Este
Capitão não é um sonho, é uma realidade! E é um privilégio que um País
que anda tanta vez amargurado, tanta vez descrente, possa ter um símbolo
de sucesso tão material como é Cristiano Ronaldo. Mas não só do 'reino
físico' se criou um líder que na hora da decisão soube dar algo que,
facilmente, se confunde com uma resposta a quem o subestima, mas que
para ele é a normal consequência de pensar bem e de executar melhor.
Quando tudo se alinha o sucesso bate à porta. E o sucesso de Ronaldo e
da Selecção Nacional são um exemplo para um Portugal tão (mas tão)
desunido que devia seguir o exemplo de uma equipa que com autoridade
parou uma possível tempestade.
E é tão bom quando na hora da verdade a sinceridade vem ao de cima. Não são precisas análises de maior a este Suécia-Portugal porque, no fim, Paulo Bento disse, e desabafou, tudo. Desde a entrada ansiosa, que não permitiu à equipa crescer tão cedo no jogo, à necessidade do equilíbrio posicional para o sistema não partir, à maturidade que se foi evidenciando à medida que a Selecção sentia que havia espaço nas costas da defensiva sueca, e, por fim, à tão real apetência para a equipa das quinas cair, para depois, jogar (bem) melhor quando está sob (imensa) pressão.
Paulo Bento não é, afinal de contas, um 'autista' e os 'sempre crentes' na Selecção de Todos Nós agradecem a sinceridade e a explicação das dificuldades que o seleccionador encontra para que a equipa reproduza o futebol brilhante que lhe é exigido. O resultado e o sucesso português neste segundo jogo do 'playoff' comprovam o trabalho que permitiu à equipa resistir à montanha-russa que foram os dois jogos com a Suécia. Assim, não foi mau de todo que a equipa portuguesa não conseguisse assumir (sempre) o jogo, até porque esta Suécia mostrou uma verdadeira 'organização inofensiva' e só de bola parada conseguiria criar perigo. Já Portugal, esse, tem Ronaldo! que é o mesmo que dizer que pode marcar em qualquer instante de qualquer jogo.
De facto, só na 'bola parada' Portugal deu asas a que os suecos (e Ibrahimovic) entrassem no jogo. De outra maneira não poderia ser, até porque as habituais (e poucas) alternativas, em bola corrida, da equipa de Erik Hamrén foram presa fácil para uma defensiva competente. Esse é um facto que não surpreende, até porque o gigante Adamastor que foi criado a partir de uma Suécia que discute, e esperneia em, qualquer resultado, nasceu da capacidade de realizar golos através de pontapés de canto e de livres frontais. Como, de resto, aconteceu, já depois de Ronaldo ter inaugurado o marcador (50').
E com o factor casa a poder fazer das suas, essa reviravolta no jogo poderia mesmo indiciar outra. Mas essa, a do playoff, foi travada por uma eficaz inteligência nacional que se traduziu na procura do seu líder. Com tanto espaço, e tão pouca oposição, Ronaldo assegurou a presença de Portugal no Mundial'2014, igualou Pauleta no topo dos melhores marcadores de sempre na Selecção e relegou um dos possíveis opositores à Bola d'Ouro para segundo plano. Tudo isso coube no Coração de um Capitão que não poderia ter escolhido melhor altura para assinar o segundo 'hat-trick' com o símbolo das quinas ao peito. É bom demais para ser verdade que uma dramática meia-hora (50' aos 80') possa ficar para os anais da história do futebol luso. Tanta vez aconteceu o contrário. E essa é a diferença que é ter este Ronaldo!
Suécia-Portugal, 2-3 (Ibrahimovic 68' e 72'; Ronaldo 50', 77' e 79')
Foto: EPA
E é tão bom quando na hora da verdade a sinceridade vem ao de cima. Não são precisas análises de maior a este Suécia-Portugal porque, no fim, Paulo Bento disse, e desabafou, tudo. Desde a entrada ansiosa, que não permitiu à equipa crescer tão cedo no jogo, à necessidade do equilíbrio posicional para o sistema não partir, à maturidade que se foi evidenciando à medida que a Selecção sentia que havia espaço nas costas da defensiva sueca, e, por fim, à tão real apetência para a equipa das quinas cair, para depois, jogar (bem) melhor quando está sob (imensa) pressão.
Paulo Bento não é, afinal de contas, um 'autista' e os 'sempre crentes' na Selecção de Todos Nós agradecem a sinceridade e a explicação das dificuldades que o seleccionador encontra para que a equipa reproduza o futebol brilhante que lhe é exigido. O resultado e o sucesso português neste segundo jogo do 'playoff' comprovam o trabalho que permitiu à equipa resistir à montanha-russa que foram os dois jogos com a Suécia. Assim, não foi mau de todo que a equipa portuguesa não conseguisse assumir (sempre) o jogo, até porque esta Suécia mostrou uma verdadeira 'organização inofensiva' e só de bola parada conseguiria criar perigo. Já Portugal, esse, tem Ronaldo! que é o mesmo que dizer que pode marcar em qualquer instante de qualquer jogo.
De facto, só na 'bola parada' Portugal deu asas a que os suecos (e Ibrahimovic) entrassem no jogo. De outra maneira não poderia ser, até porque as habituais (e poucas) alternativas, em bola corrida, da equipa de Erik Hamrén foram presa fácil para uma defensiva competente. Esse é um facto que não surpreende, até porque o gigante Adamastor que foi criado a partir de uma Suécia que discute, e esperneia em, qualquer resultado, nasceu da capacidade de realizar golos através de pontapés de canto e de livres frontais. Como, de resto, aconteceu, já depois de Ronaldo ter inaugurado o marcador (50').
E com o factor casa a poder fazer das suas, essa reviravolta no jogo poderia mesmo indiciar outra. Mas essa, a do playoff, foi travada por uma eficaz inteligência nacional que se traduziu na procura do seu líder. Com tanto espaço, e tão pouca oposição, Ronaldo assegurou a presença de Portugal no Mundial'2014, igualou Pauleta no topo dos melhores marcadores de sempre na Selecção e relegou um dos possíveis opositores à Bola d'Ouro para segundo plano. Tudo isso coube no Coração de um Capitão que não poderia ter escolhido melhor altura para assinar o segundo 'hat-trick' com o símbolo das quinas ao peito. É bom demais para ser verdade que uma dramática meia-hora (50' aos 80') possa ficar para os anais da história do futebol luso. Tanta vez aconteceu o contrário. E essa é a diferença que é ter este Ronaldo!
Suécia-Portugal, 2-3 (Ibrahimovic 68' e 72'; Ronaldo 50', 77' e 79')
Foto: EPA
11 comentários:
Isso!
=)
Arrisco-me a dizer que foi o jogo da vida do Ronaldo.
Muito bem também Moutinho com assistências deliciosas.
A EQUIPA esteve toda de parabéns. Até o "tronco" do Hugo Almeida.
Ronaldo é Ronaldo e vice versa, como dizia o outro.
Perdoem-me, mas não vi assim tanta excelência em campo...Almeida teve pormenores na primeira parte de quem não tem uma coluna vertebral móvel como a maioria dos humanos, e Veloso (á parte uma certa ausência), fez uma falta de principiante á beira da área que deu o segundo golo a Ibra. Coentrão fez algumas faltas rijas e desnecessárias. Bruno Alves foi ridículo no primeiro golo sofrido. Patrício deixou uma bola directa a ele passar-lhe por baixo...
Ronaldo esteve bem e soube aproveitar a má posição defensiva dos suecos, principalmente quando pensaram que podiam dar a volta e deixaram de ser compactos lá atrás.
Não sei, posso estar enganado, mas acho que ganhámos porque somos melhores. E não porque nos transcendemos...
"mas acho que ganhámos porque somos melhores"
Sem dúvida. Vencemos bem e demonstrámos que somos melhores que os suecos coisa que não é assim tão frequente mas estamos longe de ser, sequer, uma equipa forte.
Com um Ronaldo assim, um Coentrão e Moutinho em forma conseguimos disfarçar a mediania restante mas dificilmente temos pedalada para altos voos.
Este Ronaldo com Figo, Rui Costa e JVP...UI!!!!
Estou de acordo com o Pedro.
Se tivessemos pelo menos o Nani em forma, ainda conseguiríamos sonhar com finais e afins. Mas se apenas tivermos Ronaldo, não chega.
Falta-nos um jogador criativo de classe mundial no meio-campo. O Moutinho não é criativo, embora vá disfarçando, mas não chega.
Mike, o Moutinho é um magnífico jogador. Aliás, no Europeu foi o melhor. E ontem jogou muito bem.
Esta equipa sente falta de alguma criatividade, que procura compensar com entrega.
Ronaldo faria sempre a diferença, em qualquer equipa.
Temos um onze bem razoável que já deu provas do que é capaz. Não percbo muito bem essa das finais e afins.
luis,
Porque para ambicionares finais tens que ter "mais alguma coisa". Só Ronaldo não vai dar sempre, daí ter falado na forma do Nani ou um "Rui Costa".
Claro, mas é expectável que outros jogadores de qualidade (Pepe, Coentrão, Mouinho, Nani, possam aparecer bem (como aconteceu no Europeu).
Ontem só ganhámos porque entrou o William Carvalho!
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