sexta-feira, julho 30

Sporting&Outros

Um resultado curtinho para aquilo que se pedia.
Não sofremos golos e podiamos ter marcado mais um ou outro,mas pede-se mais deste Sporting, muito mais.
Nota positiva: A reabilitação de Vuk.
Nota negativa: A indefinição na construção do plantel.

Há ofertas que não sepodem recusar. Não é este o caso.Esta oferta do Génova, só se explica pela necessidade do clube em fazer dinheiro já. Toda a gente sabe que Veloso vale bem mais. E só a confirmação de Zapater como grande jogador irá fazer deste negócio menos mau para o clube.


Entretanto por outras bandas fala-se em negócios por mais de 20 milhões de euros. Cada vez mais se vai abrindo um fosso em relação aos outros. Espero que seja só um falso alarmismo da minha parte....

domingo, julho 25

Notas do defeso

1 - O Sporting parece francamente melhor do que o ano passado. A existência de dois pilares - Mendes e Maniche - já veteranos de várias guerra parecem trazer calma e consistência à equipa.

2 - Djaló está a dar nas vistas: 7 milhões por um jogador que não é consensual e, muitas vezes injustificadamente, bastante criticado, seria um bom negócio. Todavia, se Paulo Sérgio apostar efectivamente em jogar mais aberto nas alas, pode vir a ser precioso este ano.

3 - Veloso no Génova é uma péssima notícia... para o jogador. Para o Sporting também não é bom, 10 milhões de euros é um mal menor porque, este sim, vale bem mais do que isso.

4 - Vi ontem um pouco do Benfica. Aquela segunda parte voltou a ser (muito) preocupante. Não alinho no discurso de que "o que interessa somos nós, o que os outros fazem é secundário". Não competimos sozinhos e mantenho a teoria que muita da crise interna do ano passado no reino do leão era fruto da boa época que víamos os concorrentes directos a fazer.

sábado, julho 24

Boas Indicações

Não costumam ser grande indicador estes resultados de pré-temporada.É mais o momento para experiências, rodagens, decisões de quem fica ou de quem sai.
No entanto, é sempre ganhar e jogar bem. Dá outra confiança e tranquilidade.
Há pouco mais de uma semana após a derrota por 2-4 com o PSG soaram os primeiros alarmes. Depois desse jogo, ganhamos ao Lyon e Man.City por 2-0 e empatamos com o Celtic por 1-1. É evidente que não eramos tão maus há uma semana atrás, como agora não somos os maiores. Mas se por exemplo compararmos com a epoca passada, já na pré-temporada era evidente a crise no futebol do Sporting. Temos portanto agora outros indicadores que espero que se confirmem esta época.

PS- Acabo de ler agora a noticia de que vamos vender o Veloso por pouco mais de 8 milhões e o primeiro ministro de Espanha. Credo.....continuamos a fazer negócios pouco convincentes!!!

terça-feira, julho 20

Diogo Salomão

É certo que estes truques são feitos contra adversários de escalões inferiores, mas o potencial está lá.

segunda-feira, julho 19

Sporting 2- 0 Lyon

Apesar de se poderem retirar poucas conclusões destes particulares de pré-época, parece-me que Pedro Mendes, que hoje até foi capitão ao fim de meia dúzia de meses no clube e Maniche (jogador com mais minutos no jogo de hoje) vão ser intocáveis no 11 de Paulo Sérgio. A experiência e clarividência que emprestam ao jogo são uma mais valia e, se Veloso não sair para outro clube, o trio do meio campo está encontrado.

Paulo Sérgio optou pelo 4-2-3-1 na maioria dos 90'. Não sei se será o melhor esquema para tirar partido das características de Liedson ou de Pongolle mas, como dizem os entendidos, o que interessa não é a táctica, é sim a dinâmica que a equipa consegue imprimir no jogo.

Paulo Sérgio rodou os 3 g.r. que devem integrar o grupo. Golas começou o jogo, Tiago continuou mas acredito que Rui Patrício vai continuar a ser o dono da baliza.

Nas laterais não me parece que vá haver grandes dúvidas este ano, dada a diferença de ritmo e garra entre os antigos Abel e Grimi e os novos ex-bracarenses J. Pereira e Evaldo.

No eixo da defesa, hoje vimos um Polga ao melhor nível, mostrando aquela qualidade que ainda pode fazer dele o melhor central do Sporting. Não faço ideia quem partirá na frente para ocupar os 2 lugares de central, mas de qualquer modo não me parece que o reforço Torsiglieri seja um deles.


No meio campo, os já citados Mendes e Maniche encheram as medidas. Valdés, Vukcevic, Matías, Djaló, Salomão foram rodando no papel de médios mais criativos, todos alternando o bom com o menos conseguido. Um grande ponto de interrogação para os médios ala que serão escolhidos no futuro e convém não esquecer Izmailov que nem sequer jogou...

Na frente começou Pongolle, seguiu-se Saleiro, depois Postiga e por fim Liedson. Se só houver lugar para 1, não me parece que vá haver muitas dúvidas.

No fim de contas, foi um bom teste. O Lyon podia ter marcado no período em que esteve por cima (dos 5 aos 35 minutos) e o Sporting acaba por ser um vencedor com mérito. Dizem que o resultado é o que menos interessa, mas a época passada viu-se o que aconteceu depois de uma pré-época em que só se ganhou,salvo erro, o jogo ao Sarilhense.

sábado, julho 17

Valor de mercado

Não me preocupa demasiado a noticia que o Miguel mais abaixo resolveu postar aqui no blog.
Acho que com a venda de Moutinho e muito possivelmente de Veloso e Djaló, o Sporting cobre o que investiu nestes ultimos 6 meses e ainda possíveis desvios de tesouraria.
No entanto, estou longe de estar tranquilo. A equipa actual do Sporting é construida com o objectivo de encurtar o máximo possível a distância que temos actualmente para os dois grandes rivais. Contrataram-se jogadores experientes, com provas dadas no futebol português e internacional e capazes de dar uma resposta imediata ao actual problema desportivo do clube.
Porém, podemos estar a entrar num outro possivel problema de mais dificil resolução.

Ora o sucesso de um clube, principalmente em Portugal ainda que outros queiram fazer ver que não, depende da capacidade de gerar mais valias continuadamente, financiado o sucesso da actividade procurando comprar melhores jogadores que os rivais não conseguem comprar.
Ai esta a base de sucesso do Porto e do Benfica do ano passado quando foram buscar Ramirez, Javi Garcia e Saviola.

Ora parece-me evidente que esta equipa do Sporting e vendo que a aposta na formação ( a nossa galinha dos ovos de ouro)ficou para segundo plano tem comparativamente muito menos potencial que Porto e Benfica em possiveis futuras mais valias, ainda que consiga êxitos.
Por exemplo:
Quanto dinheiro pode estar aqui, por exemplo?
Porto - Helton,Fucile,Rolando, Bruno Alves, A.Pereira, Fernando,Raul Meireles, Moutinho, Varela, Hulk e Falcão.
Ou então,
Benfica - Roberto, Maxi, Luisão,D.Luiz, F.Coentrão, Javi Garcia, Ramirez, Aimar, Gaitan, Saviola e Cardozo.
E depois comparemos com,
Sporting - Patricio, J.Pereira, Carriço, Torsi, Evaldo, P.Mendes, Maniche, Izmailov, Valdes, Liedson e Pongolle.

Deste provável onze, encontramos um valor com alto valor de mercado ( Carriço), outros que podem lá chegar dependente da época da equipa e do desempenho individual ( Patricio,J.Pereira,Torsiglieri, Izmailov,Pongolle) e depois jogadores que dificilmente vão garantir mais valias (Evaldo, Pedro Mendes, Maniche, Liedson, Valdes).

Se as coisas não correrem bem este ano e não conseguimos pelo menos uma ida á Champions, onde é que podemos financiar-nos para conseguir melhores jogadores e uma melhor equipa?
Perigoso.....


sexta-feira, julho 16

Há dinheiro para mandar cantar um cego?



As rádios “Antena 1” e “Renascença” avançaram hoje que o Sporting falhou o pagamento, dentro do prazo estipulado, da primeira parcela do valor acordado com o Sp. Braga para a transferência do defesa.

Segundo a informação divulgada, a transferência de Evaldo para Alvalade só ficaria efectiva após o pagamento da primeira tranche e, como os “leões” terão falhado o prazo previsto, o jogador pode regressar a Braga.

UEFA

Possíveis adversários do Sporting:
FC Nordsjælland (DEN)
ŠK Slovan Bratislava (SVK)
FC International Turku (FIN)
FC Videoton (HUN) – NK Maribor (SVN)
Valletta FC (MLT) – KS Ruch Chorzów (POL)


Tudo o que não seja resolver a eliminatória no 1º jogo é mau resultado...

GB

É só comigo ou, pelo segundo ano consecutivo, aqueles borregos que trabalham em Alvalade não acautelaram os prazos de envio da Gamebox a tempo do 1º jogo a que a mesma dá direito de acesso?

quinta-feira, julho 15

Quanto mais pressas...

Bola cá, bola lá, exactamente com este tempo. Sem temporização. É o futebol de sonho, jogado a uma velocidade estonteante e seria perfeito, não fosse o humano um ser... imperfeito. Num dos únicos indícios à preparação do novo FC Porto de Villas Boas - jogos na TV nem vê-los - a velocidade e o futebol ao primeiro toque parecem ser a base do modelo.

A incógnita está cada vez mais próxima de deixar de o ser. Para ajudá-la a permanecer quase indecifrável as TV´s deram uma ajuda e abdicaram de transmitir os jogos do novo FCP, mas o que vem a público, como as reportagens de O JOGO no estágio, indicia a tentativa do futebol positivo. Em todas elas um fio condutor: velocidade. Queixou-se o novo técnico, logo após o primeiro desafio, da falta dela. Villas Boas parece querer um FC Porto supersónico e isso deixa-me várias dúvidas.

A rapidez de execução complementada com o acerto na decisão é o sonho de qualquer treinador e como tal será o mais difícil de atingir. Como os jogadores de futebol são humanos o mais normal é que, tal como cada um de nós, quanto mais rápido fizerem as coisas maior será a probabilidade de errarem. A rapidez tolda o raciocínio e, consequentemente, a decisão. Ou a coisa está muito bem preparada ou dá em sucessão de... decisões erradas.

É cedo para se auferir desta suposta obsessão pela velocidade de André Villas Boas. É bastante provável que o jovem técnico esteja a treinar, isso mesmo, velocidade mas sem deixar de parte outros factores importantes no jogo. Ainda assim a conotação jovial do técnico pode facilmente confundir-se com a ingenuidade de querer um futebol supersónico sem temporização e horizontalidade.

Há no entanto, caso a velocidade seja a prioridade, argumentos a favor. Veja-se o exemplo do Benfica de Jesus. Extremamente rápido e vertical massacrou as defesas frágeis do nosso campeonato, e não se deu nada mal com isso, vencendo-o justamente. No entanto (cá está), não só por esse mas também por outros factores, o futebol a 200 à hora não deu frutos em provas a eliminar, baqueando na Europa e na Taça de Portugal.

Verticalidade e rapidez não são sinónimos de posse de bola mas sim um complemento na hora de a largar, para o golo. Será que Villas Boas vai ter isso em conta, tal como Mourinho teve na mudança de modelo que operou depois de vencer a Taça Uefa para depois vencer a Liga dos Campeões? A contratação de Moutinho para patrão do meio-campo não indicia nada de bom. Isto porque o ex-leão é um jogador extremamente rotativo que não sabe desacelerar e a batuta de um maestro nem aqui se quer sempre a todo o gás.

terça-feira, julho 13

Don Andrés Ifiesta

Longe da apatia futebolística que remete os tempos modernos do jogo para um bloco baixo vs. um bloco alto, a final do Mundial recebeu duas verdadeiras equipas positivas. Com a bola como principal instrumento, Espanha e Holanda proporcionaram um duelo bastante interessante, e equilibrado, onde o futebol entre linhas, que procura Iniesta, venceu. Antes, Robben podia ter pintado a taça de laranja.

Antes de se falar no campeão do Mundo nunca se poderá deixar de referir o seu adversário. Contra as previsões, que se apoiavam em fases finais anteriores, a Holanda caminhou até à final apoiada no seu habitual futebol e na qualidade dos seus jogadores. Inicialmente fraca em termos defensivos, encontrou em Sneijder, e posteriormente em Robben, as armas que completavam a boa posse de bola com oportunidades. O jogo com o Brasil marcou a viragem e distanciou a equipa das gerações mais próximas catapultando-a para a quase glória. Não houvesse uma equipa com preceitos parecidos mas mais rotinada e à terceira seria de vez.

Não foi à toa que a festa da laranja mecânica foi estragada. Do outro lado esteve uma equipa que se demarcou de todas as outras selecções por ter como base os jogadores, e ideia futebolística, do... Barça. Não fosse isso vantagem mais que suficiente ainda lhe juntou jogadores da qualidade de Sérgio Ramos, Casillas, Villa (ainda não jogou pelo Barcelona) e Xabi Alonso. Todos eles com extrema apetência para o tiki-taka.

Todas as outras selecções teriam que, num espaço extremamente reduzido de tempo, formar uma equipa capaz. Muitas foram dando o seu melhor e jogo a jogo foram melhorando. Neste campo, Uruguai (muito por culpa do alinhamento favorável), Argentina, Alemanha e claro a Holanda foram muito bem sucedidas. Os germânicos e os holandeses já traziam mais trabalho de casa e isso, claro está, favoreceu-os imenso. Quem não aprendeu com estes países de língua quase impronunciável foram Portugal e Inglaterra, as grandes desilusões a nível futebolístico da fase de grupos em diante.

A vantagem para se vencer, ou chegar longe numa, competição de selecções é esta e só essa e a Espanha era, de longe, a equipa mais bem formada da prova. Ainda assim, poderão dizer, que poderia ter perdido não fossem os falhanços de Robben. E até terá razão quem o diz pois nada garante a vitória a 100%, mas o que é facto é que Don Andrés "meteu-a lá dentro" e Robben não. Linhas do destino a protegerem quem mais competência teria para isso? Nem sempre é assim mas desta vez foi.

Neste Mundial, principalmente na final, ficou a ganhar a ideia mais positiva do futebol. O jogo derradeiro provou ser possível enfrentar posse com pressão alta e mais posse. Foi interessante e fica a lição para alguns professores aprenderem. O resultado foi o mesmo mas a imagem laranja foi muito mais brilhante. Não foi Sô Carlos?

segunda-feira, julho 12

Breves

1 - A Espanha é campeã do Mundo e com todo o mérito pois é a melhor selecção da actualidade. Numa final violenta, Casillas venceu o duelo com Robben e, quando já se pensava nos penalties, Iniesta acabou com o jogo num remate cruzado. Os holandeses protestaram, não percebi muito bem porquê.

2 - Por cá, as nossas equipas começam a realizar jogos de pré-época. Só consegui ver os jogos do Sporting e, do que vi, fiquei moderadamente optimista. Não pela qualidade do futebol que, nesta altura, nunca poderia ser boa, mas sim pela atitude dos jogadores e pela táctica que Paulo Sérgio pretende implementar, com extremos. Nesse aspecto, Diogo Salomão tem dado nas vistas. Parece estar ali um potencial bom jogador. Os receios com Maniche também são infundados pois é o que mais corre na equipa. E os primeiros minutos de Valdés mostraram um jogador com qualidade técnica acima da média. De resto, Torsiglieri mostra uma natural inadaptação ao futebol europeu.

3 - De Benfica e Porto, que apontamentos tiraram os adeptos dos jogos de fim-de-semana?

4 - Mercado. Acabado o Mundial, penso que o mercado vai tornar-se bem mais activo. No Sporting, estou em crer que Veloso e Djaló vão sair e que Polga, Tonel e Grimi podem seguir o mesmo caminho. Em relação a reforços, esperemos para ver o que Costinha conseguirá trazer para completar o plantel de Paulo Sérgio. Até ver, sou da opinião que o Sporting está a trabalhar bem neste defeso.

segunda-feira, julho 5

Para que formar?

O Futre ganhou titulos pelo FCP e SLB, o Figo saiu a custo zero, o Simao quer acabar a carreira no Benfica, o Quaresma vai para quem lhe pague mais, o Viana mente no salario que quer ganhar no Sporting, o Moutinho abdica de ser o capitao em Alvalade para ser mais um no Porto.
Hoje pergunto: para que formar???
Para sofrer desta maneira???
Nao sei se valera a pena!!!

domingo, julho 4

Tomara eu dez milhões e uma incógnita

Por mais que tente ver as coisas de outra forma, são demasiados os negócios inflacionados (e infundados) que o FC Porto faz só para tentar fragilizar os adversários. Se algumas "guerrilhas" com o Benfica ainda são disfarçadas por ser, praticamente, igual a fatia de mercado que os dois clubes disputam, esta de oferecer 10 milhões de euros a um adversário é de bradar aos céus!

É uma estratégia há muito utilizada pelos lados do Dragão. Picar e ferir os adversários, e com isso, muitas das vezes, tirar proveito próprio, teve (e tem) o sucesso que conhecemos. Mas não serão já demasiadas vezes, o que coloca em risco a probabilidade de sucesso?

Maniche e Deco foram campeões da Europa no Porto, enquanto que foram dispensados do Benfica. Jesualdo consegue ser tri-campeão no FCP, enquanto que no Benfica não conseguia dar um treino, em paz, sequer. Tudo bem, a probabilidade de sucesso no FCP é maior mas partir do princípio que isto resulta sempre - pague-se o que se pagar - dá mau resultado.

Para já, estes negócios inflacionam sempre por isso mesmo. Paga-se o ferimento que se inflige ao adversário. E se no caso das guerras com o Benfica o maior montante se paga a outros clubes, neste estão-se a oferecer 10 milhões a um adversário directo. Ou seja, estamos a pagar os disparates que Bettencourt fez no mercado de Inverno.

João Moutinho vale os 10 milhões e não tenho dúvidas acerca disso. O que critico no negócio é ter de ser o FCP a pagá-los e a estar interessado no jogador. Por mais valias que tenha - o número de jogos que faz, a intensidade que coloca em campo - o Porto não se pode dar ao luxo de comprar um jogador por 10 milhões quando ainda há bem pouco tempo teve para a mesma posição Raúl Meireles (este ainda tem eu sei, mas...) e Maniche por muitos menos de metade do preço.

Mais uma vez, não ponho em causa a qualidade do jogador mas tenho dúvidas que consiga fazer mais do que os dois que enumerei acima, até porque, pelos vistos, foi comprado para ser o médio-ofensivo da equipa e nº10, por mais que queiram fazer dele, é coisa que João Moutinho não é. As comparações com Meireles e Maniche, acreditem, não foram ingénuas. É um grande negócio para o Sporting, que perde um jogador (totalmente) substituível e arrecada 10 milhões de euros e uma incógnita.

Risco (pouco) calculado

10 milhões + Nuno Coelho(!) = 100% do passe.
Fica mais difícil de explicar e, ainda mais, de engolir. Costinha e Bettencourt ficam perigosamente fragilizados caso as coisas não corram bem logo desde início.

sábado, julho 3

Já não existem super-heróis

O pseudo-capitão lampião

Só me custa que seja vendido para um rival. De resto, se for vendido por 11M por 50% do passe parece-me (muito) bem vendido.

É hoje 1 de Abril!?

Leões e dragões negoceiam Moutinho

O FC Porto e o Sporting estão a negociar a transferência do médio João Moutinho de Alvalade para o Dragão, soube a Lusa junto de fonte próxima dos clubes.

Dirigentes dos dois clubes estiveram esta madrugada reunidos nos arredores de Lisboa a ultimarem os detalhes da que deve ser uma das transferências mais sonantes deste verão, devendo o negócio ficar concluído este fim de semana, antes do Sporting partir na segunda feira para França, onde vai realizar o estágio de preparação para a nova época.

Quê!????


quinta-feira, julho 1

Com desprezo pela bola um baño dela se levou

De todas as identidades, e facetas, disponíveis, Queiroz encontrou, para a nossa selecção, a pior de todas. Contudo com a lista de desculpas intermináveis que guardou no bolso, até parece bem fácil a vida de seleccionador.


Já por demais aqui enumerei algumas das desculpas a que fomos sujeitos na preparação para o Mundial e sua fase-final. Desde o meu último post elas continuaram, confirmando a má abordagem para esta competição. Contra a Costa do Marfim era importante não perder e não perdemos. Objectivo, na mente queiroziana, conseguido, mas que denotou desde logo ao que íamos: evitar jogar futebol a (quase) todo o custo. A cautelosa entrada abrandou, e para muitos acabou mesmo, no jogo contra a Coreia do Norte. 7-0, ataque, bola e jogadores ganhos faziam antever que afinal Portugal não vinha envergonhar quem gosta de futebol. Mas à terceira continuou-se a branquear e a enganar o povo com a habitual e esfarrapada desculpa. Brasil é a maior potência e não perdendo garantia-se o apuramento, logo abordou-se o jogo com a tal cautela e duas a três jogadas seriam suficientes para, mais uma vez, enganar o povo.

Jogando para não jogar, jogando para o ponto, argumentando que a defesa era, cada vez mais, de betão, a sorte castigou e calhou-nos o pior adversário possível. Nada que assustasse Queiroz, pois a desculpa já estava preparada e na sua mente sairíamos sempre em grande. O adversário era, novamente, dos melhores e a estratégia foi, mais uma vez, tudo aquilo que Portugal não deve ser: submisso. A analogia ao Barça x Inter vem à baila, mas quem a traz esquece-se que a equipa de José Mourinho esteve reduzida a dez elementos mais de uma hora. Não sei se Queiroz achou que nós não tínhamos onze jogadores disponíveis, mas jogar daquela maneira com uma desprezo absoluto pela bola é horrendo. Porque não "copiar", mas sim, o Inter x Barça? esse sim uma lição de como se deve jogar contra o "Barcelona A".

Controlar o espaço com boa organização defensiva é extremamente importante no futebol, não o desminto. Mas é um, repito um, momento do jogo. E os outros quatro? Jogando com uma só competência ficámos à mercê daquilo que nuestros hermanos poderiam fazer. E não é que marcaram? Que surpresa. A bola, a nós, queimava-nos de tão mal que a tratávamos. Teremos assim tão pouca qualidade para jogar para o pé, em segurança, aliviando o nosso meio-campo da melhor circulação de bola feita por selecções? O que me irrita é que isso até foi feito... uma ou duas vezes em 90 minutos. Mas a desculpa já estava preparada: eles são mais fortes e têm qualidade, coisa que aos olhos do seleccionador nós não temos. Quem diz que "voltaremos com melhor equipa e melhores jogadores" não podia estar à espera de melhor.

Mas, pergunto eu: com uma abordagem daquelas ao jogo que jogador ficaria satisfeito, ao vê-lo passar-lhe ao lado? A insatisfação de Deco e Ronaldo não vem de outra coisa senão daí. Agora, depois das, também elas, bocas de Queiroz até a qualidade destes dois se vê posta em causa. Que culpa tem Ronaldo de receber a maioria das bolas a 60 metros da baliza? Que culpa tem Deco de uma estratégia que prescinde da posse de bola, aquilo em que ele é mais forte? Compreendo a frustração e duvido - embora fosse despropositado - que também eu conseguisse ficar calado.

É, para mim, a maior fatia de culpa. Uma abordagem grega que foi sempre dependente do que os outros poderiam fazer, assente na "falta de qualidade" dos nossos jogadores. Não digo que não caíssemos igual, mas as possibilidades eram infinitamente maiores. Queiroz emprenhou pelos ouvidos e foi dando razão às más línguas do apuramento. Mas essa equipa circulava a bola, assumia o jogo, criava oportunidades mais que suficientes para ganhar. Essa era a equipa que deveria ser afinada defensivamente e representar-nos no Mundial, mas ao invés fomos representados por uma anedota futebolística que se vale dos sete golos marcados e do um sofrido para argumentar com uma boa campanha.

Pois é...

"Nas minhas equipas, quando ganhamos, ganhamos todos, quando perdermos, perco eu... por isso Ronaldo pode estar tranquilo e gozar as suas férias que na próxima época não deixarei que ninguém ponha sobre ele as responsabilidades de uma equipa".
Mourinho 30/06/2010

Acho que é por estas "pequenas coisas" que Mourinho é o treinador que é.