Portugal entra no Euro'2012 a perder por culpa própria. A estratégia para conter os alemães falhou e a desvantagem serviu para provar que as instruções deveriam ser outras. Depois de sofrer golo, Portugal controlou realmente o jogo, circulou, ganhou faltas, criou oportunidades e evitou a temível e afamada transição germânica. Coisa muito melhor que o 'plano' expectante sem bola que os tugas fizeram subir ao relvado de Lviv, que não só expôs a fragilidade defensiva junto à área como prendeu a equipa (e o jogo) no meio-campo português. Fica o aviso para os próximos dois jogos.
Não é o cenário mais agradável para qualquer selecção. Defrontar a Alemanha nunca augura nada de bom para qualquer selecção e para Portugal não seria diferente. Antes, esperou-se de tudo, de goleadas e massacres, mas pouco se acertou. A Alemanha foi fiel ao seu estilo e qualquer resultado positivo lhe era favorável. A mannschaft aproveitou a bola que Portugal lhe concedeu para ir controlando o jogo e para ir afinando a jogada que deu o golo a Mario Gomez. Os centrais iam trocando a bola e esperando que alguém viesse buscar. Muitas vezes era Özil, outras Gomez, às vezes Schweinsteiger, e se nos primeiros 10' esse alguém foi sempre bem condicionado daí em diante (até ao fatídico golo) isso nunca mais aconteceu da melhor forma.
A essa incapacidade de ganhar duelos (Miguel Veloso raramente ganha um) se lhe somou outra. A equipa, demasiado recuada, nunca conseguiu ser serena e inteligente quer em transição quer em organização. O pontapé longo foi a arma escolhida para evitar uma (excelente) pressão germânica e isso mais não deu do que 'oferecer' de novo a bola para a Alemanha 'testar' de novo a sua boa organização ofensiva.
Apesar de tudo, não desrespeito quem achar que poderíamos muito bem estar aqui a falar de "outro resultado". "Se" a bola de Pepe entra, ou "se" Postiga consegue o desvio dentro da área, mas a nossa grande questão é porque é que esse "outro resultado" acontece tão poucas vezes. E a minha resposta será sempre a fidelidade a um estilo que realmente traz conforto à nossa equipa e desconforto ao adversário. Basta atentarmos na reacção ao golo sofrido e analisamos um jogo totalmente diferente. Uma equipa subida, que trocou, controlou e criou. Foi para cima, individualmente e colectivamente e esteve bem por cima do jogo. Aí mereceu-se o discurso que no fundo tenta não 'aleijar' a equipa, quando toda a gente sabe, também no fundo, que poderíamos ter feito muito melhor.
3 comentários:
Portugal subiu, obviamente. Assim como os alemães se encolheram, tentando precisamente explorar as suas transições.
Não entendo muito bem tanta filosofia em redor de um jogo de futebol que podia ter tido o resultado oposto.
Os alemães são teoricamente melhores, mas dentro do campo não foi isso que se viu, tácticas à parte. Viu-se uma equipa portuguesa que merecia mais.
Às vezes, numa derrota, não se fez nada de mal. Apenas resultou assim, daí dizer-se que "é assim o futebol".
Não perceber que Portugal fez o melhor que sabe e pode é não perceber que existem limitações técnicas e tácticas, históricas e económicas deste pequeno país à beira-mar plantado.
Fomos grandes porque tivemos coragem. Esta merda não é a Costa do Marfim. Aí sim, faltou-nos tudo, principalmente o mais importante numa competição deste estilo: coragem, caralho!
Quando joga com equipas de respeito poucas vezes vi Portugal a tentar mandar no jogo, e normalmente acontece uma de duas coisas,
ou conseguimos marcar em contra-ataque e somos os maiores
ou
apanhamos uma golo e só depois vamos atrás do resultado o que reduz bastante as probabilidades de êxito..
qd é que vamos tentar assumir o ataque à partida?
Era isso que eu gostava de ver. Se os jogadores sao de bom nivel o que normalmente falta é capacidade de lhes dar um sonho, um voto de confiança.
"Voces podem"
e depois esperar que a coisa funcione e aceitar a derrota caso apareça.
Agora esta merda de passar a vida a defender e depois vir dizer " Hã e tal , a coisa ate nao correu mal. Eles ganharam mas nos nao merecíamos...."
Enfim
Quando joga com equipas de respeito poucas vezes vi Portugal a tentar mandar no jogo, e normalmente acontece uma de duas coisas,
ou conseguimos marcar em contra-ataque e somos os maiores
ou
apanhamos uma golo e só depois vamos atrás do resultado o que reduz bastante as probabilidades de êxito..
qd é que vamos tentar assumir o ataque à partida?
Era isso que eu gostava de ver. Se os jogadores sao de bom nivel o que normalmente falta é capacidade de lhes dar um sonho, um voto de confiança.
"Voces podem"
e depois esperar que a coisa funcione e aceitar a derrota caso apareça.
Agora esta merda de passar a vida a defender e depois vir dizer " Hã e tal , a coisa ate nao correu mal. Eles ganharam mas nos nao merecíamos...."
Enfim
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