quinta-feira, outubro 24

Ronaldo gosta delas mais novas...

... mas esta Velha Senhora não é nada de se deitar fora. Enquanto jogou com onze jogadores a Juve deixou sempre o Bernabéu de pé atrás. Isto até Chiellini se tornar na segunda figura deste Real Madrid-Juventus. E dizemos 'segunda' porque em campo estava um ser com um magnetismo incontornável. O mesmo que lhe permitiu atrair para si todos os momentos-chave do jogo. O portentoso jogador que é Cristiano Ronaldo segurou o jogo a favor dos merengues e, como é hábito, deixou tudo o resto para segundo plano.


Ainda a Juventus media o seu '4-3-3' (na Serie A, Antonio Conte faz jogar a Vecchia Signora em 3-5-2) e já Ronaldo perfurava a sua nova linha defensiva. Logo aos 4' (para quê mais tarde?) o português aproveitou um movimento interior de Di Maria para traçar uma diagonal que acabou cheia de sucesso.

Mas seria uma pena que o belo plano de jogo que a Juventus levou a Chamartín se afundasse logo ali. Pirlo e Cia trataram de mostrar que a campeã italiana se faz também de muito critério com bola e, assentando-a de pé para pé, os italianos iam daí então, a pouco e pouco, dominando o jogo. Contudo as investidas de Carlos Tévez não chegavam para bater o regressado Iker Casillas. Era preciso algo que é como 'kriptonite' para o Real Madrid: Os 'blancos' caíram na armadilha de pressionar alto uma saída de bola desde Buffon e deixaram destapado o espaço que a Juventus ia utilizar para empatar o jogo. Foi Llorente - ao aproveitar uma defesa incompleta de Casillas a um cabeceamento de um incompreensivelmente solto Pogba - o autor da poética justiça que era a Juventus não continuar em desvantagem no marcador.

Saídas de bola e pressões que dão em golo... sofrido, fazem lembrar o Real do próximo adversário para a Liga (Barcelona-Real Madrid, sábado, 17.15), e talvez isso lhe tenha despertado a raiva. Isto porque, depois do empate, foi altura de novo repentismo merengue e altura também de Chiellini começar a aparecer no jogo. O central italiano não pôde com Sérgio Ramos e, por entre a confusão habitual que se dá sempre que há quatro centrais na área, derrubou o espanhol. Um penálti claro que Ronaldo não haveria de desperdiçar.

Dois erros defensivos que foram pagos bem caro por uma Juventus que mostra saber dominar territorialmente o Real Madrid mas que não aguenta a velocidade blanca. E como não há dois sem três... seria uma arrancada de Ronaldo a decidir, de vez, o jogo. No 'um para um' com (adivinhem...) Chiellini o português foi naturalmente mais forte e o italiano usou, e abusou, do braço para o travar. Com naturalidade, depois da jogada, Giorgio acabou expulso gorando assim as reais possibilidades que a Juventus tinha de surpreender os merengues.

A partir daí instalou-se um enorme bocejo no Bernabéu, que só foi interrompido pelo, já viral, 'pontapé na atmosfera' de Vidal. O chileno deveria pedir cartão amarelo para o fantasma 'Gasparzinho' visto que aquilo é coisa que não se faz. Mas, brincadeiras à parte, a rivalidade destes dois colossos é séria e assim são também as contas do Grupo B, que ditam que no Juventus Stadium a Velha Senhora não pode deixar escapar de novo este 'Ronal' Madrid.

Real Madrid-Juventus, 2-1 (Ronaldo 4 e 29 g.p.; Llorente 22')

Grupo B - Liga dos Campeões

Real Madrid 9
Galatasaray 4
Juventus 2
FC Copenhaga 1

Foto: Getty Images


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