Mais logo, na Rússia, o Benfica pode juntar-se às principais potências mundias do futebol. Ficar no grupo restricto dos quartos-de-final seria qualquer coisa de muito positivo, principalmente tendo em conta o contexto desta época.
Sinceramente, penso que o Benfica já fez a sua obrigação. Continuamos longe, muito longe, do topo europeu e isso só se consegue alterar se, ano após ano, houver consistência na prova maior. Como se sabe, não tem havido.
Comparar a Liga Europa com a LC é coisa para totós e não tenho tempo para explicar que a Terra não é quadrada. Mas, e isto é importante, o Zenit não é uma das super equipas. E é por isso que estamos na luta nesta eliminatória.
A vantagem de um golo pode chegar, pode não chegar, mas não vai ser fácil passar. Mais do que conseguir aguentar a força de Hulk, a criatividade de Witsel, ou a segurança de Garay, o Benfica tem de encontrar-se dentro de campo consigo próprio. E, sem o guarda-redes titular, sem o lateral direito titular e sem os três primeiros centrais, penso que as dificuldades aumentam e baixam consideravelmente as hipóteses.
Por isso, e face ao momento, uma eliminação não será o fim do mundo. Será quase uma consequência lógica. Mas, pelo menos, espero que a pele dos jogadores fique agarrada ao gelo russo. Isso fará toda a diferença para o que ainda falta da época.