quarta-feira, fevereiro 25

Particularidades do futebol português - Os Andrés

André Simões, jogador profissional, em destaque neste campeonato, talvez não tenha noção de que, hoje em dia, tudo de sabe. Que ele se assuma como fanático do Porto, está no seu direito. Mas um profissional do Moreirense, sem qualquer ligação contratual ao FC Porto, prejudicar o clube que lhe paga por não conseguir controlar o seu anti-benfiquismo primário, já se torna questionável. E para melhorar ainda mais a sua imagem, o festival de estupidez facebookiana de André Simões, permitiu saber que o profissionalão levou um amarelo em Braga, aos 90+2, que o tirou do jogo seguinte com o Porto.

 Outra particularidade tem a ver com André André, filho do memorável caceteiro das décadas de 80 e 90. Ficou hoje a saber-se que o jogador está comprometido com o Porto para a próxima época após acordo entre os presidentes de Vitória e Porto em Janeiro. Nada de especial a não ser que o jogador, já em Fevereiro, tenha também completado uma série de cartões amarelos nas vésperas do Porto-Guimarães. E não é que foi mesmo assim?

terça-feira, fevereiro 24

Moreirense-Benfica: Canta Maria Armanda.

1. Eu vi um sapo.
2. Com um guardanapo.
3. Estava a papar.
4. Um bom jantar.

Em Moreira de Cónegos, o Benfica passou por muitas dificuldades. A equipa parecia pouco inspirada e um falhanço de Lima ao poste fez-me logo lembrar o jogo contra o Paços de Ferreira.

O golo sofrido deu-me um certo alento porque pensei que fosse o tónico necessário para haver uma reacção da equipa. Na segunda parte, a equipa voltou ligeiramente melhor e, apesar dos donos da casa continuarem incapazes de passar do meio-campo, o relógio não parava.

Por volta do minuto 58, Sálvio cai na área e o árbitro marca canto, que não existiu. Um erro menor (que já tinha cometido na primeira parte, marcando pontapé de baliza para o Moreirense em vez de canto para o Benfica) que tem sido aproveitado até à exaustão pelos do costume. Eu chamo-lhe desespero, já a roçar a demência.

Na minha opinião não existe falta sobre Sálvio. Mesmo que exista contacto, parece-me insuficiente para provocar a queda. O futebol tem contacto e, muitas vezes, não fosse a "relvinha", podia haver menos quedas. Ou seja, para mim, ainda bem que o árbitro não considerou o lance faltoso (como ainda bem que Lima falhou o penálti em Paços).

O empate chegou então numa fase em que a equipa já carregava e tudo ficou mais fácil quando André Simões foi expulso. Se foi bem expulso ou não, nunca saberemos, ao certo. A única coisa que podemos aferir do lance é o comportamento dos dois intervenientes. Eu estou convencido que o jogador foi bem expulso.

Em relação às expulsões dos treinadores, não as percebi bem mas, Jesus, parece-me, continua a ter um comportamento errático que prejudica o clube (este mesmo árbitro já tinha expulsado Jesus na segunda jornada). O que fazer? Sinceramente, não sei. Tudo se desculpou ao longo de seis anos, não creio que será agora que alguém se lembrará de tomar decisões.

Eliseu marcou, entretanto, o segundo, num remate de ressaca, com o pé direito. É verdade que continua a atravessar uma fase menos boa mas, depois de Emerson e Cortez, tenho esta tendência para ver ouro no actual lateral do Benfica. E entretanto, já lá vão 3/4 decisivos.

Já mais perto do final, Jonas voltou aos golos, apesar da exibição cinzenta. O Moreirense foi sempre incapaz de criar perigo mas, diga-se, usou as armas que tem, apresentando um comportamento defensivo (até ao empate), bastante bom.

Agora é vencer o Estoril e esperar que o Sporting vença no Dragão, outra vez.

domingo, fevereiro 15

Benfica seguro, sem deslumbrar.

40 mil na Luz contra o Setúbal, num claro sinal de apoio, e uma vitória mais do que tranquila e justa por 3-0. A equipa não deslumbra mas percebe-se porquê: não dá. Os mecanismos treinados, as transições, estão à vista, mas os intervenientes têm algumas limitações técnicas que impedem que o jogo da equipa seja mais fluído e espectacular.

A comparação com o plantel do ano passado já foi feita demasiadas vezes mas isso não impede, infelizmente, que as saudades de Enzo, Markovic, Garay, Matic ou Rodrigo não existam.

Infelizmente também este jogo valeu apenas três pontos. O FCP venceu pelo que a luta  pelo título continua apertada e a equipa da Luz tem de continuar a ser exigente.

Individualmente, destaque para Jardel, com uma excelente cabeçada (a premonição de Matic chegou com uma semana de atraso), Luisão, por estar sempre no sítio certo, Maxi, que está ao seu melhor nível, e Lima, pelos dois golos. Uma palavra positiva também para Artur que esteve sempre sereno e sem falhas.

O restante foi tudo muito mediano. Jonas atravessa uma fase de menos qualidade (desde Paços) e esgota-se um pouco nele a magia da equipa. Ola, apesar de tudo, foi dos que mais bola teve e que mais desequilíbrios provocou. Pizzi, continua a não convencer. É verdade que teve bons apontamentos mas, também, demasiadas falhas, perante um adversário macio e de pouca qualidade individual.

Talisca anda desaparecido e Amorim vai ganhando minutos para poder ser peça importante nos últimos 7/8 jogos do campeonato.

A arbitragem esteve bem nos principais lances, especialmente na marcação (ou não) de foras-de-jogo, onde penso que não falhou nenhum lance, alguns deles bem difíceis. No segundo golo do Benfica fica a dúvida se Ola terá provocado a queda ao setubalense. Não me pareceu nada e não fosse a relvinha macia provavelmente o defesa sadino não teria perdido as forças. "Infelizmente", mais uma vez, o árbitro esteve bem também disciplinarmente, concretamente nos amarelos mostrados a Luisão, Sálvio e Samaris (que fica de fora na próxima jornada).

As próximas jornadas podem ter algum peso. Vamos aguardar pelos desempenhos do FCP (com jogos teoricamente mais complicados). Mas é preciso muita concentração e disponibilidade para os nossos jogos, porque são esses que nos podem dar as maiores alegrias.

sábado, fevereiro 14

Fala Vieira.

Aqui fica novamente o post publicado ontem e apagado novamente pelo J. que insiste no terrorismo pessoal. Lamento pelo blogue, pelo Miguel e pelo Peyroteo, pelos leitores, e por quem já tinha comentado. Até ao dia em que seja convidado a abandonar este blogue pelos seus fundadores, continuarei a bater-me por aquilo que considero serem os meus direitos. O J. ultrapassou todos os limites toleráveis do bom senso e continua a fazê-lo todos os dias - como tem feito nos últimos anos. Não me espanta que nem em blogues da cor do seu clube o desprezem e nem nesses espaços seja bem-vindo. Como é sempre mais fácil apagar do que voltar a escrever, é natural que os meus posts continuem a aparecer e a desaparecer. Outros neste blogue desistiram, outros fizeram ultimatos, quando em desacordo. Eu fico. Não é um nazi de trazer por casa que me vai apagar o pensamento.

Finalmente o presidente do Benfica falou aos benfiquistas e abordou o tema mais quente do dérbi da semana passada. Confesso que não esperava uma declaração tão acertada, coerente e, até, ponderada. Aliás, confesso que pensava que tudo tivesse ficado dito na (mais uma vez) ridícula declaração prestada por João Gabriel.

Há muitos anos que deixei de dar crédito às gentes do futebol, dirigentes à cabeça. Por norma são mal-formados, irritantemente imbecis, sem visão, oportunistas e pouco apaixonados pelo jogo em si. Esta "guerra" que se instalou é apenas mais uma do nosso triste futebol.

Mandam-se "pedradas" de um lado para o outro, ofendem-se memórias, cospem-se argumentos miseráveis e, por fim, e quase já no esquecimento, a bola rola lá para o fim-de-semana. As claques são hoje aquilo que sempre foram: veículos de expressão necessários no contexto global do futebol que, perante a impunidade característica da nossa sociedade, cometem crimes, de vez em quando, ou quando lhes apetece, sem que quase nunca nada lhes aconteça.

Obviamente que chegará o dia em que, novamente, uma desgraça acontecerá. É inevitável e é o principal factor pelo qual deixei de assistir praticamente a jogos ao vivo.

A última vez que fui a Alvalade, por exemplo, foi no Benfica de Trapattoni. Sentadinho na central pensava até que estava a salvo da malta mais selvagem. Puro engano. À minha frente estava uma rapariga com a camisola do Benfica que, perante as ofensas e ameaças constantes feitas por homens de meia idade, foi obrigada a abandonar o local. Eu estive bem, simplesmente porque passei 90 minutos sem me manifestar. Se o fizesse seria certamente agredido. Lembro-me do ambiente extremamente agressivo, dos petardos e do desânimo com que saí de Alvalade.

O problema desta história é que qualquer adepto de um qualquer clube poderá repetir, mais ou menos, as minhas palavras. Em Braga, Guimarães, no Dragão, ou na Luz, por exemplo, é o mesmo estilo, com certeza.
A semana que passou foi pesada para os benfiquistas. Confundidos com o comportamento miserável que uns quantos idiotas decidiram ter, foram na sua globalidade acusados de tudo e mais alguma coisa. Uma simples visita aos principais blogues leoninos, mesmo os mais moderados, deu para perceber que a exaltação foi muita.

Eu sou benfiquista e não me revejo na tarja mostrada no pavilhão da Luz. E não conheço nenhum benfiquista que em momento algum tenha apoiado a mensagem. E mesmo com os anónimos, não vi nenhuma manifestação de apoio à mesma.

Não me importa quem começou. Se foi a t-shirt, se foi o fogo, se foi a invasão de campo da Juve Leo. É tudo a mesma merda. Tudo. Um dia uns. No dia seguinte, os outros. Não se defendam uns, e ataquem os outros. Não se compreendam uns, e condenem os outros.

Bruno de Carvalho tem cometido erros atrás de erros e o corte de relações é apenas mais um. Aquele que um dia até vi como um verdadeiro contra-poder, é hoje mais um disparate constante, sempre disposto a lançar mais uma acha para a fogueira. Como os outros todos. Diferente, só mesmo na cor da camisola.

Fala o J.

Tem sido por norma daqui do senhor de costume, utilizar a linguagem que quer para descrever quem quer.
Acho que é o problema dos blogs em geral, onde o pessoal já se habituou a este anonimato/distancia e onde afinal de contas tudo aquilo que se diz e se pensa acaba por cair em saco roto.
Confesso, que por vezes, utilizo um estilo mais agressivo, ou mais provocatório. Afinal de contas, também sofro dos mesmo males de muita gente que quando "veste" a camisola do seu clube. Mas no final do dia, quando  me ponho a analisar entre tudo aquilo que digo e o que vejo por ai dizer, pois não creio que seja tão excessivo assim e sobretudo o mais importante, não me ponho por ai a insultar as pessoas.
Agora, as fronteiras entre um estilo mais agressivo e o insulto barato e fácil são facilmente diferenciaveis em pessoas de bom senso. E há coisas que sim, não podem ser toleráveis mesmo depois de termos dado o "desconto" de sempre a quem já conhecemos há muito tempo e já sabemos como é.
Tenho apagado posts sim, depois que se tenha insistir em apagar sucessivamente os meus comentários.
Não é uma pratica que goste, mas não posso apenas deixar que o mesmo de sempre se comporte da mesma maneira de sempre.
Quando se deixar destas práticas, eu serei o primeiro a comentar como sempre o fiz neste espaço.
Até lá, pois jogamos ping pong!
Um abraço a todos!

quarta-feira, fevereiro 11

Benfica a caminho da final da Taça da Liga.

Como não vou poder acompanhar todo o jogo, avanço já com o post. Dificilmente o Setúbal dará a volta ao resultado, estando a perder por dois e a jogar com menos um.

A equipa do Benfica fez uma primeira parte suficiente, num onze com muitas alterações. Entrou melhor o Setúbal mas Lizandro evitou o golo certo. Boas exibições de Cristante, Ola e Guedes (e Talisca). Pizzi é medonho de mau e Eliseu mostra-se incapaz de voltar à boa forma após a lesão.

Para terminar, registo para a alarvidade dos comentadores da TVI. Primeiro, sonham com um penálti sobre Suk (inventam "um toque, apesar do coreano ter ainda prosseguido"). E depois não entendem o vermelho mostrado ao defesa sadino. Então um jogador que ganha posição quase na pequena área, prepara-se para rematar apenas com o guarda-redes pela frente, não está em posição de golo iminente? E isso não vale vermelho directo? Elucidem-me, por favor. Já no segundo penálti, sim, justifica-se apenas o amarelo.

domingo, fevereiro 8

Dérbi nulo.

Um dérbi muito pobre de parte a parte, com algum ascendente do Sporting que, perante os seus adeptos, apareceu (e pareceu) mais motivado. O Benfica foi sempre incapaz de construir e pode agradecer aos deuses o empate conseguido no último minutos por Jardel.

Não vale muito a pena falar-se em injustiça mas, na verdade, a vitória assentava melhor ao Sporting. Contudo, na primeira volta, não houve goleada para os encarnados (nem vitória) e ninguém morreu por isso.

Fiquei bastante preocupado com a dificuldade da equipa no processo ofensivo. No Dragão as coisas correram substancialmente melhor nessa fase do jogo e a equipa criou várias jogadas de perigo, deixando sempre o adversário preocupado também em defender.

O Sporting, em termos qualitativos foi igualmente muito fraco. Penso também que, com Slimani disponível, teria ganhado a agressividade atacante que nunca teve com Montero. Mas também podemos falar nas ausências do melhor jogador encarnado (Gaitán) e de César (o nervosismo defensivo de hoje tem um nome: Artur).

A forma como o Benfica conseguiu não perder é a melhor notícia deste final de dia para os benfiquistas. Os jogadores sentiram bem a sorte que tiveram, e o susto pode ter-lhes dado gás para o que falta. Do outro lado ficou provavelmente uma equipa que vai perder algum elãn no campeonato. Vamos ver.

MVP: William Carvalho.

Boa arbitragem.

Liderança de quatro pontos para o FCP que não vai ser pêra doce manter, tal é a qualidade do seu plantel.

segunda-feira, fevereiro 2

Há aqui um padrão.

Enviaram-me isto e penso que não deve haver igual. É mais um fartote do clube do "regime", do "colo" e dos amigos da comunicação social.

1. www.dailymotion.com/video/x15glyq_manipulacao-tvi_sport
2. https://www.youtube.com/watch?v=39kFlvEfKao#t=25
3. http://rutube.ru/video/f9d0feefdc6d867f39c474ae40e74f98/?ref=logo

Qual é o vosso preferido? Para mim é o do Markovic, mas o do jogo com o Gil Vicente, também é engraçado.

Entretanto, mais uma semana sem erros de arbitragem com influência nos resultados, aposto. O Benfica entrou em campo super pressionado como de costume e despachou o Boavista que nunca foi capaz de criar perigo. Maxi esteve em grande e Samaris mostrou muita qualidade. Para a semana há jogo a sério, dos poucos que restam a esta equipa, esta época. Por isso, este foi um bom teste (pena a lesão de Júlio César).