quarta-feira, setembro 18

Estrelinha de Lucho 'abençoa' novamente o Prater


A máxima "nunca regresses a um sítio onde foste feliz", não é definitivamente válida para a história do FC Porto com Viena. E se da história vivem os museus, o estádio Ernst Happel já merece uma secção na mais recente obra do Dragão. É que de lá para a Invicta os azuis e brancos sempre regressaram com boas histórias para contar e o novo capítulo, desta quarta-feira, não teve desfecho diferente.

O resultado final é o que fica para o 'antiquário', mas entre o início deste Áustria Viena-FC Porto e o apito final do árbitro escocês Chris Thompson, as semelhanças com outros episódios portistas no Prater nem foram assim tantas.

Ao FC Porto faltou agressividade para segurar o ímpeto dos austríacos e o solitário golo de Lucho, aos 55', disfarça com 3 pontos as dificuldades que os portistas sentiram para os conquistar. O Áustria Viena apresentou-se aguerrido, bem organizado e chegou quase sempre primeiro à bola. E nas raras ocasiões em que a equipa de Nenad Bjelica não conseguia recuperar o esférico, rapidamente se organizava para tapar todas as linhas por onde o FC Porto queria escrever mais uma vitória na Liga dos Campeões.

De facto, o 'lado B' da experiência portista na Champions foi a falta de intensidade, e os bem menos rodados austríacos estiveram sempre por cima, nesse capítulo. Daí que ao intervalo não fosse difícil adivinhar que todo e qualquer portista esperasse melhorias, tal a fraca produção atacante da equipa numa primeira metade onde Jackson não se viu, onde Danilo subiu pela linha apenas uma vez e onde Josué raramente acertou um passe.

E essas (melhorias) até existiram, mas não se pense que surgiram drasticamente. Surgiram sim paralelamente à perdida de energia do Áustria Viena no meio-campo. Lucho e Josué agradeciam o espaço e podiam respirar melhor. E até Danilo pôde subir para procurar a tabela com Lucho, deixar El Comandante subir até à área - uma das suas especialidades - e entregar de novo para o capitão dos dragões silenciar um Prater que até aí estava totalmente extasiado com a exibição - e esforço - dos violetas.

O FC Porto regressou ao 'passo de caracol', talvez esperando que o adversário tropeçasse na sua carapaça, e a partir do 0-1 a acutilância ofensiva saiu de vez do dicionário austríaco-português que os dragões levavam na bagagem. E enquanto tentavam descobrir como se domina um jogo em Viena, muito podem os portistas agradecer à estrelinha do Prater e ao poste que evitou que Stankovic empatasse a partida - logo a seguir ao golo de Lucho.

Querer adormecer o jogo a todo o custo era agora missão única e para isso foram chamados ao banco Izmaylov, Herrera e Quintero. O FC Porto acabou com cinco centro-campistas e a segurar uma bola que o Áustria queria, a todo o custo, introduzir na baliza de Helton. Mas com a bola no pé, a história de sempre foi por fim escrita - ainda que com contornos que não impedem o pensamento de resvalar para as exibições fora de casa do FC Porto nesta época. Fora do Dragão o FC Porto vai contabilizando vitórias bem mais descoloradas do que no seu habitat natural e nem todos os estádios desta Liga dos Campeões são o 'abençoado' Ernst-Happel.


Foto: UEFA

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4 comentários:

Hugo disse...

Temos de fazer muito melhor. Resultado injusto para os austríacos

J. disse...

Viu-se que faltava ali um Bruma...
Futebol chato de medio centro para medio centro.
Tinham beneficiado e muito com a verticalidade e anarquia do futebol do filho de Baldé!!!

Marco Morais disse...

Falta sempre um pouquinho de Sporting em todo o lado =)

Abraço!

Influência Arbitral disse...

Realmente nos 4 anos de JJ, competência quer a nível nacional, quer internacional a equipa do Benfica tem demonstrado para poder ganhar títulos, se as decisões arbitrais não fossem um aspeto fundamental no desempenho desportivo.
No blog: http://influenciaarbitral.blogspot.pt/ contabilizamos todos os pontos acrescentados/perdidos pelas equipas diretamente dependentes duma decisão arbitral (TODOS AS ALTERAÇÕES PONTUAIS QUE RESULTARAM DIRETAMENTE DE UM ÚLTIMO GOLO DE PENALTI OU APÓS UMA EXPULSÃO.

Só para que alguns "idiotas do assobio" percebam SE NÃO HOUVESSE NENHUM PONTO ALTERADO DIRETAMENTE POR UMA DECISÃO ARBITRAL RELEVANTE (PENALTI OU EXPULSÃO), NESTES 120 JOGOS (JOGO DAS 4 ÚLTIMAS ÉPOCAS) O BENFICA TERIA CONQUISTADO 279 PONTOS E O F.C. PORTO 277 PONTOS.

NOS PONTOS CONQUISTADOS SEM NENHUMA INFLUÊNCIA ARBITRAL DIRETA, OU SEJA SEM O EFEITO DO ÚLTIMO GOLO DE PENALTI OU DOS PONTOS ALTERADOS APÓS UMA EXPULSÃO, O BENFICA CONQUISTOU +2 PONTOS QUE O F.C. PORTO NOS ÚLTIMOS 120 JOGOS, REPITO EM 120 JOGOS!!! Efetivamente o desempenho e o rendimento normal destas 2 equipas nas mesmas condições regulamentares (11 contra onze e sem nenhum penalti decisivo) foi muito semelhante nos 120 jogos, a grande diferença são os 22 pontos que o Benfica perdeu para o F.C. Porto diretamente dependentes de um penalti ou expulsão.

Não consigo compreender como alguns "idiotas do assobio" ainda acreditam que a culpa é do Jorge Jesus e que se lá estivesse o grande Mourinho/Guardiola conseguiria mesmo assim reverter esses 22 pontos que o F.C. Porto conquistou a mais que o Benfica diretamente com decisões arbitrais relevantes de modo a conseguir arrecadar a maioria dos títulos disputados nesses anos.

ACORDEM, JÁ CHEGA DE ASSOBIAR PARA O AR, OS PENALTIS E AS EXPULSÕES SÃO REALMENTE DECISIVOS NA DEFINIÇÃO DO CAMPEÃO NACIONAL, muito mais quando duas equipas evidenciam um desempenho médio muito semelhante.

Nos últimos anos comprovamos estatisticamente que a equipa que teve o saldo maior de decisões arbitrais favoráveis(PENALTI E EXPULSÃO) acabou sendo sempre a equipa campeã no final do campeonato.