sexta-feira, julho 31

Um adeus eterno!!!

Não o deixaram ser campeão em Alvalade, mas sempre foi uma figura que creio ter deixado saudades nos sitios por onde passou.
Com uma maneira singular de ver estar no futebol, sempre bem humorado, marcou o nosso futebol e principalmente os flash interviews e as conferências de imprensa com o seu english-portuguese!!!
Até sempre, Sir Bobby Robson!!!

quinta-feira, julho 30

Equívocos

O Sporting prossegue num caminho de equívocos esta temporada.

- Começando na ala esquerda: Caneira não é lateral, é central. Toda a carreira, por vicissitudes várias, tem ocupado o lugar de lateral, mas as lacunas dele nessa posição estão lá e acentuam-se à medida que os anos passam. O melhor que lhe vi fazer no Sporting foi quando jogou ao lado de Polga no eixo da defesa.

- Na ala direita, Pedro Silva provou novamente que não é jogador para o Sporting. Fez um jogo demasiado mau. Abel, também não atravessa grande momento, mas é melhor. Pergunto-me se ninguém na estrutura se apercebe da deficiente qualidade das laterais...

- Para compensar a nulidade nas laterais, novo equívoco. O médio em melhor forma é recorrentemente atirado para defesa esquerdo. Veloso conseguiu, ainda assim, e apesar de contrariado, ser o melhor jogador tanto a médio como a lateral esquerdo.

- Vukcevic a interior esquerdo tem sido um desastre. Não tem a rotina do lugar e também não parece muito preocupado em arranjá-la. Não consigo compreender os cânticos de apoio que lhe foram dirigidos no momento da substituição quando a atitude dele deixou muito a desejar. Quando regressar Izmailov vai ver o que é bom...

- Moutinho persiste como marcador de penalties. Não vale a pena continuar a bater no ceguinho. Mas há parvoíces que podem custar 6 milhões de euros.

Nem tudo está mal ou sequer perdido. O Twente não é nenhum papão e o Sporting tem condições de ir lá ganhar a eliminatória. A jogar em casa espera-se que assumam as despesas do jogo e certamente cometerão erros. Mas este Sporting ainda não convence ninguém.

terça-feira, julho 28

Recomeçar a festa

O meu 11 para o ínicio do assalto à Champions, do que vi da pré-época:

Patrício, Abel, Polga, Carriço, Caneira, Veloso, Rochemback, Moutinho, Vukcevic, Liedson e Postiga.

Colocaria Roca a interior direito e reservaria Matías no banco. O entrosamento é nesta fase, o melhor trunfo. Mas, como sempre, confio em Paulo Bento.

sexta-feira, julho 24

O Benfica e a ferrugem, o Sporting e o Caicedo e o Porto e o Lisandro

Mais uma vez os três grandes jogaram, mais uma vez a pré-época nos pôde induzir em erro acerca da temporada que se segue, ou não.

A seguir o jogo da Luz, atordoado pelos comentários de José Carlos Soares (JSC), apercebo-me que o Benfica ainda tem muito trabalho para atingir um nível que possa satisfazer a sua massa adepta. Com bola, principalmente, o Benfica demonstra ainda movimentos muito enferrujados. Este é um sintoma que pode ser grave se os jogadores se revelarem inadequados a um jogo que Jorge Jesus (Jota Jota para JCS) quer imprimir no Benfica. Contudo, as chegadas de Ramires, que me parece mais talhado, e de Javi Garcia podem ser o anti-ferrugem do SLB. Nos pontos positivos, obviamente, a dupla Saviola-Cardozo. Tem golo, só isso chega. A pressão, já aqui comentada, aquando da perda da bola também é um dos pontos positivos deste novo Benfica. O torneio de Amsterdão irá-nos ajudar a auferir, mais ao certo, o que poderão esperar os benfiquistas para esta nova época.

O Sporting já tem avançado. Caicedo é um nome que vai fazer as delícias dos jornalistas (não é Jean Paul?), mas para já demorou a cair em Alvalade. Agora, o mais dificil: provar que é melhor que Derlei. Enquanto esperava pelo seu novo avançado, o Sporting empatou a duas bolas com o Guimarães. Diz quem viu que Matigol mostrou pormenores e que os golos que o Sporting consentiu foram estúpidos.

Num jogo absolutamente secante, o Porto venceu o Dinamo de Bucareste por 1-0. Os mais optimistas já auguram uma época de sonho a Varela, o que na minha opinião se afigura muito difícil. O ex-Estrela tem lutado bastante e demonstrado ambição suficiente para se manter no plantel mas convém não esquecer que a chegada de Rodriguez tapar-lhe-à o lugar. Não porque haja lugares cativos no onze, mas porque Cebola pela época que fez, parte, obviamente, à frente na corrida. Ainda assim, bom golo do Drogba da Caparica. Do jogo em si, regista-se que o Porto continua entrosado e mantém o mesmo sistema, que Belluschi se esconde muito do jogo (única característica comum com Lucho) e que Valeri pode vir a ser opção. Por último, Hulk a ponta de lança é um desperdício.

Uma coisa é certa, algo vai mudar no Porto. Não continuando Hulk a ponta de lança, terá que entrar Farías ou Falcao, e aí o tipo de jogo muda. São dois jogadores que, basicamente, só jogam na área. Poderá fazer sentido a opção Varela no meio? Mas se assim for para quê Falcao? Que sentido fará deixar os dois pontas de raíz no banco? Por isto e por muito mais: Ai Lisandro... que me vai custar tanto ver-te jogar contra o nosso Porto.

quinta-feira, julho 23

Umas vezes, queixam-se....

....outras vezes, batem palmas.
Incrível como se decide dar um título do que quer que seja a um clube que teve em alguns dos seu sócios e associados uma horde de bárbaros cuja única intenção foi acabar com um jogo onde só tinham a perder.
Mais ainda, tenta-se repetir o jogo no mesmo local, desta vez sem público, e a resposta institucional do clube em causa é de que o jogo a ser repetido será em campo....neutro.
O prémio está á vista.
Sim, é apenas um titulo de juniores. Pois....já antes tinha sido uma taça da Liga, títulos menores concerteza, mas ainda assim títulos.

terça-feira, julho 21

É oficial...

"A Sport Lisboa e Benfica - Futebol, SAD, em cumprimento do disposto no artigo 248.º do Código dos Valores Mobiliários, vem informar que chegou a acordo com o Real Madrid Club de Fútbol para a transferência, a título definitivo, da totalidade dos direitos desportivos e económicos do atleta Francisco Javier García Fernández (Javi García) por um valor de 7.000.000 (sete milhões) de euros."

... há petróleo debaixo do estádio da Luz! :)

Agora sem ponta de ironia, é impressionante como o Benfica continua a ter esta capacidade de investimento na sua equipa de futebol. Trata-se de nova aposta de alto risco na conquista do título, porventura antecipando dificuldades do Porto em refazer a equipa. Veremos no fim da época se este ano é que foi!

segunda-feira, julho 20

Êsporte Lisboa y Benfica

Estava aqui no meu passatempo favorito da pré-temporada, isto é, a fazer onzes e a comparar equipas e deparei-me com uma interessante realidade.
Quim, Maxi, Luisão, Sidnei, Schaffer, J.Garcia, Ramirez, Di Maria, Aimar, Saviola e Cardozo.
Um português no onze, não sei quantos mais no plantel.
O pessoal pode dizer, mas se calhar o Amorim rouba o lugar ao Garcia e o Coentrão ao Di Maria. Ou se calhar também o Moretto rouba o lugar ao Quim.
O que parece claro aqui é que cada vez menos há espaço para portugueses no plantel encarnado.
É um dado como outro qualquer. Também o Porto há muito que joga com poucos portugueses. O que interessa, dirão vocês, é ganhar. E há o Inter, o Arsenal, e não sei quem mais.
Estou já a adivinhar comentários aqui a dizer que esta conversa não interessa nada e o que deveria comentar era as exibições do meu Sporting. Ok, mas ainda assim, pareceu-me um dado interessante para partilhar com vocês.

Benfica 2009/2010

Confesso que este Benfica me está a surpreender pela positiva. Por várias razões. Em primeiro lugar porque ainda não tenho muita fé neste Jesus. Depois porque não pensava que o treinador conseguisse dar um pouco do seu cunho à equipa nesta fase tão embrionária da preparação. Depois, porque mesmo faltando elementos importantes, principalmente na defesa, o Benfica consegue apresentar-se competitivo.

As contratações não foram muitas, mas vêm preencher lugares onde havia necessidade de reforçar o plantel. Patric ainda não deu indicações positivas. Schaffer, do pouco que mostrou não me convenceu, ainda. De Ramires dizem-se maravilhas, como de costume. O facto de ser internacional brasileiro pode ser indicador, mas prefiro que ele me demonstre dentro de campo as credenciais que traz. Saviola é um craque conhecido mundialmente, e do que já deu para ver, precisa é de jogos nas pernas para se exibir ao melhor nível. Apesar de já pertencer ao clube cabe também destaque para o regressado Fábio Coentrão que parece querer demonstrar que cresceu como jogador e como homem. O lugar do flop Di Maria pertence-lhe, e está a fazer por merecê-lo.
Dos que estão, Aimar parece ser o que mais beneficiou com a mudança do técnico. Aparece mais solto, com mais à vontade e muito mais interventivo no jogo. A ver vamos se as debilidades físicas estão debeladas. Pelo oposto situa-se Yebda, com muitas dificuldades, por ora em assimilar o novo sistema táctico. Estou curioso por ver o comportamento do Amorim neste novo desenho do meio campo.
Cardozo é o homem-golo. Está aí para discutir com Liedson o título de melhor marcador da Liga.
Uma palavra ainda para o júnior Roderick que tem sido uma agradável surpresa. Se não lhe queimarem etapas e não e endeusarem antes do tempo, pode estar ali um central de grande valia.

Quanto ao futebol exibido, nota-se uma vontade do Benfica mandar no jogo, de ter a bola em seu poder, e de a procurar recuperar logo que a perde. Isso é bom.

Acho que o plantel, por esta ordem de prioridades, precisa de mais 3 retoques: Um "6", um guarda-redes, e um ponta de lança.

Para já, os sinais são postivos, mas convém lembrar que ainda estamos na pré-época, por isso há que ter calma. Ainda me lembro que na temporada passada após os amigáveis com o Feyenoord e com o Inter ficou toda a gente muito empolgada, e depois foi o que se viu.

domingo, julho 19

Onde Langdon encontra Descartes

Noite de bola com os três grandes para ver. Para mim tanta parra deu pouca uva, visto que dos três jogos só vi 15 minutos da segunda parte do Sporting x Feyenoord, a primeira parte completa do Porto x Mónaco, e uns lampejos, com obstáculo (parte de uma alquitarra que tapava a tv) do Benfica x Olhanense. É conversa mais que batida que as pré-épocas poucos ou nenhuns indicadores nos fornecem sobre quem vai, realmente, ganhar alguma coisa. Esta não é diferente, e o rasto que deixa é ténue, mas já põe mesas de esplanada, ou de restaurante a tentar decifrar. Uns verdadeiros Robert Langdons de bancada.

Ora eu não sou diferente e nem as limitações que a pouca assiduidade a ver os jogos de pré-época me trazem, me travam de tentar decifrar o código.

Pois bem, e em ordem cronológica com os jogos de hoje, começo pelo Sporting. Como já disse, não vi a 1ª parte. Vendo só 15 minutos da 2ª parte, apanhando o pior período dos leões, não poderei tecer grandes críticas, ou pelo menos diferentes das de outras épocas. O primeiro golo do Feyenoord é originado mais por falha de marcação do que pela jogada em velocidade de
Wijnaldum. Quer isto dizer que a jogada era resolvida se De Guzman não tivesse desacompanhado. Assim não foi, e minutos depois ainda deu para ver Abel a ser papado em velocidade - coisa normal - e de seguida, na sequência de um canto, Patrício e Caneira às aranhas. Este último foi mesmo envergonhado duas vezes por Makaay antes do segundo golo. Ora, esta derrota não quer dizer absolutamente nada para as contas do campeonato, nem tão pouco fico contente com ela, mas realmente parece-me que a falta de método no Sporting é evidente. É que quando oiço dizer que o Sporting fez uma boa primeira parte, lembro-me, inevitavelmente, de 10 a 15 minutos de alguns jogos de outras épocas em que o Sporting pratica o melhor futebol de Portugal. Agora, a pergunta é: surgirá esse futebol pelo trabalho de Paulo Bento, ou pela qualidade dos jogadores que tem à disposição? Parece-me que se fosse pelo trabalho do técnico leonino esses 10 a 15 minutos (umas vezes mais outras vezes menos, outras zero) seriam alargados para muitos mais minutos. Alguém me sabe dizer qual o estilo de jogo do Sporting? o que é que P. Bento quer da equipa?

De seguida, lá consegui ver na net uma parte do Porto x Mónaco e o que me saltou à vista é que o trabalho continua a lá estar. Não esfreguem as mãos, que não falo da arbitragem, mas sim do método (bom ou mau, como quiserem) do prof. Jesualdo. Esta continuidade de um plano que já deu três campeonatos pode alegrar qualquer portista. Estiveram lá as transições defesa-ataque da praxe, a defesa à zona que pelos espaços que "concede" tantos calafrios provoca a quem vê mas que se tem revelado eficaz e a potência fisica da equipa, que é de facto impressionante. Este parece-me o maior trunfo do Porto, pois as contratações vêm ajudar ao tal método que já há três anos dá alegria aos portistas. O sonho agora seria Belluschi dar maior posse de bola à equipa, Álvaro Pereira ser ainda mais desconcertante no ataque e eficaz na defesa que Cissokho, Maicon ser mesmo um novo Pepe, etc, etc. Mas isto sou já eu a sonhar, o que me parece é que a equipa, pelo menos no campeonato, pode render o mesmo que a antiga vinha rendendo. Deverá até fazer mais visto que os jogos em casa trouxeram muitos empates que não espelham a diferença de qualidade do primeiro para o segundo lugar.

Chegados ao Benfica até tenho medo de falar, não apareça por aí um comentário do Jorge Jesus a perguntar quem sou eu, o que já ganhei e o que é que eu percebo de bola? Mas enfim, da equipa do Benfica- que hoje não vi, mas que vi contra o Shaktar e Bilbau - noto um "upgrade táctico" que se poderá chamar de "intenção". Assim, a equipa de Jesus gosta de estar subida no terreno, gosta de ser protagonista no jogo e de pressionar imediatamente a zona onde perde a bola, fazendo o campo curto. Chamo para aqui este aspecto porque vi a equipa fazer isto cada vez que perde a bola e como há repetição pode-se chamar de método. Ter a bola e trocá-la também, é agora intenção do Benfica, mas neste aspecto, talvez pelas condicionantes da pré-época e do pouco tempo que Jesus está à frente da equipa, ainda não tem afinação. Outro aspecto bastante importante - este Jesus não poderá controlar, ou pelo menos não tanto como os outros - é que o Benfica vira os jogos. Já virou dois, tem golo, tem ataque, tem perigo, ainda aos repelões mas tem. Venham mais jogos para se avaliar o método do "Rei da Táctica".

Obviamente deste post, não pelas derrotas do Sporting que não querem ainda dizer nada, depreende-se que Porto e Benfica são para mim os favoritos à conquista da Liga. É que se só a intenção bastasse hoje em vez do Beluschi estava lá eu, mas o método conta muito.

sábado, julho 18

Fraquinho

Depois de uma primeira parte aceitável, o Sporting borrou a pintura com uma segunda parte muito abaixo das expectativas dos adeptos. Nem se pode recorrer à célebre expressão "as substituições quebraram o ritmo do jogo" porque, quando começaram, já o Sporting perdia e o Feyenoord tinha o jogo controlado. As substituições apenas agudizaram a má qualidade do futebol leonino.

Destaques positivos:

Moutinho - nem quero pensar se este jogador sai do clube neste defeso. É uma fonte inesgotável de qualidade e talento.

Veloso - está a demonstrar porque razão relegou Rochemback para o banco de suplentes. Boa atitude em campo e boa exibição. Bom reforço!

Destaques negativos:

Matias Fernandez - horrorosa exibição. Obviamente que é necessário tempo de adaptação, mas daqui a uma semana e meia já é a sério.

Vukcevic - não sei se a culpa foi de ter jogado encostado à esquerda, mas não foi o jogador que habituou a massa adepta.

Laterais - nenhum dos 4 que esteve em campo encheu as medidas. Vai ser um problema este ano...

Na quarta feira há mais.

Liedson só com pullovers aos losangos?

A possível chamada de Liedson à selecção nacional tem sido assunto nos últimos dias.

Sem apetite nem vontade para discutir a legitimidade da chamada, este assunto lembra-me a opção de Paulo Bento pelo 4-4-2 losango em virtude da incapacidade do levezinho jogar em 4-3-3.

Como todos sabemos a selecção joga em 4-3-3 e a chamada de Liedson poderá desmistificar uma ideia que tem queimado o melhor produto da escola do Sporting, os extremos.

Na minha básica opinião, não sei o que terá, ou o que não terá, Liedson para não render em 4-3-3. Claro que os resultados do brasileiro (ou luso-brasileiro) na selecção até nem serão indicador para nada, é que como aquilo anda...

sexta-feira, julho 17

Ser ou não ser totó

Venderam-nos insistentemente a ideia de que a chegada de José Eduardo Bettencourt à presidência do Sporting seria uma lufada de ar fresco no futebol português, por ser alguém diferente do dirigente desportivo típico. Afinal, além de salutarmente procurar aumentar o número de associados do seu clube e não esconder a imensa satisfação de cada vez que apresenta algumas dezenas, apenas se destaca por: cantar "quem não salta é lampião" após ganhar as eleições ou na apresentação de um jogador novo; ser consolado pelo líder da Juve Leo em pleno relvado do campo de Alcochete; proferir afirmações destas: "ser do Sporting é ser diferente, é a forma que temos de nos orgulhar, pois não fomos apanhados em escutas. Não somos totós, somos os maiores. Totós são aqueles que tentam fazer igual aos outros e são apanhados nas escutas".

Se veio para isto, seria preferível ter ficado na banca. Dá-me ideia de que ainda não percebeu, à semelhança de outros, o que significa ser presidente de um grande clube. Já deveriam ter-lhe explicado que não é apenas mais um associado.

La Liga

Na próxima época todas as atenções vão estão viradas para o campeonato espanhol. Depois de Ronaldo e Kaká no Real, é a vez de Ibrahimovic no Barça (que ainda pensa em David Villa). O sueco, segundo consta, chega por 40 milhões mais o passe de Eto'o e a cedência de Hleb. Quem sairá vencedor deste duelo? O Real de Ronaldo, Kaká e Benzema ou o Barça de Messi, Ibra, Xavi e Iniesta? Eu vou contra a corrente e aposto no Real...

quinta-feira, julho 16

Quem não tem cão...

...caça com o que pode.
Poderemos não ter os recursos financeiros de outros, mas isso não sgnifica que devamos assumir essas desigualdades e conformar-se com uma posição secundária neste campeonato.
É nessa perspectiva, que se pode entender possíveis negócios e transferências que serviriam para fortalecer o plantel do Sporting.

Este ano, tal como o ano passado, pouco ou nada vamos vender.Uns trocos do CR9 que ajudaram a contratação de Matigol e já não há dinheiro para mais.
Devemos então resignar-nos com o que temos e ir á luta sentindo-nos inferiorizados???
Tenho a sensação de que tem servido nos últimos anos como desculpa para a falta de titulos. E eu até concordo com isso. Apenas acho que não é bom começar um campeonato com as desculpas para a não vitória já preparadas.

Assim, aprecio que apesar de não termos dinheiro, continuamos no mercado atentos a dispensas de outros colossos que continuam com uma politica de desperdício.
E é assim que Felipe Caicedo podia vir para o Sporting.
Jovem promissor ( tem apenas 20 anos), com uma capacidade física notável, tem também alguns pormenores técnicos interessantes. Basta ir ao Youtube e pesquisar.
Pelo que li, seria por empréstimo com opção de compra.
Excelente então. Se for jogador ficamos com ele, se não for, pois continuemos a pesquisar o mercado até acertar.
Um pouco como o Benfica fez com Suazo e Reyes no ano passado.

terça-feira, julho 14

Com os pés na terra

O Benfica fez os dois primeiros jogos da chamada pré-temporada. Gostei de ver a equipa trocar a bola, como não parecia capaz na maior parte do tempo com Quique Flores, e de tentar alguma pressão com os jogadores mais adiantados (assim surgiram os dois golos diante do Sion). Não houve exibições de encher o olho, não há tridente demolidor, não jogam o dobro do ano passado. Existe, como sempre acontece nestas alturas, esperança de que as coisas corram melhor do que nos últimos anos. Os reforços necessitam de novas avaliações, Moretto conseguiu ser o melhor guarda-redes e foi agradável verificar que existe um miúdo de 18 anos que pode vir a afirmar-se como um 'central' de categoria. Quanto ao resto, aguardar para ver (melhor) e esperar que, com o decorrer da competição a sério, se mantenha a esperança de que "este ano é que é".

E será que fica resolvido?

"De acordo com o carácter evolutivo desta situação e dos últimos exames realizados, a direcção clínica entende que se justifica a solução cirúrgica a Izmailov."

O contributo futuro do excelente médio russo é cada vez mais uma incógnita.

domingo, julho 12

Calendário e dinheiro

1) Sorteio da Liga
É certo que jogam todos contra todos e blá blá blá, mas pessoalmente acho favorável jogar os dois jogos seguidos em casa na 1ª volta e mais dois em casa quando dobra para a 2ª volta.
De qualquer modo, o Sporting terá uma segunda quinzena de Agosto muito complicada com jogos contra Nacional (fora) e Braga (casa) e ainda de permeio o play-off da Champions (não acredito que deixe de passar a 3ª pré-eliminatória, o play-off é que será outra história...). Estas 4 semanas têm de servir para colocar a equipa num patamar muito elevado. off-topic: Continuo convencido que este ano o problema estará nas laterais.

2) Dedo na ferida
«Achava que não havia dinheiro mas pelos vistos há. (...) Bettencourt afirmou que esta situação causa "muita estranheza" a alguém que vem da banca, ainda por cima "sabendo a realidade do país".»
A mim não me causa estranheza porque se "sente" que no futebol, para os 3 grandes, o dinheiro haverá sempre de aparecer. Alguém admite que poderá acontecer a algum deles o mesmo que ao Estrela da Amadora?

sexta-feira, julho 10

Mais do mesmo

E do Sporting quem fala só quer o título. Dos que li, só Polga foi o mais comedido. De resto, os habituais "temos que ser campeões" ou o "quero ser campeão" dão sensação de deja vu.

Mas afinal o que mudou no Sporting? Saiu Derlei (baixa ainda não colmatada), Romagnoli e entrou Matias Fernandez. Não me parece que esta fezada esteja mais forte pela entrada de um desconhecido chileno. É que vendo bem, a equipa continua praticamente igual, o treinador é o mesmo, a táctica vai ser a mesma, então o que esperar?

Talvez o único argumento válido para a palavra campeão andar tanto nas bocas leoninas (leia-se jogadores) seja a saída de Lucho e Lisandro.

Os adeptos estão bem mais comedidos, isso é que me preocupa, é que com o azar que eu tenho...

quinta-feira, julho 9

Assim, não.

Uma das coisas que mais me irrita no futebol português é a sistemática vassalagem que é prestada à capacidade negocial do FCP. Fazem negócios fabulosos, é certo, e, pasme-se, "roubam" jogadores ao SLB!

É incrível como o mesmo argumento - o FCP ganha milhões em transferências fantásticas e o SLB gasta dinheiro que não tem -, serve para se escrever e dizer que o FCP ultrapassou, mais uma vez, o SLB, na aquisição de um jogador.

É o outro que demorou apenas 5 minutos a optar pelo FCP - se fosse eu, com o ordenado dele, teria assinado em 5 segundos -, e é agora o grande Falcão, um jogador temível, uma estrela do futebol mundial, que parece ter optado pelo FCP, tudo devido à magistral capacidade negocial do FCP. No Record pode já ler-se que, apesar do SLB ter descartado o interesse em Falcão, a verdade é que foi o jogador a preferir o FCP, tendo sido essa a razão da abortagem do negócio com os "encarnados". Lindo.

A gestão financeira do FCP fica para os portistas, não estou minimamente interessado nesse assunto, nem quero saber se Pinto da Costa e acólitos recebem dinheiro que não devem, se roubam o Clube.

O que me interessa é que Pinto da Costa, figura mais do que suspeita e que tanto prejudica o futebol, continua a ter o compadrio de jornais e jornalistas, que insistem em colocar este homem do lado do bem absoluto.

Rematando: Pinto da Costa, Adelino Caldeira, Fernando Gomes e Reinaldo Teles almoçam hoje com os deputados, na Assembleia da República. Assim, sim!

quarta-feira, julho 8

O Liedson do Porto no Lyon e o (outro) Farías do River no Porto

"MERCATO: El Milan anuncia el fichaje del central estadounidense Onyewu mientras el Lyon adquiere a Liedson (Porto), el Inter a Kerlon y el Atlético a Asenjo" (elmundodeportivo.es)

Raio de suspiro que eu ia dando quando li "Lyon adquire Liedson", raio de gaffe catalã.

Agora sei o que sentem quando benfiquistas e sportinguistas lêem: "Lucho no Marselha" ou "Lisandro no Lyon".

Sem gaffes, o Lyon comprou mesmo o 9 portista e não o 31 sportinguista (que é portista em Barcelona). Se a saída de Lucho já era um arrombo notável na ilúsion (que tanto Florentino fala) dos portistas, a ida de Licha para França põe muitas dúvidas ao mais crente na competência financeira da direcção portista.

Tal como no negócio de el comandante, muitos garantem que é bem vendido, que 24 milhões são irrecusáveis, que a vontade do jogador se ficasse não seria a mesma, e até podem ter razão. Mas e os que dizem que com o dinheiro todo que o Porto amealhou (?!) dava para segurar os craques e, assim sendo, não teriamos que nos desprender de três dos nossos melhores jogadores por ano?

Faz-me lembrar o presidente da Câmara da minha terra: "ah, somos a terra com mais museus por metro quadrado, e tal". Tão e agora que ganho eu, e a população, com isso?

A mesma lógica para os 24 milhões de Lisandro e para os 18 de Lucho. Que ganham os portistas com isso? Não se fiem nas contratações, que nem sempre se acerta. Que método tão arriscado, confiar que um Falcao, um Belluschi e um Valeri sejam um Lisandro e um Lucho.

Precisamos de subir de patamar. O Porto deveria apostar em segurar os seus melhores jogadores, em consolidar uma espinha dorsal que dê mais garantias de seguir em frente na Champions. Lá vem a incógnita outra vez. Alguém conhece o Falcao? Alguém conhece o Beluschi? Eu vi o que a equipa jogava sem Lisandro... até pode ganhar o campeonato, mas a qualidade do jogo do Porto vai-se ressentir e muito.

Sobre a qualidade de Lisandro como jogador nem vale a pena falar, ia-me cansar tanto como a vê-lo jogar. Será que Falcao corre metade? do que vi parece-me um Farías e não me parece que precisemos de outro.

Obrigado Licha

terça-feira, julho 7

Lucho & Licha out

Já só falta sair o Helton e o Bruno Alves para a espinha dorsal da equipa ficar completamente arrasada. Entretanto entram (muitos) milhões, mas vai obrigar a nova reconstrução da equipa.

segunda-feira, julho 6

Falta meio milhão.

Entretanto, duas linhas apenas para agradecer o meio milhão de visitas ao SectorB32. Já lá vão uns anos cheios de "posts" e muito gosto em ter-vos por cá, colegas bloggers e visitantes. Um agradecimento especial ao palhaço do Miguel, que começou esta brincadeira em 2003 (?), e a todos os que nos acompanham diariamente.

Trabalhar à Capello falar à Mourinho?

Uma das pré-épocas que me tem gerado imensa curiosidade é a do Vitória de Setúbal.

O clube do Sado tem-nos habituado a coisas boas (futebolisticamente) e más (pagamento de salários) e é uma das grandes referências clubísticas a nível nacional mas, desta feita, interessa-me por outras razões, não muito especiais como a seguir veremos mas importantes ao ponto de me suscitar esta curiosidade.

A primeira das razões chama-se Carlos Azenha. O ex-adjunto de Jesualdo viu chamadas para si as atenções, primeiro, fruto de um boato que rezava que os bons resultados de Jesualdo eram conseguidos pelo mérito dos seus adjuntos. Ora, bons resultados não se pode chamar aquilo que Jesualdo vinha fazendo. Medianos, vá lá... mas ainda assim já depositavam nas costas de Rui Águas o "quase mérito" que o professor conseguiu em Braga. No Dragão as coisas correram melhor e o professor, com Azenha ao lado, foi campeão duas vezes. A isto sim, se pode chamar bons resultados, mas a massa crítica não esteve com meias medidas e resolveu, mais uma vez, chamar a outro as responsabilidade de tal feito.

A 3ª época, a primeira sem Azenha, começou mal. A falta de um 6 no onze, a interrogação no sistema e jogadores a utilizar atrasaram a, poderosa, época do FCP. Mas qual foi o primeiro problema que os críticos apontaram? claro, a falta de Azenha.

Jesualdo desmistificou essa ideia e tem que ser hoje considerado como um homem competente, sabedor de futebol, goste-se ou não dos seus métodos. Os títulos validam a competência e Jesualdo terá que ser visto dessa forma. E Azenha? será, como vi escrito no Entre10, um bom treinador ou mais um fala barato?

Sejamos sinceros, ainda ninguém sabe. O pouco que se conhece de Carlos Azenha pôde ser visto no Domingo Desportivo, pois a maioria das pessoas não conhece o seu trabalho de campo, a sua visão do futebol, o seu modelo de jogo. Não se sabe se será um bom líder, um bom condutor de homens, se tem um modelo de jogo capaz, enfim ainda não se sabe nada. Fica a pérola: "Defender à Milan, atacar à Barcelona", para nos aguçar a curiosidade deste novo Vitória.

O segundo aspecto que me leva a escrever este post são as contratações sadinas para esta época. Sem muito dinheiro, ainda assim algum, Azenha decidiu-se por jogadores baratos e com algumas provas em escalões inferiores. Um deles vi-o jogar, esta época que findou, imensas vezes. Pimenta do Sp. Covilhã não me parece jogador para a I Liga. Fez uma época banal ao serviço dos leões da serra, marcando alguns golos é certo, mas sem a preponderância perpendicular ao estatuto que pensa ter na equipa. Não sei as intenções de Azenha, nem o que pensa fazer, mas não estou a ver Pimenta ser preponderante. Desvelando o véu haveria outros jogadores no Covilhã que até poderiam ser úteis mas os primeiros sentidos enganam muita gente. Sei também que Azenha contratou outro jogador da minha região, mais precisamente do Sertanense. Não o conheço, nunca o vi jogar mas ainda assim aplaudo a coragem (mesmo com a contratação de Pimenta) de formar uma nova equipa por inteiro, que ao que parece ainda terá a inclusão de sete defesas e um avançado.

Tarefa difícil para o homem que foi uma sombra difícil para Jesualdo se livrar. Agora será ao contrário, estará Azenha pronto para provar a sua competência?

domingo, julho 5

:)

Também dá direito a demissão?



quinta-feira, julho 2

A falta de assistências nas modalidades

Exceptuando casos "raros" como o ABC no andebol, o Barcelos ou o Turquel no hóquei, ou o Sp. Espinho no vólei, cuja explicação reside num sentimento de localidade muito forte, os clubes grandes têm sérios problemas a nível das assistências nos jogos das modalidades. As fases finais têm sempre muita gente, o problema são os jogos da fase regular. Para terem uma ideia, há jogos de andebol de Benfica ou Sporting com menos de 50 pessoas a assistir.

Várias ideias construtivas têm surgido no Sporting para aumentar as assistências: desde a construção de um novo pavilhão até à criação de quotas de modalidades. Relativamente à primeira, obviamente de acordo, até pela dignidade que encerra para as modalidades do clube. Relativamente à segunda parece-me pouco útil. Por exemplo, o Benfica tem uma quota modalidades com cerca de 4 mil aderentes de um total de 180 mil sócios, ou seja, menos de 2,5%, sendo que apenas uma parte desses têm quotas em dia e uma grande fatia são correspondentes.

Quando se fala do problema dos pavilhões vazios temos de pensar numa coisa fundamental: a âncora que atrai os adeptos. Ninguém vai a um centro comercial se não tiver lá um supermercado, ou uma loja forte; da mesma maneira, o melhor estímulo para ir ver um jogo de modalidades é haver um jogo de futebol de 11 antes ou a seguir. Quem não se lembra de ouvir no estádio anunciar o jogo do basket ou do hóquei que começavam a seguir? Ou então, quem não se lembra da Nave cheia às 15h, quando o jogo de futebol de 11 começava às 16h?

Mais uma vez, o culpado, não só da falta de assistências no futebol, como também nas restantes modalidades parece-me ser o mesmo: aquele que obriga que o futebol se jogue a sábados, domingos, 2ª feira ou 6ª feira à noite.

Posto isto e porque é o elo mais fraco que perde sempre (como é óbvio, o elo mais fraco é o clube), duas sugestões:

- abrir os portões nos jogos da fase regular, havendo apenas dia do clube em derbies. A perda de receita de bilheteira é irrisória e pavilhões cheios despertam receitas acrescidas via patrocínios.
- agendar os jogos para horas adjacentes aos jogos do futebol de 11, na condição que o fut 11 seja ao fim de semana e que o jogo da modalidade seja realizado perto do estádio. Daí a importância do pavilhão junto ao estádio.

quarta-feira, julho 1

O adeus a um tetra-Lucho

O adeus do comandante do tetra foi confirmado ontem pelo FCP à CMVM. Um negócio de 18 milhões que pode ascender aos 24, dependendo dos resultados desportivos do Marselha. Bom negócio, mau negócio, tudo dependendo das perspectivas. haverá sempre boas e más, mas como sempre o clube resistirá à venda dos seus melhores jogadores e saberá encontrar alternativas à altura.

Mais importante do que o negócio em si é, para mim, recordar um jogador que coincidiu com a melhoria dos resultados desportivos depois de um ano para esquecer.

Chegou recomendado por Victor Fernandez que nunca chegou a orientá-lo. Desde essa altura que os portistas deitavam o olho ao Clarin e aos jogos do River para saber se El Comandante tinha estofo. A primeira vez que o vi jogar chegou para perceber do que se tratava. O horário tardio de um Argentina x Brasil obrigava-me a convencer o dono do bar que frequentava (o Luís deve conhecer, hehe) a deixar-me ver o jogo. Lucho apareceu, elegante, sempre certo no passe e com uma condição fisica que impressionava. Jogou quase sempre encostado à direita e esteve nos três golos da Argentina. "Temos jogador" digo eu ao fim do jogo, mas o homem já dormia com a cabeça encostada a um pilar e não me ouviu. Não faria mal nenhum pois teve mais de quatro anos para lhe reconhecer capacidades.

Lucho pegou de estaca no meio campo de Co Adriaanse, vestindo a camisola 8 que simbolizava para o holandês o médio box-to-box que deambulava ora por entre o ataque, ora por entre a defesa. A elegância e inteligência de movimentos, os pés de veludo, o passe geométrico e as repentinas chegadas à área para facturar deliciaram, desde logo os portistas. Havia novo ídolo no Dragão. Tão ídolo, que só os adversários estranharam quando Co Adriaanse lhe entregou a braçadeira de capitão.

As boas exibições valeram a Lucho a continuidade na selecção argentina. Tema polémico, o vírus FIFA, exigia a Lucho uma condição fisica impressionante e o ritmo de box-to-box foi-se desvanescendo. Ainda com Jesualdo, o argentino jogou nessa posição várias partidas (Assunção, Lucho, Anderson) mas com a lesão do astro brasileiro, El Comandante foi obrigado a ser "um jogador de campo inteiro" (Jesualdo), agora era 10, o patrão dos movimentos ofensivos portistas.

Sempre em ritmo mais lento, Lucho foi exímio (talvez dos melhores do mundo nesse capítulo) no último passe. Era fantástica a geometria que envolvia nas jogadas e a forma como as decidia, que é para mim o capítulo mais importante num jogador.

Deixa saudades, pela sua forma de jogar, por ter sido (por mérito próprio) um símbolo deste novo tetra-Porto, mas não é insubstituível. Talvez a sua saída se reflicta na prestação dos dragões na Champions, mas no campeonato não me parece que se altere algo muito significativo. Será conveniente substitui-lo bem, mas os portistas terão que ser pacientes pois Luchos não andam por aí aos molhos e conhecendo Jesualdo espero que, no principio, ele entregue este lugar a um dos que já se encontra de dragão ao peito. Tomás Costa segue na linha da frente, mas será obrigatória, até pela ilusão nos adeptos, uma contratação de qualidade.