"Vai tomar no c...", podia ter dito Brahimi, a Peseiro, aquando da sua substituição, ontem na Amoreira. Claro que podia, mas é óbvio que não era a mesma coisa. Isto para lembrar outro anúncio da ZON, visto que durante a semana a conversa girou sempre à volta daquela Linha que separa o FC Porto candidato ao título daquele dragão zombie de Fonseca, Lopetegui e, se quisermos, daquele dragãozito de Taça da Liga. Tinha razão de ser, até. Afinal de contas desde Vítor Pereira, há coisa de três anos e muito, não se via o FC Porto ganhar no António Coimbra da Mota. Depois, para complicar, até a Ponte se invocou, aquela que assustava os dragões antes de Pedroto. Tudo conversa de matemáticos na qual qualquer um cai. Mas não vamos lembrar o estado da economia mundial, até porque o futebol é bem mais simples. Pelo menos para José Peseiro, que em três jogos conseguiu aquilo que Lopetegui demorou quase época e meia a conseguir: virar um jogo a seu favor.
E, ainda por cima, o FC Porto convenceu. Lá lembrarão os críticos os supostos problemas defensivos das equipas do Zé e lá irão na conversa os mesmos que são comidos todos os dias pela relação preço do petróleo/preço da gasolina. Disso ou da dívida, aquela outra que não é a que a SAD tinha para com os adeptos do FC Porto durante os anos em que a equipa se afastava (ver imagem abaixo - 2013) e arrastava por campos como os do Estoril-Praia. Dito isto - bem mais baixo do que aquilo que Peseiro bradou quando sofreu um golo madrugador e que ameaçava deixar a casa em pedaços - há que lembrar e enaltecer que nem nos melhores sonhos de qualquer portista a equipa se iria exibir naquele plano frente ao Estoril. O Estoril, vejam lá, esse colosso! Mas era esse doente pessimismo o estado de alma de cada portista que já viu este filme várias vezes. Uma delas até começou também no Coimbra da Mota, com outro Zé (Couceiro) e com vitória (1-2), para acabar sabemos como - ironicamente, à frente de Peseiro mas sem o título.
No entanto há vitórias e vitórias. Há essa na Amoreira, no início de 2005, há aquela, frente ao Marítimo, há coisa de uma semana, e há esta, a de sábado. Não só pela desvantagem, mas pela acção (e não reacção) demonstrada por uma equipa que, lembro, não era há uns dias mais do que um grupo de zombies enjaulados dentro de uma caixa mental que os fazia jogar (só!) para o lado e para trás. Não se viravam jogos, assim, pudera! E Peseiro carregou tanto no acelerador que até assustou aqueles habituais e chatos penduras que vêem a parte vazia de cada copo a meio enquanto vão travando em seco num pedal imaginário. Agora são problemas defensivos, garantem! E quais? aqueles que permitiram ao FC Porto - pela primeira vez em dois anos e meio - estar, na maior parte do tempo, extremamente bem posicionado face ao adversário? Ou serão aqueles que ensinaram Danilo a estar no sítio certo e até, juro, a encostar ao centrais quando é preciso? Já para não lembrar que o génio táctico de Herrera até já faz coberturas ao seu companheiro num duplo-pivot que nada tem a ver com a aberração que afundou o Porto pós VP.
Juram a pés juntos que são defensivos os problemas que permitiram duas ocasiões de golo aos canarinhos (uma delas a aproveitar uma zona na bola parada que ainda não tem confiança em si mesma, e outra em que Indi, para não variar, ficou a dormir), esquecendo-se que se há algo a apontar no futebol de encomenda com que os azuis-e-brancos brindaram os seus descrentes adeptos, essa é a falta de controle de jogo com a bola. Essa [falta] permitiu que o jogo, a olho nu, ficasse mais dividido do que a realidade. Mas essa, a realidade, não mentia: o FC Porto reaprendeu a posicionar-se e a criar soluções ofensivas para afastar de vez o tão propalado fantasma do basco. Ora o que pode aqui fazer confusão, e criar desmesurada ilusão, é que o Estoril não é tão bom assim para ser considerado um duro teste. Bem sei que tantas vezes se repetiu que a tal Linha era perigosa, e que a mesma serviu, há umas semanas, para relançar o outro candidato que andava meio que aos zigue-zagues na estrada do título. Mas, porra, as únicas coisas que faziam o Estoril ser difícil para o FC Porto já não existem: um treinador que agora brilha no Olimpo e um futebol que envergonhou (ou pelo menos devia) qualquer adepto portista.
Outros testes se seguirão, com algumas equipas que fazem mais do que tentar criar alguma dificuldade nas saídas-de-bola para aproveitarem, depois, as transições. Este Estoril é macio e já o tinha sido contra a equipa que fará aquele (real) teste pelo qual todos os portistas anseiam. Eles que da Luz têm (d)as melhores recordações possíveis, 'vão' agora cheios de dúvidas para um jogo que servirá para se aferir se Rui Vitória roubou mesmo o software a Jesus (engraçado que agora a equipa do Benfica está bem mais parecida tacticamente com a do seu antecessor, do que quando juravam que o mal de Vitória era não ter ideias próprias), ou se Peseiro é homem para em três semanas de trabalho oferecer mais soluções aos seus jogadores do que o seu rival em meio ano. É um desiderato tramado, não é? Seja ou não seja, o Benfica-Porto já aquece, num clássico que marcará a diferença entre o estilo (sempre) emocional do Benfica e um experimentalismo cerebral de Peseiro. Acima disto não há nada, diria Luís Freitas Lobo. Mas há sim: o Sporting.
Correcção: na foto 2, onde se lê Varela, deve ler-se Corona.
domingo, janeiro 31
sábado, janeiro 30
Assim sabe melhor
Mais uma prova da superiodade do Sporting na competição. Contra 14, como tantas vezes. Mas hoje foi mais descarado. Fica para a próxima...
Ainda mais curtas
1 - Futeboleaks: em que é que ficamos, Bruno? Afinal é o Benfica ou não é que anda por detrás disto? Mais um tiro na água, provavelmente, mais um processo... A PJ não estava perto de descobrir? não ia ser em poucas semanas que ia ser tudo desmascarado?
2 - Processos ao Sporting e ao Bruno de Carvalho: Quem andou a "disparar" como presidente do Sporting fez, não devia esperar outra coisa. Pessoalmente, deixava o Sporting fora disto. Isto não faz bem ao futebol.
3 . Carrilho no Benfica: a sério? para dar uma "bicada" ao Sporting? Mas o Carrilho é assim tão bom jogador? fundamental? Ou muito me engano ou vai ter muitos problemas em entrar na equipa do Benfica. Sinceramente não me agrada esta contratação e não me empolga nada. Dar uma bicada como deve ser, era roubar-lhes um Adrien, um Wiliam, ou o Slimani. Para isto, mais valia terem ficado quietinhos...
2 - Processos ao Sporting e ao Bruno de Carvalho: Quem andou a "disparar" como presidente do Sporting fez, não devia esperar outra coisa. Pessoalmente, deixava o Sporting fora disto. Isto não faz bem ao futebol.
3 . Carrilho no Benfica: a sério? para dar uma "bicada" ao Sporting? Mas o Carrilho é assim tão bom jogador? fundamental? Ou muito me engano ou vai ter muitos problemas em entrar na equipa do Benfica. Sinceramente não me agrada esta contratação e não me empolga nada. Dar uma bicada como deve ser, era roubar-lhes um Adrien, um Wiliam, ou o Slimani. Para isto, mais valia terem ficado quietinhos...
quinta-feira, janeiro 28
Curtas
1 - Caso Slimani. Fez muito bem o Sporting em apresentar queixa dos jogadores do Benfica, mesmo sabendo que não ia dar em nada. É que assim torna evidente a dualidade de critérios. Bastava reparar neste lance de Fejsa, esquecendo por instantes o festival de Eliseu no jogo da Taça:
2
- Outra decisão desfavorável ao Sporting conhecida esta semana: A
Comissão de Instrução e Inquéritos (CII) da Liga decidiu arquivar
os inquéritos relativos às denúncias do Sporting sobre as ofertas
do Benfica aos árbitros. Interessa-me apenas sublinhar esta frase
englobada no teor da decisão: "O
Kit Eusébio poderá chegar ao valor de 59,90 euros, a que
acresceria, caso fosse usado, o voucher
para quatro refeições".
Se
dúvidas houvesse, aqui está a confirmação de que os vouchers eram
mesmo para refeições. Esta sempre foi a grande batalha dos
benfiquistas, tentar demonstrar, sem sucesso, que os vouchers se
destinavam apenas a visitar o museu.
3
- Taarabt ganha 193 mil euros/mês e a sua aquisição custou cerca
de 3 milhões, dos quais 1 milhão para o empresário Kia
Joorabchian, muito conhecido da justiça brasileira e portuguesa. Cá
devido à transferência do jogador Ramires. Atentem bem:
Kia
é acusado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal
de Lisboa por
diversos crimes, entre eles lavagem de dinheiro, fraude, estelionato
e apropriação indébita.
(...)
Uma venda casada envolvendo Cruzeiro, Joinville, Benfica e Chelsea,
em que a Jazzy Limited, uma das empresas da “organização”, que
tem Kia como alegado proprietário, teria lucrado 9 milhões de
Euros.
(...)
Na sequencia, assim que Ramires chegou ao Benfica, Kia Joorabchian,
segundo as investigações, acertou com a equipe portuguesa que
conseguiria as cinco convocações necessárias do atleta à Seleção
Brasileira, para que pudessem transferi-lo a Inglaterra, onde já
havia se acertado com Roman Abramovich, que pagaria 30 milhões de
Euros, supostamente a serem “lavados”.
Em
conseguindo as convocações, Kia teria direito a comprar 50% de
Ramires, por intermédio da Jazzy Limited, pagando 6 milhões de
Euros, com lucro imediato, e, “estranhamente” consentido entre as
partes, de 9 milhões de Euros.
E
foi o que aconteceu.
terça-feira, janeiro 26
Obrigado, mas não.
Os clubes grandes têm conseguido fazer algumas coisas engraçadas, utlizando muitas vezes o mundo digital para passar algumas mensagens. Este exemplo, contudo, é de gosto duvidoso e a mensagem que transmite é de uma tacanhez atroz.
A grandeza de um clube, seja ele qual for, não se constrói olhando apenas para o seu umbigo. Todos os clubes se acham vítimas da comunicação social, mas todos os clubes utilizam essa comunicação social para passar as suas mensagens. E o Sporting, nesse campo, tem feito um trabalho bastante eficaz, diga-se, com um pequeno exército que pulula nas redes sociais, todos os dias.
O Vasco não vive, ainda, na Coreia do Norte. E o Vasco gostará, eventualmente, de ler e ouvir opiniões antagónicas às versões oficiais. O Vasco gosta do Clube, mas quer que o Clube seja cada vez maior e que não se desligue do mundo exterior.
Este texto aplica-se na perfeição também a Benfica e FCP, clubes que têm apostado numa contra-informação constante que prejudica, essencialmente, os próprios adeptos. As versões oficiais, como lhes chamam, são muitas vezes mentiras encapotadas, e verdades mal amanhadas.
Obrigado, mas não.
A grandeza de um clube, seja ele qual for, não se constrói olhando apenas para o seu umbigo. Todos os clubes se acham vítimas da comunicação social, mas todos os clubes utilizam essa comunicação social para passar as suas mensagens. E o Sporting, nesse campo, tem feito um trabalho bastante eficaz, diga-se, com um pequeno exército que pulula nas redes sociais, todos os dias.
O Vasco não vive, ainda, na Coreia do Norte. E o Vasco gostará, eventualmente, de ler e ouvir opiniões antagónicas às versões oficiais. O Vasco gosta do Clube, mas quer que o Clube seja cada vez maior e que não se desligue do mundo exterior.
Este texto aplica-se na perfeição também a Benfica e FCP, clubes que têm apostado numa contra-informação constante que prejudica, essencialmente, os próprios adeptos. As versões oficiais, como lhes chamam, são muitas vezes mentiras encapotadas, e verdades mal amanhadas.
Obrigado, mas não.
segunda-feira, janeiro 25
Este Porto é impagável!!!
Marega e José Sá reforçam dragões. O Sporting tem rapidamente de mostra interesse em Marco Baixinho, do Paços. Ainda daria tempo para o Porto "roubá-lo". Então, Danilo, Suk, Marega, Ciclismo e José Sá. O Porto antes desviava artigos de luxo. Agora qualquer coisa serve. Ou é desespero ou o Sporting está a trabalhar muito bem...
http://www.abola.pt/clubes/ver.aspx?t=5&id=594280
Julen Peseiregui
Queremos sempre ser chamados pelo próprio nome. Pode haver alcunhas que gostamos e que reforçam as nossas qualidades, mas não as havendo preferimos inevitavelmente que nos chamem pelo nome certo. Foi mais ou menos isto, trocando-se os nomes por ideias, que José Peseiro garantiu na sua apresentação, quando lembrou (imagine-se lá) que ele e Lopetegui são pessoas diferentes e que, por isso mesmo, pensam de maneira diferente. E a julgar pelo FC Porto-Marítimo a velocidade de pensamento também deve ser bastante diferente, visto que José Peseiro não perdeu tempo para alterar o coração do modelo-de-jogo dos dragões. Um transplante que acabou rejeitado pela própria equipa e que podia fazer com que o cirurgião se espalhasse ao comprido, logo na primeira tentativa.
À vista desarmada estava lá o sistema (esse mesmo, o preferido desta época por Lopetegui, com duplo-pivot e tudo), a posse (essa maluca) e até o onze. Mas Peseiro mudou. E bastante. Para que não o confundam com um Julen Peseiregui qualquer, o coruchense deu dois treinos de bisturi em punho e acabou com as lateralizações. Queria ele! Mas até que o FC Porto voltasse à matriz do ano e meio anterior (ou dos últimos 6 meses se não esquecermos todas as mudanças no onze base) foram precisas uma boa dúzia de perdas de bola comprometedoras e um par de assaltos insulares à área portista (com um deles a ser travado pelo travessão da baliza de Casillas) para a equipa ir, assim que timidamente e a pouco e pouco, quase sem ninguém ver, ir retomando velhos hábitos. Sim, Peseiro fez aquilo que se pede. Qualquer portista nervoso (daqueles que acham que o Boavista é uma equipa do CNS) já sabe que a coisa andar de lado a lado não dá com nada. E depois da entrevista do presidente, então...
Bem informados que estão os portistas sobre as variações do centro de jogo, resta lembrar porque Lopetegui não abdica delas. É que enquanto a bola anda de um lado ou outro, as zonas centrais mais preenchidas pelo adversário não a cheiram - não podendo por isso roubá-la e disparar até à área contrária. Com todos os problemas ofensivos que isso causa (que não são poucos, mas que já referi tanta e tanta vez aqui no último ano e meio) a defesa do FC Porto, mesmo parecendo uma casa a arder, foi sempre pouco batida com as ideias de Julen. E, ontem, Peseiro deve se ter lembrado, umas poucas de vezes, porquê. É que enquanto o coruchense arcava com a pesada missão de devolver ao clube tudo aquilo que ele perdeu nos últimos dois anos e meio, por pouco a pressa não o fazia estampar-se na primeira curva.
É que ao pedir aos centrais para assumirem a saída, posicionando os médios onde mais dói ao adversário, e proibindo (não há melhor palavra) a lateralização, foi o próprio técnico que causou o excessivo risco que um Porto de coração na mão correu durante toda a primeira metade. Foram dezenas as perdas de bola, de um trio de médios que não está habituado a jogar de costas para o jogo, nem a segurar bolas, ao mesmo tempo que tem de pensar e decidir... entre-linhas. Uma coisa é escondermo-nos fora do bloco, onde sem oposição se pode ter bola e tempo para decidir. Outra é ter três, a quatro, cães de caça, a morder-nos os calcanhares por causa de uma redondinha. Os melhores médios do Mundo jogam aí. Mas até os melhores de Ligas como a Portuguesa devem também jogar aí. Resta saber se o FC Porto tem mesmo desses médios, ou se as perdas de bola - que deixaram o Marítimo bem confortável no jogo - ocorreram por falta de rotinas.
Assim, querendo rapidamente impor a sua marca, Peseiro correu um risco que todos os portistas queriam ver corrido. No entanto as consequências não vão os supporters arcar com elas, tendo José Peseiro de pensar duas vezes antes de pedir à equipa aquilo que ela não lhe pode dar. E se no fim o técnico lembrou que "sem treinos não se podem pedir coisas", talvez essa seja uma boa ideia para ir lembrando de fim-de-semana a fim-de-semana. É que a juntar à distância pontual e ao pouco tempo, desta Peseiro não estava à espera: há que também saber ser, durante algum tempo, Julen Peseiregui. Mais a mais porque, frente ao FC Porto, todo e qualquer adversário já não tem respeito nem medo. E por isso não recua, pressiona! Aí, as laterais dão jeito - desde que não se caia no típico pensamento a preto e branco que proíbe uma (jogar sempre pelos flancos) ou outra (jogar sempre pelo meio). O campo é para usar todo. Não vais ver lenços brancos por isso, Zé.
À vista desarmada estava lá o sistema (esse mesmo, o preferido desta época por Lopetegui, com duplo-pivot e tudo), a posse (essa maluca) e até o onze. Mas Peseiro mudou. E bastante. Para que não o confundam com um Julen Peseiregui qualquer, o coruchense deu dois treinos de bisturi em punho e acabou com as lateralizações. Queria ele! Mas até que o FC Porto voltasse à matriz do ano e meio anterior (ou dos últimos 6 meses se não esquecermos todas as mudanças no onze base) foram precisas uma boa dúzia de perdas de bola comprometedoras e um par de assaltos insulares à área portista (com um deles a ser travado pelo travessão da baliza de Casillas) para a equipa ir, assim que timidamente e a pouco e pouco, quase sem ninguém ver, ir retomando velhos hábitos. Sim, Peseiro fez aquilo que se pede. Qualquer portista nervoso (daqueles que acham que o Boavista é uma equipa do CNS) já sabe que a coisa andar de lado a lado não dá com nada. E depois da entrevista do presidente, então...
Bem informados que estão os portistas sobre as variações do centro de jogo, resta lembrar porque Lopetegui não abdica delas. É que enquanto a bola anda de um lado ou outro, as zonas centrais mais preenchidas pelo adversário não a cheiram - não podendo por isso roubá-la e disparar até à área contrária. Com todos os problemas ofensivos que isso causa (que não são poucos, mas que já referi tanta e tanta vez aqui no último ano e meio) a defesa do FC Porto, mesmo parecendo uma casa a arder, foi sempre pouco batida com as ideias de Julen. E, ontem, Peseiro deve se ter lembrado, umas poucas de vezes, porquê. É que enquanto o coruchense arcava com a pesada missão de devolver ao clube tudo aquilo que ele perdeu nos últimos dois anos e meio, por pouco a pressa não o fazia estampar-se na primeira curva.
É que ao pedir aos centrais para assumirem a saída, posicionando os médios onde mais dói ao adversário, e proibindo (não há melhor palavra) a lateralização, foi o próprio técnico que causou o excessivo risco que um Porto de coração na mão correu durante toda a primeira metade. Foram dezenas as perdas de bola, de um trio de médios que não está habituado a jogar de costas para o jogo, nem a segurar bolas, ao mesmo tempo que tem de pensar e decidir... entre-linhas. Uma coisa é escondermo-nos fora do bloco, onde sem oposição se pode ter bola e tempo para decidir. Outra é ter três, a quatro, cães de caça, a morder-nos os calcanhares por causa de uma redondinha. Os melhores médios do Mundo jogam aí. Mas até os melhores de Ligas como a Portuguesa devem também jogar aí. Resta saber se o FC Porto tem mesmo desses médios, ou se as perdas de bola - que deixaram o Marítimo bem confortável no jogo - ocorreram por falta de rotinas.
Assim, querendo rapidamente impor a sua marca, Peseiro correu um risco que todos os portistas queriam ver corrido. No entanto as consequências não vão os supporters arcar com elas, tendo José Peseiro de pensar duas vezes antes de pedir à equipa aquilo que ela não lhe pode dar. E se no fim o técnico lembrou que "sem treinos não se podem pedir coisas", talvez essa seja uma boa ideia para ir lembrando de fim-de-semana a fim-de-semana. É que a juntar à distância pontual e ao pouco tempo, desta Peseiro não estava à espera: há que também saber ser, durante algum tempo, Julen Peseiregui. Mais a mais porque, frente ao FC Porto, todo e qualquer adversário já não tem respeito nem medo. E por isso não recua, pressiona! Aí, as laterais dão jeito - desde que não se caia no típico pensamento a preto e branco que proíbe uma (jogar sempre pelos flancos) ou outra (jogar sempre pelo meio). O campo é para usar todo. Não vais ver lenços brancos por isso, Zé.
sábado, janeiro 23
Convincente
Se, a acreditar no Luís, o Benfica foi apenas razoável, já o Sporting fez um grandíssimo jogo. Dominou por completo o Paços, realizando uma das exibições mais sólidas da época. Todos os jogadores mostraram uma grande atitude e personalidade. Mesmo quando o Paços marcou o 1-2, (injustamente porque nada fez para merecer marcar), o Sporting não abanou minimamente e fez rapidamente o 1-3.
E ainda mais brilhante que a exibição da equipa foi a exibição dos adeptos. Não se calaram um minuto.
E ainda mais brilhante que a exibição da equipa foi a exibição dos adeptos. Não se calaram um minuto.
Benfica suficiente.
Jogo apenas razoável do Benfica. O Arouca acusou o golo madrugador e foi sempre incapaz de dar luta. Com o Cardozo teriam sido 6-1. Este era o jogo mais fácil dos próximos tempos. A defesa esteve toda bem, pena que Eliseu nunca tenha passado do meio campo. Boa exibição de Samaris, Renato, e Pizzi. O resto foi tudo muito confuso, com falhanços escandalosos. Contudo, a equipa mostra grande facilidade em criar oportunidades. 50 mil nas bancadas.
sexta-feira, janeiro 22
SADico e Peseirista
A entrevista, dada por Pinto da Costa quinta-feira à noite no Porto Canal, não foi para todos. Como, de resto, todas as outras que Jorge Nuno já teve a gentileza de oferecer, esta foi mais uma vez para a maioria sedenta de vitórias que ele e mais uns poucos criaram. Desde o encostanço a Lopetegui - afinal PC está do vosso lado, não se esqueçam - às contratações - com Imbula, Adrián e Suk na mira -, o presidente da SAD portista foi a terreiro segurar o monstro. Esse, que ameaça dar cabo de outro projecto antes do tempo (bastou uma olhadela pela 'bluegosfera' depois do anúncio do novo técnico), está cada vez mais difícil de imobilizar, e como tal o adepto Jorge Nuno teve de fazer nova aparição.
Ora, tal como esperei de Julen Lopetegui, também espero mais de Pinto da Costa. Se em relação ao jogo do basco esperei sempre uma adaptação ao futebol moderno (e não português, como dizem por aí) que nunca apareceu, de Pinto da Costa espero uma maior abrangência. Em relação a Julen, os jogos passavam e os centrais continuavam recuados a oferecer a possibilidade de perder bolas perto da sua baliza. Com medo, os laterais faziam-lhes guarda já à espera dessas perdas. E o trinco, esse, raramente descia para alargar a saída-de-bola, dar-lhe mais critério, e provocar superioridade numérica - assim como nunca estava onde deveria estar na perda da bola. Mas, lembro novamente, os jogos passavam e mostras de evolução eram, como diria Jorge Jesus, zero. Depois, o futebol de lado a lado, lembrado ontem por PC, não contemplava nada mais do que o jogo-exterior. Com Julen esperou-se sempre um milagre, mas o que é certo é que esse futebol - que nunca mudou - já existia na rojita - jogos que até um comum mortal como eu teve acesso.
Passar a bola, de um lado ao outro, já era norma de Lopetegui, bem antes da sua contratação. Lembro de novo que um comum mortal (amador e que só quer saber umas coisas) teve acesso a essa ideologia. Na sua ignorância foi esperando, desde o jogo de apresentação frente ao Saint Étienne (0-0) que a evolução se fizesse. Mas um presidente da SAD não é, nem tem de ser, um amador sem responsabilidades na escolha. Já ali, em junho de 2014, Lopetegui teria de dar garantias de ser mais evoluído que Vítor Pereira ou Jorge Jesus (ou pelo menos estar ao nível). Parece-me, claramente, que essa não foi uma exigência. O erro foi claro e não foi assim tão assumido, ontem à noite, como se possa pensar.
Quase toda a entrevista, de resto, foi um atirar de culpas para o ex-técnico, sem lembrar nenhuma das coisas boas que o mesmo trouxe. É que, quer queiramos, quer não, Julen Lopetegui foi uma evolução em relação a Paulo Fonseca, trazendo de novo um pouco daquilo que se procura com José Peseiro: dominar em qualquer campo. Em Lille e em Basel - como com Sporting e Bayern, no Dragão - conseguiram-se jogos aproximados àquilo que um comum portista pede- e que garantiram a continuidade do técnico. Depois não houve evolução - como já referi - e os adversários e os próprios jogadores foram percebendo as falhas de um modelo que, por mais que Julen dissesse que 'lo queria todo' (defender melhor, atacar melhor), nunca evoluiu. Ontem, PC nunca poderia elogiar Lopetegui como o fez até à altura do seu despedimento. Mas não o tendo feito abriu espaço a que se desconfie de tudo o que ele disse em relação a outros pontos importantes da actualidade azul e branca: foi Peseiro a primeira escolha? foi escolhido com base no modelo? foi Sérgio Conceição contactado? Antero e Alexandre são compatíveis?
Até o (esperado) anúncio da recandidatura foi para o Tribunal. De resto algo interessante mas que não percebi (sou um amador, lembram-se?): a guerra entre o Sporting e Benfica é uma coisa quase encenada. Seja lá o que PC quisesse ter dito, importa lembrar que a SAD do FC Porto não é nem mais, nem menos competente, do que aquando da conquista do último campeonato. Somou-lhe dois erros crassos - em que não percebeu o contexto técnico e táctico actual da Liga - mas o que realmente precisou sempre - assim como Benfica e Sporting - foi de um treinador capaz de rentabilizar da melhor forma o talento disponível no plantel. Ou se quisermos dizê-lo de uma forma que a SAD entenda: de um treinador que rentabilize da melhor forma os activos disponíveis. É José Peseiro o homem? Para já, fora de campo, começou bem. Mas lá para maio teremos uma melhor visão sobre um treinador que foi escolhido para ano e meio (como teria de ser, visto que a confiança da SAD no técnico nunca se faria com um contrato de seis meses).
Ora, tal como esperei de Julen Lopetegui, também espero mais de Pinto da Costa. Se em relação ao jogo do basco esperei sempre uma adaptação ao futebol moderno (e não português, como dizem por aí) que nunca apareceu, de Pinto da Costa espero uma maior abrangência. Em relação a Julen, os jogos passavam e os centrais continuavam recuados a oferecer a possibilidade de perder bolas perto da sua baliza. Com medo, os laterais faziam-lhes guarda já à espera dessas perdas. E o trinco, esse, raramente descia para alargar a saída-de-bola, dar-lhe mais critério, e provocar superioridade numérica - assim como nunca estava onde deveria estar na perda da bola. Mas, lembro novamente, os jogos passavam e mostras de evolução eram, como diria Jorge Jesus, zero. Depois, o futebol de lado a lado, lembrado ontem por PC, não contemplava nada mais do que o jogo-exterior. Com Julen esperou-se sempre um milagre, mas o que é certo é que esse futebol - que nunca mudou - já existia na rojita - jogos que até um comum mortal como eu teve acesso.
Passar a bola, de um lado ao outro, já era norma de Lopetegui, bem antes da sua contratação. Lembro de novo que um comum mortal (amador e que só quer saber umas coisas) teve acesso a essa ideologia. Na sua ignorância foi esperando, desde o jogo de apresentação frente ao Saint Étienne (0-0) que a evolução se fizesse. Mas um presidente da SAD não é, nem tem de ser, um amador sem responsabilidades na escolha. Já ali, em junho de 2014, Lopetegui teria de dar garantias de ser mais evoluído que Vítor Pereira ou Jorge Jesus (ou pelo menos estar ao nível). Parece-me, claramente, que essa não foi uma exigência. O erro foi claro e não foi assim tão assumido, ontem à noite, como se possa pensar.
Quase toda a entrevista, de resto, foi um atirar de culpas para o ex-técnico, sem lembrar nenhuma das coisas boas que o mesmo trouxe. É que, quer queiramos, quer não, Julen Lopetegui foi uma evolução em relação a Paulo Fonseca, trazendo de novo um pouco daquilo que se procura com José Peseiro: dominar em qualquer campo. Em Lille e em Basel - como com Sporting e Bayern, no Dragão - conseguiram-se jogos aproximados àquilo que um comum portista pede- e que garantiram a continuidade do técnico. Depois não houve evolução - como já referi - e os adversários e os próprios jogadores foram percebendo as falhas de um modelo que, por mais que Julen dissesse que 'lo queria todo' (defender melhor, atacar melhor), nunca evoluiu. Ontem, PC nunca poderia elogiar Lopetegui como o fez até à altura do seu despedimento. Mas não o tendo feito abriu espaço a que se desconfie de tudo o que ele disse em relação a outros pontos importantes da actualidade azul e branca: foi Peseiro a primeira escolha? foi escolhido com base no modelo? foi Sérgio Conceição contactado? Antero e Alexandre são compatíveis?
Até o (esperado) anúncio da recandidatura foi para o Tribunal. De resto algo interessante mas que não percebi (sou um amador, lembram-se?): a guerra entre o Sporting e Benfica é uma coisa quase encenada. Seja lá o que PC quisesse ter dito, importa lembrar que a SAD do FC Porto não é nem mais, nem menos competente, do que aquando da conquista do último campeonato. Somou-lhe dois erros crassos - em que não percebeu o contexto técnico e táctico actual da Liga - mas o que realmente precisou sempre - assim como Benfica e Sporting - foi de um treinador capaz de rentabilizar da melhor forma o talento disponível no plantel. Ou se quisermos dizê-lo de uma forma que a SAD entenda: de um treinador que rentabilize da melhor forma os activos disponíveis. É José Peseiro o homem? Para já, fora de campo, começou bem. Mas lá para maio teremos uma melhor visão sobre um treinador que foi escolhido para ano e meio (como teria de ser, visto que a confiança da SAD no técnico nunca se faria com um contrato de seis meses).
quinta-feira, janeiro 21
Curtas
1 - O Sporting está, pelos vistos, activo no mercado. Damião, Diagne, Alexandre Pato... Digamos que este último seria uma contratação fantástica mas não me parece realista. Também para o centro da defesa deverá chegar um central experiente, segundo indicação de Bruno de Carvalho ontem. Hoje chega a notícia que poderão também haver mudanças na baliza. Não no titular mas no suplente. Boeck deverá regressar ao Brasil, emprestado, e chegaria José Sá, do Marítimo.
Quero aqui alongar-me um pouco sobre o guarda-redes brasileiro. Excelente profissional, sempre com grande dedicação ao clube e, parece-me, um dos elementos essenciais no balneário. Sempre ciente da sua posição de suplente, com certeza ajudou muito na evolução de Rui Patrício. Faz bem em sair, precisa de demonstrar a sua qualidade, jogando com regularidade. É que jogando esporadicamente, como fazia, estava sujeito a errar mais e a dar a sensação de guarda-redes pouco fiável, o que não corresponde à realidade. O Boeck titular do Marítimo era um óptimo keeper. Independentemente do número de jogos que fez de leão ao peito, vai deixar saudades.
2 - Acabou mais uma jornada da Taça da Liga, essa competição em que se tem tudo a perder e nada a ganhar. Digo isto no sentido em que os clubes desvalorizam por gestão de prioridades e os adeptos desvalorizam por ser... a Taça da Liga. Mas o problema é que esta Taça só não é importante quando se ganha. Quando se perde, parece que de repente é uma prioridade.
Posto isto, o Porto está fora, o Sporting quase... Benfica e Braga não estão garantidos nas meias finais pois não é descabido que percam em Moreira de Cónegos e Vila do Conde, respectivamente. Ainda para mais se colocarem jogadores pouco utilizados.
3 - Será que o Porto vai mesmo conseguir despachar Imbula para o Stoke por 20 milhões, como noticia a imprensa hoje? Seria incrível, pelo menos enquanto o Football Leaks não mostrasse os documentos...
4 - Por falar em Football Leaks, foi divulgado um acordo entre o Benfica e a empresa que intermediou a compra de Grimaldo pelos encarnados. O Benfica vai pagar 700 mil euros a essa empresa durante o contrato do lateral espanhol. 75 mil na assinatura e 125 mil por ano até final do contrato. Não é demasiado dinheiro? Se ao menos se chamasse Cristiano Grimaldo...
Quero aqui alongar-me um pouco sobre o guarda-redes brasileiro. Excelente profissional, sempre com grande dedicação ao clube e, parece-me, um dos elementos essenciais no balneário. Sempre ciente da sua posição de suplente, com certeza ajudou muito na evolução de Rui Patrício. Faz bem em sair, precisa de demonstrar a sua qualidade, jogando com regularidade. É que jogando esporadicamente, como fazia, estava sujeito a errar mais e a dar a sensação de guarda-redes pouco fiável, o que não corresponde à realidade. O Boeck titular do Marítimo era um óptimo keeper. Independentemente do número de jogos que fez de leão ao peito, vai deixar saudades.
2 - Acabou mais uma jornada da Taça da Liga, essa competição em que se tem tudo a perder e nada a ganhar. Digo isto no sentido em que os clubes desvalorizam por gestão de prioridades e os adeptos desvalorizam por ser... a Taça da Liga. Mas o problema é que esta Taça só não é importante quando se ganha. Quando se perde, parece que de repente é uma prioridade.
Posto isto, o Porto está fora, o Sporting quase... Benfica e Braga não estão garantidos nas meias finais pois não é descabido que percam em Moreira de Cónegos e Vila do Conde, respectivamente. Ainda para mais se colocarem jogadores pouco utilizados.
3 - Será que o Porto vai mesmo conseguir despachar Imbula para o Stoke por 20 milhões, como noticia a imprensa hoje? Seria incrível, pelo menos enquanto o Football Leaks não mostrasse os documentos...
4 - Por falar em Football Leaks, foi divulgado um acordo entre o Benfica e a empresa que intermediou a compra de Grimaldo pelos encarnados. O Benfica vai pagar 700 mil euros a essa empresa durante o contrato do lateral espanhol. 75 mil na assinatura e 125 mil por ano até final do contrato. Não é demasiado dinheiro? Se ao menos se chamasse Cristiano Grimaldo...
terça-feira, janeiro 19
Olhar primeiro para dentro, e só depois contestar o que acontece lá fora...
A exibição da equipa hoje, mas principalmente a atitude de jogadores como Téo, Aquilani, William, Paulo Oliveira, Mané e muitos outros é algo que envergonha qualquer sportinguista.
Não sei quanto ganha esta gente toda junta, mas num clube como o Sporting, que está a conseguir uma recuperação económica e desportiva muito a custo, apresentar uma exibição destas é algo absolutamente pornográfico.
Se calhar, alguém devia repensar a actual estratégia do clube. Não digo que o que esteja a acontecer lá fora, não seja criticavel principalmente pelos interesses montados num só sentido.
Mas antes talvez fosse boa ideia, dizer a muita gente cá em casa, que jogar bem á bola não é só contra o Benfica, Porto, Braga ou Besitkas.
Não aprendemos nada com o Skanderbeu, União ou Tondela e hoje tivemos novamente a mesma lição contra o Portimonense.
Pergunto apenas, até quando continuaremos a cometer o mesmo erro?
Não sei quanto ganha esta gente toda junta, mas num clube como o Sporting, que está a conseguir uma recuperação económica e desportiva muito a custo, apresentar uma exibição destas é algo absolutamente pornográfico.
Se calhar, alguém devia repensar a actual estratégia do clube. Não digo que o que esteja a acontecer lá fora, não seja criticavel principalmente pelos interesses montados num só sentido.
Mas antes talvez fosse boa ideia, dizer a muita gente cá em casa, que jogar bem á bola não é só contra o Benfica, Porto, Braga ou Besitkas.
Não aprendemos nada com o Skanderbeu, União ou Tondela e hoje tivemos novamente a mesma lição contra o Portimonense.
Pergunto apenas, até quando continuaremos a cometer o mesmo erro?
segunda-feira, janeiro 18
Exige-se castigo.
"Podem ter a certeza que lhe disse o que nem o pior inimigo lhe diria […] Só não lhe dei um chuto no rabo porque, olhando para a figura dele, tive medo que ele gostasse», relatou Bruno de Carvalho."
Bruno de Carvalho perdeu, há muito, as estribeiras. Já nem dá para achar uma certa graça. Ao dia de hoje é, apenas, mais um incendiário sem nível, provocador sem paralelo.
O comportamento do presidente do Sporting envergonha muitos sportinguistas. Mas enquanto tudo não passava das atoardas diárias, ainda se ia disfarçando. Mas o que não se pode disfarçar mais é a forma violenta como encara o desporto, sendo o primeiro a dar o exemplo, não só com conversas sem sentido mas também com palavras ofensivas e que podem custar muito ao Clube.
O que aconteceu na sexta-feira não pode passar em claro. É giro passarmos três dias inteiros a falar de penaltis e vermelhos, mas ninguém se pode esquecer do que aconteceu junto ao fiscal de linha, que culminou com Jorge Jesus a tentar baixar o braço ao árbitro assistente, numa clara violaçao das regras e que tem de ser punida.
Bruno de Carvalho perdeu, há muito, as estribeiras. Já nem dá para achar uma certa graça. Ao dia de hoje é, apenas, mais um incendiário sem nível, provocador sem paralelo.
O comportamento do presidente do Sporting envergonha muitos sportinguistas. Mas enquanto tudo não passava das atoardas diárias, ainda se ia disfarçando. Mas o que não se pode disfarçar mais é a forma violenta como encara o desporto, sendo o primeiro a dar o exemplo, não só com conversas sem sentido mas também com palavras ofensivas e que podem custar muito ao Clube.
O que aconteceu na sexta-feira não pode passar em claro. É giro passarmos três dias inteiros a falar de penaltis e vermelhos, mas ninguém se pode esquecer do que aconteceu junto ao fiscal de linha, que culminou com Jorge Jesus a tentar baixar o braço ao árbitro assistente, numa clara violaçao das regras e que tem de ser punida.
Quase?
José Peseiro. Lê-se o nome e imediatamente se sente uma série de coisas. Bom futebol? muito. Sou um fã, aliás. Porque de Peseiro recordo algo que muito me apraz: impõe a sua filosofia em qualquer campo. Não será preciso recordar o banho de bola do seu Sporting ao Feyenoord, na Banheira, ou sublinhar o incrível jogo do seu Braga em Old Trafford - para não ir mais fundo ao baú. Contudo (lá está), falar de Peseiro é falar de 'pés-frios', de 'quases' e outras coisas cheias de explicações quase (lá está) ocultas e esotéricas. A verdade é que faltou sempre algo a José Peseiro, sendo que a única real hipótese que teve de ser campeão foi no seu (quase) reinado em Alvalade. No FC Porto, Peseiro terá uma oportunidade única de transcender essa realidade/mito (riscar o que não interessa) e confirmar-se como um talentoso treinador, forte em todos os momentos do jogo (com algumas dúvidas em relação aos momentos defensivos), mas com outro senão: a liderança. Será o momento do FC Porto, e a pressão de um contrato de '4 meses e meio', ideal para alguém como o coruchense? Isso... cof, será sempre para os Zandingas responderem. O que será certo é que o FC Porto jogará nos três corredores, defenderá à zona as bolas paradas, e poderá, até, utilizar o losango como sistema preferencial. De um tiro no escuro, o FC Porto sairá com maior qualidade de jogo da era Lopetegui. Se sairá também campeão? Perguntem ao Zandinga.
É quase uma boa foto, não é?
A chegada do ex-Al-Ahly à Invicta pode também servir para trazer aos tempos modernos aquela coisa muito anos 90, e também muito 2005, que no FC Porto, há de facto, melhores condições para os técnicos se afirmarem. Já sabemos que a explosão de Jorge Jesus (via Benfica e agora Sporting) elevou o nível, mas haverá algo de verdadeiro na ideia de quem jurava a pés juntos que era mais fácil ser campeão no Porto do que noutro lado? Antes de JJ já sabemos que Jesualdo fez no Porto aquilo que não fez na Luz. Mas, havendo um antes e depois de Jesus no cenário futebolístico português, aquilo que Peseiro emprestará ao Dragão servirá para reacender-lhe a chama? Mais a mais, com uma desvantagem de cinco pontos e com o Tribunal a ferver com cada passe errado...
O FC Porto sai assim da novela de ano-novo por cima a nível de modelo-de-jogo, mas com dúvidas no que toca à união de um portismo sonâmbulo, infantil e mimado. Exigir-se-á um discurso motivador e marcante sempre sublinhado com um futebol de encher o olho, para quem já tem saudades, como os portistas, de ocupar o meio-campo adversário... na Luz. Até lá, quatro jogos de Liga que não serão para aquecer, visto que o FC Porto não tem qualquer margem de erro. Bem-vindos ao maior desafio da carreira de José Peseiro. Bem-vindos à Grande Lotaria FC Porto 15/16.
É quase uma boa foto, não é?
A chegada do ex-Al-Ahly à Invicta pode também servir para trazer aos tempos modernos aquela coisa muito anos 90, e também muito 2005, que no FC Porto, há de facto, melhores condições para os técnicos se afirmarem. Já sabemos que a explosão de Jorge Jesus (via Benfica e agora Sporting) elevou o nível, mas haverá algo de verdadeiro na ideia de quem jurava a pés juntos que era mais fácil ser campeão no Porto do que noutro lado? Antes de JJ já sabemos que Jesualdo fez no Porto aquilo que não fez na Luz. Mas, havendo um antes e depois de Jesus no cenário futebolístico português, aquilo que Peseiro emprestará ao Dragão servirá para reacender-lhe a chama? Mais a mais, com uma desvantagem de cinco pontos e com o Tribunal a ferver com cada passe errado...
O FC Porto sai assim da novela de ano-novo por cima a nível de modelo-de-jogo, mas com dúvidas no que toca à união de um portismo sonâmbulo, infantil e mimado. Exigir-se-á um discurso motivador e marcante sempre sublinhado com um futebol de encher o olho, para quem já tem saudades, como os portistas, de ocupar o meio-campo adversário... na Luz. Até lá, quatro jogos de Liga que não serão para aquecer, visto que o FC Porto não tem qualquer margem de erro. Bem-vindos ao maior desafio da carreira de José Peseiro. Bem-vindos à Grande Lotaria FC Porto 15/16.
Portismo procura-se
Não está nos adeptos, desculpem - aqueles que ainda assim reclamam mais por ele, mas que, desculpem de novo, não sabem o que é. Não está nos jogadores, que, 'pobres coitados', cumprem com o caminho que lhes mostram, não tendo ninguém - ao contrário do que se tem feito - de lhes apontar a vontade de vencer. Mas vencer e, sobretudo, saber vencer, são outra coisa, independente de vontades. Que eles correm e tentam, ficou em Guimarães bem evidente, e a falta de portismo que se lhes aqui aponta é só por não saberem como. Pudera. Isto porque, dizia, o portismo deste hiato de quase três anos também não está no(s) treinador(es). Não esteve em Fonseca, não esteve em Lopetegui, assim como não está em Rui Barros - que me desculpe este enorme senhor, grande profissional, que ontem, por razões que vou explicar abaixo, acabou por confirmar a sua inaptidão para técnico principal dos dragões. E, é óbvio, não está na SAD que confirma também o seu método 'tiro de sorte', tornando a escolha do treinador no ponto mais importante dos acima referidos. Hoje, Adriaanse não seria campeão, Jesualdo idem, Fernando Santos e Carlos Alberto Silva não chegariam. Sobram dois, ou três, para recriar aquilo que foi conquistado e não há visão para se ver isso noutros 'dois ou três' que andem por aí.
O treinador, dizia acima, tornou-se no ponto mais importante dos referidos, porque foi através dele(s) que a SAD manteve viva a chama das conquistas. Sabe-se hoje que a estrutura viveu às costas das vitórias dos técnicos que, por sua vez, formaram equipas 'à Porto'. Hoje, repito, muitas delas não chegariam para vencer a Liga, mas no actual estado de coisas, três delas conseguiram o objectivo principal - que é o de ser campeão nacional. Desfeito que está o Porto de um 'traidor' e de um 'banal com futebol monótono', ficou o dragão às mãos de Jorge Jesus. E é essa dependência que torna cada escolha de treinador como a questão principal da época. E como se viu, novamente, ontem, não é qualquer um que pega no FC Porto e entende aquilo que ele precisa. Assim, foram aproximadamente 90 os minutos que os dragões tiveram para dar a volta a um erro individual que causou desvantagem. E foram também aproximadamente esses mesmos minutos que confirmam, mais uma vez. todo o 1.º parágrafo: Portismo procura-se.
A desvantagem em futebol é uma coisa normal para um campeão. Talvez por isso Julen Lopetegui nunca o tenha sido, ele que virou um jogo uma única vez - ele que ocupou o 1.º lugar também por uma única vez e de forma bem fugaz. Rui Barros, nas duas primeiras metades no Bessa, mostrou melhorias que o FC Porto, quando pressionado, não soube manter. E ontem, frente a um adversário intenso, picado, e orgulhoso, todas elas ficaram à vista. Pior que isso, não foi preciso muito para travar - na maior parte do tempo - o dragão. Bastou um 2 para 2 na zona da saída-de-bola e um meio-campo pressionante, assim como uma organização defensiva solidária, e o FC Porto ficou, como sempre (desde o início da época), à toa. Saída a três? Laterais projectados? médios entre-linhas? Dá muito trabalho 'ser Porto'. Mais fácil é escrevê-lo a acabar os tweets.
Porém, a falta de visão não acaba aqui. Por toda a segunda metade, Corona - um dos mais talentosos da Liga - foi daqueles, também, que mais bola teve. Nada de mal aqui, não fosse o facto de, tal qual como com Lopetegui, o mexicano estar a fazer o trabalho... de um lateral. Ora, quando Silvestre Varela foi chamado, um portista à séria (ainda existem?) pensaria que o lateral-direito iria tomar banho mais cedo, entregando a linha ao extremo recém-entrado, passando Corona (um dos mais talentosos da Liga, lembro) a deambular com liberdade para chegar à área, salvando Aboubakar da ilha deserta que se tornou. Resultado real: Corona foi retirado de campo e Maxi foi subindo a conta-gotas ao invés de se fixar como extremo qual Layún do outro lado (e ainda assim o uruguaio criou perigo). Mas, mais, na iminência de ter que utilizar um plano B, Rui Barros continuou na senda das decisões tácticas que tantos dissabores têm causado ao FC Porto: o 4x4x2 clássico. Não pelos dois avançados - que também reclamei acima - mas pelo auto-aniquilar de um 'miolo' que já com três unidades é (sempre) comido por oposições mais intensas.
Assim, por mais simpatia que se tenha, não se pode dizer que o FC Porto fez tudo. Mais ainda, nunca se poderá dizer isso, quando todas as decisões (e falta delas) apontadas só travaram o FC Porto de si próprio, de ser aquilo que nos últimos anos só foi à custa de treinadores que nunca tomariam estas decisões e que teriam plano para tornear uma equipa que, repito, (só) foi solidária, agressiva e intensa, sendo o seu único rasgo táctico aquele que já todos perceberam: bloquear os dois centrais portistas na saída-de-bola - o que é suficiente para deixar o FC Porto desconfortável, intranquilo e... sem soluções. Depois, quando essa linha de pressão é ultrapassada, um 'amontoado' de jogadores solidários e com algumas noções defensivas faz o resto.
Hoje, Casillas carrega o peso disto tudo. Nas manchetes, nas conversas de café e... nos próximos cruzamentos para a área. Mas uma equipa 'à Porto' teria soluções para lhe oferecer a vitória e reafirmar a confiança que tem no seu guarda-redes - para o mal e para o bem, até porque já se sabe desde o início que o lugar é dele por decreto. E milhares serão os portistas que vão na conversa e que crucificarão aquele que, para o bem e para o mal, é um dos seus. Ao fim do texto, mais do que procurar o portismo, apetece-me perguntar se ele realmente existiu ou se foi emprestado pela mão de três ou quatro verdadeiros portistas sendo recolhido na hora das vitórias pelos restantes.
O treinador, dizia acima, tornou-se no ponto mais importante dos referidos, porque foi através dele(s) que a SAD manteve viva a chama das conquistas. Sabe-se hoje que a estrutura viveu às costas das vitórias dos técnicos que, por sua vez, formaram equipas 'à Porto'. Hoje, repito, muitas delas não chegariam para vencer a Liga, mas no actual estado de coisas, três delas conseguiram o objectivo principal - que é o de ser campeão nacional. Desfeito que está o Porto de um 'traidor' e de um 'banal com futebol monótono', ficou o dragão às mãos de Jorge Jesus. E é essa dependência que torna cada escolha de treinador como a questão principal da época. E como se viu, novamente, ontem, não é qualquer um que pega no FC Porto e entende aquilo que ele precisa. Assim, foram aproximadamente 90 os minutos que os dragões tiveram para dar a volta a um erro individual que causou desvantagem. E foram também aproximadamente esses mesmos minutos que confirmam, mais uma vez. todo o 1.º parágrafo: Portismo procura-se.
A desvantagem em futebol é uma coisa normal para um campeão. Talvez por isso Julen Lopetegui nunca o tenha sido, ele que virou um jogo uma única vez - ele que ocupou o 1.º lugar também por uma única vez e de forma bem fugaz. Rui Barros, nas duas primeiras metades no Bessa, mostrou melhorias que o FC Porto, quando pressionado, não soube manter. E ontem, frente a um adversário intenso, picado, e orgulhoso, todas elas ficaram à vista. Pior que isso, não foi preciso muito para travar - na maior parte do tempo - o dragão. Bastou um 2 para 2 na zona da saída-de-bola e um meio-campo pressionante, assim como uma organização defensiva solidária, e o FC Porto ficou, como sempre (desde o início da época), à toa. Saída a três? Laterais projectados? médios entre-linhas? Dá muito trabalho 'ser Porto'. Mais fácil é escrevê-lo a acabar os tweets.
Porém, a falta de visão não acaba aqui. Por toda a segunda metade, Corona - um dos mais talentosos da Liga - foi daqueles, também, que mais bola teve. Nada de mal aqui, não fosse o facto de, tal qual como com Lopetegui, o mexicano estar a fazer o trabalho... de um lateral. Ora, quando Silvestre Varela foi chamado, um portista à séria (ainda existem?) pensaria que o lateral-direito iria tomar banho mais cedo, entregando a linha ao extremo recém-entrado, passando Corona (um dos mais talentosos da Liga, lembro) a deambular com liberdade para chegar à área, salvando Aboubakar da ilha deserta que se tornou. Resultado real: Corona foi retirado de campo e Maxi foi subindo a conta-gotas ao invés de se fixar como extremo qual Layún do outro lado (e ainda assim o uruguaio criou perigo). Mas, mais, na iminência de ter que utilizar um plano B, Rui Barros continuou na senda das decisões tácticas que tantos dissabores têm causado ao FC Porto: o 4x4x2 clássico. Não pelos dois avançados - que também reclamei acima - mas pelo auto-aniquilar de um 'miolo' que já com três unidades é (sempre) comido por oposições mais intensas.
Assim, por mais simpatia que se tenha, não se pode dizer que o FC Porto fez tudo. Mais ainda, nunca se poderá dizer isso, quando todas as decisões (e falta delas) apontadas só travaram o FC Porto de si próprio, de ser aquilo que nos últimos anos só foi à custa de treinadores que nunca tomariam estas decisões e que teriam plano para tornear uma equipa que, repito, (só) foi solidária, agressiva e intensa, sendo o seu único rasgo táctico aquele que já todos perceberam: bloquear os dois centrais portistas na saída-de-bola - o que é suficiente para deixar o FC Porto desconfortável, intranquilo e... sem soluções. Depois, quando essa linha de pressão é ultrapassada, um 'amontoado' de jogadores solidários e com algumas noções defensivas faz o resto.
Hoje, Casillas carrega o peso disto tudo. Nas manchetes, nas conversas de café e... nos próximos cruzamentos para a área. Mas uma equipa 'à Porto' teria soluções para lhe oferecer a vitória e reafirmar a confiança que tem no seu guarda-redes - para o mal e para o bem, até porque já se sabe desde o início que o lugar é dele por decreto. E milhares serão os portistas que vão na conversa e que crucificarão aquele que, para o bem e para o mal, é um dos seus. Ao fim do texto, mais do que procurar o portismo, apetece-me perguntar se ele realmente existiu ou se foi emprestado pela mão de três ou quatro verdadeiros portistas sendo recolhido na hora das vitórias pelos restantes.
Curtas
1. Na sexta feira alertava para a necessidade de encarar o jogo com o Tondela com seriedade, entrar forte. A verdade é que o Sporting deu 30 minutos de avanço e colocou-se a jeito para a entrada em cena do sr. árbitro. O duplo erro (penalty e expulsão) deixou a equipa em situação muito complicada mas a equipa tem essa capacidade de, quando se motiva para tal, virar um jogo num instante. Foi o que aconteceu. A forma como o Sporting deu a volta ao jogo no início da 2ª parte foi notável. Infelizmente, uma falha, já habitual, de Jefferson, permitiu o empate ao último classificado.
Ainda assim, apesar da desilusão de perder pontos em casa com o Tondela, não há motivos para deixar de acreditar ou sequer ficar desanimado. Aliás, na minha perspectiva (e terei de engolir estas palavras caso esteja errado), o Sporting acaba esta jornada com mais um ponto de vantagem em relação ao seu verdadeiro concorrente pelo título.
2. Estava mais "confiante" em relação a uma vitória do Benfica do que o Luís, por exemplo. Já esperava, ainda que com 1-0 para o Estoril ao intervalo, mentiria se não tivesse alimentado esperanças de um desaire encarnado. Ainda que não acredite que este Benfica chegue ao título, espero sempre uma escorregadela. E nunca se sabe se pode acontecer com o Benfica o que aconteceu com o Sporting de Inácio. Ninguém dava nada por eles, e acabaram com o caneco na mão. Mas parece-me que a concorrência agora é melhor do que em 1999/2000.
3. Já em relação ao Guimarães-Porto, acreditava seriamente que o Porto deixaria pontos em Guimarães. E se o empate já agradava, a derrota agrada ainda mais. Será interessante verificar como estará a classificação daqui a quatro jornadas, quando chegar o Benfica-Porto...
Ainda assim, apesar da desilusão de perder pontos em casa com o Tondela, não há motivos para deixar de acreditar ou sequer ficar desanimado. Aliás, na minha perspectiva (e terei de engolir estas palavras caso esteja errado), o Sporting acaba esta jornada com mais um ponto de vantagem em relação ao seu verdadeiro concorrente pelo título.
2. Estava mais "confiante" em relação a uma vitória do Benfica do que o Luís, por exemplo. Já esperava, ainda que com 1-0 para o Estoril ao intervalo, mentiria se não tivesse alimentado esperanças de um desaire encarnado. Ainda que não acredite que este Benfica chegue ao título, espero sempre uma escorregadela. E nunca se sabe se pode acontecer com o Benfica o que aconteceu com o Sporting de Inácio. Ninguém dava nada por eles, e acabaram com o caneco na mão. Mas parece-me que a concorrência agora é melhor do que em 1999/2000.
3. Já em relação ao Guimarães-Porto, acreditava seriamente que o Porto deixaria pontos em Guimarães. E se o empate já agradava, a derrota agrada ainda mais. Será interessante verificar como estará a classificação daqui a quatro jornadas, quando chegar o Benfica-Porto...
domingo, janeiro 17
Priceless
O Cova da Piedade na TV com comentários de Paulo Futre e a voz mítica, cavernosa e tenebrosa de Costa Monteiro.
Por cada tondelense que chutar a relva outro apitará penalty
Aqui está. É reparar no pé direito do jogador do Tondela, antes do choque com Rui Patrício. #SportingCP pic.twitter.com/Z43xXezD92
— António Encarnação (@juniorenc) 15 janeiro 2016
sábado, janeiro 16
Benfica passa na Amoreira.
Primeira parte algo decepcionante, mesmo que tenhamos construído algumas boas oportunidades de golo. O Estoril rematou uma vez em todo o jogo e nunca se conseguiu impôr, nem em contra-ataque. Mérito do Benfica que nunca deixou de fazer pressão alta, mesmo depois de alcançada a reviravolta.
Raul tem de sair. Mitroglou é muito superior. O mexicano parece estar sempre ansioso e raramente toma uma boa decisão. De resto, uma equipa muito equilibrada na forma, com destaque para Pizzi (melhorou bastante mas continua a irritar-me solenemente na marcação de livres e cantos), Fejsa (dois excelentes jogos) e Jonas (se estivesse nos seus dias tinha metido mais três). Gostei também de Carcela, hoje. O Marroquino está menos individualista e mais criterioso no passe.
A arbitragem foi razoável, apesar do golo não validado ao Benfica.
Raul tem de sair. Mitroglou é muito superior. O mexicano parece estar sempre ansioso e raramente toma uma boa decisão. De resto, uma equipa muito equilibrada na forma, com destaque para Pizzi (melhorou bastante mas continua a irritar-me solenemente na marcação de livres e cantos), Fejsa (dois excelentes jogos) e Jonas (se estivesse nos seus dias tinha metido mais três). Gostei também de Carcela, hoje. O Marroquino está menos individualista e mais criterioso no passe.
A arbitragem foi razoável, apesar do golo não validado ao Benfica.
sexta-feira, janeiro 15
Munta fortes.
No passado dia 8 de janeiro, enquanto decorria a reunião em Alvalade
entre os representantes do Novo Banco e BCP com o presidente Bruno de
Carvalho, um grupo de adeptos do emblema leonino, de cara tapada,
juntou-se à entrada do estádio.
De acordo com o Correio da Manhã, o intuito deste encontro ‘clandestino’ de adeptos era defender os interesses do Sporting, caso as instituições não adiassem por 10 anos o empréstimo de 55 milhões à SAD realizado através dos Valores Mobiliários Convertíveis em Ações (VMOC).
Não sei se isto é verdade, nem tenho como saber. Mas sei que adorava entender este negócio. Se aconteceu, porque não fez o Benfica o mesmo?
De acordo com o Correio da Manhã, o intuito deste encontro ‘clandestino’ de adeptos era defender os interesses do Sporting, caso as instituições não adiassem por 10 anos o empréstimo de 55 milhões à SAD realizado através dos Valores Mobiliários Convertíveis em Ações (VMOC).
Não sei se isto é verdade, nem tenho como saber. Mas sei que adorava entender este negócio. Se aconteceu, porque não fez o Benfica o mesmo?
Curtas
1 - Começa hoje mais uma jornada do campeonato e logo com o líder a receber o lanterna vermelha. Depois de passar com distinção as três provas de fogo (Porto, Setúbal e Braga) que se seguiram ao desaire com o União, ninguém conta com uma escorregadela do Sporting. Mas, nunca fiando, é preciso máxima concentração e garra. A mesma que tem permitido a esta equipa fazer reviravoltas empolgantes e vitórias ao cair do pano.
Jesus esteve brilhante na conferência de imprensa. Eu nem sei como ainda tem paciência para aqueles jornalistas. A certa altura, depois de ter esclarecido vários assuntos, inclusive o de Teo, Jesus foi confrontado com o seguinte desabafo de um jornalista: "Eu ia fazer uma pergunta sobre Teo mas assim vou fazer uma sobre futebol". Enfim...
2 - Quanto aos outros jogos, alguma esperança para o Guimarães-Porto e pouca para o Estoril-Benfica.
3 - E agora, o momento mais alto. Histórico, ainda que só diga alguma coisa a alguns de nós que frequentamos aqui o sector. É a transmissão em directo do Cova da Piedade-Juventude de Évora na CMTV, domingo, pelas 15h. Oportunidade para quem não conhece apreciar o bonito Estádio Municipal José Martins Vieira, situado num dos parques mais bonitos de Lisboa e arredores, o Parque da Paz.
Jesus esteve brilhante na conferência de imprensa. Eu nem sei como ainda tem paciência para aqueles jornalistas. A certa altura, depois de ter esclarecido vários assuntos, inclusive o de Teo, Jesus foi confrontado com o seguinte desabafo de um jornalista: "Eu ia fazer uma pergunta sobre Teo mas assim vou fazer uma sobre futebol". Enfim...
2 - Quanto aos outros jogos, alguma esperança para o Guimarães-Porto e pouca para o Estoril-Benfica.
3 - E agora, o momento mais alto. Histórico, ainda que só diga alguma coisa a alguns de nós que frequentamos aqui o sector. É a transmissão em directo do Cova da Piedade-Juventude de Évora na CMTV, domingo, pelas 15h. Oportunidade para quem não conhece apreciar o bonito Estádio Municipal José Martins Vieira, situado num dos parques mais bonitos de Lisboa e arredores, o Parque da Paz.
quinta-feira, janeiro 14
The Revenant
A história de Hugh Glass (Leonardo Di Caprio) é bem capaz de permitir a Iñárritu a dobradinha nos Oscars. Contudo já sabemos a história de sempre na gala: no fim a estatueta de Melhor Actor irá para outro. Já Helton, por exemplo, não tem a figura de Di Caprio, nem tão pouco é o galã por quem o sexo feminino suspira, mas tal como Leo foi também bastante injustiçado. E por cada Casillas que lhe rouba o Oscar - antes Casillas do que Fabiano, é verdade - Helton renasce nas taças. O mítico guardião brasileiro - dono de qualidades físicas e humanas inestimáveis - foi de novo lançado às feras, mas ao contrário do diabólico urso, que em The Revenant deixou Hugh Glass à beira da morte, Helton teve de se ver com uma pantera 'das antigas'. No fim o guardião sufocou-a, depois de ter estado à beira de perecer. Não, o Boavista-Porto, apesar de ter tido todos os condimentos do sempre carismático dérbi portuense, não teve a qualidade da película de Alejandro González Iñárritu, mas que foi bom de ver... lá isso foi.
Sobretudo pelo regresso do Boavistão, aquele que sem medo se atira para cima dos adversários. Sem jeito, nem inteligência, é certo. Porém de pouco ambicioso não poderão apelidar Erwin Sánchez, ainda para mais depois de uma 2.ª parte onde os comandados do boliviano vão meter Portugal a falar... de cafeína (infelizmente, já sabemos como são essas coisas). Uma impiedosa marcação homem-a-homem na saída-de-bola do dragão et voilà: problemas de Lopetegui à vista. Sim, Rui Barros promoveu algumas alterações que melhoraram a qualidade de jogo dos azuis e brancos nas primeiras metades dos dois dérbis. Serão também contadas aqui as 'não-mudanças' - leia-se: poucas mexidas no 'onze' - que são, na realidade, a maior mudança de todas. Depois, dizíamos, a aproximação entre os jogadores e a atracção por terrenos interiores (nunca o ala e o lateral estão a queimar a mesma linha de passe, como irritantemente Lopi defendia) e a inversão do triângulo do meio-campo (hallelujah, gritam os portistas) permitem chegada à área, o tal jogo-interior, e o controle das transições adversárias longe da baliza. Tudo o que chateou o tribunal durante ano e meio, desfeito (e bem)... numa semana.
Assim, falar da 1.ª parte desta eliminatória dos quartos-de-final da Taça de Portugal é falar também no Oscar para melhor actor secundário. Brahimi, mais interior, não tem agora que passar por um... dois... três... para esperar pelo sucesso. Mais dentro, o argelino fica mais vezes no 'um-para-um' onde é, sabemos certamente, letal! Foi assim no desbloquear de um jogo que esperava mais golos e que pela falta deles haveria de fazer o FC Porto sofrer. Os postes impediram Marcano (ainda na 1.ª parte) e Aboubakar (no único apontamento perigoso dos portistas na segunda metade) de fabricar aquilo que seria a 'Corona' deste jogo de Taça. Mas sem o 0-2 e com o Boavista diabolicamente a ganhar cada segunda-bola como se a sua vida dependesse disso - já para não falar na paragem de cérebro de Giannelli Imbula, que reduziu os dragões a dez unidades - o FC Porto de Rui Barros demonstrou que ainda não transcendeu um erro que lhe pode valer a luta pelo título: a saída-de-bola é feita numa zona demasiado baixa e permite recuperações adversárias que deixam a sua baliza em ponto-de-mira. Depois, os laterais não esticam, nem os centrais tem capacidade de atrair pressão - nem tão pouco qualidade para o FC Porto ficar dependente deles nessa fase do jogo. A conclusão foi óbvia: jogou-se no meio-campo portista até ao fim e não se foi a prolongamento por milagre. Helton foi figura, por duas vezes, e se na primeira delas ofereceu a possibilidade de empate aos axadrezados, na segunda parou um penálti que poderia ditar um prolongamento e uma eliminação lastimável para o FC Porto. Helton foi de novo o renascido e no fim, mais uma vez, aproveitou bem a sua 2.ª vida. Já Hugh Glass... não sabemos. O melhor mesmo é verem aquele que será, por certo, o melhor filme do ano e desfrutarem dele como se fosse um... Arsenal-Liverpool.
Sobretudo pelo regresso do Boavistão, aquele que sem medo se atira para cima dos adversários. Sem jeito, nem inteligência, é certo. Porém de pouco ambicioso não poderão apelidar Erwin Sánchez, ainda para mais depois de uma 2.ª parte onde os comandados do boliviano vão meter Portugal a falar... de cafeína (infelizmente, já sabemos como são essas coisas). Uma impiedosa marcação homem-a-homem na saída-de-bola do dragão et voilà: problemas de Lopetegui à vista. Sim, Rui Barros promoveu algumas alterações que melhoraram a qualidade de jogo dos azuis e brancos nas primeiras metades dos dois dérbis. Serão também contadas aqui as 'não-mudanças' - leia-se: poucas mexidas no 'onze' - que são, na realidade, a maior mudança de todas. Depois, dizíamos, a aproximação entre os jogadores e a atracção por terrenos interiores (nunca o ala e o lateral estão a queimar a mesma linha de passe, como irritantemente Lopi defendia) e a inversão do triângulo do meio-campo (hallelujah, gritam os portistas) permitem chegada à área, o tal jogo-interior, e o controle das transições adversárias longe da baliza. Tudo o que chateou o tribunal durante ano e meio, desfeito (e bem)... numa semana.
Assim, falar da 1.ª parte desta eliminatória dos quartos-de-final da Taça de Portugal é falar também no Oscar para melhor actor secundário. Brahimi, mais interior, não tem agora que passar por um... dois... três... para esperar pelo sucesso. Mais dentro, o argelino fica mais vezes no 'um-para-um' onde é, sabemos certamente, letal! Foi assim no desbloquear de um jogo que esperava mais golos e que pela falta deles haveria de fazer o FC Porto sofrer. Os postes impediram Marcano (ainda na 1.ª parte) e Aboubakar (no único apontamento perigoso dos portistas na segunda metade) de fabricar aquilo que seria a 'Corona' deste jogo de Taça. Mas sem o 0-2 e com o Boavista diabolicamente a ganhar cada segunda-bola como se a sua vida dependesse disso - já para não falar na paragem de cérebro de Giannelli Imbula, que reduziu os dragões a dez unidades - o FC Porto de Rui Barros demonstrou que ainda não transcendeu um erro que lhe pode valer a luta pelo título: a saída-de-bola é feita numa zona demasiado baixa e permite recuperações adversárias que deixam a sua baliza em ponto-de-mira. Depois, os laterais não esticam, nem os centrais tem capacidade de atrair pressão - nem tão pouco qualidade para o FC Porto ficar dependente deles nessa fase do jogo. A conclusão foi óbvia: jogou-se no meio-campo portista até ao fim e não se foi a prolongamento por milagre. Helton foi figura, por duas vezes, e se na primeira delas ofereceu a possibilidade de empate aos axadrezados, na segunda parou um penálti que poderia ditar um prolongamento e uma eliminação lastimável para o FC Porto. Helton foi de novo o renascido e no fim, mais uma vez, aproveitou bem a sua 2.ª vida. Já Hugh Glass... não sabemos. O melhor mesmo é verem aquele que será, por certo, o melhor filme do ano e desfrutarem dele como se fosse um... Arsenal-Liverpool.
quarta-feira, janeiro 13
"Um milhafre faz o que pode"
terça-feira, janeiro 12
Bigger than Jesus?
São imensos, um rebanho deles, garantem. Não um magote que se destacou dos restantes, mas muitos, e todos juntinhos, cobertos pela bandeira de Portugal. Quase tão certo como possuirmos Cartão do Cidadão é sermos bons treinadores. Todos. Contudo, olhando para a nossa Liga, a primeira - não vamos insistir mais -, o bom futebol escasseia. Atira-se agora, por exemplo, a cartada do Paulo - que afinal era bom - ou a do Marco, Deus do Olimpo, que não perde... na Grécia. Nada contra os dois jovens técnicos, tirando o facto de, com Jorge Jesus, num dos rivais, não terem tido armas para destituir o técnico do 'título' que, hoje por hoje, merece mais que ninguém: o de melhor treinador da Liga Portuguesa. De longe.
É por isso de um vício recente que o FC Porto tem de se livrar: o de achar que qualquer vassoura lhe serve. Qualquer jovem e bem-falante técnico vai acordar a mística. Depois, no campo e no momento de ter mais para atacar do que um simples cruzamento, ou de um espaço entre sectores a gritar para as bancadas, a coisa fica preta - ou se quisermos, verde. Verde porque é a cor que Jesus, o mais evoluído dos técnicos da Liga, agora representa. Podia (ainda) ser vermelho que ia dar no mesmo. Sem concorrência à altura, Jorge, passeia a sua cultura táctica e mostra que saber defender e saber atacar é coisa que não está ao alcance da febre dos novos Villas-Boas. Anteriormente, lembro, eram os novos Mourinhos, que se digladiavam entre a arrogância e o saber táctico. Depois, na hora da verdade, metiam mais um central ou coisa que o valha. Fonseca, o novo Villas-Boas, meteu mais um trinco, Marco Silva, "a melhor coisa que aconteceu ao futebol desde Mourinho" ficou atrás do FC Porto de... Lopetegui - o 2.º round no Dragão abriu a passadeira a Tello - e a defesa subia quando tinha de descer e descia quando tinha de subir. Pode chegar na Grécia... mas aqui, lembrem-se, somos todos 'muita' bons.
Hoje, terça-feira, avança o DN, é Sérgio Conceição. O treinador "forte em todos momentos do jogo" (not!). É chamá-lo para se perceber que o corredor central não existe, nem a atacar nem a defender, e talvez o FC Porto fique com uma solução mais barata que Lopetegui... para fazer quase o mesmo - ou pior, visto que em Julen nem tudo era mau. Mas, dizia, hoje por hoje, para a imprensa e para a maioria dos adeptos, qualquer um serve. Resta saber se a SAD portista já transcendeu a mentalidade das vassouras e se agora percebe que é mesmo preciso (ser) bigger than Jesus. E logo o FC Porto, que soube sê-lo... por três vezes. Que devia saber como sê-lo mais algumas vezes, não se importando de dividir o protagonismo com o santo padroeiro de Lisboa - o tal que multiplica a qualidade em clubes já acostumados a Carvalhais e Quiques, a Camachos e Marcos, a Fernandos e Leonardos. Fica claro que nenhum serve. Mas para a generalidade, os Silvas e Fonsecas, os Leonardos e Conceições, seriam boas apostas. Valha-nos Deus quando o único na Liga que demonstra capacidade para ser treinador do FC Porto nem sequer é chamado para título. Outro Jorge gadelhudo e com 2.º nome de benfiquista (Simão), alguém que até já, a modos que, custou uma Liga ao FC Porto e apontou como se mete medo ao Dragão, é aposta arriscada? Não mais do que os nomes avançados, acho. Isto até porque AVB ou VP não estão (nada) disponíveis para salvar a casa. Até lá, sonhe-se, Jorge Simão e as duas soluções interinas, são as melhores apostas. E mesmo essas muito dificilmente roubarão a Liga a um leão indomável. Mas entre estas e as outras joga-se a não menos importante presença na Champions. Simão, Castro ou Barros, são, pelo menos, garante que o 1.º lugar não fugirá por muito - razão pela qual, não nos esqueçamos, se despediu Julen Lopetegui.
P.S. Messi não é o melhor do Mundo pela quinta vez. Messi é o melhor do Mundo, ponto final.
segunda-feira, janeiro 11
Primeira volta.
1. Com a vitória do Benfica na Madeira, terminou hoje a primeira volta do campeonato. Destaque mais uma vez para o bom número de golos marcados e para a liderança isolada do Sporting.
2. Vitória folgada e totalmente justa do Benfica contra o Nacional. Uma dezena de oportunidades de golo claras resultou em 4 golos, com Jonas a destacar-se. Ofensivamente a equipa esteve muito bem, a explorar o espaço cedido pelo adversário, pelas linhas, pelo meio, em progressão, em tabela. Defensivamente algumas falhas (o golo sofrido é inenarrável).
Gostei do Benfica hoje. Bom futebol, boas exibições individuais, vitória convincente, excelente maneira de fechar uma primeira metade do campeonato que começou mal.
Contudo, é inegável que o percurso tem melhorado: 10 jogos, 9 vitórias, 1 empate, muitos golos marcados, e vitórias em Braga e Guimarães. E com a qualificação para os oitavos da LC.
2. Vitória folgada e totalmente justa do Benfica contra o Nacional. Uma dezena de oportunidades de golo claras resultou em 4 golos, com Jonas a destacar-se. Ofensivamente a equipa esteve muito bem, a explorar o espaço cedido pelo adversário, pelas linhas, pelo meio, em progressão, em tabela. Defensivamente algumas falhas (o golo sofrido é inenarrável).
Gostei do Benfica hoje. Bom futebol, boas exibições individuais, vitória convincente, excelente maneira de fechar uma primeira metade do campeonato que começou mal.
Contudo, é inegável que o percurso tem melhorado: 10 jogos, 9 vitórias, 1 empate, muitos golos marcados, e vitórias em Braga e Guimarães. E com a qualificação para os oitavos da LC.
domingo, janeiro 10
Monumental!
Que jogaço! De facto, mais um grande jogo entre Sporting e Sp. Braga. Este e o jogo da taça foram os melhores jogos da época em Portugal. Mas o que convém ressaltar é mesmo a alma desta equipa do Sporting. Este ano tem conseguido várias reviravoltas mas esta foi estrondosa e contou com a preciosa ajuda dos adeptos que deram espectáculo. Normalmente sou pessimista nestas situações mas ao intervalo ainda acreditava na vitória. E não era só eu. A equipa saiu para os balneários sob fortes aplausos e voltou com a garra dos campeões.
Já vi que anda por aí muito boa gente a reclamar do penalty do Sporting. Mas alguém no seu perfeito juízo consegue afirmar que a bola, quando embate na mão do jogador minhoto, está fora da área? Aliás, se tentarmos perceber o ângulo, o mais provável que esteja não apenas em cima da linha mas sim dentro da área. Isto além de, mais uma vez, se esquecerem de outra mão, ainda mais clara e bem dentro da área, quando havia 1-2. Talvez quando passar a incredulidade da reviravolta, possam reconhecer o mérito do Sporting líder.
Já vi que anda por aí muito boa gente a reclamar do penalty do Sporting. Mas alguém no seu perfeito juízo consegue afirmar que a bola, quando embate na mão do jogador minhoto, está fora da área? Aliás, se tentarmos perceber o ângulo, o mais provável que esteja não apenas em cima da linha mas sim dentro da área. Isto além de, mais uma vez, se esquecerem de outra mão, ainda mais clara e bem dentro da área, quando havia 1-2. Talvez quando passar a incredulidade da reviravolta, possam reconhecer o mérito do Sporting líder.
sexta-feira, janeiro 8
quinta-feira, janeiro 7
Jornalismo?
Primeiro queria pedir desculpa ao Luís por publicar quase em cima do post dele. Mas achei que isto era importante.
Claro que Jorge Jesus não devia ter respondido daquela maneira. Aliás, nem devia ter respondido. Mas veja-se a pergunta do suposto jornalista...
Claro que Jorge Jesus não devia ter respondido daquela maneira. Aliás, nem devia ter respondido. Mas veja-se a pergunta do suposto jornalista...
Curtas de 2015.
2015 terminou e apenas por falta de tempo não fiz um apanhado daquilo que foi a primeira metade da época. Por isso, aqui ficam alguns pontos que penso merecerem destaque.
1. O Benfica, bi-campeão iniciou a época já em desvantagem, fruto de uma pré-época confusa, cheia de equívocos e com o peso da saída de Jesus para o grande rival.
2. O Sporting, pelo contrário, iniciou a época cheio de confiança, com a chegada de alguns reforços mas, acima de tudo, com a chegada do melhor treinador que poderia ter.
3. O FCP manteve Lopetegui, um mal-amado, e mandou vir mais algumas estrelas, com destaque para Casillas. O espanhol trouxe vendas de camisolas mas, penso, foi uma má gestão desportiva.
4. Esforço que o Sporting fez em manter William e Slimani, ao mesmo tempo que encostou Carrilho, numa acção que deu força ao grupo (e boa gestão desportiva, apesar de difícil).
5. Introdução de jovens de qualidade nos três grandes: Neves, André, Semedo, Guedes, Renato, João Mário, Gelson, Pereira. A selecção agradece.
6. Distinção: para mim, vai para João Mário. Tem muita classe e, desde o primeiro dia que demonstra muita personalidade em campo. É respeitador, e tem tudo para ser titular na selecção. Penso que lhe falta apenas mais um pouco de paixão, por vezes parece que é “demasiado” sério na forma de estar em campo e mesmo fora dele.
7. Muitos golos: os jornalistas preferem destacar as atoardas de Jesus, os adeptos, penso, podem andar satisfeitos com a quantidade de golos marcados.
8. O Estoril está 14º lugar, apenas a 1 ponto do 10º. E já não ganha há 10 jogos. O que é que isto diz do nosso campeonato?
9. FCP campeão de Inverno, mas com pés de barro.
10. Sporting mais equipa, não deslumbra, à imagem do que o Benfica do ano passado fez. Há consistência, há um modelo (bem visível) a funcionar.
11. Europa: apenas o Benfica mostrou alguma qualidade. O Sporting falhou a toda a linha, e nem o apuramento na Liga Europa disfarça. O FCP falhou inacreditavelmente. Parece-me que a próxima ronda será a última para todos, contudo.
12. O Benfica está “apenas” a 4 pontos do líder. Digo apenas porque continuo sem perceber muito bem como ganha tanto jogo. Ontem, cilindrou um Marítimo que venceu no Dragão e deu muito trabalho ao Sporting. Podem achar que estou a brincar, mas nem uma goleada me deixou tranquilo ou confiante. As coisas acontecem mas não se percebe muito bem como. Existe uma dinâmica ofensiva mas desorganizada, o que é compensado com a valia de alguns artistas do plantel, com destaque óbvio para Jonas e Gaitán.
13. O campeão: penso que os sportinguistas vão ao Marquês. A equipa de Jesus tem mostrado maturidade, alguma qualidade e, também, muita motivação. A aposta exclusiva no campeonato parece-me, já o escrevi anteriormente, uma boa decisão, nesta época.
14. O quê, o Sporting estava interessado num jogador antes de disputar um jogo contra a equipa que esse jogador representa? Ainda me lembro quando isto era considerado suspeito.
1. O Benfica, bi-campeão iniciou a época já em desvantagem, fruto de uma pré-época confusa, cheia de equívocos e com o peso da saída de Jesus para o grande rival.
2. O Sporting, pelo contrário, iniciou a época cheio de confiança, com a chegada de alguns reforços mas, acima de tudo, com a chegada do melhor treinador que poderia ter.
3. O FCP manteve Lopetegui, um mal-amado, e mandou vir mais algumas estrelas, com destaque para Casillas. O espanhol trouxe vendas de camisolas mas, penso, foi uma má gestão desportiva.
4. Esforço que o Sporting fez em manter William e Slimani, ao mesmo tempo que encostou Carrilho, numa acção que deu força ao grupo (e boa gestão desportiva, apesar de difícil).
5. Introdução de jovens de qualidade nos três grandes: Neves, André, Semedo, Guedes, Renato, João Mário, Gelson, Pereira. A selecção agradece.
6. Distinção: para mim, vai para João Mário. Tem muita classe e, desde o primeiro dia que demonstra muita personalidade em campo. É respeitador, e tem tudo para ser titular na selecção. Penso que lhe falta apenas mais um pouco de paixão, por vezes parece que é “demasiado” sério na forma de estar em campo e mesmo fora dele.
7. Muitos golos: os jornalistas preferem destacar as atoardas de Jesus, os adeptos, penso, podem andar satisfeitos com a quantidade de golos marcados.
8. O Estoril está 14º lugar, apenas a 1 ponto do 10º. E já não ganha há 10 jogos. O que é que isto diz do nosso campeonato?
9. FCP campeão de Inverno, mas com pés de barro.
10. Sporting mais equipa, não deslumbra, à imagem do que o Benfica do ano passado fez. Há consistência, há um modelo (bem visível) a funcionar.
11. Europa: apenas o Benfica mostrou alguma qualidade. O Sporting falhou a toda a linha, e nem o apuramento na Liga Europa disfarça. O FCP falhou inacreditavelmente. Parece-me que a próxima ronda será a última para todos, contudo.
12. O Benfica está “apenas” a 4 pontos do líder. Digo apenas porque continuo sem perceber muito bem como ganha tanto jogo. Ontem, cilindrou um Marítimo que venceu no Dragão e deu muito trabalho ao Sporting. Podem achar que estou a brincar, mas nem uma goleada me deixou tranquilo ou confiante. As coisas acontecem mas não se percebe muito bem como. Existe uma dinâmica ofensiva mas desorganizada, o que é compensado com a valia de alguns artistas do plantel, com destaque óbvio para Jonas e Gaitán.
13. O campeão: penso que os sportinguistas vão ao Marquês. A equipa de Jesus tem mostrado maturidade, alguma qualidade e, também, muita motivação. A aposta exclusiva no campeonato parece-me, já o escrevi anteriormente, uma boa decisão, nesta época.
14. O quê, o Sporting estava interessado num jogador antes de disputar um jogo contra a equipa que esse jogador representa? Ainda me lembro quando isto era considerado suspeito.
Para comentar
O que acham destas declarações de Jorge Jesus? identificam-se com elas?
Procurei palavras para as qualificar, mas não consigo. Tem tanto de bom treinador como de... (não consigo adjectivar).
Espero que o Rui Vitória não lhe dê troco.
Procurei palavras para as qualificar, mas não consigo. Tem tanto de bom treinador como de... (não consigo adjectivar).
Espero que o Rui Vitória não lhe dê troco.
Es lo que es/es lo que hay
Julen Lopetegui pode dar espectáculos de ignorância táctica a cada jogo de capital importância, mas os jornalistas que o questionam, nas salas de imprensa dos estádios onde deixa pontos, não são melhores no seu ofício do que o espanhol no dele. Interessa-lhes o lugar, o emprego, interessa-lhes o físico, o emocional, a consequência das más opções. Não lhes interessam essas mesmas opções e as ideias que estão por detrás delas. Por isso, vão direitos ao assunto com um chorrilho de frases-feitas e factos de algibeira para se atirarem ao espanhol. Tal como ele, meus caros, não sabem mais. Nem tampouco sabem como Lopetegui deixa pontos em estádios onde o adversário (já) sabe que lhe basta marcar um golo em tempo 'útil' para sobreviver - sendo que o do Dragão também já faz parte deles, desde que lhe perderam o medo. Se soubessem [os jornalistas] podiam contribuir para um discussão que levaria Julen Lopetegui a ter que reconhecer os seus erros. "Chispa de campeón", perguntam-lhe! E eles? sabem o que é isso?
Tinha Jesualdo "chispa de campeón", porque o foi três vezes? Não me parece (perguntem a Jesus). Tinha Adriaanse que o foi por uma vez, resgatando a Liga... ao Sporting? Também não me parece. E não tinham estes dois, como muitos mais que o foram de Dragão ao peito, porque não tinham, sequer, adversário para se gabarem de tal qualidade. Chispa de campeón... Até Fonseca vem à baila, ele que não foi mais que um zero à esquerda do seu esquema e que só com trabalho em Paços e em Braga consegue ser mais bem amado no Porto. Quando esteve, de facto e realmente, na Invicta foi o que se viu. Pior, bem pior, que o seu sucessor. Um sucessor que peca pelo quase, que peca pelo seu novo 'trivote' e que peca pelo capítulo defensivo - o mesmo que tenta controlar à força com uma posse-de-bola 'fácil' e 'segura' pelas faixas laterais. Uma posse que, na realidade, é a mais perigosa de todas porque os centrais não atraem pressão longe da baliza do FC Porto, porque os laterais e os extremos gastam uma e a mesma linha de passe, e porque, nunca por nunca, o trinco - o tal que dizem ter sido o melhor em Alvalade - nunca por nunca, lembro, ocupa o espaço à frente dos centrais, como faz figura de corpo presente na transição defensiva, quando essa 'posse' é perdida. Depois, o espaço entre defesa e meio-campo e entre meio-campo e ataque faz-nos pensar que estamos a ver jogos... nas Antas.
Julen é o típico treinador do quase - tal como muitos que o FC Porto conheceu aos rivais em anos já algo distantes. As suas (duas) equipas já mostraram espírito competitivo, já mostraram saber ir a estádios adversários controlar, mandar, dominar. Ambição tem ele (demasiada para as suas vulgares ideias) e ainda no sábado passado entrou a querer procurar o meio-campo do Sporting, conseguindo-o e criando as primeiras reais oportunidades do jogo. Com pena, para o portista comum, o lopi-team foi perdendo a tranquilidade própria e o respeito adversário. Pelos seus erros na escolha do onze e nas opções tácticas, demasiado antiquadas, o FC Porto sabe que o tiki-taka com molho de francesinha* é uma ilusão e que está, sempre, à beira de sofrer um golo que a sua organização ofensiva terá mil chances de anular. Contudo, essas mil chances esgotam-se no 'um-para-um' de extremos talentosos mas que teriam de ser 'Messis' para ultrapassarem as marcações individuais e as constantes dobras. Soluções? Perdas de bola ou cruzamentos, cruzamentos, cruzamentos. E, nesta quarta-feira, contra o Rio Ave, poderiam ser mesmo mil que o resultado seria o mesmo: a defesa dos vilacondenses a sacudir tudo o que apanhou, Cassio a agarrar, e a sacudir, também, tudo o que pôde. Resultado: mais de uma dezena de cantos, todos eles - menos um - batidos de novo, e à primeira, para a área. Sintomático.
Tudo à custa de um golo sofrido curiosamente conseguido com um ressalto no tal jogador que nunca por nunca ocupa o espaço que tem de ocupar. Culpa dele? ora essa... culpa de quem tem à disposição uma videoteca com jogos azuis e brancos que lhe podiam resolver problemas para os quais não sabe achar solução. Duvido mesmo que saiba que existam [os jogos e os problemas], tal é o atraso com que o basco parte para Jorge Jesus na compreensão do jogo e tal é a falta de portismo que ele apregoa. E se o «es lo que es/es lo que hay» das 'flashes' não se estende à ressaca do golo sofrido com o Rio Ave - desânimo profundo na cara do timoneiro que vê o Universo a conspirar contra ele e contra a sua equipa - nunca o FC Porto de Lopetegui sairá do buraco onde se meteu. Pelo contrário, continuará a gastar a enormidade de posse-de-bola em lances estéreis e a deixar os seus melhores jogadores com três a quatro adversários para ultrapassarem. O vulgar e mediano treinador português já percebeu isso. Só Julen é que ainda não. E o que é que isso faz dele? Alguém que não vira jogos já sabemos, e o resto?
*tiki-taka com molho de francesinha é uma expressão que li e adorei. Não me lembro é onde, pelo que só posso deixar esta estéril, como a posse do Julen, referência.
Tinha Jesualdo "chispa de campeón", porque o foi três vezes? Não me parece (perguntem a Jesus). Tinha Adriaanse que o foi por uma vez, resgatando a Liga... ao Sporting? Também não me parece. E não tinham estes dois, como muitos mais que o foram de Dragão ao peito, porque não tinham, sequer, adversário para se gabarem de tal qualidade. Chispa de campeón... Até Fonseca vem à baila, ele que não foi mais que um zero à esquerda do seu esquema e que só com trabalho em Paços e em Braga consegue ser mais bem amado no Porto. Quando esteve, de facto e realmente, na Invicta foi o que se viu. Pior, bem pior, que o seu sucessor. Um sucessor que peca pelo quase, que peca pelo seu novo 'trivote' e que peca pelo capítulo defensivo - o mesmo que tenta controlar à força com uma posse-de-bola 'fácil' e 'segura' pelas faixas laterais. Uma posse que, na realidade, é a mais perigosa de todas porque os centrais não atraem pressão longe da baliza do FC Porto, porque os laterais e os extremos gastam uma e a mesma linha de passe, e porque, nunca por nunca, o trinco - o tal que dizem ter sido o melhor em Alvalade - nunca por nunca, lembro, ocupa o espaço à frente dos centrais, como faz figura de corpo presente na transição defensiva, quando essa 'posse' é perdida. Depois, o espaço entre defesa e meio-campo e entre meio-campo e ataque faz-nos pensar que estamos a ver jogos... nas Antas.
Julen é o típico treinador do quase - tal como muitos que o FC Porto conheceu aos rivais em anos já algo distantes. As suas (duas) equipas já mostraram espírito competitivo, já mostraram saber ir a estádios adversários controlar, mandar, dominar. Ambição tem ele (demasiada para as suas vulgares ideias) e ainda no sábado passado entrou a querer procurar o meio-campo do Sporting, conseguindo-o e criando as primeiras reais oportunidades do jogo. Com pena, para o portista comum, o lopi-team foi perdendo a tranquilidade própria e o respeito adversário. Pelos seus erros na escolha do onze e nas opções tácticas, demasiado antiquadas, o FC Porto sabe que o tiki-taka com molho de francesinha* é uma ilusão e que está, sempre, à beira de sofrer um golo que a sua organização ofensiva terá mil chances de anular. Contudo, essas mil chances esgotam-se no 'um-para-um' de extremos talentosos mas que teriam de ser 'Messis' para ultrapassarem as marcações individuais e as constantes dobras. Soluções? Perdas de bola ou cruzamentos, cruzamentos, cruzamentos. E, nesta quarta-feira, contra o Rio Ave, poderiam ser mesmo mil que o resultado seria o mesmo: a defesa dos vilacondenses a sacudir tudo o que apanhou, Cassio a agarrar, e a sacudir, também, tudo o que pôde. Resultado: mais de uma dezena de cantos, todos eles - menos um - batidos de novo, e à primeira, para a área. Sintomático.
Tudo à custa de um golo sofrido curiosamente conseguido com um ressalto no tal jogador que nunca por nunca ocupa o espaço que tem de ocupar. Culpa dele? ora essa... culpa de quem tem à disposição uma videoteca com jogos azuis e brancos que lhe podiam resolver problemas para os quais não sabe achar solução. Duvido mesmo que saiba que existam [os jogos e os problemas], tal é o atraso com que o basco parte para Jorge Jesus na compreensão do jogo e tal é a falta de portismo que ele apregoa. E se o «es lo que es/es lo que hay» das 'flashes' não se estende à ressaca do golo sofrido com o Rio Ave - desânimo profundo na cara do timoneiro que vê o Universo a conspirar contra ele e contra a sua equipa - nunca o FC Porto de Lopetegui sairá do buraco onde se meteu. Pelo contrário, continuará a gastar a enormidade de posse-de-bola em lances estéreis e a deixar os seus melhores jogadores com três a quatro adversários para ultrapassarem. O vulgar e mediano treinador português já percebeu isso. Só Julen é que ainda não. E o que é que isso faz dele? Alguém que não vira jogos já sabemos, e o resto?
*tiki-taka com molho de francesinha é uma expressão que li e adorei. Não me lembro é onde, pelo que só posso deixar esta estéril, como a posse do Julen, referência.
quarta-feira, janeiro 6
Finalmente...
... a resposta de Rui Vitória, e com classe. Resposta dada, conversa terminada.
Espero que da parte dele fique por aqui e não alimente mais a "novela".
Espero que da parte dele fique por aqui e não alimente mais a "novela".
domingo, janeiro 3
O comando é NOS
No Sporting-Porto foi engraçado, quase acima de tudo, ver o confronto NOS-MEO estender-se às camisolas dos dois grandes, no embate que serviu de tira-teimas para quem ainda acreditava que, em futebol, os projectos desportivos não se sobrepõem a qualquer outro tipo de negócio. E, sim, o comando é NOS - e deixou de ser MEO - porque alguém teve a visão para resgatar/roubar/abrir portas a um treinador bicampeão. Assim o comando da MEO, que gerou um campeão de inverno com pés de barro, foi a Alvalade somente para provar que está dois, três, degraus abaixo de uma equipa que merece a liderança por inteiro. Por ser mais capaz, completa e eficaz. E até o talento, aqui, fica de fora, porque quem consegue criar um modelo que reduz as qualidades de Brahimi, Corona, Aboubakar, Rúben Neves, não pode ser bom. Não o era na liderança, não o é a dois pontos e nem o será em maio próximo - por mais ilusão (em bom português) que tenha.
O FC Porto é agora aquilo que foi em raros tempos nos últimos 30 anos e em muitas vezes nos últimos 60. Anda atrás dos líderes porque confiou que qualquer vassoura poderia substituir um bicampeão com grande mérito. E, apesar do Benfica ter caído no mesmo erro, alguém, que não os dragões, soube aproveitar. Ver Aboubakar falhar dois golos feitos não serve para invocar desculpas. Servirá sim para reconhecer que o estofo, e as estocadas, de campeão já não moram no Dragão. Pelo contrário, em Alvalade soube-se reconhecer a valia de um modelo superior - o mesmo que num 'detalhe' aproveitou de novo, e de maneira felina, um dos mais recorrentes erros da era Lopetegui: marcar ao homem nas bolas paradas.
Um detalhe Slim com responsabilidade Maxi, adjectivo que invoca também o lançamento que deu a vantagem ao Benfica na sua última vitória no Dragão - em dezembro de 2014. Ver a defesa portista à nora e a andar para onde o adversário quer, abrindo espaço aos matadores (antes Lima a bisar, agora Slimani), seria suficiente para qualquer estrutura que percebesse minimamente o que contrata. E ver a defesa leonina, sólida que nem uma rocha, nos bastantes pontapés-de-canto e livres que, ainda assim, o futebol portista conseguiu criar, deveria ser sintomático. Mas não é. Não é porque o ego - um ego de 30 anos - é gigante. Mas por mais que se repele, por mais que invoque ganas, e por mais que a atitude dos jogadores fosse, até, digna e competitiva, as ideias de Lopetegui são inferiores. E Jesus até na leitura do jogo conseguiu ser, de novo, superior.
O jogo decidiu-se no tal detalhe da bola parada - como lembrou JJ - e até aí poderia pender para qualquer lado. Isto não fossem as diferenças gritantes nas opções que os jogadores, de uma e outra equipa, tomam com bola. O Sporting, entre-linhas, como caruncho na já podre madeira portista, avançou para uma 2.ª parte de conforto assente na inoperância da organização ofensiva portista. De lá saíram duas bolas ao poste e um golo gerados por um jogo-interior que sabe que a baliza fica no corredor central. E enquanto os portistas davam mais um toque para o lado, e enquanto os seus laterais e extremos ficavam sujeitos a uma primeira marcação e a uma seguinte dobra, Aboubakar primeiro, e André Silva depois, eram duas ilhas orfãs de extremos mentirosos - daqueles que realmente castigam, como o enorme Ruiz (hoje, o melhor do campeonato por força do modelo). Sim, o Sporting pode não ter feito o melhor negócio das operadoras (nenhum é bom) mas fez o melhor negócio quando investiu milhões no treinador. No FC Porto e, já agora, no Benfica, é tempo dos senhores 20/15/10 milhões serem um mister. Convém é perceber um pouco de futebol quando se contratarem. Mas isso, como já estamos fartos de saber, são outras contas - daquelas que não fazem capas.
P.S. Isto tudo sem falar em duplos-pivots.
O FC Porto é agora aquilo que foi em raros tempos nos últimos 30 anos e em muitas vezes nos últimos 60. Anda atrás dos líderes porque confiou que qualquer vassoura poderia substituir um bicampeão com grande mérito. E, apesar do Benfica ter caído no mesmo erro, alguém, que não os dragões, soube aproveitar. Ver Aboubakar falhar dois golos feitos não serve para invocar desculpas. Servirá sim para reconhecer que o estofo, e as estocadas, de campeão já não moram no Dragão. Pelo contrário, em Alvalade soube-se reconhecer a valia de um modelo superior - o mesmo que num 'detalhe' aproveitou de novo, e de maneira felina, um dos mais recorrentes erros da era Lopetegui: marcar ao homem nas bolas paradas.
Um detalhe Slim com responsabilidade Maxi, adjectivo que invoca também o lançamento que deu a vantagem ao Benfica na sua última vitória no Dragão - em dezembro de 2014. Ver a defesa portista à nora e a andar para onde o adversário quer, abrindo espaço aos matadores (antes Lima a bisar, agora Slimani), seria suficiente para qualquer estrutura que percebesse minimamente o que contrata. E ver a defesa leonina, sólida que nem uma rocha, nos bastantes pontapés-de-canto e livres que, ainda assim, o futebol portista conseguiu criar, deveria ser sintomático. Mas não é. Não é porque o ego - um ego de 30 anos - é gigante. Mas por mais que se repele, por mais que invoque ganas, e por mais que a atitude dos jogadores fosse, até, digna e competitiva, as ideias de Lopetegui são inferiores. E Jesus até na leitura do jogo conseguiu ser, de novo, superior.
O jogo decidiu-se no tal detalhe da bola parada - como lembrou JJ - e até aí poderia pender para qualquer lado. Isto não fossem as diferenças gritantes nas opções que os jogadores, de uma e outra equipa, tomam com bola. O Sporting, entre-linhas, como caruncho na já podre madeira portista, avançou para uma 2.ª parte de conforto assente na inoperância da organização ofensiva portista. De lá saíram duas bolas ao poste e um golo gerados por um jogo-interior que sabe que a baliza fica no corredor central. E enquanto os portistas davam mais um toque para o lado, e enquanto os seus laterais e extremos ficavam sujeitos a uma primeira marcação e a uma seguinte dobra, Aboubakar primeiro, e André Silva depois, eram duas ilhas orfãs de extremos mentirosos - daqueles que realmente castigam, como o enorme Ruiz (hoje, o melhor do campeonato por força do modelo). Sim, o Sporting pode não ter feito o melhor negócio das operadoras (nenhum é bom) mas fez o melhor negócio quando investiu milhões no treinador. No FC Porto e, já agora, no Benfica, é tempo dos senhores 20/15/10 milhões serem um mister. Convém é perceber um pouco de futebol quando se contratarem. Mas isso, como já estamos fartos de saber, são outras contas - daquelas que não fazem capas.
P.S. Isto tudo sem falar em duplos-pivots.
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