perto de Jackson.

Parto com grandes expectativas para esta nova época, não só pelos nomes novos, como pelo estilo de posse e carrossel que Lopetegui está a implementar. Na 6ª feira lá estarei no Dragão para ver in loco este Porto com sotaque castelhano.

Uma nota final para lembrar os que vão embora ou não contam, pelas mais variadas razões e que ajudaram desportivamente e/ou financeiramente esta equipa nos anos que passaram: Fernando, Mangala, Rolando, Varela, Defour, Iturbe e Castro, obrigado e boa sorte.

terça-feira, agosto 12

Moniz Pereira.

Moniz Pereira, na RTP2. Simplesmente divinal. Que maravilha de senhor. Vejam, andem com aquela coisa para trás, que grava tudo, e vejam.

sexta-feira, agosto 8

O mito do “Milagre Financeiro” do Benfica-parte II



No post anterior, relativo a este tema, falou-se dos Proveitos Operacionais excluindo os Resultados com Transacções de jogadores, passamos agora para os Custos Operacionais (estão igualmente excluídos os Resultados com Transacções de Jogadores). Este ainda não será o último post sobre este assunto (nem penúltimo).

Tal como no post anterior, é preciso ter em conta que os resultados da Benfica Estádio apenas começaram a ser englobados a partir do 2º semestre de 2009/10, o que tem especial influência na rubrica de Amortizações e e menor medida nos Fornecimentos e Serviços de Terceiros.

Com a observação do quadro seguinte e se o formos comparar com o do post anterior, percebe-se que apenas num dos anos (2011/12) os Custos não foram superiores aos Proveitos (7,6 milhões de lucro). De qualquer forma o saldo total é de -16,4 Milhões. Uma média de prejuízo de 3,28 Milhões/ano (recordo que estou a excluir os Resultados com Transações de jogadores).



Custos Operacionais (3)     2008/09      2009/10    2010/11      2011/12     2012/13
Fornecimentos e serviços de terceiros -17 693 -21 188 -22 921 -23 683 -26 633
Custos com o pessoal -37 129 -38 263 -42 343 -48 130 -50 431
Amortizações -1 805 -5 265 -9 231 -8 855 -8 932
Provisões e perdas de imparidade -638 -2 192 -5 718 -891 -2 076
Outros custos operacionais -2 653 -5 606 -3 182 -2 004 -4 552
Total Custos Operacionais -59 918 -72 514 -83 395 -83 563 -92 624




A primeira rubrica a analisar é a de Fornecimentos e Serviços de Terceiros. Nos Relatórios e Contas é possível obter mais detalhe, no entanto este meio não é o mais apropriado para os exibir. Na variação existente do primeiro para o 2º ano o Relatório justifica com o Empréstimo de Keirrison, viagens para as competições Europeias e Custos de Comissões de Bilhética.

A variação entre o 2º e o 3º ano prende-se principalmente a integração da Benfica Estádio nos resultados da Benfica SAD durante todo o ano fiscal e não apenas metade.

Entre o 3º e o 4º ano, apesar de se verificar a redução assinalável de custos nalguns itens (de 3,7 Milhões para 2,9 em Trabalhos Especializados, de 1,36 Milhões para 1 Milhão em Subcontratos e de 1,89 para 1,20 em Outros Fornecimentos e Serviços) os custos aumentaram devido principalmente aos Honorários (1,29 para 1,94 “influenciada pela distribuição de prémios variáveis à estrutura de apoio à equipa de futebol profissional“), Equipamento Desportivo (1,30 para 1,94 “os quais não tem impacto líquido no resultado do exercício, dado que o custo é compensado pelo proveito registado na rubrica de patrocínios, conforme estipulado no contrato celebrado entre a Benfica SAD e a Adidas“); Comissões (0,76 para 1,07); Acordos e Protocolos (0,01 para 0,30).

No último ano em análise houve um aumento significativo dos custos com os Fornecimentos e Serviços de Terceiros que gostava de perceber. Analisando item a item vê-se que nos Trabalhos Especializados assistiu-se a um incremento de 2,9 Milhões para 4,5! Uma variação de 54% que não aparece justificada!

Outro custo importante refere-se a Deslocações e Estadias (de 2,1 para 2,8 Milhões, 33%). Aqui a explicação (aumento de jogos das Competições Europeias) não tem muita lógica, pois apenas se fez mais 1 jogo: houve o mesmo número de jogos em casa e fora e apenas houve a deslocação extra a campo neutro na Final. Se alguém conseguir explicar, agradeço.

Outro aumento significativo, sobretudo percentualmente, é o da Publicidade e Propaganda (de 554 mil para 833 mil, ou seja 59%). Não sei a que se deve o aumento, nem se teve o efeito desejado, mas seria interessante saber.

Passando aos Custos com o Pessoal, o principal responsável pelos custos da SAD, dá para perceber que a gestão tem sido irresponsável. Não se pode passar de 37 Milhões para 50 Milhões em 5 anos, sobretudo em anos de crise económica. Pior é perceber que é uma linha crescente e que em nenhum ano se reduziu! Dos 392 Milhões de Custos Operacionais, esta rubrica é responsável por 216 Milhões (55%). É preciso ter menos jogadores e mais baratos.

Em relação às Amortizações não há muito a dizer, relacionam-se principalmente com o Estádio e com o Caixa Futebol Campus.

Provisões e Perdas de Imparidade
O grosso do valor relaciona-se com Provisões para Clientes de Cobrança duvidosa. Vendo a evolução do Balanço (não confundir com valor anual da Demonstração de Resultados) verifica-se que o total de provisões era em 2009/2010 era de 3,6 Milhões e em 2012/13 o valor é de 11,2 Milhões! Daquilo que conheço dos processos de transferências de jogadores (só o que sai nos jornais), normalmente são exigidas Garantias Bancárias aos compradores portanto, partindo do princípio que grande parte deste valor refere-se à venda de jogadores, não percebo como é que se chegou a esta situação. Para acrescentar alguma coisa digo apenas que parte do valor provisionado refere-se à venda do Roberto. Na melhor das hipóteses apenas vislumbro uma gestão irresponsável da Direcção do Benfica, ao não acautelar as suas Vendas. 

Outros Custos Operacionais
Esta rubrica que inclui “Impostos” e “Outros Custos Operacionais” tem valores bastante irregulares e os comentários existentes nos vários R&C são genéricos o suficiente para não se perceber a origem detalhada dos custos. Ponho o exemplo de 2012/13, que ainda assim nos dá um valor:
A rubrica de imposto engloba os encargos com os impostos directos, indirectos e taxas, incluindo no período corrente um valor de 970.072 euros referente a um processo fiscal relacionado com IMI, conforme referido na nota anterior.
Os outros gastos e perdas operacionais incluem as indemnizações acordadas relativas a processos judiciais ou relacionadas com a actividade e os pagamentos efectuados referentes a réditos do Totobola dos Clubes/SAD’s que não aderiram ao processo de dação das receitas do Totobola. A variação face ao período homólogo explica-se essencialmente por regularizações de operações correntes de anos anteriores.