A Liga arrancou com dois empates que surpreendem quem fez as apostas mais arrojadas do defeso. Divididas entre adeptos e direcções essas mesmas apostas acabaram por não ter continuidade nos gestores das equipas que (já) tropeçaram. O que têm em comum o facto de Aimar e Witsel não terem lugar conjunto no onze encarnado com o tridente Rinaudo-Schaars-André Santos? A resposta encontra-se na perda de dois pontos causados por más escolhas que produzem um futebol ineficaz. Que sirva de aviso para quem prescinde de Belluschi para escolher Micael.
As melhores expectativas criadas por adeptos de Benfica e Sporting nunca deixaram de me surpreender. Não porque os respectivos plantéis não tenham qualidade para chegarem a ser boas equipas, mas porque as apostas de pré-temporada dos 'misters' de Alvalade e Luz nunca me inspiraram grande confiança.
Jesus, por exemplo, continua a insistir num modelo tão desajustado como algumas das suas 'tiradas' nas conferências de imprensa. A aposta num meio-campo que deixa Javi Garcia como único protagonista defensivo já provocou dissabores na época passada e por isso a cisma revela-se incompreensível. Ainda para mais quando olhamos para o banco das águias e vemos Witsel, o jogador por quem os benfiquistas suspiraram sempre que, por exemplo, eram dominados contra o Porto de André Villas-Boas.
O treinador encarnado é, por isso, cada vez mais definido por mim como uma caixinha de surpresas. Se na primeira época me surpreendeu pelos elevados níveis futebolísticos da equipa, na segunda causa espanto a forma como a abordou tacticamente e psicológicamente. Ainda não andará refeito Jorge Jesus? O seu a seu lugar, parece bradar quem defende o modelo da sua primeira época. Javi, Witsel, Nolito e Aimar merecem mais. Gaitán, quando aprender que um pouco de luz do seu pé esquerdo não faz um jogador e Enzo quando estiver a níveis decentes para verticalizar o futebol encarnado serão excelentes opções. Cardozo e Saviola não me parecem oferecer dúvidas na frente de ataque. Serão precisos mais pontos perdidos?
Quem não me parece aprender também, é Domingos. Se Jesus chegou ao 80 com o seu modelo de 5 a defender e 5 a atacar, o 'Minguinhos' resume-se ao 8 de fazer 'evoluir' no relvado três jogadores de características (hum... como é que eu hei-de dizer isto?)... não muito ofensivas. A equipa parece desunida com bola e sem bola e os apoios são poucos para quem quer circular decentemente a redondinha. E se a minha insistência em Witsel parece desajustada para um jogador que ainda nada mostrou, o que parecerá uma insistência no melhor jogador do Sporting que, por sinal, também começou a partida frente ao Olhanense no banco de suplentes? Que crime! Completamente desajustado o '4-3-3' do Sporting. Rinaudo-Schaars-Izmailov não funcionará melhor? Nas alas, Jeffren parece ser o jogador que faltava e Capel oferecerá garantias. E se na frente Postiga e 'Wolfs' continuarem a enervar, parece-me que Rubio pode dar uma 'de Lisandro'.
Claro que mais factores haverá para explicar resultados e falta deles. Mas se os mais importantes serão realmente arbitragens e ineficácia, porquê trocar P. Sérgio por Domingos quando o filme pareceu exactamente o mesmo?
Para isto terá que estar avisado Vítor Pereira pela instabilidade, ofensiva e defensiva, que causa ter Micael e Moutinho em campo. Belluschi não tem que jogar por ser lindo ou feio mas sim porque é o homem certo no lugar certo. Para já Guarín até pode disfarçar a fazer o lugar do '7' argentino, mas que se passará quando a surpreendente veia goleadora do colombiano acabar? Guarín tem lugar sim, mas a trinco, o resto funcionará como um verdadeiro relógio suíço porque tudo estará no seu lugar.
5 comentários:
Apenas duas citações absurdas:
"A equipa parece desunida com bola e sem bola e os apoios são poucos para quem quer circular decentemente a redondinha"
"porquê trocar P. Sérgio por Domingos quando o filme pareceu exactamente o mesmo?"
para ficar bem claro que o autor deste post não viu o jogo.
A única coisa em que acerta é quando diz "mais factores haverá para explicar resultado". É que, quando uma equipa marca mais golos que o adversário mas o resultado é um empate, fica óbvio que há factores estranhos que (continuam) a influenciar os resultados.
Claro que os do costume vão achar que isso é normal. Aqueles que disso beneficiam há décadas.
Não serão três, certamente. O Olarápio certeficar-se-á disso, se necessário.
Ele aí está, o grande futebol português, em todo o seu aroma frutado.
admito que o Sporting não jogou muito mas fez mais do que sufeciente pa ganhar...não o deixaram.
nunca perceberás isso porque como se viu em guimarães, a corrupção continua a favor dos prochenetas da invicta cidade.
também não temos um orçamente de 95milhões (!) conseguido á custa de decadas de corrupção com entrada directa na Champions.
fica pela análise ao teu clube de fornecedores de fruta.
Por uma vez estou em desacordo, no que ao SCP diz respeito.
é certo que trio do meio campo, com a inclusão do André Santos, não me parece o mais indicado, sendo claramente preferível o Izmailov. No entanto, não é menos certo que o Izma esteve parado durante um período substancial da parte final da pré-época, pelo que é natural que o Domingos não tenha o tido como opção desde o início.
Foi opção quando se mostrou absolutamente necessário, ou seja, no momento indicado.
Quero, com isto, significar que as opções do Domingos me pareceram ajustadas à realidade da equipa, tendo sido fortemente condicionadas por uma arbitragem fraca e, acredito e penso, claramente tendenciosa.
No enquadramento do 4-3-3 adoptado o André Santos, na falta de um Izmailov a 100% e do Luis Aguiar, seria, dentro do plantel, a solução natural, infelizmente.
Não concordo, apenas, nas opções tomadas, com entrada do Rúbio em detrimento do Wolf, na medida em que a natureza do jogo, na parte final, apontava para um jogador que, fisicamente (não tacticamente, porque me parece não será o seu forte) desse mais projecção a um jogo mais directo exigido pela pressão do tempo.
No que toca ao FCP, bem, ganhou como seria natural, mas tem que se salientar a forma como jogou, pela negativa, talvez explicada, precisamente, pelas opções do meio campo, feitas pelo Vítor Pereira
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