sexta-feira, junho 30

E pimba!

Os anfitriões já estão nas meias-finais.

Não digam que não avisei...

Trabalhar bem


Confesso que ficaria satisfeito se o Paredes acabasse mesmo por vir para o Sporting. Não duvido que seria titular indiscutível no lugar do actual capitão. Depois de Moisés vir reforçar, a custo zero, uma posição para a qual o Sporting estava carenciado, a chegada de Paredes, também a custo zero, seria mais uma prova que se está a trabalhar bem neste defeso em Alvalade. Apesar de tudo, nos sítios do costume, a crítica fácil à actuação da SAD continua a reinar...

quinta-feira, junho 29

Mundialites 12.

Amanhã e sábado disputam-se os quatro jogos dos quartos-de-final do Mundial2006. Das oitos selecções presentes não há nenhuma africana, e apenas uma pode ser considerada "outsider", a Ucrânia de Sheva.

Amanhã às 16 horas, Alemanha-Argentina:
Bom jogo em perspectiva. Os alemães estão a subir de forma, jogam em casa e têm apresentado um futebol pragmático q.b. . Os Argentinos já assinaram a maior goleada e alguns dos mais belos golos do campeonato. Depois da vitória da Argentina na final de '86, a final de '90 foi ganha pelos alemães. Vai ser interessante, no mínimo. Cheira-me que vai haver muitos golos já que os ataques de ambas as equipas são os pontos fortes, ao contrário das defesas.

Amanhã às 20 horas, Itália-Ucrânia:
Os italianos têm vantagem teórica. São muito mais experientes, apesar de alguma dificuldade em manter o "onze" base. A Ucrânia não tem nada a perder e sabe que a pressão está do lado dos italianos. Provavelmente será o jogo mais aborrecido desta fase. Ou não.

Sábado às 16 horas, Portugal-Inglaterra:
Vai ser um jogo muito complicado para os portugueses. Tenho esperança na vitória, claro, mas nestes jogos qualquer um pode ganhar. Sem Deco, Portugal vai ser necessariamente uma equipa diferente. Figo ou Tiago devem ocupar o lugar do "catalão". Eu apostava em Tiago, mantendo Simão no banco, como alternativa - tem entrado bem, saindo do banco. Os livres de Beckam são a arma mais perigosa dos ingleses e claro, até ao último segundo, eles não desistem. Espero que passemos às meias finais e o país viva mais um dia em cheio - à excepção de algumas tocas. Força Scolari! Força Portugal!

Sábado às 20 horas, Brasil-França:
Mais um belo jogo em perspectiva. Contas passadas para ajustar, como a final de '98, que a França ganhou por claros 3-0. Sinceramente espero que vença a França, nos pénaltis, depois de um jogo desgastante. Obviamente que não acredito muito neste cenário, até porque acredito que os brasileiros ainda não carregaram no acelerador. Eles são os melhores do mundo mas têm de o provar dentro do campo.

quarta-feira, junho 28

Mind games

Como é fácil perceber o jogo psicológico dos ingleses e a pressão que farão até sábado:
3/06/1986: Campeonato do Mundo: Portugal, 1- Inglaterra, 0
12/06/2000: Campeonato da Europa: Portugal, 3- Inglaterra, 2
24/06/2004: Campeonato da Europa: Portugal, 2- Inglaterra,2 (6-5, nos 'penalties")
21/06/2002: Campeonato do Mundo: Brasil (com Scolari), 2- Inglaterra,1
Fevereiro/Março de 2004: Liga dos Campeões: FC Porto-Manchester United (2-1 e 1-1)
Março de 2005: Taça UEFA: Sporting-Middlesbrough (3-2 e 1-0)
Abril de 2005: Taça UEFA: Sporting-Newcastle (0-1 e 4-1)
7/12/2005: Liga dos Campeões: Benfica, 2-Manchester United,1
Fevereiro/Março de 2006: Liga dos Campeões: Benfica-Liverpool (1-0 e 2-0)
To be continued...

Mundialites 11.

O Brasil derrotou o Gana por 3-0. Ronaldo já é o melhor marcador de sempre (sim, o gordo) dos Mundiais (sim, o gordo). O jogo foi razoável, o Brasil foi um justo vencedor, pese embora o segundo golo, marcado de forma ilegal, tenha chegado num momento em que se adivinhava o empate. No entanto, os ganeses estiveram desastrados no remate e nunca demonstraram grande capacidade para vencer o jogo. E aquela defesa em linha...

Ronaldinho continua em má forma. Não faz a diferença. Mas claro, esta equipa do Brasil é muito experiente e, a ganhar desde os 5', começou logo a pensar na Espanha, perdão, na França.

O jogo da noite foi muito bom. A França mostrou ser mais equipa, reagiu bem ao golo sofrido e partiu para uma vitória folgada e justíssima. Zidane esteve em bom plano mas, para mim, o homem do jogo foi mesmo Ribery. Que jogador! Mais uma vez, "nuestros hermanos" vão para casa sem sucesso algum.

As oito melhores selecções da actualidade disputam agora, o acesso às meias finais da competição:

Sexta-feira
Alemanha-Argentina
Itália-Ucrânia

Sábado:
Inglaterra-Portugal
Brasil-França

terça-feira, junho 27

Boa gestão

Se o Liberopoulos custa 50 mil euros, seria uma boa gestão incluir o João Pereira no negócio para tentar baixar o preço!

segunda-feira, junho 26

Gamanço

O senhor Medina Cantalejo roubou um justo lugar nos quartos-de-final aos "Socceroos" de Guus Hiddink, fabricando uma escandalosa grande-penalidade nos últimos segundos do período de compensação.

O polegar na boca de Totti, durante a celebração, é elucidativo.

Deus os guie contra um poste...

Faltam três

Não sei se o meu - nosso - coração poderá resistir a outra como esta... Quase sucumbiu às hesitações de Meira, à infantilidade - para ser caridoso - de Costinha ou à inoperância de Pauleta, mas exultou com as defesas de Ricardo, os milagres de Ricardo Carvalho, a intensidade de Maniche, o génio de Deco ou a insuperável classe de um fantástico Luís Figo.

E com o esforço sobre-humano de todos, mas todos, os que pisaram o relvado - esse mérito, assumo, ninguém pode retirar a Luiz Felipe Scolari.

Continuamos a sonhar...

PS - Ainda bem que o árbitro se chamava Ivanov(e). Se se chamasse Ivasete estávamos bem f...

PPS - Quanto ao assunto de um post anterior, cujos comentários só hoje li, será retomado mais tarde, independentemente da vontade que me assalta de responder a certos energúmenos. Portugal é maior...

Obrigado, heróis.

Por tudo o que nos fazem sonhar. Por tudo o que nos fazem querer. A selecção deixou-nos, uma vez mais, orgulhosos.

Somos uma das oito melhores selecções do Mundo. Somos uma selecção de guerreiros. Somos um país feliz.

No final, o importante é ganhar. Justamente, conseguimos passar aos quartos de final. Liderados por um Luís Figo monstruoso, com um Deco mágico, com um Simão desequilibrador, com um Maniche "gordo" de golos bonitos, com um Ricardo seguro, com um Carvalho incisivo, com um Scolari cada vez com mais razão.

O jogo foi épico. Fomos prejudicados pela arbitragem, como tem sido apanágio. Os holandeses incendiaram o jogo com uma atitude simplesmente vergonhosa, pequenina. Foram embrulhados em papel celofane, foram para casa porque não têm futebol para nós.

Obrigado, rapazes.

Adenda: o ex-ponta de lança Van Basten afirmou que "o Cristiano Ronaldo lesionou-se num lance casual. No lance do Luís Figo, não sei se alguém lhe tocou". Mas tu ainda não foste para casa cortar a relva do jardim?

domingo, junho 25

Rumo à glória...

Acabámos de eliminar a Holanda. Algumas ideias, muito a quente:
Obrigado, Maniche, pelo maravilhoso golo;
Obrigado, Van Basten, por não ter jogado o Van Nistelrooy;
Vai-te lixar, Costinha;
Vai-te matar, Ivanov;
Para o raio que os parta, SIC, por nos impedirem de ver a festa e bombardearem-nos com publicidade.
E agora, com a Inglaterra, sem Deco? Recupera depressa, Ronaldo!

Ironia do destino

O Sporting sagrou-se campeão nacional de futsal ao vencer o Benfica no pavilhão Paz e Amizade. Gonçalo Alves, no ultimo segundo do jogo, no ultimo segundo em que jogou de leão ao peito, marcou o golo que deu a vitória e o título. Agora vai jogar para a equipa que ontem derrotou.

P.S. João Benedito vai abandonar o Sporting para jogar nos espanhóis do Playas Castellón. Foi ele que me fez verdadeiramente reconhecer como um g.r. pode por vezes ser o jogador mais importante numa equipa.

P.P.S. Com as saídas anunciadas e o reforços conhecidos do Benfica, os encarnados têm tudo para voltar a ganhar o título na época que vem. Tal como este ano o Sporting era o campeão anunciado desde a 1ª jornada... o Benfica sê-lo-á na próxima época. André Lima já o sabe: "Que aproveitem bem este campeonato porque nos próximos anos quem vai ser campeão é o Benfica."

sexta-feira, junho 23

Estranhas coincidências

Benfica(1), Vitória de Guimarães(1), Oriental(1), Estoril(1), Montijo(1) e Corinthians Alagoano(1) partilham uma(1) curiosa coincidência neste Mundial.

9-3-3-2-1-1-1-1-1-1 é a chave para esta pequena charada.

Eu ainda assim fiquei surpreendendido. Vocês!?

Mundialites 10

1. O "Special One" holandês - Este homem não pára: acabou de ganhar a Liga holandesa pelo PSV Eindhoven, com o qual tem tido boas participações na Liga dos Campeões Europeus. A meio da época, apurou a selecção da Austrália para a segunda participação no Mundial, eliminando os todo-poderosos uruguaios. Não satisfeito com isso, já colocou a equipa nos oitavos-de-final. Tudo isto depois de, há quatro anos, com a preciosa ajuda dos 'senhores de negro', ter levado a Coreia do Sul às meias-finais. São quatro os treinadores holandeses na Alemanha (só os brasileiros os superam), mas para já os louros maiores, sem esquecer o trabalho de Van Basten na sua selecção, são de Guus Hiddink. Teremos uma super-Rússia no próximo Europeu?
2. A Leste do Paraíso - Verdadeira decepção a participação das equipas do Leste Europeu. A Sérvia e Montenegro nem pontuou e sofreu a maior goleada da prova; a Polónia foi superada pelo Equador (não nos esqueçamos de que estas duas selecções europeias são nossas adversárias na qualificação para o 'Euro-2008'); a República Checa, depois de um brilhante 'Euro-2004' já ficou pelo caminho e a Croácia foi mais uma vítima do "Special One" do parágrafo anterior. Veremos o que faz hoje a Ucrânia.
3. A tradição africana - O Gana cumpriu a tradição recente de uma equipa africana seguir para os oitavos-de-final. Provavelmente, só não terá sido acompanhado pela Costa do Marfim por esta ter jogado num grupo tão forte. Não se crê, contudo, que os ganeses sejam capazes de suplantar os campeões do mundo. Mas estes terão de correr mais...
4.“Ricardo me está gustando mucho” - Chamado a pronunciar-se sobre os guarda-redes que estão na Alemanha, eis as palavras do espanhol Reyna: “Me he llevado muy buena impresión de Ricardo, el portero de Portugal. Los dos últimos partidos que ha hecho han sido muy buenos. Los porteros africanos han hecho cosas bastante buenas”.

quinta-feira, junho 22

Mundialites 9.

1) El Gordo Ronaldo igualou o nº de golos do mítico Gerd Muller - o melhor marcador de sempre em fases finais de Mundiais. Injecção de moral para o astro brasileiro que até agora ainda não tinha aparecido. Entretanto, o Brasil continua, a passo, a sua caminhada para o título mundial.

2) Comecei a ver o Brasil-Japão na tv e ia acompanhando o Croácia-Austrália na internet através do TVU Player. Na 2ª parte não deu, larguei o Brasil e vi em full time um dos mais espectaculares jogos até agora. Espectáculo, emoção, drama, nervos, casos, todos os ingredientes estavam lá. A sorte acabou por sorrir à Austrália. Bresciano entrou para empurrar a equipa para o empate/vitória que foi sentenciado por Kewell. Grande jogo!

3) Ah! Figo está em vias de se tornar campeão de Itália...

As bestas

Como eu faço parte do lote de "filhos da puta", dos "imbecis que não merecem festejar os golos de Portugal", dos vendidos ao poder de Pinto da Costa, etc.- designações aplicáveis a quem tem a desfaçatez de criticar São Scolari -, sinto-me obrigado a explicar umas coisinhas.

Não me revejo nem deixo de me rever nesta selecção, pois ela não é, nem deve ser, um espelho. É uma equipa, construída para representar as cores do meu país numa competição desportiva, razão pela qual tem e terá sempre todo o meu apoio, admiração, dedicação e esperança.

Dito isto, reafirmo todas as críticas que aqui - e não só - teci aos métodos de trabalho do senhor Luiz Felipe Scolari, garantindo que a expressão das mesmas não passa do exercício de um dever cívico, de uma obrigação moral, de um imperativo categórico.

Critiquei ontem, critico hoje e fá-lo-ei sempre que me apetecer, porque não devo nada a ninguém, não tenho medo dos "papões" da FPF, das ameaças dos "hooliganzinhos" de trazer por casa, nem estou a soldo de qualquer Jorge Mendes. Mais, o meu maior desejo é poder manter tudo o que disse e escrevi depois de ver Portugal campeão do Mundo.

Nada me daria mais prazer do que ver Scolari levar a equipa das Quinas à final e, creiam-me, ficar-lhe-ia eternamente agradecido, desejar-lhe-ia a melhor das fortunas, de preferência num excelente cargo, bem longe daqui.

E os iluminados com pretensões(inhas) a ditador(zinhos) de merda dizem-me: "Mas ele ganhou mais do que os outros". É evidente que sim, e ainda bem. Nunca disse que Scolari não era um passo em frente relativamente ao tempo dos Oliveiras - se acham que eu critico hoje deviam ver o que eu dizia nessa altura - ou dos Artur Jorges.

Tenho, contudo, enquanto português, o direito de exigir mais e melhor, não só dentro, como fora do relvado.

Quando uma nação atravessa um momento decisivo, não é obrigação dos seus cidadãos fiscalizarem e criticarem a acção do governo?

Quando um irmão comete um erro, não é nossa obrigação confrontá-lo?

Quando os erros existem, não é melhor identificá-los e denunciá-los para que possam ser corrigidos?

Claro que não, isso é só obra de filhos da puta, de imbecis que não merecem não sei o quê ou de gajos vendidos a não sei quem.

Era exactamente isso que achavam Adolfo e José que, como todos sabemos, eram gajos às direitas.

Entretanto, acrescento que o meu problema com o desempenho da Selecção nada tem a ver - hoje - com o "brilho" das exibições. Não me preocupa - hoje - que o futebol praticado não seja o melhor - com o Irão até foi -, mas sim a permeabilidade defensiva nas faixas laterais, as lacunas na marcação e posicionamento na sequência dos cruzamentos ou a instabilidade de Fernando Meira. Isto para não falar da utilidade açoriana, que já chega de assuntos "quentes".

Em suma, nada tenho contra quem gosta de Scolari e defende a sua continuidade, porque todos temos a nossa opinião, fundamentada ou não, e, sobretudo, o direito de a exprimir, pelo menos enquanto vivermos num país livre (que não num estado de direito, mas isso é outra coisa). É de opiniões diferentes que vive a evolução do pensamento humano, é desse confronto, saudável e produtivo, que nascem a mudança e o progresso.

Quem pensa que pode intimidar ou outros com ameaças de vão de escada e argumentos sectários - e bastante primários - não terá muita sorte comigo. A bem, a mal, aqui ou noutro sítio qualquer, como quiserem, mas não me vou calar.

JEAN-PAUL LARES

PS - Pode-se alcançar o sucesso pelo caminho errado. Apenas se torna mais difícil e o caminho não deixa de ser... errado.

Mundialites 8.








GRUPO C:
Argentina e Holanda passaram naturalmente este grupo. A Costa do Marfim mostrou futebol, mas pouca organização. A Sérvia desiludiu e sai deste Mundial com 3 derrotas, uma delas por 6-0, frente à Argentina. Considerado o "grupo da morte", a verdade é que só a Costa do Marfim incomodou na luta pela fase seguinte. E pouco. Ontem à noite, no jogo mais esperado, Argentina e Holanda entraram a meio gás e mostraram pouca ambição.

GRUPO D:
Portugal não deu hipóteses a ninguém e somou nove pontos, com o melhor ataque e a melhor defesa do grupo. Para perceber melhor a superioridade da selecção nacional, note-se que, o segundo lugar, fez menos 5 (!) pontos. Angola surpreendeu e ficou com o 3º lugar. Honra.

Oitavos-de-final:
Argentina-México, no próximo sábado, dia 24 de Junho
Portugal-Holanda, no próximo domingo, dia 25 de Junho

Portugal segue em frente.

Estou feliz. Portugal derrotou o México, por 2-1, fez 45 minutos de muito bom nível e acaba a fase de grupos com apenas um golo sofrido, e nove pontos.

Para os mais distraídos, a selecção portuguesa entrou em campo sem alguns titulares como Deco, Costinha, Ronaldo ou Pauleta. Trata-se pois, de uma versão equipa "b" que, com algum sofrimento, venceu uma das equipas mais experientes em termos de Mundiais, uma equipa que nunca se ficou pela fase de grupos, uma equipa rápida, com um futebol agressivo.

As "bestas" do costume depressa acorreram aos microfones - numa tentativa de ampliar a voz que teima em não ser ouvida pela esmagadora maioria dos portugueses - e fico-me com estas pérolas, ditas por um senhor qualquer, com sotaque, na TSF:

"Agora vai começar a competição a sério". Isto é má-fé.

"Só quero esquecer a segunda parte. A jogar assim, venha quem vier, não ganhamos a ninguém". Isto é demagogia barata e bota abaixo puro e duro.

"Podemos chegar à Final, mas aí será muito difícil ganhar". Dá para tudo, não é?

Eu tinha prometido a mim mesmo não perder tempo com imbecis. Mas eu próprio tenho um imbecil pequenino dentro de mim e por isso, chego-me à frente.

O futebol é um jogo. Simples. Numa competição como a do Mundial, salvo honrosas excepções, raramente se alia a eficácia ao espectáculo puro. Portugal deslumbra? Não. Portugal vence justamente os jogos que disputa? Sim.

Os teóricos adoram criticar e defendem-se, argumentando que era o que mais faltava não o poderem fazer, só porque se ganha. Certo. Mas o que os teóricos não sabem, porque são imbecis de corpo inteiro, é que o objectivo principal já foi conseguido: a selecção é uma equipa respeitada, vencedora e que tem uma nação inteira a seus pés. Quem ouviu os "olés" dos mexicanos aos dez segundos de jogo e de seguida, viu o golo do Maniche, sabe que o Mundial já está ganho. Quem não percebe isto, não percebe nada de futebol.

quarta-feira, junho 21

Coitadinhos

Quando um treinador, para poupar os avançados titulares, é obrigado a recorrer a Tevez e Messi, está a bater no fundo...

Será que não dá para pedir emprestado?

Faltam quatro

Continuo sem perceber o que certos senhores estão a fazer na Alemanha mas, sobretudo, gostava de saber quem é o guarda-redes daquela equipa de vermelho que ganhou ao México...

Mundialites 7.

GRUPO A:
A Alemanha derrotou o Equador por 3-0, num jogo em que, apesar do resultado, os alemães voltaram a demonstrar pouco futebol. O Equador, apesar da derrota, segue em frente. No outro jogo, a Polónia venceu a Costa Rica, equipa que acabou a competição com zero pontos e nove golos sofridos.







GRUPO B:
Inglaterra e Suécia empataram a duas bolas, num jogo bem disputado, com emoção até ao fim. Depois do segundo golo dos ingleses, sempre acreditei que os suecos empatassem. Larson deu-me razão, num golo cheio de oportunidade. No outro jogo, o Paraguai imitou a Polónia e aproveitou as fragilidades da selecção de Trinidade e Tobago para fazer três pontos na competição. Os paraguaios desiludiram-me, apesar de os considerar uma das melhores equipas no plano defensivo. Desta vez, nem isso lhes valeu. Passaram as mais fortes.







Oitavos-de-final:
Alemanha-Suécia, no próximo sábado, dia 24 de Junho
Inglaterra-Equador, no próximo domingo, dia 25 de Junho

terça-feira, junho 20

Foi assim em Frankfurt.

Example

Foi inesquecível. Uma viagem em cheio, com a vitória da selecção portuguesa na bagagem de regresso. O ambiente na cidade alemã de Frankfurt foi espectacular, não defraudando as minhas expectativas. As ruas estavam cheias de adeptos de todo o lado. Os iranianos fizeram a festa antes, e depois. Eram os mais ruidosos.

No estádio de Frankfurt vivi as maiores emoções. O hino, o golo do Deco e o apito final foram os momentos altos. É caso para dizer: quero mais, quero muito mais. Inesquecível.

Ps: vi muitos macacos em Frankfurt. No avião também. A psicologia de grupo resultava, invariavelmente, em comportamentos deploráveis, cantados em português.

segunda-feira, junho 19

Rolo compressor

Ainda o jogo com o Irão:

Esta Selecção é Figo e mais De...co.

Ainda bem que um deles é português...

domingo, junho 18

Dedo de Mourinho

Um dos maiores trunfos de Portugal neste Mundial é o trio composto por Maniche, Costinha e Deco. Jogam de olhos fechados no meio campo e trazem um aporte de qualidade e eficácia que não é conseguido com mais nenhuma fórmula a meio campo. Isto apesar de ser praticamente unânime que Petit está melhor que Costinha ou que Tiago pode tirar o lugar ao Maniche. Impossível não dar crédito a... José Mourinho pela química existente entre os três. Foram a base do Porto vencedor da UEFA e da Champs. Em 2004 "levaram" a selecção à final do Euro, depois de Scolari ter dado a mão à palmatória após o primeiro jogo. Este jogo mostraram que ainda combinam na perfeição. Ainda bem.

sexta-feira, junho 16

Mundialites 6.

O Equador de Mendez, A. Delgado, Valencia e Kaviedes está a jogar muito a bola. Os 3-0 frente à Costa Rica foram justos e o Equador vai discutir o primeiro lugar do grupo frente à Alemanha na ultima ronda. Veremos o que conseguem nos 2 próximos jogos em que defrontarão a fortíssima Alemanha e depois a Suécia ou a Inglaterra. Será que vão continuar a ser surpresa?

A Suécia é um ataque sem cérebro. Com Zlatan no banco ganharam o jogo aos 88'. Justo diga-se. Até podem ficar em 1º no grupo se baterem a Inglaterra no ultimo jogo, mas ainda não estão a jogar um futebol de grande qualidade. Wilhelmsson bem que podia entrar nas contas de reforços do Sporting.

A Inglaterra ganhou naturalmente a Trinidad e Tobago. Também já está nos oitavos e deve-o sobretudo a Beckham e Gerrard. Se tivessem um atacante como deve ser... bastava um.

quinta-feira, junho 15

Felinos




O Sporting sagrou-se hoje campeão nacional em iniciados depois de ir à Luz (mais concretamente a Odivelas) sovar o Benfica por uns concludentes 6-0. Já os juvenis festejaram o tricampeonato depois de empatarem no Porto. O título de juniores chegará a Alvalade daqui a umas semanas, já que a fase final ainda vai na 2ª ronda.

Mais interessante é verificar que desde que a Academia entrou em funcionamento, em Junho 2002, o Sporting foi campeão 2 vezes em 3 possíveis em iniciados, 3 em 3 em juvenis e prepara-se para assegurar 2 títulos em 3 possíveis em juniores. Se a isto aliarmos a crescente quota de jogadores formados nas escolas no plantel principal, facilmente verificamos que um dos pilares do Projecto - que continua a ser constantemente desancado - é um verdadeiro sucesso. Para os interessados fica aqui a lista de todos os clubes vencedores do futebol de formação.

Todos sabemos que o que interessa são os títulos nos seniores e aí o Sporting já há uns anos que não ganha nada. Mas o caminho que está a trilhar é o correcto e isso só pode aumentar a confiança dos sportinguistas.

P.S. Se na selecção actualmente encontramos P. Santos, Caneira, Nuno Valente, Miguel, Figo, Simão, Boa Morte, Cristiano Ronaldo e H. Viana - 9 jogadores made in Alvalade, em que muitos deles até treinaram no pelado (antigo campo nº3) - como será daqui por uns 5 anos?

O escalonamento.

Quem joga?
A entrada do Deco parece óbvia, e necessária. Com a defesa composta, Pauleta, Figo e Ronaldo (?) certos, quem dará lugar ao mágico? Simão ou Tiago? Com Figo a jogar no meio, Simão foi o único que, mesmo assim, lateralizou o jogo. Assim, e jogando da mesma forma, a possibilidade maior é a troca por troca, Deco por Tiago. Mas com um meio campo com Petit, Deco e Figo, quem defende?
Eu ainda gostava de ver o meio campo formado por, Petit (Costinha), Tiago, Deco e Figo, entregando o ataque a Ronaldo e Pauleta.

Mundialites 5.

A Espanha venceu a Ucrânia, por 4-0. Os espanhóis jogaram bem, é verdade, mas tiveram a sorte do jogo, especialmente na forma como chegaram ao 2-0. A Ucrânia desiludiu-me por completo: sem força, sem vontade, sem nada. Uma exibição vergonhosa. O quarto golo dos espanhóis foi muito bom mas...

Tunísia e Arábia Saudita empataram 2-2. Este falhei.

A Alemanha venceu a Polónia, já depois da hora. Os alemães, com uma boa segunda parte, justificaram a vitória, perante uma Polónia que se limitou a defender o nulo. Os postes e o guarda-redes polaco iam conseguindo esse objectivo, mas Neuville não deixou. A Alemanha é a primeira equipa qualificada para os oitavos de final.

Amanhã vou para a Alemanha para assistir, no sábado, ao Portugal-Irão. Uma sorte, a minha, e o meu obrigado ao amigo Zé Castelo por esta magnífica oportunidade. Até domingo e bons jogos.

quarta-feira, junho 14

Que viva España!

A Espanha vai espetando 3-0 na Ucrânia e no banco estão Raul, Iniesta, Fabregas,... Será desta que a Espanha vai longe?

Mundialites 4.

Muito se tem escrito e falado sobre a qualidade dos jogos do Mundial e a verdade é que, até ao momento, poucos jogos me convenceram. Bons golos já houve, mas isso é pouco. Acredito que já na segunda ronda as coisas se alterem. Algumas equipas vão querer resolver já as suas contas e, outras, evitar que essas mesmas contas acabem com o sonho dos oitavos de final.

O jogo entre Coreia do Sul e Togo teve o desfecho mais lógico. Os orientais foram melhores e mereceram a reviravolta no marcador. 2-1 foi o resultado final deste jogo que contou com três bons golos. E não se jogou assim tão mal como isso.

No segundo jogo, França e Suíça empataram a zero. Não me espantou nada, pois já estava à espera da boa organização helvética, equipa sempre muito perigosa nos lances de bola parada. A França jogou muito pouco, Zidane não fez a diferença e todo o futebol francês foi demasiado previsível. Mesmo sem qualquer golo, o jogo foi emotivo e jogou-se a um bom ritmo.

À noite, o jogo não defraldou as minhas expectativas. A Croácia bem tentou a surpresa e a verdade é que, com um pouco de sorte, podia ter empatado. O Brasil foi uma equipa pouco rápida, com Ronaldo e Adriano pouco agressivos. Ronaldinho esteve francamente mal. O destro Kaká fez um golo estrondoso - com o pé esquerdo - e Dida confirmou as suas qualidades. Os croatas nunca se intimidaram e fizeram-me lembrar a República Checa, como equipa. Ainda no Brasil, gostei do Robinho - só com ele houve algum "samba" - e do acerto defensivo de Roberto Carlos. Este Brasil apresentou um futebol pouco criativo e alguns jogadores não têm fulgor físico para muito mais. No final venceram os melhores, apesar de, ontem, não o terem sido.

terça-feira, junho 13

Mundialites 3.

A tarde começou bem, com um jogo razoável, entre o Japão e a Austrália. A vitória dos australianos foi justíssima e os nipónicos apenas assustaram quando chegaram à vantagem, num golo precedido de falta. Os homens da Oceania responderam com três golos - o segundo foi excelente - e prometem fazer finca pé à Croácia.

No segundo jogo da tarde, finalmente uma "equipa". A República Checa funciona como um todo, pratica bom futebol e tem alguns jogadores bem acima da média, como Nedved e Rosický. Do outro lado, os EUA, apesar de terem reagido bem ao excelente golo de Koller - que se lesionou, e está em dúvida para o resto do Mundial -, foram incapazes de travar o poderio dos checos que, ainda na primeira parte, chegaram ao 2-0, através de um magnífico remate do já referido Rosický. O mesmo homem marcaria ainda o terceiro e último golo, numa bela jogada com Nedved. Sem dúvida, a melhor selecção até ao momento. O facto dos jogadores que a compõem já se conhecerem há muito tempo é uma vantagem de que poucas equipas se podem gabar. E nesta competição, pode muito bem ser uma vantagem demasiado preciosa...

À noite, a Itália venceu o Gana, por 2-0, com golos de Pirlo e do "nosso" conhecido Iaquinta. Os ganeses deram boa réplica (e tiveram mais posse de bola) mas os italianos foram superiores. Lances duvidosos, sempre decididos a favor da Itália. A forma como a "squadra azzura" joga não é novidade para ninguém. Mas por isso mesmo, provavelmente, vão longe na competição.

Mais à noite: a Marcha de Marvila foi a melhor. Não acharam?

segunda-feira, junho 12

Martelo pneumático

Esmagámos!

Noves fora... Figo.

Mundialites 2.

A Holanda venceu, e bem, a Sérvia e Montenegro, por uma bola a zero. Robben facturou, com um bom golo, mas esta "laranja", ou está ainda por espremer, ou é um bom adversário para Portugal, nos oitavos de final. Excessivamente dependente do talento de Roben, a Holanda foi incapaz de controlar o jogo e só criou perigo através do extremo do Chelsea. Do outro lado, uma selecção pouco ofensiva, lenta e pouco capaz.

O México bateu o Irão por 3-1, mas não teve vida fácil. O jogo parecia que ia terminar empatado mas o México acabou por ganhar vantagem, deixando os iranianos completamente à toa. O jogo foi pouco emotivo e, tecnicamente, foi do mais fraquinho que já vi neste Mundial.

No terceiro jogo, Portugal cumpriu o seu papel, derrotando a Angola pela vantagem mínima. Figo esteve em grande, Pauleta foi Pauleta, Simão esteve em bom plano. A vitória foi justíssima, podiamos ter marcado pelo menos mais dois golos. Os angolanos foram esforçados mas não mereceram mais do que a derrota.

Portugal não fez um jogo brilhante, longe disso. Muitas jogadas acabaram com um último passe desastrado. No entanto, e sem Deco, controlámos o adversário e entrámos a ganhar na competição. Querem mais? Vejam os outros a jogar.

A equipa esteve um pouco nervosa, é verdade. A pressão é muita. Contra o Irão, provavelmente - e até porque os iranianos não podem jogar para não perder -, a Selecção portuguesa vai estar mais desinibida e mais confiante.

domingo, junho 11

Portugal – Angola, "flash interview"

O resultado.
Figo, por todos os motivos em geral e pela jogada do golo em particular.
Mais um golo de Pauleta, de baliza aberta.
Vencer.
A substituição de Ronaldo. Scolari matou dois coelhos de uma só vez, reequilibrou a equipa, e foi pedagógico com o vedetismo do miúdo, preocupa-me a sua má forma, pode ser que resulte.
Entrar a ganhar.
A ausência do Deco, com grande pena minha, a titularidade do Tiago, para meu contentamento.
Os “menos titulares” Petit, e em grande parte do jogo, Simão.
A vitória.

Uma defesa do Ricardo
A festa, jogar com Angola no campeonato do Mundo tem um sabor diferente.
Três pontos, primeiro do grupo, para já chega e sobra.

Mundialites.

A Inglaterra derrotou o Paraguai com um auto golo do "nosso" conhecido Carlos Gamarra. O jogo foi mau, lento e quase sem emoção. Do Paraguai esperava pouco, dos ingleses esperava... qualquer coisa. O futebol praticado por Owen e companhia foi fraquíssimo. Candidatos ao título? Por enquanto, só no papel.

A Sport TV transmitiu o jogo, Toni foi comentador de serviço. Que bocejo. O jogo já foi mau o suficiente... entretanto, já percebi que a TV Cabo cortou o sinal do canal M6, que transmitia, em directo, o Suécia-Trinidade e Tobago. Conclusão: pagamos o M6 mas não o podemos ver porque... não pagamos a Sport TV. É isso? Cambada de palhaços. Outra vez.

A Suécia empatou 0-0 com uma das selecções mais fracas do Mundial. Mesmo contra 10. Comecem lá a fazer contas, rapazes. O jogo nem foi mau, mesmo sem golos. Os suecos falharam boas oportunidades mas, ainda assim, tiveram sorte naquele balázio à trave que sofreram perto do fim.

O Argentina-Costa do Marfim foi o melhor jogo até ao momento. A Argentina entrou melhor, dominou e jogou bom futebol, nos primeiros 45'. Crespo e o "coelho" marcaram um golo cada e adormeceram a equipa na segunda parte. O jogo teve velocidade e alguma emoção perto do fim, depois do golo de Drogba. Confesso que só a meio da segunda parte percebi a táctica da selecção africana. De facto, têm força, velocidade e técnica. Falta-lhes a táctica. O resultado foi justo, mesmo com a segunda parte frouxa dos argentinos - não precisavam de mais. A verdade é que a Costa do Marfim, mesmo dominando no segundo tempo, não criou perigo na baliza contrária.

Hoje, há mais três jogos para ver. O destaque óbvio, é o jogo da nossa Selecção. Não me vou alongar nisto: a vitória é o mínimo exigível. Aposto numa vitória clara, num jogo bastante agressivo por parte dos angolanos. Parafraseando o Jean-Paul Lares, "Começa já hoje!".

sábado, junho 10

Qual é a lógica?

Ainda a propósito do caso despoletado pelo contínuo de Barcelos, continuo a perguntar-me porque raio é que existe um regulamento que impede os clubes de futebol de poderem recorrer a tribunais não desportivos. Qual a lógica desse impedimento? Será que o caso Bosman não mostrou já que os tribunais desportivos têm uma validade muito relativa?

Frescas e curtas.

A Alemanha começou bem a sua participação no Mundial '06, com uma vitória sobre a Costa Rica, por 4-2. O jogo não foi famoso mas, seis golos, são seis golos. Ainda para mais, belos golos, com destaque para o primeiro e último dos germânicos. Klisman é que não deve ter ficado muito descansado com a sua defesa em linha... eu não ficava.

A Polónia desiludiu ao perder com o Equador, por 2-0. Para mim é uma "meia-surpresa", entre muitas surpresas completas que estão para vir.

Nuno Assis foi castigado com seis meses, pelo controlo anti-doping positivo que acusou em Dezembro do ano passado. Como está suspenso preventivamente desde então, pode começar a próxima época ao lado dos seus companheiros de equipa. Tarde e a más horas, a decisão chegou. Ou melhor, esta é apenas mais uma "não-decisão". Típico.

O caso "Mateus" deu a volta. Afinal o Belenenses desce. Depois de ler isto, percebi porquê. Ou não. Mais uma "novela" verdadeiramente escandalosa dos nossos dirigentes (?) desportivos. Cambada de palhaços.

sexta-feira, junho 9

So simple.

Vai começar. Depois de uma longa espera eis que começa o maior espectáculo do mundo.
Que se “lixem” as opções do Scolari, o Quaresma e o Baía e a falta deles, o benfiquismo do Simão, o coração de leão do Ricardo. No que toca ao facciosismo tenho, para já, 270 minutos de Portugal. E sorte a minha que gosto tanto do jogo em si, como do jogo da paixão. Por isso, já lá vão algumas semanas, que venho repetindo a frase: dois jogos por dia e às vezes três, sob o olhar inquieto da minha mulher.
Cerveja a postos, tremoços e amendoins, o comando da Tv bem colocado ao meu lado. Vou tirar férias dentro de casa.
Até breve, vou dando noticias, ou não.
Dois jogos por dia e às vezes três. Não me lixem, é o maior espectáculo do mundo, e vai começar.

Mundial 2006 - Grupo H




ESPANHA
Apesar das expectativas que cria, a selecção espanhola tem sido sinónimo de fiasco. Desde 1950 (quando conseguiu um 4º lugar) que a Espanha não consegue melhor que os Quartos-de-final. É certo que em 2002 foi impossibilitada de ir mais além pelo árbitro do jogo com a Coreia do Sul mas a experiência leva-nos a considerar a Espanha como uma decepção iminente.
Luis Aragonés tem um ao seu dispor um bom lote de jogadores e a qualidade das opções faz com que ainda haja alguma indefinição no onze a apresentar no Mundial. Por exemplo, será interessante perceber qual a decisão de Aragonés em relação ao ataque. Raúl recuperou de lesão e tem o estatuto de intocável mas fica a dúvida se a dupla Torres-Villa não serviria melhor os interesses da selecção espanhola. Colocada num dos grupos mais acessíveis do Mundial, a presença da Espanha nos Oitavos-dos-final é praticamente obrigatória, restando saber se a habitual falta de maturidade vai voltar a trair "nuestros hermanos".


Equipa-Tipo: Casillas; Michel Salgado, Pablo, Puyol e Pernía; Xavi, Cesc Fabregas e Xabi Alonso; Reyes, Raul e David Villa
Outros Convocados: Cañizares e Reina (GR) Marchena, Antonio López, Sergio Ramos e Juanito (DF) Marcos Senna, Iniesta e Albelda (MD) Joaquin, Luis Garcia e Fernando Torres (AV)


UCRÂNIA
A Ucrânia foi a primeira selecção europeia a conseguir o apuramento e fê-lo de forma absolutamente brilhante, vencendo folgadamente um grupo que continha Turquia, Dinamarca e Grécia. Esta demonstração de força significa que a Ucrânia está longe de ser Shevchenko e mais dez. O novo reforço do Chelsea é a principal estrela da equipa e foi importante no apuramento mas a selecção ucraniana é essencialmente um conjunto forte, disciplinado (como é hábito na escola soviética) e muito bem orientado pelo ex-avançado Oleg Blokhin. Se mostrar as virtudes da qualificação, a Ucrânia é forte candidato a seguir em frente neste grupo.

Equipa-Tipo: Shovkovskiy; Fedorov, Rusol, Yezerskiy e Nesmachniy; Tymoschuk, Shelayev, Rotan e Gusev; Voronin, Shevchenko.
Outros Convocados: Pyatov e Shust (GR) Chigrynskiy, Gusin, Sviderskiy e Vashchuk (DF), Kalinichenko e Nazarenko (MD) Vorobey, Rebrov, Byelik e Milesvskiy (AV)

TUNÍSIA
Única das representantes africanas com experiência em fases finais (esta é a quarta participação e a terceira consecutiva), a Tunísia tentará um feito que nunca alcançou, chegar aos Oitavos-de-final. Com um estilo europeu, baseado numa boa organização defensiva (como é normal nas selecções do Norte de África, em contraste com o futebol mágico mas irresponsável do resto do continente), a selecção tunisina tem evoluído bastante desde que Roger Lemerre (que venceu o Euro 2000 à frente da França) tomou conta da equipa em 2002. Venceram pela primeira vez a Taça de África em 2004 e participaram na Taça das Confederações de 2005, na qual tiveram uma prestação aceitável (duas derrotas e uma vitória, por 2-0, frente à Austrália).
Curioso é o facto da principal estrela da Tunísia ser um jogador nascido no Brasil. Trata-se do avançado Francileudo dos Santos, que actua em França, no Toulouse. O lateral direito Trabelsi (Ajax) e o central Jaidi (Bolton) são outros destaques desta selecção, que conta com o jogador mais velho do torneio, o guarda-redes Boumnijel (40 anos).

Equipa-Tipo: Boumnijel; Trabelsi, Haggui, Jaidi e Yahia; Namouchi, Bouazizi, Mnari e Ghodhane; Santos e Jaziri.
Outros Convocados: Nefzi e Kasraoui (GR) Meriah, Jemmali, Ayari e Saidi (DF) Nafti, Chedli e Melliti (MD) Essediri, Jomaa e Chikhaoui (AV).


ARÁBIA SAUDITA
A Arábia Saudita foi o bombo da festa em 2002. Perdeu os três jogos da fase de grupos e num deles sofreu mesmo uma goleada das antigas (8-0 frente à Alemanha!). O saldo da sua participação no Coreia-Japão foi de 0 golos marcados e 12 sofridos. Sendo assim, não é difícil perceber que o objectivo dos sauditas passa por fazer esquecer a imagem deixada há quatro anos.
Na fase de qualificação, os sauditas deixaram boas indicações. Apuraram-se sem qualquer derrota e venceram mesmo a Coreia do Sul nos dois jogos. O nível apresentado pela Arábia Saudita em 2005 levou o central Al-Montashari a ser considerado o jogador asiático do ano. Inexplicavelmente, o treinador responsável pelo bom desempenho dos sauditas, o argentino Gabriel Calderón, foi despedido em Dezembro de 2005 e para o seu lugar foi contratado o brasileiro Marcos Paquetá.
Os progressos registados nos últimos dois anos, fazem acreditar que os sauditas não repetirão o descalabro de 2002, mas passar a fase de grupos parece fora de questão.


Equipa-Tipo: Al-Deayea; Dokhi, Tukar, Al-Montashari e Al-Khathran; Al-Shalhoub, Al-Temyat, Noor e Khariri; Al-Jaber e Al-Kahtani.
Outros Convocados: Zaid e Khojah (GR) Al-Qadi, Sulimani e Al-Bahri (DF) Ameen, Al-Ghamdi, Aziz e Massad (MD) Al-Harthi, Al-Anbar e Mouath (AV)

quinta-feira, junho 8

É HOJE!

Sei que este pode não ser o espaço ideal para isso mas as discussões recentes fizeram com que tivesse vontade de "postar" esta história. Depois de consultar os "fundadores" do blog, resolvi publicá-la. Peço a vossa paciência pelo tamanho da "coisa"...

Carlos

Nem consegui dormir como deve ser! Não sou, sequer, um adepto fanático de futebol, mas isto de ver Portugal chegar à final de um Campeonato do Mundo mexeu mesmo comigo… A ansiedade é tanta que me custa pensar que tenho de esperar mais 10 horas pelo início do jogo! Brasil – Portugal! Quem poderia imaginar uma coisa destas?!



Pedro

Nem consegui dormir como deve ser! Não costumo ficar assim antes dos jogos, mas isto de chegar à final de um Campeonato do Mundo não é, de facto, normal. A ansiedade é tanta que me custa pensar que faltam 10 horas para o início do jogo. Jogar a final contra o Brasil! Quem poderia imaginar uma coisa destas?!



Carlos

Combinei com os meus amigos assistir ao jogo na Praça Sony. Ainda bem que conseguiram resolver os problemas dos direitos de transmissão e toda a gente se vai poder juntar para este momento histórico como se estivesse num estádio, a apoiar a equipa. Contra o Brasil, da maneira como eles estão a jogar, não vamos ter muitas hipóteses… Não tenho grandes esperanças, mas… Só espero que não vá para penáltis!!!



Pedro

Não há maneira do tempo passar. Fizemos o habitual passeio matinal e todos pareciam descontraídos. Mas eu sei que não estavam… Também disse as minhas piadas, todos nos rimos com as brincadeiras do costume mas, por dentro, tenho a certeza de que todos se sentem como eu: estômago apertado, um nó na garganta… Parece que o ar queima quando tento respirar. Sei que passa, quando entrar dentro de campo, mas porque é que não pode começar já?!



Carlos

Estamos todos nervosos e nem me apetece beber as cervejas do costume… Parece que há electricidade no ar… Todos têm um brilho diferente nos olhos… Deve ser a esperança… Afinal, são 90 minutos e toda a gente diz que, em futebol, tudo é possível… Vou aproveitar para me entreter com os cânticos e as imperiais até isto começar, para ver se o tempo passa mais depressa.



Pedro

Costumo utilizar estas horas no quarto para me concentrar, mas confesso que hoje não está fácil. Reparo nos outros e vejo que também falam menos do que é costume, mas, como eu, estão mais preocupados que nunca em seguir os seus rituais. Dou por mim a pensar no que passei para chegar aqui… Decididamente, não me posso queixar pois, aos 26 anos, dificilmente poderia pedir tanta sorte: jogo num dos melhores clubes do mundo, não vou ter de me preocupar com dinheiro no resto da vida, tenho família mais saudável do que a da maior parte dos meus colegas e, caramba, não só sou chamado à Selecção como vou ser titular na final do Mundial. Hoje, a Terra vai parar para me ver jogar!

Bolas, este é exactamente o tipo de coisas em que não posso pensar… Como se já não houvesse pressão suficiente…



Carlos

Bolas, nunca pensei que estivesse tanta gente! Dezenas de milhares de pessoas! Ainda bem que a Ana não gosta destas coisas, não gostava de ter de me preocupar com ela no meio desta confusão… Além disso, já estou um bocado com os copos e a amiga da miúda que está a falar com o Miguel é um verdadeiro canhão! Nem sabia que havia “tops” da Selecção, quanto mais daquele tamanho.

O melhor é mesmo que isto comece depressa…



Pedro

Os minutos parecem horas… Estamos quase a sair para o autocarro… O “Mister” deu a primeira palestra, mas confesso que nem ouvi bem o que ele disse… Estou a ficar preocupado… Isto não é suposto acontecer… Olho para os outros e, subitamente, todos me parecem concentrados, mas calmos… Serei só eu a sentir-me assim?! Tenho de falar com a Susana… Sei que não é suposto falar com ninguém de fora, mas vou ter de arranjar maneira. Não sou santo nenhum, já fiz muita merda, mas se não fosse o apoio da Susana acho que nunca teria tido força para chegar aqui. No estado em que estou, só a voz dela me pode acalmar, só ela vai perceber…



Pedro

Há coisas que não consigo perceber. Liguei à Susana do “hall” do hotel – tinham indicações para não deixar, mas uma camisola, um autógrafo e a promessa de um jantar fazem milagres com as recepcionistas… - e, mesmo se senti uma calma estranha, o nó na garganta não desapareceu… Será que, logo hoje, não vou ser capaz de ultrapassar isto?! Estamos a entrar no autocarro e nem consigo olhar para a cara dos outros. Sento-me, com a cabeça baixa, enquanto todos os sons são abafados pela música que emana dos “headphones” do meu I-Pod. Tento relaxar e acompanhar mentalmente o “Under the Bridge”, dos Red Hot Chilli Peppers… Que estranha escolha…
De repente, o meu cérebro começa a retransmitir, como se estivesse no cinema, os movimentos do Emerson e do Gilberto Silva: como recebem a bola, para que lado a protegem, quem procuram para entregar, que lado preferem pressionar, qual a perna de apoio… Na minha cabeça, vejo-me no campo, o que tenho de fazer, quem tenho de enfrentar… Parece que sinto a bola nos pés, o cheiro da relva, o barulho da multidão… Subitamente percebi! O nó desapareceu, o estômago relaxou e a adrenalina começou a fluir: há uma razão para, hoje, tudo ser assim. Eu nasci para isto, tudo o que fiz, ao longo da vida, foi para chegar aqui. É difícil de acreditar, mas é verdade: trocava tudo o que tenho, o dinheiro, a família, a segurança, para ter esta oportunidade. São as coisas que, até este momento, sempre quis, mas isto é diferente: é a oportunidade de ficar na história! Toda a gente saberá, para sempre, quem sou e aquilo que fui capaz de fazer.

Volto a olhar à volta e tudo me parece mudado. Como eu, também os outros têm os olhos fixos no vazio: já não são os companheiros indiferentes, com ambições próprias, com mau feitio ou com um ego desmesurado. Agora, somos todos irmãos, estamos no mesmo barco e sabemos que só juntos podemos conquistar aquilo que poucos se atreveram a sonhar e ainda menos tiveram hipótese de alcançar. Tem de ser hoje!

O autocarro está a chegar ao estádio e já só penso em entrar no balneário. As ruas estão vazias, todo este país deve estar em casa ou à procura de um lugar nas bancadas. Confesso que ainda tinha esperança de ver alguns portugueses à nossa espera mas… O quê? O que é aquilo? São… São milhares… do outro lado da rua… não os deixam passar…

O arrepio nas entranhas voltou, mas agora tem outro efeito, dá-me força. Saio do autocarro em último lugar, como sempre, e procuro dirigir-me à entrada sem dar importância ao que se passa, mas não resisto a virar a cabeça para olhar… E vejo. Vejo toda aquela gente, as lágrimas, a esperança e penso: hoje sou um deles. Dentro de campo, ou cá fora, sou um deles! Viro-me, para entrar, e o meu olhar cruza-se com o de um miúdo cuja cara está pintada com a bandeira de Portugal. Sem querer, os meus olhos demoram-se nos dele: há neles um brilho especial. Mais do que nunca, tenho a certeza: é hoje!



Carlos

Estava-se mesmo a ver que isto ia ser assim… Nem tocamos na bola. Estes gajos parecem parvos: estão na final de um Mundial e não são sequer capazes de correr. Cambada de chulos, só devem estar a pensar no prémio que vão receber, ganhando ou perdendo. Isto é uma vergonha, não havemos de ir a lado nenhum. Muita sorte têm estes cabrões por só estarem a perder 1-0 ao intervalo.



Pedro

Poucas pessoas se apercebem como o início de um jogo é importante, como são as coisas pequenas que podem decidir o que se vai passar a seguir… Nos primeiros cinco minutos, entrámos com tudo e, quando estava a começar a achar que nada nos podia parar, bastou um contra-ataque para deitar tudo por terra… O golo do Ronaldo abalou a confiança e, a partir daí, foi um desastre.

O “mister” está a dizer que temos de recuperar a bola mais depressa, mas o problema é que não ficamos com ela o tempo suficiente… Queremos fazer demais, depressa demais… Falhamos passes, não nos movimentamos bem e acabamos por andar a correr atrás deles… E, porra, eles jogam muito… Muita sorte tivemos por não chegar aqui a perder por três ou quatro… A conversa para motivar acabou, mas não precisamos de motivação, precisamos é de cabeça… e de confiar uns nos outros… Tento falar. Não sei o que disse, nem muito menos se me ouviram, mas as palavras foram saindo. Quanto estou a entrar de novo no relvado, o capitão vem ter comigo, põe as mãos no meu pescoço, olha-me nos olhos e diz: “Tinhas razão… É hoje!”



Carlos

Estes gajos querem-me matar! Que granda joga! Quando empatámos achei que íamos dar a volta à coisa, mas, quando eles fizeram o 2-1, convenci-me de que estava tudo acabado. Não pensei que fossem capazes de reagir, mas foi um espectáculo: a maneira como aquele gajo que joga no Bayern conseguiu recuperar aquela bola, já nos descontos e, de primeira, rasgar a defesa para que o lateral-esquerdo, vindo de trás, empatasse tudo outra vez… Pensei que ia ter um ataque cardíaco… E, se não fosse o cabrão do árbitro, isto estava ganho! Como é que o Juan, que só deu porrada, não foi para a rua. O prolongamento está a ser de morte, mas estão todos tão cansados que acho que ninguém vai marcar… Meu Deus, tudo menos os penáltis…



Pedro

Pensei que estava tudo contra nós. Depois daquela primeira parte miserável, parecíamos outra equipa depois do intervalo. Como um bloco, pressionámos a zona da bola e impedimos que a bola chegasse ao Kaka e ao Ronaldinho, começámos a ganhar espaços nas costas deles e o jogo mudou. De repente, éramos nós a controlar e o golo passou a ser uma questão de tempo. O problema foi que, depois de empatar, quando ainda estávamos a respirar fundo, para ir à procura do segundo, o cabrão do árbitro apitou aquela falta sobre o Ronaldo…Se fosse ao contrário, ainda levávamos amarelo… É incrível, os gajos não tinham feito um remate à baliza na segunda parte e o Roberto Carlos chega ali, manda um “bico” e pronto, está tudo estragado outra vez. Bem quisemos reagrupar, voltar ao princípio, mas o Parreira tirou o Ronaldo e o Kaka para por o Mineiro e o Cris e o espaço desapareceu. Pior ainda, não só não conseguíamos entrar como, no contra-ataque, eles só não marcaram por acaso…

Eu já estava a desesperar, tentava impedir a saída da bola mas, sozinho, também não dava. Será que estes gajos não percebem que podemos não ter outra oportunidade para estar aqui?!

O tempo já estava a acabar… Devíamos estar nos descontos… Estava tudo perdido, continuávamos com o “chuveirinho” para a área e o Lúcio agradecia… “Pronto, lá ganhou mais uma à vontade e eu agora que corra atrás dele no contra-ataque”, pensei, mas… subitamente, percebi que a bola ia na direcção do Gilberto Silva, que estava de costas para mim. Instintivamente, encurtei o espaço e percebi que não me tinha visto. “Vais proteger e rodar para a direita, em vez de dar ao Emerson, que está de frente e pode lançar o contra-ataque”, adivinhei e, enquanto pus a perna para cortar a bola, senti alguém entrar pela esquerda, ao mesmo tempo que a defesa deles subia. Tinha o pé esquerdo enterrado no chão, estava desequilibrado, mas sabia que tinha de ser naquele momento: consegui “encaixar” a bola entre dois gajos, vi uma camisola vermelha a surgir isolada e… caí. No meio daquele mar de pernas, nem percebi se ele tinha falhado ou não mas, quando vi o Ronaldinho de joelhos, com as mãos na cara, percebi: tínhamos empatado. Mais do que nunca, tive a certeza: agora ninguém nos pára… É hoje!

….

Carlos

Foda-se… Penáltis é que não! Nós lixamo-nos sempre nestas coisas… Só naquele milagre, contra a Inglaterra, quando o outro tirou as luvas é que nos safámos… Deus devia estar distraído… Quem vão ser os gajos a marcar? Estão todos borrados…



Pedro

O prolongamento foi a pior meia-hora da minha vida. Momentos houve em que todo o meu corpo pedia para desistir, em que pensei deitar-me no chão para não me tornar a levantar… O ar queimava-me os pulmões e os músculos tinham espasmos como se fossem rebentar. Mas não, hoje não… Hoje faço o que for preciso… É hoje…

Sabia que devíamos ganhar o jogo no prolongamento, porque isto dos penáltis é sempre lixado. Mas, agora que estamos aqui, isso já não interessa. Temos de marcar e acabou. A conversa sobre quem vai ter de bater já começou. Eu quero bater o primeiro mas… não… o “mister” quer que eu seja o quinto! Este gajo é parvo!!! Isto pode estar acabado antes do quinto! E logo aquele gajo, que não mete uma bola lá dentro há mais de um ano, enquanto eu não me lembro da última vez que falhei um penálti… Calma… Acredita nele… Estamos todos juntos nisto…



Carlos

É hoje que eu vou morrer… Quatro para cada lado e não há maneira de ninguém falhar… Isto é mau demais… Quem é que vai marcar agora? O Lúcio? Merda, nestas coisas os centrais nunca falham… Prefiro nem olhar… O QUÊ?! DEFENDEU!!!



Pedro

Eu nem estava a olhar mas, pelo barulho que passou pelo estádio como um trovão, percebi que a bola não tinha entrado… Está nas minhas mãos!!!

No fundo, sempre soube: eu nasci para um momento destes. Se a minha vida dependesse disto, não escolhia ninguém para bater em meu lugar. Sei o que estou a fazer e é como se cada dia da minha existência só agora fizesse sentido: cada fôlego, cada treino, cada erro, cada sucesso, só tinha o objectivo de me preparar para este momento.

Caminho lentamente para a baliza e penso na Marta, nos milhares de pessoas que estavam à nossa espera no estádio, nos milhões que estão em Portugal, sem respirar, a olhar para mim. Sou um deles, mas afasto isso da minha cabeça… Agora não há espaço para isso. Avanço para a bola e vejo o Dida na minha frente. Quer mostrar-me que é grande, mas isso já não interessa. É hoje!

A bola está na marca, e o animal já está entre os postes. Não faz diferença. Isto é entre mim e ela… Oiço o apito, preparo-me para partir… Parece que tudo se passa em câmara lenta… Num relance, vejo os olhos daquele miúdo… o brilho… as lágrimas… É HOJE!!!



Carlos

Nunca pensei que esta festa fosse possível… Os gritos à minha volta… A música… E a minha cabeça parece que vai estoirar!!! Como é possível!!! E pensar que aquele filho-da-puta que joga no Bayern teve o Mundial nos pés!!! Chulo de merda, havia de lhe acontecer como àquele colombiano, que levou não-sei-quantos tiros quando voltou a casa. Em vez disso, ainda deve ir hoje para os copos com umas gajas. Estes tipos só pensam no dinheiro… E de onde é que saíram estes brasileiros todos?!


JEAN-PAUL LARES

Aliança?

O que dirão os defensores da tese da santa aliança Pinto da Costa -Soares Franco, depois da entrevista de ontem de FSF ao Record?

"Após lançar “suspeições” sobre a forma como a equipa nortenha obteve vários títulos nos últimos 20 anos, Franco revelou a sua interpretação sobre as façanhas portistas."

"o FC Porto tem hoje uma dívida de 30 milhões de euros. É por causa disso que as pressões foram grandes por parte de Pinto da Costa para que o seleccionador convocasse o Quaresma e também o Lucho, ou seja, para que fossem negociados posteriormente."

Transferível


Quique Flores considera-o transferível apesar do jogador ter sido adquirido o ano passado. Só espero que jogue de verde na próxima temporada.

quarta-feira, junho 7

Mundial 2006 - Grupo G



FRANÇA
A França tentará apagar a péssima imagem deixada em 2002. Depois de dois títulos consecutivos na bagagem (Mundial 1998 e Euro 2000), os gauleses apareceram no Coreia/Japão como grandes favoritos a vencer a prova mas foram eliminados logo na primeira fase e nem um golo marcaram. No Euro 2004, a prestação voltou a ser fraca (sucumbiu nos Quartos-de-final perante a Grécia). Para tentar alterar esta tendência negativa, a federação gaulesa entregou o comando técnico da selecção a Raymond Domenech (que deixou os sub-21). Com novo seleccionador, a França apurou-se em primeiro lugar do seu grupo mas chegou a ter a vida complicada após alguns resultados comprometedores no início da qualificação. Foi com os regressos de Zidane, Makelelé e Thuram que a equipa estabilizou e conseguiu o apuramento directo.
No papel, a França é uma das selecções mais fortes em prova. Quem tem jogadores com o talento e a experiência de Henry, Trezeguet, Vieira, Makelelé ou Zidane tem certamente razões para acreditar no título. No entanto, os fracassos dos últimos anos mostram que a França, apesar das individualidades, não tem funcionado como equipa. Uma ideia a comprovar no próximo mês.


Equipa-Tipo: Barthez; Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Zidane, Makelelé, Vieira e Malouda; Henry e Trezeguet.
Outros Convocados: Coupet e Landreau; Chimbonda, Boumsong, Givet e Silvestre (DF) Alou Diarra, Ribéry e Dhorasoo (MD) Wiltord, Cissé e Saha (AV)


SUÍÇA
A Suíça causou sensação ao eliminar a Turquia no play-off e poderá ser umas das surpresas deste Mundial. Apesar de não ter nomes sonantes, a selecção helvética treinada por Kobi Kuhn é um conjunto sólido e capaz de dificultar a vida a qualquer adversário (a França não os conseguiu vencer nos dois jogos da fase de grupos). A grande figura da equipa é o avançado Alexander Frei (ex-jogador do Rennes que recentemente assinou pelo Dortmund), mas há outros jogadores a ter em conta como Philipp Degen, Ricardo Cabanas ou Barnetta.
Após ter atingido os Oitavos-de-Final na última vez que esteve presente num Mundial (no EUA 1994), a Suíça tem condições para repetir esse patamar na Alemanha.


Equipa-Tipo: Zuberbuehler; Philipp Degen, Müller, Senderos e Magnin; Barnetta, Vogel, Wicky e Cabanas; Streller e Frei.
Outros Convocados: Benaglio e Coltorti (GR) Djourou, Grichting e Spycher (DF) Margairaz, Dzemaili e Behrami (MD) Gygax, David Degen, Yakin e Lustrinelli (AV)


TOGO
A presença do Togo no Mundial é uma enorme surpresa. Sem qualquer expressão futebolística em África, os togoleses deixaram para trás a selecção-revelação do Mundial 2002, o Senegal. O grande responsável pelo apuramento do Togo foi o avançado Emmanuel Adebayor (Arsenal), que apontou 11 golos em 10 jogos. Outro dos obreiros desta proeza foi o nigeriano Stephen Keshi, que treinou o Togo durante toda a qualificação mas que seria despedido em Janeiro após um conflito com Adebayor. Considerando ser mais fácil substituir o treinador do que afastar a estrela da companhia, a federação togolesa despediu Keshi e será o alemão Otto Pfister a comandar o Togo nesta estreia em Campeonatos do Mundo.
Com uma selecção débil e bastante dependente de Adebayor, o objectivo do Togo passará pela conquista de um ponto. É possível que o consiga frente à Coreia do Sul.


Equipa-Tipo: Agassa; Assemoassa, Akoto, Abalo e Touré; Dossevi, Aziawonou, Agboh e Maman; Adebayor e Kader.
Outros Convocados: Tchagnirou e Obilale; Nibombe, Tchangai e Guede (DF) Romao e Erassa (MD) Salifou, Malm, Forson, Olufade e Senaya (AV)


COREIA DO SUL
Depois de ter atingido as meias finais em 2002, a Coreia do Sul aparece na Alemanha com a fasquia bem alta. No entanto, as circunstâncias são agora bem diferentes, pois os asiáticos não contarão com o factor casa e os árbitros dificilmente serão tão amigos como há quatro anos atrás. Sendo assim, este Mundial ajudará a perceber o real valor da selecção coreana.
Depois de saída de Guus Hiddink, a Coreia do Sul viveu alguma instabilidade, principalmente a nível técnico. Apesar de terem garantido com alguma facilidade a qualificação, os coreanos já vão no terceiro seleccionador desde o Mundial 2002. Humberto Coelho e Jo Bonfrere não convenceram e no comando da Coreia está agora Dick Advocaat. O holandês conta com a base da equipa de 2002, com destaque para o excelente médio Ji-Sung Park (Manchester United), o motor desta selecção coreana.

Equipa-Tipo: Lee Woon-Jae; Song Chong-Gug, Kim Dong-Jin, Kim Jin-Kyu e Lee Young-Pyo; Kim Nam-Il, Lee Eul-Yong, Park Ji-Sung e Seol Ki-Heyon; Ahn Jung-Hwan e Park Chu-Young.
Outros Convocados: Kim Yong-Dae e Kim Young-Kwang (GR) Kim Young-Chul, Choi Jin-Cheul, Kim Sang-Sik e Cho Won-Hee (DF) Kim Do-Heon, Baek Ji-Hoon e Lee Ho (MD) Lee Chun-Soo, Chung Kyung-Ho e Cho Jae-Jin (AV)

terça-feira, junho 6

Podes esperar sentado, rapaz.

Na semana passada, a decisão da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional sobre o caso do Nuno Assis, foi adiada, sem qualquer justificação, para ontem. Ontem já passou e nada. Uma vergonha e um nojo. Valha-nos isso.

Resistirá Paulo Bento!?

Que tenham calma os seguidores do Paulo Bento. Este não é um post especulativo, até porque não pretendo estar aqui a fazer futurologia nem alimentar falsas polémicas com base apenas naquilo que penso que possa acontecer.
Mas há um dado na história do Sporting que creio ter uma certa importância.
Nas únicas duas vezes que fomos á Champions League, por motivos diversos, ficamos sem treinador a meio da época.
Foram épocas especialmente conturbadas onde me lembro especialmente de algumas demissões, treinadores interinos, resultados sofríveis, etc. E até aqui Paulo Bento parte em desvantagem em relação aos seus antecessores.
Tanto Octávio como Inácio partiam para a nova época com titulos já conquistados ao serviço do Sporting.
Paulo Bento é neste momento o treinador incontestado do Sporting mas temo que isso lhe servirá de muito pouco. Especialmente num clube como o Sporting, que apesar de ter habituado os seus adeptos a poucos títulos nestes ultimos anos, nem por isso faz que estes tenham mais paciência em tolerar eventuais maus resultados.
Tal como alguns benfiquistas comentavam aqui no ano passado, a Champions apesar de todo o dinheiro e prestígio que traz, pode também ter um custo elevado. Especialmente em equipas com plantéis curtos, orçamentos reduzidos e.....adeptos pouco pacientes.Já Koeman acabou por pagar esse preço, resta agora apenas saber como é que Paulo Bento responderá a mais este desafio.

Bons princípios e melhores fins

Sendo verdade que são vários os temas actuais que merecem comentário, sinto-me compelido a abordar dois que me parecem relevantes, não pelo imediatismo, mas pelas implicações futuras.

Em primeiro lugar, e mesmo sabendo que ainda falta muito tempo para a bola voltar a rolar nos relvados nacionais, não posso deixar de abordar os primeiros dados fornecidos por Fernando Santos no comando do Benfica.

É estupidamente cedo, repito, para retirar qualquer conclusão desta aposta encarnada, mas as entrevistas que, no mesmo dia, concedeu aos três jornais desportivos exigem uma análise clara: não sei como vai gerir a preparação da época ou orientar o grupo, mas percebeu qual o discurso que se impunha, dado tão mais importante quanto a sua reputação de mau comunicador.

Foi, assim, o melhor início possível para esta nova etapa da sua carreira.

Entretanto, também Paulo Bento e Co Adriaanse concederam entrevistas de relevo. Se o técnico leonino não surpreendeu, apresentando um discurso equilibrado e descomplexado – intercalado com algumas revelações interessantes -, a extensa conversa com o treinador do FC Porto foi pouco menos que extraordinária. Pode gostar-se, ou não, deste holandês – confesso que tem conquistado progressivamente a minha admiração -, mas não me lembro de, neste registo, ter lido nada de tão interessante desde… José Mourinho (não queiram ver nisto uma comparação técnica!)

Se o tema de abertura está relacionado com os princípios, debruço-me agora sobre o fim de um ciclo que, nos últimos dias, me tem dado que pensar.

O Mundial da Alemanha vai ficar marcado pelo adeus de Luís Figo aos grandes palcos internacionais. O camisola 7 da Selecção Nacional é o derradeiro representante da famigerada “Geração de Ouro”, cuja reputação oscilou entre a pré-divindade e os conhecidos epítetos dedicados a quem caiu em desgraça.

Bem sei que, à excepção dos títulos alcançados nos escalões de formação, nada venceram no futebol internacional de selecções, mas foram atletas de excepção como Vítor Baía, Fernando Couto, Jorge Costa, Paulo Sousa, o mesmo Figo, Rui Costa ou João Pinto que tornaram possível o salto qualitativo do futebol português.

Sem eles, não existiriam os Ricardo Carvalhos, os Quaresmas, os Ronaldos ou os Simões, nem tão pouco os Moutinhos ou os Manuel Fernandes. Foi a sua projecção ao mais alto nível do futebol mundial que permitiu aos clubes lusos – e à própria FPF – evoluir nos parâmetros organizativos, foi o seu convívio diário com a elite que concedeu outra dimensão a quem por aqui jogava.

Não foram campeões do Mundo, nem sequer campeões da Europa, mas foram eles que nos ensinaram a sonhar.

Agora, temos a oportunidade de acompanhar o derradeiro fôlego daquele que, provavelmente, foi o maior deles todos. E, acreditem, ninguém como Luís Figo para tentar, só mais uma vez, conduzir-nos à glória em que não temos coragem de acreditar…

Merecem todos o nosso respeito e devemos todos, mas todos, estar muito agradecidos.


JEAN-PAUL LARES

segunda-feira, junho 5

Dois anos (quase) vazios

Ao verificar o 'onze' nacional que iniciou o jogo com o Luxemburgo e compará-lo com o da final do Euro/2004, diante da Grécia, cheguei à conclusão de que, em dois anos, o único facto relevante para a selecção nacional foi a lesão do Jorge Andrade. De resto, nada se passou: não houve jogadores a baixar de forma, nem outros a progredir, ninguém despontou. Tudo parece estar quase na mesma, como se o mundo da bola tivesse parado...

sábado, junho 3

Que magnífico trabalho. Que magnífico clube.



Uma cortesia do em4lyf.

Mundial 2006 - Grupo F



BRASIL
Campeão em título, o Brasil aparece na Alemanha com o já famoso "quadrado mágico", formado por Kaká, Ronaldinho, Adriano e Ronaldo. O potencial ofensivo desta selecção (bem patente na Taça das Confederações de 2005, quando humilharam os rivais argentinos na final, goleando por 4-1) torna-a principal favorita a conquistar a prova mas também faz dela o principal alvo a abater. Não só por isso mas também pela exigência dos seus adeptos, a pressão sobre a selecção brasileira será enorme. No entanto, o seleccionador Parreira e a maioria dos jogadores já sabem o que é vencer um Mundial...


Equipa-Tipo: Dida; Cafú, Juan, Lúcio e Roberto Carlos; Emerson e Zé Roberto; Ronaldinho, Kaká, Adriano e Ronaldo.
Outros Convocados: Rogério Ceni e Júlio César (GR) Cicinho, Luisão, Cris e Gilberto (DF) Mineiro, Gilberto Silva, Juninho Pernambucano e Ricardinho (MD) Fred e Robinho (AV)


CROÁCIA
O brilhante 3º lugar alcançado no França 98 coincidiu com o fim de uma geração de ouro, formada por Suker, Prosinecki, Boban, Boksic e Jarni, entre outros. A renovação da selecção tem-se processado de forma lenta mas eficaz, como ficou provado na fase de qualificação para o Mundial. A equipa de Zlatko Kranjcar apurou-se em 1º lugar num grupo que continha Bulgária e Suécia (venceu mesmo esta equipa nos dois jogos) e em recente partida de carácter particular, derrotou a Argentina por 3-2. Tudo indícios de que estamos perante uma equipa forte e com capacidade para, no mínimo, atingir os Oitavos-de-final.
Zlatko Kranjcar aposta num esquema de três defesas, pois dessa forma tira partido das qualidades dos alas Babic (na esquerda) e Srna (na direita), jogadores que atacam bastante bem. Outro jogador a ter em atenção é Niko Kranjcar, filho do seleccionador e o jogador mais talentoso da equipa (um dos três que ainda permanece na liga croata), que actua atrás da dupla atacante (normalmente Prso-Klasnic).


Equipa-Tipo: Butina; Tudor, Robert Kovac e Simunic; Srna, Nico Kovac, Vranjes, Niko Kranjcar e Babic; Prso e Klasnic.
Outros Convocados: Pletikosa e Didulica (GR) Simic, Tokic e Tomas (DF) Modric, Ivan Leko, Seric e Jerko Leko (MD) Olic, Balaban e Bosnjak (AV)



AUSTRÁLIA
Donos e senhores da Oceania, o grande problema dos australianos sempre foi o play-off de acesso ao Mundial, onde defrontavam o quinto classificado da zona sul-americana. Tal facto levou a federação australiana a pedir a inscrição na confederação asiática (a começar já nas eliminatórias para o Mundial 2010), numa zona em que a competição é mais forte mas as hipóteses de apuramento também sobem consideravelmente (4 vagas directas e a possibilidade de apurar uma quinta selecção, através de play-off com um adversário da América Central e Caraíbas). De facto, depois de ter encontrado o Uruguai no play-off de acesso ao Mundial 2002 (com vitória fácil dos sul-americanos), poucos acreditavam que a Austrália escapasse a nova eliminação aos pés da selecção uruguaia. No entanto, Guus Hiddink (seleccionador em part-time, pois treinava o PSV) conseguiu dar sentido colectivo a um conjunto que já contava com algumas individualidades (Kewell, Viduka, Bresciano, etc.) e os Socceroos acabaram por vencer o play-off na lotaria das grandes penalidades.
Presentes pela segunda vez num fase final (curiosamente, a primeira foi também na Alemanha, em 1974), a selecção australiana conta com a experiência do seleccionador e com a qualidade de alguns dos seus jogadores para fazer boa figura no Mundial, mas será uma surpresa se conseguir mais que do lutar com o Japão pelo 3º lugar do grupo.


Equipa-Tipo: Schwarzer; Neill, Moore e Popovic; Emerton, Grella, Cahill e Chipperfield; Bresciano, Viduka e Kewell.
Outros Convocados: Covic e Kalac (GR) Beauchamp e Milligan (DF) Culina, Skoko, Wilkshire, Sterjovski e Lazaridis (MD) Aloisi, Thompson e Kennedy (AV)


JAPÃO
O futebol no Japão tem evoluído bastante desde a introdução da J-League (liga profissional), em 1993. A chegada de grandes nomes do futebol (um deles foi o actual seleccionador Zico) ajudou a desenvolver a técnica e a mentalidade do jogador japonês. Os primeiros resultados surgiram em 1998, quando o Japão se qualificou pela primeira vez para um Mundial. A prestação em França não foi famosa (3 derrotas pela margem mínima) mas preparou a equipa para 2002. Certamente impulsionados pelo factor casa, o Japão mostrou progressos mas baqueou perante a Turquia nos Oitavos-de-final. Atingir este patamar será o objectivo para 2006, mas a selecção de Zico parece ter poucos argumentos para o conseguir. Hidetoshi Nakata continua a ser o nome mais sonante do Japão, mas o principal destaque desta equipa vai para o médio esquerdino Nakamura (Celtic).



Equipa-Tipo:
Kawaguchi; Tanaka, Miyamoto e Nakazawa; Kaji, H. Nakata, Fukunishi, Ogasawara e Alex Santos; Nakamura e Takahara.
Outros Convocados: Narazaki e Doi (GR) Komano, Koji Nakata e Tsuboi (DF) Endo, Ono e Inamoto (MD) Yanagisawa, Maki, Oguro e Tamada (AV)

sexta-feira, junho 2

Quem diria?

O Porto, admitido por Adriaanse, está em busca de um atacante. Quem tinha no inicio da época que acabou: Benny, Sokota, Postiga, Hugo Almeida, Lisandro, Bruno Moraes (esqueci algum?) e contratou a meio Adriano. Quem diria?

Chegar o mais longe possível.

É a frase habitual dos jogadores, de equipas técnicas e de direcções nos torneios a eliminar. Mas afinal o que é isso? O que é chegar o mais longe possível, para a selecção. A final é a única resposta possível, de La Palisse.
Tentando evitar esta resposta, pretendo questionar o que nos contentaria com a participação da selecção nacional no mundial? Vencer tem de ser o objectivo, tem de ser sempre o objectivo. É certo que existem umas quantas selecções mais fortes que a nossa, mas também não temos uma equipa fraquinha e enquanto me lembrar que a Grécia foi campeã europeia, o que será toda a vida, não quero pensar em impossíveis.


Fazendo agora um exercício, hipotético, muito hipotético, pouco fiável e até inútil, mas que ajuda a aliviar uma certa ansiedade, aqui vai. (De acordo com o encadeamento já previsto e com o apuramento em primeiro lugar do grupo). Menos “ais” menos “ais” e muitos “ses”.

- Nos oitavos de final o adversário sairá do grupo C. Argentina, Holanda, Sérvia-Montenegro e Costa do Marfim
- Quartos de final, Alemanha
- Meias finais, França
- Final, Brasil

quinta-feira, junho 1

Mundial 2006 - Grupo E




ITÁLIA
A Itália aparece na Alemanha com legítimas aspirações a conquistar o título mundial. Por tradição, a selecção italiana baseia as suas equipas numa excelente organização defensiva e numa terrível eficácia, aproveitando o mínimo erro dos adversários para vencer os jogos. Actualmente, a equipa de Marcello Lippi mantém-se fortíssima na defesa (com Buffon, Zambrotta, Nesta, Cannavaro...) mas apresenta igualmente um trio de ataque (Totti, Luca Toni e Gilardino) que lhe confere um enorme poder de fogo, sendo por isso de esperar que a Squadra Azzura mostre, neste Mundial, um futebol mais atractivo do que o costume. As recentes vitórias em jogos particulares frente a Alemanha (4-1 em casa) e Holanda (3-1 fora) vão ao encontro dessas expectativas.
A grande questão é saber até que ponto a selecção italiana se deixará afectar pelo escândalo de corrupção que assola o futebol italiano e que envolve alguns dos elementos (jogadores e técnicos) que vão estar na Alemanha.


Equipa-Tipo: Buffon; Zambrotta, Nesta, Cannavaro e Grosso; Camoranesi, Pirlo e Gattuso; Totti, Toni e Gilardino.
Outros Convocados: Peruzzi e Amelia (GR) Oddo, Zaccardo, Bazagli e Materazzi (DF) De Rossi, Barone e Perrotta (MD) Del Piero, Iaquinta e F. Inzaghi (AV)


GANA

Apesar de ser uma das grandes potências futebolísticas de África (já conquistou 4 Taças de África das Nações), esta será a primeira participação do Gana num Mundial. Treinada pelo sérvio Ratomir Dujkovic, a selecção ganesa fez uma fase de apuramento de bom nível, deixando para trás o país anfitrião do próximo Mundial, a África do Sul. O Gana tem a sua grande força no meio-campo, onde pontificam Essien (Chelsea), Appiah (Fenerbahçe) e Muntari (Udinese). Há também a destacar a presença de Kuffour no centro da defesa, claramente o jogador mais experiente de um plantel que tem a média de idades mais baixa do Mundial 2006. A falta de experiência (ainda para mais frente a equipas batidas como Itália e República Checa) poderá ser um forte handicap mas o Gana tem uma equipa valiosa e poderá causar surpresa neste grupo.

Equipa-Tipo: Adjei; Pantsil, Mensah, Kuffour e Pappoe; Ahmed Issa, Essien, Muntari e Appiah; Amoah e Gyan.
Outros Convocados: Owu e Kingston (GR) Sarpei, Shilla, Mohamed e Quaye (DF) Boateng, Eric Addo, Otto Addo e Dramani (MD) Tachie-Mensah e Pimpong (AV)


REPÚBLICA CHECA
O seleccionador Karel Bruckner conta com a mesma equipa que brilhou no Euro 2004 (onde apresentou um excelente futebol e só foi eliminada nas meias-finais, pela Grécia), pelo que se espera uma boa campanha desta selecção, que é bastante sólida e conta com jogadores de classe mundial como Nedved, Cech ou Rosicky. A jogar contra os checos está o facto de alguns dos seus jogadores mais influentes estarem já em final de carreira, o que poderá pesar no seu rendimento após uma época desgastante. No entanto, esta é uma selecção com argumentos para lutar pelo primeiro lugar do seu grupo e evitar assim um possível confronto com o Brasil nos Oitavos-de-final.


Equipa-Tipo: Cech; Grygera, Ujfalusi, Rozehnal e Jankulovski; Poborsky, Galasek, Rosicky e Nedved; Baros e Koller.
Outros Convocados: Blazek e Kinsky (GR) Mares, Jiranek e Kovac (DF) Jarolim, Plasil, Polak, Stajner e Smicer (MD) Lokvenc e Heinz.


EUA
A selecção norte-americana tem evoluído significativamente, algo que é facilmente comprovado pelos resultados (quinta presença consecutiva num Mundial, Quartos-de-final em 2002 e 1º lugar na fase de apuramento para a Alemanha, à frente do México). O seleccionador Bruce Arena conta com a experiência de Kasey Keller, Claudio Reyna e McBride mas as principais figuras são Landon Donovan e DaMarcus Beasley, dois jovens jogadores que transmitem velocidade e qualidade técnica à equipa, dando vida a uma das principais armas da selecção norte-americana, o contra-ataque.
Na Alemanha, o objectivo passará por tentar repetir o feito de 2002 mas a tarefa afigura-se bastante complicada, tendo em conta a qualidade dos adversários presentes neste grupo.



Equipa-Tipo: Keller; Cherundolo, Onyewu, Bocanegra e Lewis; Dempsey, Reyna e Convey; Donovan, McBride e Beasley.
Outros Convocados: Howard e Hahnemann (GR) Albright, Pope, Gibbs, Conrad e Mastroeni (DF) Olsen e O´Brien (MD) Wolff, Ching e Johnson (AV)