sexta-feira, junho 9

Mundial 2006 - Grupo H




ESPANHA
Apesar das expectativas que cria, a selecção espanhola tem sido sinónimo de fiasco. Desde 1950 (quando conseguiu um 4º lugar) que a Espanha não consegue melhor que os Quartos-de-final. É certo que em 2002 foi impossibilitada de ir mais além pelo árbitro do jogo com a Coreia do Sul mas a experiência leva-nos a considerar a Espanha como uma decepção iminente.
Luis Aragonés tem um ao seu dispor um bom lote de jogadores e a qualidade das opções faz com que ainda haja alguma indefinição no onze a apresentar no Mundial. Por exemplo, será interessante perceber qual a decisão de Aragonés em relação ao ataque. Raúl recuperou de lesão e tem o estatuto de intocável mas fica a dúvida se a dupla Torres-Villa não serviria melhor os interesses da selecção espanhola. Colocada num dos grupos mais acessíveis do Mundial, a presença da Espanha nos Oitavos-dos-final é praticamente obrigatória, restando saber se a habitual falta de maturidade vai voltar a trair "nuestros hermanos".


Equipa-Tipo: Casillas; Michel Salgado, Pablo, Puyol e Pernía; Xavi, Cesc Fabregas e Xabi Alonso; Reyes, Raul e David Villa
Outros Convocados: Cañizares e Reina (GR) Marchena, Antonio López, Sergio Ramos e Juanito (DF) Marcos Senna, Iniesta e Albelda (MD) Joaquin, Luis Garcia e Fernando Torres (AV)


UCRÂNIA
A Ucrânia foi a primeira selecção europeia a conseguir o apuramento e fê-lo de forma absolutamente brilhante, vencendo folgadamente um grupo que continha Turquia, Dinamarca e Grécia. Esta demonstração de força significa que a Ucrânia está longe de ser Shevchenko e mais dez. O novo reforço do Chelsea é a principal estrela da equipa e foi importante no apuramento mas a selecção ucraniana é essencialmente um conjunto forte, disciplinado (como é hábito na escola soviética) e muito bem orientado pelo ex-avançado Oleg Blokhin. Se mostrar as virtudes da qualificação, a Ucrânia é forte candidato a seguir em frente neste grupo.

Equipa-Tipo: Shovkovskiy; Fedorov, Rusol, Yezerskiy e Nesmachniy; Tymoschuk, Shelayev, Rotan e Gusev; Voronin, Shevchenko.
Outros Convocados: Pyatov e Shust (GR) Chigrynskiy, Gusin, Sviderskiy e Vashchuk (DF), Kalinichenko e Nazarenko (MD) Vorobey, Rebrov, Byelik e Milesvskiy (AV)

TUNÍSIA
Única das representantes africanas com experiência em fases finais (esta é a quarta participação e a terceira consecutiva), a Tunísia tentará um feito que nunca alcançou, chegar aos Oitavos-de-final. Com um estilo europeu, baseado numa boa organização defensiva (como é normal nas selecções do Norte de África, em contraste com o futebol mágico mas irresponsável do resto do continente), a selecção tunisina tem evoluído bastante desde que Roger Lemerre (que venceu o Euro 2000 à frente da França) tomou conta da equipa em 2002. Venceram pela primeira vez a Taça de África em 2004 e participaram na Taça das Confederações de 2005, na qual tiveram uma prestação aceitável (duas derrotas e uma vitória, por 2-0, frente à Austrália).
Curioso é o facto da principal estrela da Tunísia ser um jogador nascido no Brasil. Trata-se do avançado Francileudo dos Santos, que actua em França, no Toulouse. O lateral direito Trabelsi (Ajax) e o central Jaidi (Bolton) são outros destaques desta selecção, que conta com o jogador mais velho do torneio, o guarda-redes Boumnijel (40 anos).

Equipa-Tipo: Boumnijel; Trabelsi, Haggui, Jaidi e Yahia; Namouchi, Bouazizi, Mnari e Ghodhane; Santos e Jaziri.
Outros Convocados: Nefzi e Kasraoui (GR) Meriah, Jemmali, Ayari e Saidi (DF) Nafti, Chedli e Melliti (MD) Essediri, Jomaa e Chikhaoui (AV).


ARÁBIA SAUDITA
A Arábia Saudita foi o bombo da festa em 2002. Perdeu os três jogos da fase de grupos e num deles sofreu mesmo uma goleada das antigas (8-0 frente à Alemanha!). O saldo da sua participação no Coreia-Japão foi de 0 golos marcados e 12 sofridos. Sendo assim, não é difícil perceber que o objectivo dos sauditas passa por fazer esquecer a imagem deixada há quatro anos.
Na fase de qualificação, os sauditas deixaram boas indicações. Apuraram-se sem qualquer derrota e venceram mesmo a Coreia do Sul nos dois jogos. O nível apresentado pela Arábia Saudita em 2005 levou o central Al-Montashari a ser considerado o jogador asiático do ano. Inexplicavelmente, o treinador responsável pelo bom desempenho dos sauditas, o argentino Gabriel Calderón, foi despedido em Dezembro de 2005 e para o seu lugar foi contratado o brasileiro Marcos Paquetá.
Os progressos registados nos últimos dois anos, fazem acreditar que os sauditas não repetirão o descalabro de 2002, mas passar a fase de grupos parece fora de questão.


Equipa-Tipo: Al-Deayea; Dokhi, Tukar, Al-Montashari e Al-Khathran; Al-Shalhoub, Al-Temyat, Noor e Khariri; Al-Jaber e Al-Kahtani.
Outros Convocados: Zaid e Khojah (GR) Al-Qadi, Sulimani e Al-Bahri (DF) Ameen, Al-Ghamdi, Aziz e Massad (MD) Al-Harthi, Al-Anbar e Mouath (AV)

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