sexta-feira, março 31

Antevisão - Jornada 29.

As opções de Koeman, como as de qualquer outro treinador, são sempre discutíveis. No jogo com o Barcelona, o holandês fez alinhar um "onze" defensivo e, na minha opinião, pouco mais podia ter feito. Deixando de lado as óbvias reservas que uma equipa com o potencial e classe do Barcelona merece, outras causas "impediram" Koeman de ter outra abordagem ao jogo.

"(...) O jogo que os encarnados conseguem mostrar nos segundos 45 minutos, só é possível depois da “muralha do forte e feio” fazer o seu trabalho."

Mialgia de Esforço, Castigo Máximo

Para Belém, o técnico "encarnado" terá Manduca para o lugar do inerte Robert. De resto, Ricardo Rocha deverá manter-se na lateral direita já que Alcides e Nélson não estão em condições. Serão de novo "os três centrais", facto que, por si só, não signifca absolutamente nada. O SCP foi ao "Dragão" jogar com 4 defesas centrais e até empatou. Léo fica na esquerda e fica bem.

No meio campo, Petit e Beto serão os trincos de serviço (
Manuel Fernandes cumpre jogo de castigo), com Simão à esquerda (espero) e Manduca à direita. Mais na frente, Karagounis, Miccoli e Geovanni vão ocupar os dois restantes lugares. Nuno Gomes deve ficar de fora, por lesão.

A vitória no Restelo é extremamente complicada por tradição. O desgaste do jogo com o Barça vai fazer sentir-se e, claro está, os "azuis" sabem disso. Por isso mesmo, o SLB tem de entrar forte e decidido, para chegar ao intervalo em vantagem. Caso contrário, o Braga está já ali.

O SCP vai a Guimarães, defrontar uma equipa aflita e sem grandes argumentos (os pontos não mentem). Contudo, o plantel de Pontes tem qualidade e pode surpreender (a vitória vimaranense será sempre uma surpresa). O SCP está num excelente momento, com uma solidez defensiva evidente e com um Moutinho "à antiga". Depois é juntar o bravo Liedson e o imprevisível - e muitas vezes fundamental - Nani e o teórico vencedor está encontrado.

Espera-se um ambiente fervoroso nas bancadas e uma boa arbitragem. É um jogo muito importante para o SCP - e para o Vitória também - que, em caso de derrota, muito dificilmente chegará ao título.

O FCP recebe o Gil Vicente e não deverá ter grandes dificuldades para vencer. Uma eventual escorregadela do SCP, deixará os portistas moralizados para derrotarem os "galos". Outro resultado será impensável.

quinta-feira, março 30

Diferenças

Depois de Guti, foi agora a vez de Casillas insinuar que disfruta com as derrotas do Barcelona. Mais dois adeptos do Benfica para a semana. Cá em Portugal cairia o Carmo e a Trindade, ou então, no mínimo, o jogador desmentiria que o tivesse afirmado.

Entretanto uma boa notícia. Nuno Valente está com o Mundial em risco. Insensibilidade, eu sei.

Mas o que é isto!?


Levski - Schalke 04
Rapid B.- Steaua
Basilea-
Middlesbrough
Sevilla - Zenit


Poderia ser muito bem uma eliminatória da Intertoto, ou ainda um desses jogos amigáveis de um qualquer torneio de segunda, mais típico de uma pré-temporada. Mas não!!!
São mesmo os quartos de final da Taça Uefa.
Com este lote de equipas, apenas reconheço qualidade a um Sevilla ou Schalke 04. O resto...o resto é muito mau!!! E assim cada vez mais me convenço que é nesta competição que as equipas portuguesas deveriam brilhar. Na Champions, apesar de ultimamente até ter havido campeões surpresas e onde as equipas portuguesas até tem feito boa figura, acho que a tendência é para que as coisas se normalizem e fiquem cada vez mais resumidas aos clubes potência de Espanha, Itália ou Inglaterra.

Na Uefa, uma competição cada vez mais vista como uma segunda divisão europeia, considero que deveríamos ser mais ambiciosos. Clubes como o Braga, Guimarães, Boavista, por exemplo, se querem realmente dar aquele salto que os faça aproximar do nível dos tres grandes, têm também de se afirmar na Europa. E mesmo os três grandes, se têm a má sorte de ir lá parar, deveriam também assumir a ambição da conquista deste torneio. Não sei muito bem o historial desta competição, mas de certeza que com apenas uma taça conquistada pelo Porto, deveremos ser dos países com pior historial em Taças Uefas.

Por outro lado, também com a redução do número de jogos para o próximo campeonato, a desculpa da rotação do plantel começa já a não servir. Apartir de agora, temos a obrigação de fazer muito melhor!!!

quarta-feira, março 29

Simão Sabrosa

Agora que está concluída a primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões - cuja análise se pode ler nos posts anteriores - vou dedicar-me a um exercício que me parece interessante. O "timing" da opção está relacionado com o encontro ontem disputado mas, sobretudo, com a vontade de iniciar o "esforço" antes das fundamentais decisões do Campeonato que, facilmente, poderiam influenciar as análises de toda uma época.

Proponho-me a destacar alguns elementos cujo desempenho tem sido fundamental para as equipas que representam, valorizando circunstâncias particulares acima do interesse óbvio ou mediático que o estatuto de alguns garante, mesmo se a minha opção de abertura pode parecer demasiado fácil ou evidente.

Escolho, para arrancar com esta série, um atleta do Benfica que, embora seja, à partida, a opção mais evidente, surge neste lote pelo invulgar contexto que envolve a apreciação do seu rendimento na presente temporada.

Confesso, desde já, que não sou um particular apreciador da personalidade de Simão Sabrosa, com quem mantive contacto profissional durante o período dedicado ao acompanhamento do Benfica. Estou, por isso, inteiramente à vontade para manifestar a minha opinião.

Independentemente dos defeitos que lhe possam ser atribuídos, é indiscutível que, desde a sua chegada à Luz, teve uma influência impar em todos os sucessos da equipa encarnada, assumindo-se como principal fonte de desequilíbrios de uma formação – numa fase inicial - francamente limitada, sem fugir às responsabilidades quando esta se transformou numa legítima candidata à discussão dos principais troféus.

Sem ter no drible uma arma fundamental – tal como sucede com João Vieira Pinto, por exemplo -, Simão faz das mudanças de velocidade e direcção uma arma letal apontada à baliza adversária mas, sobretudo, assenta o seu estatuto num espírito competitivo que lhe permitiu evoluir, mesmo quando já não possui a superioridade física manifestada no período de afirmação internacional. É isso que o distingue dos demais.

O Simão que hoje lidera o Benfica fá-lo sem dispor da “sexta velocidade” que, em 2001-02, lhe permitia uma supremacia absoluta sobre os marcadores directos, pois soube – algo que está ao alcance de poucos – superar as limitações impostas pelo desgaste e pelas lesões, apurando outras características determinantes.

Pode até ser que chame a si um protagonismo excessivo, mas é certo que ninguém como ele garante, repetidamente, os resultados que se exigem ao actor principal de um argumento complexo.

Com uma carreira internacional prejudicada por uma infeliz aventura no Barcelona, onde só a teimosia – a roçar o autismo - de Van Gaal o impediu de triunfar – numa equipa órfã de extremo esquerdo, estava limitado a um pequeno rectângulo no flanco direito, quando qualquer observador medíocre sabe que é na ala oposta que se destaca, tal como Overmars, outro dextro de características equivalentes que o holandês tinha obrigação de conhecer -, Simão Sabrosa enfrentou na Luz o estigma que qualquer atleta oriundo do emblema rival carrega e, porém, cedo se tornou no principal símbolo da renovação encarnada.

Foi, na presente temporada, sobejamente criticado pelo rendimento evidenciado, contudo, que ninguém tenha dúvidas: o Benfica pode ganhar quatro jogos sem ele, mas a sua ausência marca a diferença entre um conjunto quase banal e um adversário temível.

Hoje, como ontem, é uma referência incontornável da competição nacional e seria, no mínimo, desonesto que não fosse reconhecida a sua contribuição decisiva para alguns dos mais importantes momentos do futebol português.

Terão existido momentos mais fáceis para o elogio, mas não posso deixar de manifestar a minha admiração por quem, sem deixar de focar o interesse em si próprio, o adaptou à ambição de vencer.

Não se esqueçam disso os benfiquistas, que tanto lhe devem.

JEAN-PAUL LARES

SLB continua a sonhar na Liga dos Campeões.

SLB e Barcelona empataram a zero, no estádio da Luz, deixando tudo em aberto para o jogo da segunda mão. As duas equipas rubricaram excelentes exibições, com natural superioridade para os de Barcelona.

O Barcelona entrou melhor no jogo e, no lado benfiquista, os nervos eram mais do que muitos, limitando as acções ofensivas que esbarravam, quase sempre, na adiantada defensiva "blaugrana". Foram 25 minutos de algum sufoco na baliza de Moretto que, à sua frente, tinha uma defesa pouco decidida e algo nervosa. O Barcelona criou várias oportunidades flagrantes e o SLB, apenas em remates de longe, levou algum perigo à baliza de Valdez.

A partir da meia hora o jogo ficou mais equilibrado e o intervalo chegou com um resultado algo injusto para Deco e companhia.

A segunda parte trouxe um SLB mais motivado, mais esclarecido e bem mais perigoso. Arriscou-se mais na defesa e isso, por várias vezes, podia ter dado vantagem ao Barça que, com um futebol de processos simples e com uma qualidade de passe imparável, nunca se deixou encostar pelos comandados de Koeman.

Contudo, nos últimos 15 minutos, o Barça recuou um pouco e os benfiquistas acreditaram ser possível marcar um golo. Oportunidades não faltaram. Foram poucas mas boas e, nesta fase, os erros são fatais.

O SLB empatou com aquela que é considerada por muitos como a melhor equipa do Mundo. Os jogadores tiveram uma entrega total, suaram a camisola e, no fundo, deixaram-nos a sonhar durante 15 dias. A diferença de qualidade foi notória, entre as duas equipas, quer táctica, quer tecnicamente.

Este Barça é tudo menos uma equipa "acessível" a este SLB, ao contrário do que alguns querem fazer crer. A sorte tivemo-la, faltou o resto.

Em destaque:
Moretto - Excelentes defesas, simplesmente fantásticas. Apesar de duas fífias comprometedoras.
Léo - Na antecipação, como ninguém.
Rocha - Excelente marcação a Ronaldinho. Pedir mais era difícil.
Fernandes - Uma excelente exibição. Força, garra, qualidade de passe e remates.
Simão - Sempre muito marcado, deu imenso trabalho à defesa espanhola. Ganhou algumas faltas e não ganhou outras porque o árbitro não quis.
Miccoli - Mexeu no ataque e esteve nas melhores jogadas.

O árbitro não esteve bem. Acabou a primeira parte de forma arrogante, não assinalou uma falta clara sobre Simão, à entrada da área, e não viu um pénalti de Motta. Não viu ainda uma pisadela de Petit, e várias entradas por trás, para ambas as equipas. O fiscal estava com pressa e assinalou um fora de jogo absurdo a Miccoli.

Concluindo, o SLB foi bafejado pela sorte e não conseguiu marcar nas excelentes oportunidades de que dispôs. O Barcelona joga futebol de qualidade e demonstrou na Luz toda a classe e força de um colectivo, servido por artistas de primeira.

Parabéns aos jogadores "encarnados" que se esforçaram e lutaram por um resultado melhor.

terça-feira, março 28

É hoje.

O SLB defronta, no estádio da Luz, aquela que é considerada a melhor equipa europeia da actualidade. O Barcelona, com Deco, Eto'o, Messi e, claro, Ronaldinho Gaúcho, vem a Lisboa para ganhar e nem mesmo algumas ausências no sector defensivo podem servir como desculpa para um eventual desaire.

O SLB não tem nada a perder. Ou melhor, se não perder por números humilhantes, nenhum outro resultado poderá envergonhar os benfiquistas. A diferença de valores das duas equipas é clara e a pressão está do lado "blaugrana".

Não há como esconder. Os jogadores e técnicos "encarnados" querem jogar este jogo, querem ir longe na Liga dos Campeões (LC). O campeonato é uma miragem, só ao alcance de um milagre e, na LC, passar às meias-finais é quase como ser campeão. Para mais, se o Barça ficar pelo caminho, esse facto será realçado pelo mundo do futebol e desculpará os desaires internos. Mas ainda é cedo para falar em eliminações.

Será mais uma casa-cheia (receita de 2,5 milhões de Euros), uma noite para viver como as antigas noites europeias às quartas-feiras. Que vença o melhor e que o melhor seja o Glorioso.

A esta hora, o meu prognóstico é razoavelmente optimista: 3-0 para o SLB.

domingo, março 26

Já mexe...

VS



Terça-feira é dia de jogo grande na Luz. O Benfica recebe o Barcelona de Ronaldinho, Deco, Eto’o e muitos outros.
O Barça é uma equipa muito forte, das mais fortes a nível europeu, contudo não é imbatível.
O Barcelona é uma equipa que gosta de jogar com a bola no pé, que faz da posse de bola de uma das suas grandes armas – é a teoria do “se a bola é nossa, o adversário não pode jogar”. Tem jogadores com enorme talento que fazem com que seja extremamente difícil roubar a bola, e falo de Deco, Ronaldinho, Messi, Eto’o. São jogadores de enorme mobilidade, dotados de técnica e visão de jogo fora do normal, que além de jogarem com a bola, quando não a têm fazem enorme pressão sobre a defesa adversária, logo à saída da grande área. Aliando tudo isto aos cuidados de tentar controlar os movimentos destes jogadores, torna-se muito difícil a quem defronta os blaugrana impor o seu tipo de futebol.
Apesar de todas as qualidades já enumeradas, o Barcelona é uma equipa que concede espaços, e se o adversário os souber aproveitar e não tiver receio de arriscar, poderá fazer “mossa”.
É provável que Messi não jogue na Luz, mas esta ausência não faz o Barça mais fraco no ataque, até porque Giuly faz bem o papel do jovem prodígio argentino.
É pois uma tarefa difícil, muito difícil para o Benfica.
Mas estará o Benfica derrotado à partida? Não, claro que não. O Barcelona é uma equipa muito forte a partir do meio campo, mas tem uma defesa que não está de longe nem de perto à altura dos restantes sectores. Se for aliado este factor às ausências de Marquez, Puyol, Edmilson e Sylvinho (todos eles defesas), conclui-se que Rijkaard vai ter que “inventar” no sector mais recuado. A defesa, quando exposta a situações de pressão, demonstra enormes fragilidades, a começar no mediano guarda-redes Valdez. Depois, Puyol e Marquez tentam disfarçar as enormes dificuldades que têm nas marcações, e principalmente no um-para-um, com especial ênfase para o espanhol que recorre repetidamente à falta para travar os adversários. Salvam-se as laterais, com jogadores bastante ofensivos (Belletti, e Giovanni Van Bronckhorst), podendo também o Benfica tirar partido do adiantamento destes jogadores no terreno.
O Benfica tem uma defesa muito forte, embora a ausência de Alcides seja baixa de vulto, já que vinha rubricando boas exibições, e é um jogador que dá muito mais consistência defensiva à equipa do que Nelson (com problemas físicos), este último mais “talhado” para jogos em que a equipa está “sobre” o adversário. Léo está em grande forma e as “torres” dão uma segurança à equipa que já não se via nas bandas da Luz desde os tempos de Ricardo Gomes e Mozer. Petit, Manuel Fernandes e Beto, irão ter trabalho acrescido na luta do meio campo, e serão obrigados, certamente, a jogar muito mais encostados à defesa que o normal. Para a frente, e para aproveitar as fragilidades da já frágil defesa barcelonista, Koeman deverá(ia) apostar em Simão, Geovanni e Miccoli, três jogadores muito rápidos, todos dotados de excelentes capacidades técnicas, capazes de pôr delírio o “Inferno da Luz”.
Os barcelonistas parecem muito confiantes, e também mais ansiosos pelo embate de terça-feira. Já há muito (fruto da tranquikidade no campeonato espanhol) que preparam este jogo, e todos os dias falam, fazem antevisões, sempre demonstrando respeito pelos encarnados, dando a sensação que que se querem convencer que o Benfica não é um adversário fácil, não se querendo deixar levar pela onda de euforia dos adeptos. Por vezes as euforias podem trazer dissabores.
Na Luz, aparentemente, a tranquilidade é maior, exceptuando Koeman, que parece estar em delírio por defrontar o “seu” Barcelona, desdobrando-se em entrevistas aos órgãos de comunicação espanhóis.
Em jeito de resumo, o Benfica tem que aguentar a enorme pressão das linhas avançadas espanholas, e tentar colocar em sobressalto a defesa blaugrana, não se fazendo rogado às possíveis beneces que venham a ser concedidas. Nestes jogos é preciso aproveitar as oportunidades... que não vão ser muitas.
Equipas prováveis:
SL Benfica: Moretto; Nélson, Luisão, Anderson e Léo; Petit, Manuel Fernandes e Beto; Simão, Geovanni (ou Karagounis) e Miccoli
FC Barcelona: V. Valdez; Belletti, Oleguer, Rodri e Van Bronckhorst; Motta; Iniesta e Deco; Ronaldinho, Eto’o e Larsson (ou Giuly);
A minha aposta: SLB 1 – FCB 0 (Manuel Fernandes)

Tudo na mesma

Exibição fraquinha do Sporting, mas com resultado positivo. Nani e João Alves marcaram, o que pode servir para aumentar a confiança de ambos, sobretudo do ex-bracarense que continua sem justificar a contratação. O Loureiro demonstrou porque não faz parte dos titulares, realizando tal como Douala, uma exibição confrangedora.

Faltam 6 finais. O Benfica continua atrás e o FC Porto continua à distância de 2 pontos. Para a semana o Sporting joga o jogo mais difícil até ao fim do campeonato.

sábado, março 25

SLB recebe Braga "para a Liga dos Campeões".

O SLB recebe, hoje, o Braga, num jogo de extrema importância para ambos os clubes. Em disputa está o terceiro lugar que, como se sabe, dá acesso à terceira eliminatória da Liga dos Campeões (LC).

Do lado do "encarnados", Ronald Koeman surgiu, ao longo da semana, mais motivador, recusando o facto de já ter desistido da luta pelo título - na versão do holandês, os jornalistas teimam em desvirtuar as suas palavras. Além disso, Koeman afirmou que este jogo com o Braga é mais importante do que o da próxima terça-feira, contra o Barcelona, o que vai de encontro ao que sempre defendi: a LC é um sonho ao alcance de quem lá está mas, para o SLB, muito mais importante é a disputa interna.

Contudo, parece-me que, agora, é tarde de mais para o SLB perseguir o objectivo "número um" com sucesso. Diria mesmo que só lá vai com um milagre, essa coisa rara no futebol, assim como na vida. Contra o Braga, temos de ganhar para marcar distância e ganhar tranquilidade para o resto do campeonato.

O Braga vem à Luz sem Césinha e Hugo Leal - um dia falo dele porque estou convencido que, se não tivesse saído do SLB, era hoje o nosso número 10. Vamos ver qual a verdadeira dimensão deste Braga e se, fora do campo, Jesualdo Ferreira assume a sua equipa como candidata a mais qualquer coisa que não a um lugar na Taça UEFA.

Ainda no lado do SLB, Miccoli voltou a ser convocado (com boas probabilidades de jogar e voltar a lesionar-se?), assim como Mantorras que, para já, parece ter ganho o duelo com o inenarrável Marcel. Concentração, atitude, bom futebol e golos: é tudo o que se pede aos nossos jogadores. Mas não pedimos sempre?

Para rematar, resta-me referir a estrondosa receita (cerca de 2,5 milhões de Euros) que o jogo contra o Barcelona vai proporcionar aos cofres da Luz. São, de facto, valores impressionantes e que batem um novo recorde. Agora é saber gerir tanta nota...

sexta-feira, março 24

União

Os adeptos do Sporting, depois de verem a equipa ser espoliada no Dragão, parecem decididos a criar ambientes "favoráveis" nos próximos compromissos da Liga. Teremos finalmente Alvalade a funcionar como um caldeirão.

Dias Ferreira, Guilherme Lemos e Abrantes Mendes defendem um Sporting menos anjinho e mais interventivo junto dos centros de poder do futebol. Dias Ferreira afirma que "quando a seriedade se confunde um bocado com sermos anjinhos é uma situação que não pode continuar". Só não percebo o que é que pretendem fazer de diferente...

quinta-feira, março 23

Os grandes e os pequenos

No desporto, como, aliás, na vida, há vários tipos de pessoas, mas, invariavelmente, aquelas a quem a História dedica especial destaque são as que alcançaram o sucesso.

Esse legado está, contudo, condicionado pela forma como os mais elevados patamares foram atingidos. Excluindo aqueles que, à custa de um talento único e excepcional, conquistaram um posto que não depende do seu comportamento extra-desportivo – casos, por exemplo, de Maradona ou Pelé – os grandes do desporto usufruem de um estatuto concedido pela nobreza de carácter evidenciada no exercício da actividade que os notabilizou.

Ainda bem, pois é assim que deve ser. É nas decisões dramáticas, nos maus momentos, mas, sobretudo, nos bons, que se define o carácter das verdadeiras lendas.

Ninguém poderá esquecer a imagem de Eusébio, aplaudindo e cumprimentando Vítor Damas depois deste ter defendido de forma brilhante um remate seu, pois são essas atitudes que enaltecem os mais louváveis valores da prática desportiva, transformando uma actividade outrora apenas lúdica num fenómeno social relevante e… moralmente saudável.

Todos deveríamos recordar e divulgar o abraço comovido de Earvin “Magic” Johnson ao seu amigo e rival, Isaiah Thomas, que chorava compulsivamente, quando os Lakers do primeiro bateram, pela segunda vez seguida, os Pistons do segundo na final da NBA, ou os recíprocos elogios - complementados pela forma nobre e elegante que marcou os seus eternos confrontos - com que Pete Sampras e Andre Agassi sempre conduziram uma das mais fervorosas rivalidades da história do ténis.

Ora, se o espírito vencedor e a insuperável competitividade de Vítor Baía são qualidades que há muito admiro no guardião portista, os títulos por ele conquistados, embora merecedores de louvor, não o colocam no mesmo patamar de Maradona. Muitos são os factores que poderiam contribuir para que o seu legado fosse sólido e impoluto, mas creio que, para o julgamento da História, o carácter desempenha um papel fundamental.

Ontem, no Estádio do Dragão, Ricardo preparava-se para bater o quinto pontapé da marca de grande-penalidade pelo Sporting, numa altura em que os azuis e brancos venciam por 5-4. Baía, depois dos aceitáveis e compreensíveis “jogos psicológicos”, apercebendo-se de que nenhum oficial do jogo se encontrava por perto, insultou o seu rival e lançou-lhe a bola para a cara. Não se tratou, nem de perto nem de longe, de uma agressão, apenas de um gesto que teve tanto de provocador, ordinário e deselegante como de… desnecessário.

Numa noite que poderia ter lugar no vasto leque de grandes momentos do camisola 99, fica uma mancha que muito diz sobre o seu carácter – e sobre certas opções que o envolvem… ou não. Para mim, mais importante do que saber perder continua a ser saber ganhar mas, acima de tudo, a forma como se ganha.

O que Vítor Baía teima em não perceber é que não chega ser grande por fora quando se é mesquinho por dentro.

JEAN-PAUL LARES

Muito forte!

Apesar de tudo o que se passou no Estádio do Dragão, acredito que a equipa do Sporting sai reforçada deste jogo. A fantástica atitude que os jogadores tiveram deixam os sportinguistas orgulhosos e descansados em relação à sua equipa. Há matéria prima para discutir o título até ao fim, mesmo que encontremos pelo caminho arbitragens como a de ontem. O Sporting de Paulo Bento tem um espírito de grupo fortíssimo e essa é a grande arma da equipa. O jogo de ontem mostrou que não é nada fácil abater esta equipa...

quarta-feira, março 22

Parabéns aos jogadores do Sporting!

O Sporting foi impedido de atingir a final da Taça. Uma arbitragem completamente escandalosa não apaga a excelente exibição dos leões. Parabéns aos jogadores do Sporting que aguentaram tanto tempo contra 14 sem perderem a cabeça. Após o golo de Liedson, ainda acreditei na vitória mas logo o Olegário tratou da questão, expulsando vergonhosamente Caneira. Para tentar encobrir, expulso Bosingwa aos 120 minutos! Uma palhaçada!
Nem vale a pena enumerar os erros do árbitro em prejuízo do Sporting. Todos viram o que se passou...

Confirma-se...


A jogar assim, ninguém pára o FC Porto. Parabéns.

... mas ganhou o F.C.Porto

Aos 58 anos Co Adriaanse atinge a primeira final da sua carreira de treinador.

Parabéns Co, vemo-nos no Jamor.

Que ganhe o Sporting...

É sabido que muitos sportinguistas (porventura a maioria) alia a esta condição a de anti-benfiquistas. Por isso, sempre que o meu clube está na mó de baixo, aproveitam para espezinhar, apequenar, humilhar, provocar. Lá temos de os aturar nas televisões, nas rádios, nos jornais, nos 'blogues', no local de trabalho, em jantares de amigos, enfim, por todo o lado. Isso leva a que muitos benfiquistas prefiram uma vitória do FC Porto a um triunfo do Sporting, argumentando que "os outros gajos estão longe e não chateiam". Por norma, não sou capaz, mas chego a ter momentos de hesitação. Felizmente, ele existe. O meu ódio de estimação. Bastaram duas ou três imbecilidades ditas na inauguração de um núcleo de amigos do seu clube para me fazer voltar à razão. Embora para o Benfica seja indiferente o resultado de logo à noite, não tenho dúvidas: estarei a torcer pelo Sporting (ou contra o FC Porto, se preferirem). Pode ser, como pedia um amigo benfiquista, um jogo com "mortos e feridos" - leia-se lesionados (daquelas lesões musculares, chatas mas pouco graves, pois não desejamos mal a ninguém) e expulsos - e com cartões em barda (para além dos "amarelos" que o Polga e o Custódio verão), mas que ganhe o Sporting. Pode ser no prolongamento. Ou mesmo nos 'penalties'. Ou até por 5-0. É-me indiferente.
PS - No domingo, regressa a normalidade. Verei no Penafiel uma equipa cheia de potencialidades para travar a marcha vitoriosa do Sporting!

terça-feira, março 21

Um post altamente provocatório!

Foi em 1986/87 que o Sporting venceu pela última vez no Estádio do Porto, para a Taça de Portugal. Curiosamente, foi também num jogo das meias-finais. Todos nos lembramos de como era complicado jogar nas Antas naquela época. O ambiente era de terror e as jogadas dos visitantes eram invariavelmente paradas junto à linha de meio campo por uma oportuna apitadela. Causou por isso estupefacção que o Sporting sobrevivesse durante 90 minutos e chegasse ao prolongamento. Mas o mais espantoso aconteceu mesmo aos 119 minutos. Mário, médio brasileiro do Sporting, aplica forte pontapé e marca um golão, resolvendo a eliminatória. Poucos depois, o inesquecível Alder Dante apita para o final da partida. Naturalmente, instala-se a revolta nas bancadas. Em plena década de 80, uma equipa de mouros tem o descaramento de eliminar o Fêcêpê na Invicta! O tratamento acabou por ser o do costume, como vem relatado no texto que se segue, em que o herói Mário conta ao Maisfutebol como tudo se passou naquela tarde de Maio.

"O ex-médio brasileiro assistiu ao apedrejamento de vários elementos da comitiva leonina. O treinador do Sporting, o inglês Keith Burkinshaw, foi atingido e o autocarro dos leões também seguiu para Lisboa com os vidros partidos: «Tivemos de sair do estádio escoltados. Havia obras, nessa altura, junto do estádio e ficou mais complicado. Fomos acompanhados pela polícia até à saída da cidade, mas numa altura em que já estávamos sem apoio o autocarro foi apredejado por adeptos do F.C. Porto.»
Importa referir que a fúria portista tinha surgido bem antes, durante o encontro. Primeiro, Lima Pereira lesionou-se na tíbia num choque com Silvinho, que continuou em campo e, na altura do golo de Mário, surgiram as queixas de Guilherme Aguiar, dirigente do F.C. Porto, acusou um polícia de festejar com os jogadores do Sporting"


P.S. Deve referir-se que as deslocações ao terreno do Porto são agora bem menos problemáticas, principalmente após a mudança de estádio. Mas os bastidores continuam a funcionar na perfeição! Soube-se hoje que a Liga instaurou processos disciplinares a Sá Pinto, Tonel e Nélson, na sequência do encontro frente ao Nacional, disputado a 4 de Fevereiro, no Estádio de Alvalade. Esperemos então pelos castigos. Afinal de contas, aproxima-se uma deslocação a Guimarães e o "tal" Sporting-Porto.

Taça: FC Porto - Sporting



Começa amanhã o primeiro mano a mano entre Porto e Sporting. Quem ganhar amanhã dá um passo de gigante rumo à conquista da Taça de Portugal e marca uma vantagem psicológica sobre o rival para o confronto de daqui a duas semanas e meia. Uma certeza existe: o Dragão estará com lotação esgotada ou muito próximo disso. Aplaude-se a decisão de quem colocou os bilhetes a preços extremamente apelativos - 8€ para uma superior e 15€ para uma central.
Neste momento o equilíbrio teórico entre as duas equipas é evidente. Ambas atravessam uma excelente fase e o moral está certamente em alta nos seus jogadores, até pela expectativa de vitória tanto no Campeonato como na Taça. Jogam com dois sistemas de jogo distintos mas tanto o Sporting como o Porto são neste momento equipas optimizadas face aos recursos que têm. No Sporting a principal virtude assenta em não deixar o adversário jogar. Já o FC Porto aposta o seu futuro na consistência do seu trio de meio campo e no poder de ataque que os seus 4 avançados conferem.

As equipas esperadas:

FC Porto
Baía, Bosingwa, Pepe e P. Emanuel; R. Meireles, P. Assunção, Lucho, Andersson, Quaresma, Adriano e McCarthy

Sporting
Ricardo, Abel, Polga, Tonel, Caneira, Custódio, Moutinho, C. Martins, Sá Pinto, Liedson e Deivid

É um jogo de tripla. Claramente. Não existe favoritismo de nenhuma das equipas, nem mesmo pelo facto do FCP jogar em casa. Este FCP ainda não ganhou um único jogo contra os grandes rivais e o Sporting já deu boa conta de si este ano no Dragão e na Luz. O carácter dos jogadores vai ser decisivo.

segunda-feira, março 20

300 minutos depois...

É verdade! Contando com períodos de compensação, o Benfica esteve perto de 300 minutos sem marcar um golo. E isso aconteceu por não ter atacado, ter sido incapaz de chegar à área do adversário ou ter adoptado estratégias demasiado defensivas? Não. Nesses longos minutos (que muito depressa passaram...), o Benfica beneficiou de muitos cantos, desenhou dezenas de ataques, chutou inúmeras vezes à baliza - acertou no guarda-redes, na trave, nos defesas, rematou por cima, ao lado, com força, devagar - , enfim, fez tudo o que normalmente é necessário para ganhar os jogos sem problemas. E, nesse intervalo, o que fizeram os adversários? A Naval quase não passou do meio-campo; o V. Guimarães pouco chegou à área do Benfica e marcou um golo com a ajuda da mão; o Rio Ave defendeu, voltou a defender e não obrigou o Moretto a fazer, que me lembre, uma única defesa. E o que lhes aconteceu? Os da Figueira da Foz, depois de o árbitro ignorar um 'penalty' imenso sobre o Léo, empataram. Os vimaranenses prosseguiram na Taça. Os de Vila do Conde contaram com o auxílio do guarda-redes do Benfica para ter um canto e enfiaram a bola na baliza. Só não ganharam porque o árbitro não considerou golo. E, depois, tiveram o que mereciam: perderam o jogo com o golo de Mantorras. Finalmente! Ao fim de 300 minutos. Quando muitos de nós, benfiquistas, já desesperávamos, não querendo acreditar no prolongamento do pesadelo que começou uma semana antes.
O Benfica, neste momento, é a antítese do Sporting. Os adversários sabem que o podem deixar atacar, chutar à baliza, ganhar cantos, que a bola, em princípio não entra. Já o Sporting só tem de preocupar-se em defender. Paulo Bento certamente dirá aos jogadores: "Defendam bem. Não sofram golos, que de certeza marcamos um". E assim é. Seja com a mão do Costinha, o calcanhar do Tonel ou o pé do Caneira de fora da área. É que nem sequer é o Liedson a marcar! Quando será que isto acaba? Confesso que já estou à espera há demasiado tempo!
P.S. - Estão desejosos que fale do caso do Rio Ave-Benfica, não é? Não sei se lhes faça a vontade. Está bem, concedo-lhes esta: quem viu pela TV não pode afirmar peremptoriamente que a bola não saiu, mas é essa a ideia que fica...

Rir é o melhor remédio

O Benfica acabou de empatar com o Rio Ave em Vila do Conde por 1-0. Marcou primeiro o Rio Ave, aos 84 minutos. O Benfica empatou já nos descontos, por Mantorras. Com este empate o Benfica conquistou 3 pontos, que lhe permitem manter-se na luta pelo título.

Excelente análise do
jcd ao jogo de ontem :)

domingo, março 19

Quem pára este Sporting?

Mais uma excelente demonstração de força do Sporting. Frente a um adversário complicado e com um árbitro "cego", a equipa de Paulo Bento foi superior e venceu de forma justa, ainda que o golo tenha resultado de um lance de sorte.
Atitude e disciplina táctica voltaram a estar na base da oitava vitória consecutiva para o campeonato. A defesa está praticamente intransponível e até Tello esteve brilhante no lugar de Caneira.
Moutinho e Liedson estão num momento de forma extraordinária e nem o "massacre" que os leirienses lhes dispensaram hoje, parece afectar o rendimento destes dois jogadores. Impressionante o "fechar de olhos" de Bruno Paixão perante alguns lances de clara agressão! Um exemplo: Já no período de descontos, Moutinho levou uma "tareia" junto à bandeirola de canto. Jaime usou os braços, enquanto Maciel pontapeou vergonhosamente Moutinho. Decisão do árbitro? Lançamento lateral para o Leiria, pois claro!
Além disso, ficou um penalty claro por marcar, após "defesa" com os braços de Fábio Felício. No entanto, a acção de Bruno Paixão não foi suficiente para evitar a derrota dos leirienses e o Sporting continua na luta pelo título, obrigando Pinto da Costa a refazer as contas. Não são cinco mas apenas dois os pontos que separam Porto e Sporting.

sábado, março 18

Forte não, Fortíssimo

O FCP venceu o Paços de Ferreira com três golos sem resposta e, sem fazer uma exibição do outro mundo, mostrou desde o primeiro minuto quem sairia do Dragão vencedor. A equipa azul e branca está muito forte, está confiante e está cada vez mais sintonizada. O esquema táctico já se encontra assimilado pela equipa e isso reflecte-se nas exibições e nos resultados. Pessoalmente agrada-me esta postura ofensiva e a dinâmica do esquema, a equipa ataca bem e defende ainda melhor. É verdade que no princípio torci o nariz e contestei, mas neste momento só tenho mesmo é que aplaudir o trabalho de Adriaanse e reconhecer o bom trabalho desenvolvido.

Analisando individualmente:
Baia (5) - Foi mais um espectador.
Bosingwa (6) - Esteve num daquele dias bons. Concentrado e excelente a defender.
P. Emanuel (7) - Substituiu Pepe no centro da defesa e cumpriu perante um adversário que tentou usar 2 avançados como forma de contrariar o esquema portista, mas em vão. Ainda arranjou maneira de assistir Benni para o 1-0.
Cech (6) - Seguro a defender e sempre com vontade de dar uma ajuda no ataque o eslovaco mostrou que quer o lugar da esquerda para ele.
P. Assunção (6) - O costume. É ele quem equilibra defensivamente a equipa.
R. Meireles (7) - À semelhança do seu parceiro de meio campo começam a faltar as palavras para descrever a sua espantosa regularidade e elevada qualidade exibicional.
Lucho (7) - Aplica-se o mesmo raciocínio. O argentino ainda assistiu o seu compatriota para o 3-0.
Quaresma (7) - Faz tudo bem. Durante a primeira parte foi o grande dinamizador da equipa. Esteve muito perto de assistir para golo e também perto de marcar. É uma peça muito importante neste FCP e talvez seja o melhor jogador a actuar em Portugal.
Andersson (7) - Estreia a titular no campeonato e com uma assistência para golo. Esteve bem durante os 90 minutos, cumprindo com as funções ofensivas e fechando bem quando a equipa não tinha a bola. Tem apenas 17 anos, convém lembrar, é o jogador mais jovem desta nossa liga e adivinha-se um grande futuro. Nota-se que gosta de actuar em zonas mais centrais, mas neste esquema táctico terá de o fazer a partir de um dos flancos.
McCarthy (7) - Tem vindo a subir de forma a olhos vistos. Depois de ter bizado na Madeira, hoje marcou mais um golo ao serviço do FCP. Neste momento conta com 99 golos como profissional de futebol, algo me diz que o 100º será marcado já na 4ª feira.
Adriano (7) - Entende-se bem com McCarthy, isso nota-se na forma inteligente com que ocupam os espaços, não se atrapalhando. Marcou o seu 4º golo e está a trabalhar para se manter no plantel portista da próxima época.

Ainda jogaram Lisandro Lopez que fez o 3º golo, Ivanildo e Hugo Almeida. Se compreendo as substituições de Quaresma e McCarthy, já me custa um pouco a compreender porque é que não se refrescou o meio campo e se deu uns minutos a Ibson. Tenho pena de não ver mais vezes este rapaz no campo.

Uma nota à parte. A defesa azul e branca, desde o início do campeonato, tem vindo a ser criticada e constantemente apontada como o sector mais fraco da equipa. Contudo, após 27 jornadas é a defesa menos batida com 14 golos. A 7 jornadas do fim o principal adversário neste campeonato dos golos sofrido o Braga é o principal adversário, o que têm os dois principais rivais a dizer sobre isto?

A responsabilidade de uma minoria

Os momentos decisivos para o futuro do Sporting serão vividos ao longo das próximas semanas, muito mais do que na reunião magna que hoje teve lugar.

A assembleia geral dos leões culminou, a meu ver, com o pior resultado possível. Não porque a proposta de Filipe Soares Franco tenha sido rejeitada, mas pela escassa margem que levou a tal desfecho.

Era minha convicção que, para a saúde do emblema verde e branco, este acto deveria afirmar uma vontade firme, em qualquer dos sentidos. Assim, as soluções ficam reféns de uma clara minoria, enquanto a significativa maioria queda órfã de orientação.

Desta típica expressão de democracia irónica resulta um conjunto de incógnitas mas, sobretudo, um capital de responsabilidade que terá de ser assumido por quem “venceu”.

Cabe agora a todos aqueles que pugnaram contra a proposta do futuro ex-presidente encontrar alternativas de gestão e financiamento, cabe agora a esses, finalmente, a produção de ideias.

Nunca tomei aqui posição sobre a alienação do património em causa mas sou obrigado a constatar um facto: era a única proposta, o único projecto em cima da mesa.

Os que reclamam os votos que permitiram estes resultados estão obrigados a definir alternativas, sendo claro que, depois do sucedido, não poderão propor, em caso algum, a alienação de qualquer património imobiliário a curto/médio prazo. Isto sem esquecer que terão convencer os 64 por cento de correligionários que pensam de forma diferente.

Em causa está a necessidade de resolver os problema financeiros do clube, mas também o assegurar da manutenção da relação com os parceiros financeiros – que asseguram a sobrevivência da entidade -, os mesmos que exigiram a venda de património.

Para todos aqueles – muitos são frequentadores habituais deste blog – que nada mais faziam que criticar e exigir a saída dos actuais dirigentes, acabou-se o tempo da demagogia e tem início o da acção.

O vosso clube está nas vossas mãos e, em poucas semanas, o mundo vai ficar a saber qual o caminho que pretendem trilhar.

PS – Numa altura em que o sucesso estava próximo, não vejo como o processo a desencadear nos dias que se seguem possa ser inofensivo para as aspirações da equipa de futebol leonina.

Pouco ou nada? Nada.

Adalto, jogador do Vitória de Setúbal, está lesionado, na sequência de uma entrada dura de Ricardo Quaresma. Já não é a primeira vez (nem a segunda, nem a terceira) que o extremo portista nos "delicia" com pontapés nos adversários. E como mais uma vez ficou impune, vai continuar a receita que, em Portugal, parece exclusiva de Petit.

Longe de querer defender algumas das entradas do médio "encarnado", parece-me que, nestes casos, a Direcção do SLB pouco ou nada tem feito para proteger os seus jogadores. Quando o FCP apresentou queixa pela entrada de Petit sobre Targino, a minha reacção foi de concordância com a atitude dos "portistas". Se quem deve, não cumpre a lei (Comissão Disciplinar), faz todo o sentido que quem se sente prejudicado, utilize uma "arma" legal para fazer valer os seus intentos e direitos - retirando daí vantagens desportivas evidentes.

Por isso não entendo a apatia de quem manda no SLB. Não percebo como se perdem oportunidades para enfraquecer o adversário. O que fica para a "história", depois de mais uma semana desportiva, é o "teatro" do Petit. De Quaresma, ninguém fala.

Nem se trata de vingança, como fiz questão de explicar anteriormente. Trata-se de zelar pelos interesses dos clubes. Petit foi alvo de uma tentativa de lesão, na Amadora, lance que ficou sem punição. Que fez a Direcção do SLB? Nada.

Soares Franco derrotado à tangente.

A proposta do presidente do SCP, Filipe Soares Franco (FSF), foi chumbada, já que reuniu "apenas" 64,54% dos votos. Ou seja, não atingiu a meta dos dois terços, necessária para a proposta ser aprovada. O "não" recebeu 35,46%.

Conclusões imediatas:

- FSF demitir-se-á brevemente.
- Serão marcadas novas eleições, o mais brevemente possível.

O mais importante é garantir que a natural instabilidade directiva não influencie o rendimento da equipa de futebol. O resultado deve ter deixado FSF bastante frustrado mas, espera-se, só lhe resta cumprir com o que prometeu.

O futuro do SCP começa a discutir-se agora.

sexta-feira, março 17

O primeiro título de Paulo Bento

O Sporting está hoje na corrida aos 2 principais títulos do futebol em Portugal, podendo imitar a proeza de 2001-02. No entanto, mesmo que não consiga arrecadar nenhum dos troféus, Paulo Bento já conseguiu ganhar qualquer coisa.

A instabilidade exibicional da 1ª metade da época tem que ser considerada perfeitamente normal tendo em conta a revolução que se operou no grupo de trabalho. Nenhuma equipa consegue reagir sem alterações às perdas de vários elementos influentes - as referências do meio campo saíram, o sector defensivo sofreu igualmente a perda de jogadores importante. Pretender que o Sporting conseguisse pura e simplesmente não sentir a transformação, seria falta de sentido da realidade. O Sporting acusou muito a falta de vários jogadores e Peseiro ou qualquer outro treinador do Mundo, iria precisar de tempo para voltar a construir qualquer coisa. Não sobreviveu a uma série de maus resultados e ao evidente divórcio dos jogadores consigo. A responsabilidade da eliminação frente ao ridículo Halmstads dificilmente poderá ser imputada ao treinador.

Paulo Bento apanhou a equipa já com algum "tempo" acescido de maturação. Teve o mérito de unir os jogadores à sua volta, dando coesão à manta de retalhos que vinha jogando, transformando-a numa equipa de futebol. Beneficiou igualmente de contratações preciosas em Janeiro, sobretudo Caneira e Abel que permitem que o Sporting deixe de apresentar no seu 11 titular atletas medianos como Tello ou Garcia. O Sporting de Paulo Bento não realiza exibições portentosas, longe disso. A única terá sido na Luz, porventura mais devido a outros factores como atitude e motivação do que propriamente com procedimentos de jogo sedimentados que não existem. Apesar de não jogar um futebol dominador, o Sporting ganha. Porquê? Porque joga em colectivo, com uma união e disponibilidade dos jogadores bastante boa.

Paulo Bento tem esse título já ganho. Conseguiu ganhar uma equipa. Mesmo que os outros títulos não apareçam.

quinta-feira, março 16

Meias finais da Taça de Portugal.

FCP-SCP
Setúbal-Guimarães


Aceitam-se apostas.

Taça de Portugal

A surpresa aconteceu na Luz. Sobre as incidências do Benfica-Guimarães já se falou o suficiente, ficando para a história a passagem dos minhotos às meias-finais.

Foi também com alguma surpresa que o Setúbal eliminou o Boavista. Os axadrezados apareciam em melhor forma para este jogo mas foram os sadinos a ganhar, graças aos emprestados Varela e Carlitos. João Pinto marcou e foi expulso, falando-se ainda em agressões no túnel de acesso após o final da partida. À semelhança do Boavista-Sporting da época passada, o delegado ao jogo dos axadrezados foi protagonista nos incidentes. Carlos Brito voltou a demonstrar que não sabe perder!

Em Coimbra, o Sporting venceu solidamente por 2-0, confirmando o bom momento da equipa. Mesmo sem algumas peças importantes, os leões passaram um teste complicado com Moutinho e Liedson em grande estilo e dois golos de belo efeito. Vitória sem espinhas do Sporting, facto admitido pelo próprio Nelo Vingada.

Na Madeira, o Porto ultrapassou o Marítimo, mesmo depois da expulsão de Pepe no início da segunda parte. McCarthy apontou dois golos simples e foi a figura do jogo. Lucílio Baptista também se destacou, mas pela negativa.

O sorteio das meias finais realiza-se hoje, pelas 16h. Os jogos serão disputados já na próxima Quarta-feira. Se não for pedir muito, queria um Sporting-Setúbal e um Guimarães-Porto!

Dinâmica

Peço antecipadamente desculpa por não me poder juntar à animada discussão provocada pelos posts anteriores, mas não me é possível tecer qualquer comentário à eliminação do Benfica, uma vez que, acabado de chegar de Coimbra, não tive possibilidades de ver qualquer imagem da partida frente ao Guimarães.

Também não vos quero maçar com a minha visão sobre o jogo do Sporting - quem quiser saber a minha opinião pode "clicar" aqui.

Não posso, contudo, deixar de expressar a minha admiração por um atleta de características invulgares, que, hoje (ontem), foi o principal responsável pela vitória dos leões.

Não há, no futebol português - à excepção de Petit, cujas características diversas não permitem uma comparação directa -, nenhum jogador que consiga imprimir tanta intensidade a um jogo, durante 90 minutos, como João Moutinho.

Já muitos - entre os quais me conto, penitência pela falta de originalidade incluída - aplicaram ao jovem leão a habitual frase feita - "não sabe jogar mal" - mas, neste caso, não se trata de uma generalização fútil.

Este miúdo tímido e franzino tem utilidade garantida, graças à enorme disponibilidade física e mental que emprega na tentativa de desempenhar qualquer tarefa de que o colectivo necessite, mas é capaz de aliar ao imenso trabalho os detalhes de génio próprios dos eleitos. Se, quando estes não aparecem, a apreciação dos seus desempenhos é, ainda assim, positiva - ao contrário dos "craques" que vivem e morrem com a inspiração -, não se furta a protagonizar os desequilíbrios que decidem partidas. A segunda é uma qualidade rara, como quem, há poucas horas, tenha passado pelo Estádio Cidade de Coimbra, poderá certificar, mas é a primeira que o torna extraordinário.

Dizia um seu ex-treinador que não sabia se alguém nascia para jogar à bola mas, que se tais seres existiam, João Moutinho era, certamente, um deles. A título de explicação, o mesmo técnico acrescentava que, no futebol, muitos são aqueles capazes de recuperar muitas bolas, mas pelos dedos de uma mão se contam os que, depois de as recuperar, as entregam, sistematicamente, em progressão, de forma objectiva, inteligente e eficaz. Esta é, enfim, a definição da expressão que melhor define a concepção moderna deste jogo: DINÂMICA.

No desporto, como na vida, ver as coisas antes delas acontecerem - não me refiro a nenhuma capacidade paranormal, mas sim à inteligência - é uma enorme vantagem sobre a concorrência.

O povo português pode não ser bafejado pela sorte com grande frequência mas, num país pequeno, com poucos habitantes, não deixa de ser extraordinário que tantos e tão especiais talentos continuem a surgir. Graças a Deus...

JEAN-PAUL LARES

Guimarães, a "besta", derrota SLB, na Luz (0-1)

Começo por pedir desculpa ao Borges mas não podia escrever este texto nos comentários.

Se foi a única maneira de aliviar o calendário, a derrota frente ao Guimarães, é um mal menor. Apesar de estar em disputa um trofeu (não negligenciável), o SLB "escusa" de disputar um jogo a meio da semana, entre dois jogos para o campeonato, muito provavelmente, contra o SCP ou FCP.

Ronald Koeman terá agora, obrigatoriamente, que alterar o discurso "derrotista", bem defendido com as "três frentes". Eu nem devia referir-me ao holandês e, aliás, é a última vez que o faço. A equipa esteve desequilibrada durante longos períodos do jogo mas nem foi isso que me indignou. Koeman foi extremamente cínico e hipócrita ao lançar Mantorras num jogo em que a equipa corria desordenada atrás do "prejuízo". Apostou no atleta (e activo) com os índices de motivação a roçarem o "zero" e, no fundo, foi egoísta, porque o objectivo foi, única e exclusivamente, justificar a sua opção em não contar com Mantorras. Um nojo de atitude. O angolano merece mais.

O Guimarães venceu, com um golo irregular. Limitou-se (quase exclusivamente) a cortar jogadas em falta e contou, obviamente, com a inspiração do homem do apito (as culpas não são imputáveis ao clube minhoto, obviamente) e a transpiração de todos os jogadores, em especial, do guarda-redes. O anti-jogo dos vimaranenses foi uma arma para a vitória mas, parece-me, o Guimarães, enquanto jogou taco-a-taco (20 minutos), desenvolveu bom futebol e controlou as "operações". Mas depois viram-se em vantagem...

Os jogadores do SLB entregaram-se e lutaram até ao fim. Não conseguiram mas deixaram-me bem mais animado do que em algumas vitórias. Luisão mostrou na “flash”, todo o seu carácter. O brasileiro sabe que o discurso sobre os árbitros apenas prejudica os jogadores e apontou as “baterias” para a luta. E se assim for, os benfiquistas podem dormir descansados.

Fora das quatro linhas, o espectáculo foi deprimente. Nem preciso explicar porquê.

quarta-feira, março 15

E vão duas... numa semana

Depois de (quase) dizer adeus à luta pelo título, o Benfica foi esta noite afastado da Taça de Portugal pela dupla Guimarães/Jorge Sousa.
Diga-se em abono da verdade que esta dupla mostrou um entrosamento fora do normal. Ambos traziam a lição bem estudada para tentar afastar o conjunto da Luz, e conseguiram-no na sua plenitude. Se o Guimarães fez pouco para ganhar, Jorge Sousa foi o elemento chave da turma minhota para tamanha façanha. Qual D. Afonso Henriques, Jorge Sousa irrompeu por Lisboa e derrotou estoicamente os "mouros".
Enumerando alguns golpes, e para não me tornar fastidioso, por exemplo: 12' Flávio Meireles nas barbas do árbitro piou, por trás o calcanhar de Beto - lance para vermelho directo (à imagem do de Petit Sobre Targino). Resultado? falta, e a muito custo, cartão amarelo para o jogador do Guimarães. Golo do Vitória: Flávio Meireles assistiu Dário com o cotovelo, e talvez uma gota de suor tenha entrado no olho do árbitro e/ou do seu auxiliar. Resultado? lance irregular passível de 2º amarelo ao jogador do vitória, que... deu golo. Sucessão de mãos na bola de Paíto e de Flávio Meireles, que sempre foram deixadas passar em claro. O anti-jogo dos jogadores do Guimarães desde o 1º minuto, e apenas foi mostrado o amarelo a Nilson já muito perto do fim. Etc. Etc. Etc.
Deixo já aqui também a minha visão sobre a expulsão do Cléber (muito tardia por sinal). De facto Petit fez teatro. Mas o árbitro expulsou o jogador do Vitória pela cotovelada que ele deu no peito do jogador do Benfica, e não na cara. Sim, que se ele se tivesse deixado levar pelo teatro, deveria ter mostrado o vermelho directo.
Por último, e por ser uma questão de justiça, quero realçar a ENORME, exibição de Nilson, que com um punhado de excelentes defesas e vários minutos de anti.jogo, ajudou Jorge Sousa e o Guimarães a conseguirem os seus objectivos.
Mal, muito mal Vitor Pontes no flash interview, com o desplante de se queixar da arbitragem.
Péssimo o banco do Benfica, no constante tirar satisfações com o banco adversário. Desde Ronald Koeman, a Veiga, passando por Bruins Slot.
Para o ano há mais... se nos deixarem.

Dias da Cunha

Dias da Cunha "continua" a ser o meu presidente:

- O negócio de venda pura e dura reduz os juros ao banco, mas o negócio feito da maneira que eu defendo também reduz no mesmo montante os juros ao banco. Se for bem feito, o Sporting tem de suportar o "yield", mas fica com as receitas como contrapartida.

- Sempre se soube que, para atingir a plena pujança, esta área comercial (Alvaláxia) depende da construção do empreendimento localizado na zona do antigo estádio. (...) a MDC – o proprietário dos terrenos do antigo estádio, onde nascerá uma cidade – a partilhar a gestão do Alvaláxia. Eles são um grupo especializado na gestão de centros comerciais e a contrapartida desse acordo é a garantia de que na cidade a construir não haverá concorrência para Alvalade

- Sei que no Sporting há uma corrente muito forte que pretende que o clube fique reduzido ao futebol. Não sei se é maioritária ou não, mas existe. Acham que a única modalidade que traz dinheiro é o futebol e, como tal, partilhar com outras modalidades as receitas geradas pelo futebol não faz sentido nenhum. Mas há, também, uma outra parte dos sportinguistas que está "agarrada" à história do Sporting, aos valores dos fundadores, ao eclectismo e ao património moral resultante da prática dessas modalidades, que deram ao Sporting um conjunto de títulos de campeão com o qual, na Europa, só o Barcelona rivaliza. Estamos em presença de duas opiniões dificilmente conciliáveis. Não é nenhum iluminado que pode dizer que vai fazer de uma determinada maneira.

clap clap clap

Conspiração. Maquinação. Ambição. Imaginação?

- Então sempre vais convocar a assembleia geral?
- Tem de ser. Sem aprovação, não posso vender.
- E depois candidatas-te? Olha que não foi isso que disseste ao velho...
- Pode ser que já se tenha esquecido.
- E se não for aprovado?
- Tem de ser. Se forem lá só os que costumam ir, está no papo. O pior é se os gajos conseguem mobilizar muita gente.
- Vais marcá-la para a nave ou para o pavilhão antigo?
- Já não temos nada disso. Mas já arranjei o sítio ideal. Ou aparecem só os nossos, e ganhamos, ou não há lugar para todos, e adiamos.
- Fizeste mesmo bem. Aquilo estava difícil. Já viste se tivesse havido assembleia?!? E que vamos fazer agora?
- Para já, temos de ganhar algum tempo, para aí umas três semanas. Vou ter de fazer umas sessões de esclarecimento, publicar umas coisas no 'site', enfim, assustá-los a valer.
- Não te esqueças das claques. Olha que são fundamentais.
- As sessões não estão a ser suficientes. Temos de fazer algo mais. O velho parece que acordou. E já viste esta sondagem? Estamos tramados...
- Tenho de trazer os nossos grandes rivais à liça...
- Mas que têm eles que ver com isto?
- Nada. Mas só assim conseguirei unir os nossos.
- Mas vais ter de aturar o presidente dos gajos. Mal fales neles, arrebitas-lhe logo as orelhas!
- É essa a ideia. Vais ver que resulta.
- Tinhas razão. Genial. O velho é que não se cala. Mas já temos aqui uma sondagem melhor. Não chegamos aos dois terços, mas nas eleições ganharias à vontade. Se calhar, é melhor candidatares-te mesmo perdendo a assembleia.
- Quem sabe?!?

terça-feira, março 14

Bettencourt

A entrevista de Bettencourt hoje ao Jogo só pode mudar a minha opinião em relação a algumas coisas. Se um ex-gestor do Sporting diz que não sabe se o Sporting tem ou não competência, isto é, capacidade e “know-how”, para gerir algumas áreas que estão fora do que é a exploração normal da sua actividade, quem sou eu para achar o contrário. Talvez não haja... aliás, vê-se que não há mesmo.

JEB diz ainda que nem ganhando 5 Champions, o Sporting conseguirá exercer uma eventual opção de recompra do património. Mais claro não podia ser. E se por acaso, para além de não se ganhar Champions nenhuma, não se conseguir sequer o apuramento para a Champions durante 5 anos? Não ficará o Clube numa situação parecida com actual, só que sem património? Mas lá está, o património actualmente é gerido sem competência, isto é, capacidade e "know-how", pelo que apenas acresce aos prejuizos e nunca será fonte de proveito.

Sendo assim, venda-se.

P.S. Este ano o Sporting gastou 9 milhões de euros em contratações. Curiosamente as melhores contratações - Caneira, Abel e Tonel - não entram nas contas desses 9 milhões. Será que algum clube alguma vez terá know-how e competência suficiente para tomar boas decisões em matéria de futebol? Não será o risco inerente a esta actividade superior ao risco em actividades comerciais ou imobiliárias? Não coloco em causa que a alienação seja por demais obrigatória face aos compromissos assumidos. Mas algures no passado talvez tivesse sido possível evitar que se chegasse a este ponto.

Parami, não.

"Descobriu-se tudo. Afinal a razão do urgente pedido de audiência (feito por fax e no próprio dia) para a misteriosa reunião entre o sr. Pinto da Costa e o "patrão" dos árbitros da Liga, o ético Guilherme, a poucas horas de ser conhecido o nome do árbitro do Benfica-FC Porto, não foi, como fizeram constar os escribas do costume, apresentar uma queixa contra o árbitro Paulo Paraty (e o ex-auxiliar Devesa), mas impedir que a nomeação do árbitro para o jogo da Luz recaísse sobre o dito cujo Paraty.

Era, pelo menos, o que lhe dissera umas horas antes um estranho e aziago personagem que dá pelo nome de Paulo Teixeira. Segundo as minhas fontes, foi o presidente ou ex-presidente da Câmara de Entre-os-Rios quem garantiu a PC que Guilherme ia apostar em Paraty. Parami, não, terá dito, sabe-se lá porquê, o experimentado presidente, que umas horas depois estava diante desse ex-especialista em tirar bolinhas do saco dos sorteios que é o sr. Guilherme, que se preparava para anunciar "urbi et orbi" o nome do árbitro. Que outra explicação haveria para o jurado silêncio dos protagonistas do incidente?"

Rui Cartaxana, no Record.

Falta pouco ou falta muito?

Depois da derrota do Braga, no Restelo, a luta pelo primeiro lugar tem apenas dois "pesos pesados": SCP (55 pontos) e FCP (57 pontos).

A luta pelo terceiro lugar, que dá acesso à Liga dos Campeões (LC), mas pela "porta pequena", promete muito, com o SLB (50 pontos) a ter que encarar "o boi pelos cornos", caso não queira ficar arredado da prova máxima do futebol europeu entre clubes. Braga (48 pontos) e Boavista (45 pontos) não devem deixar escapar, pelo menos, a UEFA que, no caso dos "encarnados", seria um fraco consolo.

O FCP será o próximo campeão nacional - É a minha ideia. O FCP tem ganho com relativa tranquilidade. Quaresma continua a ser fundamental mas outros, como Meireles, Benny, Pepe ou Lucho, serão suficientes para desbravar o caminho que os levará à conquista do título. A equipa de Co Adriaanse parece mais confiante, menos exposta - há quanto tempo Adriaanse não diz um "disparate"? - e a estrutura "azul e branca" apresenta uma firmeza a fazer lembrar a de outros tempos.

O SCP é o grande adversário do FCP - Muitos sportinguistas andam desconfiados com a produção da sua equipa. É compreensível, apesar dos resultados bestialmente animadores. A equipa de Paulo Bento - está quase a convencer-me - mostra-se aguerrida, adulta e vai somando vitórias em catadupa. O futebol apresentado não é muito agradável - abusa do pontapé para a frente - mas a verdade é que, mesmo com algumas baixas, os "leões" têm conseguido manter a regularidade das vitórias. Exibições como a da Luz, nem vê-las, mas também não é preciso. Os reforços de Inverno são isso mesmo: reforços. Depois do jogo contra o Boavista desfalcado, é já na próxima jornada, em Leiria, que o SCP mostrará as suas verdadeiras "garras".

SLB com a vida complicada - Não é desânimo - bom, até é... -, mas o SLB está numa situação que pode ganhar contornos dantescos, se não se arrepiar caminho. A desilusão é muita, entre as hostes "encarnadas", mas ainda falta muito campeonato para disputar. E não me refiro ao número de jogos. Falo, essencialmente, da difícil tarefa que Koeman tem pela frente, ao ter que motivar um plantel descrente (na luta pelo título), mas que tem que lutar, até ao fim da prova, por um lugar na LC. Os jogadores "encarnados" não podem deixar-se "embalar" pelo Barça e esquecerem-se dos jogos com o Braga, Rio Ave, entre outros. Porque se não ganharmos a estes, para o ano, não há mais "Barças".

segunda-feira, março 13

Naval "desliga" SLB europeu.

Frustração. O SLB empatou em casa com a Naval (0-0) e disse, na minha opinião, "adeus" ao título. Depois dos primeiros 45 minutos com baixo rendimento, os "encarnados " fizeram tudo para vencerem o jogo. Alguns lances falhados, como os de Anderson e Marcel, ficam para a história deste campeonato, como uns dos mais patéticos.

O SLB está a 5 pontos do SCP e a sete do FCP. Matematicamente ainda é possível mas, quem acreditar, acenda uma velinha por mim, por favor.

Pelo que vi do resumo do jogo, e até pelo que disse o treinador da Naval, só por azar o SLB não somou mais três pontos. Azar? Também. No lance de Léo fico com a certeza que, depois de falhada a missão "acaba com os gajos na Reboleira", o homem do apito esteve em campo com pouca competência. Um pénalti escandaloso. Não falo de vitória possível porque não sei se a bola entrava. Mas pela via das dúvidas, o Xistra também não quis saber.

Posto isto, considero que o SLB foi cirurgicamente prejudicado. E isso, só não vê quem não quiser. Mas nem tudo é mau. Os benfiquistas podem divertir-se com mais dois jogos na LC, e ainda há a Taça de Portugal. Além disso, podem dormir descansados porque, nos últimos dois meses, a APAF, os árbitros, o Guilherme, deixaram de ser um bando de "corruptos".

domingo, março 12

7ª vitória consecutiva!

O Sporting passou mais um teste difícil e continua a morder os calcanhares ao FC Porto. Aliás, foi mesmo de calcanhar que os leões resolveram a partida, com Tonel a concluir com estilo um centro/remate de Liedson.
Sem ser brilhante, este Sporting está bastante consistente e coeso, disputando todos os jogos como se de finais se tratassem. Defensivamente, a equipa melhorou bastante com a chegada de Abel e Caneira. Além disso, Polga e Custódio têm subido o seu rendimento. Tonel é que não tem oscilações. Não só é imperial a liderar o quarteto defensivo, como marca presença decisiva no ataque, em situações de bola parada.
Outra boa aposta foi a colocação de Sá Pinto no meio-campo. É ali que é mais útil à equipa. A raça e determinação do capitão são preciosas na luta pela posse de bola na intermediária. A exibição de Sá Pinto foi muito boa e apenas fica manchada pelo falhanço no penalty. Aliás, este tem sido um problema do Sporting nesta época. Foi o 4º penalty desperdiçado em 2005/2006, se bem que apenas o de Liedson frente ao Amadora teve consequências no resultado final.
Quanto ao Boavista, apareceu debilitado em Alvalade, mas voltou a mostrar que é um adversário bastante incómodo. Cissé fez uma bela exibição a central mas só acabou o jogo porque o árbitro foi amigo. Incrível como Elmano Santos não expulsou o senegalês! Aliás, não fosse o assistente, não haveria penalty nem falta naquele lance em que o imparável Liedson se isolou e foi travado por Cissé.

Notas (0 a 5): Ricardo (3); Abel (3), Tonel (4), Polga (4) e Caneira (3); Custódio (3); Moutinho (4), Sá Pinto (4), Carlos Martins (3); Liedson (4) e Koke (2). Jogaram ainda: Nani (2), Tello (1) e Hugo (-).

sábado, março 11

Tu queres ver que finalmente encarrilaram?

Afastado no meu retiro transmontano e inspirado pela preocupação do Miguel, finalmente encontrei tempo e vontade para voltar aos posts.

Ontem vi um FCP muito seguro de si, com uma exibição consistente e tacticamente coordenado. Apesar de praticamente não se ter jogado à bola durante a primeira meia hora de jogo, foi sempre o FCP que assumiu o controlo do jogo e o domínio dos espaços. O sistema táctico 3-3-4 já se encontra interiorizado pela equipa e isso transparece bastante no terreno de jogo. Muitas vezes vemos o Paulo Assunção a recuar para o lado de Pepe, transformando o sistema num 4-2-4, mas ontem não. O camisola 18 jogou no meio campo e isso libertou Raul Meireles e Lucho e garantiu consistência no centro do terreno.

Depois destas duas últimas exibições só posso congratular Co Adriaanse por ter recuperado de forma tão positiva a equipa após o jogo da luz. Ontem só fiquei com pena de não ter visto mais um pouco do puto Anderson nos minutos finais.

Individualmente:

Baia (6) - Não teve trabalho praticamente nenhum, mas mesmo assim ainda se atrapalhou em alguns momentos. Contudo não comprometeu.

Bosingwa (5) - É um jogador pouco inteligente, sempre foi e sempre será. Falha passes atrás de passes, cruza torto quando não tem pressão, faz disparates que não lembram ao diabo. Creio que tem um problema sério de concentração.

Pepe (7) - É tudo dele. Sozinho limpa a zona central da defesa com uma classe que muitos não lhe adivinhavam e que ainda muitos fazem questão de não ver. Adriaanse transformou este jovem defesa num central de grande qualidade.

P. Emanuel (6) - Já não estranha tanto o lugar como no inicio, se bem que se nota claramente que não é ali que ele gosta de jogar. Ontem até apoiou o ataque, indo à linha tirar um cruzamento que quase deu em golo. Psicologicamente é uma peça importante na equipa, mantendo o pessoal em ordem.

Paulo Assunção (6) - Desde que agarrou a titularidade ainda não vi o brasileiro fazer um jogo menos bom. Sabe onde é que deve estar e tem a calma suficiente para levar a equipa para a frente.

Raul Meireles (8) - Foi o melhor ontem. Além de ter marcado o canto para o golo ainda foi lá ele carimbar a vitória. Está em grande forma e está em todo o lado. A jogar com 4 avançados abrem-se muitos espaços para quem vem de trás. Não me admiro que ele ainda marque mais 2 ou 3 golitos até ao final do campeonato.

Lucho (7) - Tem muita classe este rapaz. Ontem foi o cérebro da equipa, fez aberturas brilhantes e pensou o jogo todo da equipa. Quase marcou numa defesa espectacular de Rubinho.

Lisandro (4) - Está em baixo de forma. Ontem praticamente não se viu.

Quaresma (6) - Esteve bem marcado o jogo quase todo. Só se esqueceram dele quando levou a bola de uma ponta do campo à outra e cruzou para golo.

Adriano (6) - Marcou o golo que furou a muralha defensiva do Vitória e pouco mais.

McCarthy (5) - Esteve activo, vindo muitas vezes atrás buscar jogo, mas foi um pouco inconsequente. Parecia que o golo frente ao Nacional o tinha animado, mas ontem voltou a falhar isolado. Podia ter feito bastante melhor.

Ainda jogaram Cech, que entrou muito bem no jogo e mostrou que é opção para o lado esquerdo no meio campo e Hugo Almeida que enviou uma bola ao poste após outro excelente canto de Meireles.

Agora faltam 8 jogos para o final do campeonato e o FCP lidera com 5 pontos de vantagem. É verdade que os adversários mais directos ainda têm 9 partidas para disputar, mas também têm a pressão com eles.

Alguém pára o FC Porto?

Paços de Ferreira (c), Académica (f), Gil Vicente (c), Sporting (f), Leiria (c), Penafiel (f), Guimarães (c), Boavista (f). Eis o que falta ao FC Porto. Quando muito se fala do calendário favorável que o Sporting tem até ao fim, não pode deixar de se constatar que o do Porto é igualmente fácil.

Enquanto há vida há esperança, mas o Sporting tem cada vez tem menos margem de manobra. A começar já hoje. Tudo aponta para que a vitória frente ao Porto seja uma "obrigação" e muitos sportinguistas já a dão como certa. Convinhamos que esse jogo será tudo menos favas contadas. Então se o Porto jogar ao nível de ontem ou da semana passada...

E já agora, atendendo ao que resta, só uma ponta final de campeonato verdadeiramente espantosa pode levar o Benfica ao título. Pessoalmente já não acredito num Benfica campeão. Mas eu sou faccioso.

sexta-feira, março 10

Os amigos são para as ocasiões

Numa altura em que se aproxima inexoravelmente a assembleia geral decisiva para o futuro do Sporting, Filipe Soares Franco recebe consecutivos apoios dos mais variados quadrantes da sociedade.

Depois de José Roquette, Miguel Galvão Teles, Miguel Ribeiro Telles, José Eduardo Bettencourt ou Diogo Vaz Guedes, agora foi a vez de Luís Filipe Vieira, presidente do maior rival, dar um enorme impulso ao projecto do actual líder leonino.

Resta apenas saber se Alvalade prepara um agradecimento oficial...

O pateta está eufórico!

«Quando o Sporting, e mais concretamente Filipe Soares Franco, tiver problemas em fazer uma Assembleia Geral, o Benfica tem um ou dois pavilhões com capacidade para os cinco mil associados do clube. E de certeza que não iria gastar dinheiro, pois o Benfica está disponível para os ceder»

Luís Filipe Vieira, 10-03-2005

O melhor do Mundo vai à Luz

Pior era impossível

Benfica - Barcelona!
Eis o resultado do sorteio dos quartos de final da Champions League.
Este era um adversário a evitar, não só foi o que saíu, e ainda jogamos primeiro em casa.
Mais uma grande noite na Luz.
Lá vamos nós ter que deixar novamente a Europa do futebol de boca aberta. :)
Os outros jogos:
Arsenal - Juventus
Lyon - Milan
Inter/Ajax - Villareal
Vamos a eles.

quinta-feira, março 9

Mas o que é isto?

Qualquer coisa anda a falhar nos escalões de formação em Alvalade. Depois de Cristiano Ronaldo desejar a vitória do Benfica, foi agora a vez de Moutinho dizer "Fiquei muito feliz pelo Benfica". Vai ainda mais longe "Tenho de dar os parabéns ao Benfica pela grande exibição e por terem conseguido passar a eliminatória". Um rebate dos tempos em que era benfiquista... Valha-nos o Liedson para manter a honra do convento. Isto anda impossível...

Vá lá que também apareceram boas notícias:
- sábado não vou faltar ao jogo contra o Boavista. Um compromisso adiado e afinal sempre posso ir a Alvalade ver o Sporting assumir a liderança da Liga.
- Rogério de Brito defende a renovação de Abel e Polga! Haja alguém que percebe de futebol naquela SAD. Já agora, o Caneira é muito complicado?

Para ver melhor.



Dois golos lindos. O primeiro, visto de trás é fantástico. O segundo, tanto faz. É fantástico de todos os ângulos.

Dois golos que ajudaram a mais um encaixe financeiro importantíssimo, nos cofres do clube da Luz. São já 15 milhões de Euros.

Amanhã há sorteio. Quem é o melhor adversário para engrossar ainda mais as receitas do SLB?

SLB, ou mais uma noite cheia de glória.

Foi uma noite fantástica e memorável. Uma vitória incontestável. Dois golos simplesmente fantásticos. Anfield Road "recolheu aos balneários" a cantar "Benfica" e, julgo, mesmo os nossos adversários se "vergaram" perante o sucesso "encarnado".

O jogo foi bom, emotivo. O Liverpool começou melhor, fazendo o que lhe competia. Um erro de Nuno Gomes quase "empurrava" os "Reds" para o primeiro golo mas Anderson evitou que a bola rematada por um adversário encontrasse outra direcção que não a do poste. O SLB fazia o que tinha que fazer. Defender, aguentar a pressão, jogar com a equipa curta, mas subida.
O verdadeiro sufoco nunca se fez sentir, apesar da oportunidade de Crouch, a única verdadeiramente clara.

A partir dos 25', o jogo começou a ficar mais equilibrado, muito por culpa da solidez defensiva dos "encarnados" que, agora, lançava perigosos contra-ataques. Geovanni esteve muito activo e tentou sempre roubar bolas aos defensores do Liverpool. Simão imitou o brasileiro neste capítulo e isolou-o para o golo, mas o lance foi, erradamente, anulado pelo fiscal de linha. Era o sinal.

SLB ameaça e marca.
Pouco depois, Geovanni recebe a bola de Nuno Gomes e remata à barra. A baliza tremeu e Simão, na recarga, quase marcava. Mais uns minutos e chegou o golo. Simão, "à la Simão", mandou uma verdadeira "bomba". A ironia quase poética deste golo traçou o destino do jogo.

Na segunda parte,
o Liverpool voltou empenhado mas a pressão só durou pouco mais do que 10 minutos. Os "encarnados" controlavam o jogo, desenhando alguns lances perigosos, em contra-ataque. Nuno Gomes ainda se isolou mas o fiscal de linha lá levantou a bandeira. Mal.

Nos últimos 15 minutos só deu SLB. Nuno Gomes falhou o passe que isolava Léo mas, pouco tempo depois, Beto remata, desmarcado por Simão, e a bola encontra Miccoli que, brilhantemente, faz o segundo. Mi-Mi-Miccoli.

Foi mais uma página gloriosa, num estádio mítico, com um ambiente único.

SLB, um a um:
Moretto - Falhou dois cruzamentos, que me lembre. E a sua actuação só não foi brilhante por isso.
Léo - Impressionante. Garra, qualidade de passe, antecipação, velocidade, defensivamente perfeito e, subidas que desequilibraram. Isto tudo com 1,60m.(?).
Luisão - Os primeiros vinte minutos mostraram-nos um Luisão algo inseguro. Mas, a partir daí, arrancou para (mais) uma exibição de classe. Cortou dezenas de bola.
Anderson - Durante 90'+3 não falhou uma única vez. E ainda fez alguns cortes fantásticos, especialmente durante os primeiros 25' de jogo. Esteve francamente bem.
Alcides - O mais fraco do sector defensivo. O Liverpool não atacou muito pela esquerda e Alcides teve tempo e oportunidade para descontrair. Jogou bem, é certo, mas houve situações de perdas de bola pouco compreensíveis.
Beto - O melhor jogo do brasileiro. Simples, prático, eficaz. Perdeu algumas bolas mas, para quem tinha pela frente as "estrelas" do Liverpool, fez o seu papel com acerto. Ainda teve tempo (e pulmão) para subir e rematar. É dele a assistência para o segundo golo do SLB.
Manuel Fernandes - Gostei bastante. Deu muita luta no meio campo, nunca desistiu dos lances e perdeu, parece, definitivamente, a displicência na altura de passar a bola aos colegas.
Robert - Teve alguns bons passes. É claramente um jogador de poucas corridas mas, em certas alturas do jogo, foi precisamente essa a sua melhor arma.
Simão - Excelente. Na luta defensiva, na procura constante de espaços na frente. O golo é uma obra de arte, só ao alcance de alguns. Combinou bem com Robert, Geovanni, Léo e Gomes. Estará de volta o nosso melhor jogador?
Geovanni - Enfim, há situações que não se compreendem. Geovanni tem que jogar a ponta de lança. Pressiona bem os defesas, qualquer bola ganha se transforma num drible em direcção à baliza adversária. O lance em que remata à barra revela uma qualidade inata num ponta de lança: repentismo no remate. Esteve fantástico e terá sido, na minha opinião, o melhor dos "encarnados".
Nuno Gomes - Não foi muito feliz em Anfield Road. Se estivesse nos seus dias teria marcado ou dado a marcar. Viu um "amarelo" injusto e esteve sempre esforçado.
Karagounis - O grego parece mesmo talhado para entrar a meio dos jogos e não de início. Só assim pode fazer diferença a sua força e capacidade de segurar a bola. A experiência que tem é muito importante: mal tocou na bola, levou-a para a linha final, para ganhar um canto. O futebol do SLB ficou mais ""trabalhado" e trouxe o toque de calma que a equipa precisava.
Ricardo Rocha - Entrou, cumpriu na esquerda um papel que conhece bem. Ajudou a defender o chuveirinho inglês.
Miccoli - Deu outra velocidade ao ataque e acabou com o jogo, com um grande golo. Entrou bem e parece totalmente recuperado.

Koeman afinal não colocou três trincos. Arriscou e fez bem. Não quis apenas defender e deu à equipa a estrutura ideal para poder ter a ilusão de marcar golos. Na Europa, o holandês tem dado cartas.

As últimas três vitórias do SLB, na Liga dos Campeões, só podem encher de alegria e orgulho os adeptos "encarnados". Dois "gigantes" que foram derrubados, um deles o actual campeão europeu.

Na sexta feira não tenho preferências para o sorteio. Não acreditava que chegássemos tão longe e, por isso, não quero meter-me com o que aí vem.

Os "heróis" desta caminhada:

BENFICA - Moretto; Alcides, Luisão, Anderson e Léo; Beto e Manuel Fernandes; Robert, Nuno Gomes e SImão; Geovanni.
Suplentes: Quim, Nélson, Ricardo Rocha, Karagounis, Karyaka, Miccoli e Marcel
Treinador: Ronald Koeman

Adenda: Petit merecia ter vivido por "dentro", esta vitória.