sexta-feira, abril 29

A história do dia amarelo que se tornou uma bela noite azul

Oh Campeão, tu estás no meu coração, sigo-te até à morte, TU ÉS A MINHA PAIXÃO!!!!

Não haverá outra maneira de começar. São estes jogos, são estas exibições, são estas reviravoltas que explicam o porquê do futebol ser o fenómeno que é. Primeiro toma-se partido - apoiado às vezes em sabe-se lá o quê - depois abraça-se a escolha que nos faz ir ao estádio ou ficar colados à TV praticamente em transe, seguindo a bola ou os movimentos das equipas com um pescoço que parece uma mola. Depois, dependendo de cada um, se gesticula, se grita, se berra, se assobia, se canta. Maneiras de apoiar, portanto.


Cantar não é propriamente a que mais escolho. Mas se há dia que sabe bem acordar com alguma música na cabeça, esse dia é hoje. Hoje há cantoria, muita cantoria e muito sorriso rasgado sempre que ecoar, seja por que meio for, o nome do nosso orgulho. E que orgulho é nunca desistir para poder berrar 30 vezes 'TOMA' como no minuto 89 de Manchester. Para não conter as lágrimas como no prolongamento de Sevilha. Ou para poder ficar com o sorriso reguila de garoto enquanto se esmaga a Lazio por 4-1. Ontem foi mais uma dessas noites.

Mas felizmente estava preparado, porque foi dia de recordar. Não sei bem porquê a vontade de reviver a era dourada de 2004 tomou conta de mim, e a 'análise' a um Porto-Manchester de há 7 anos preparou-me para as eventualidades de mais um jogo épico no Dragão. Revivi e lembrei como foi, e no meio do prazer que é 'voltar lá' percebi novamente como era um Dragão apoiado na fé.

Quem também estava preparada era a equipa. A desvantagem, essa malandra que aparece sempre para colocar suspense aos grandes duelos, esteve presente novamente. Mas onde ela está, tem que estar a preserverança e a confiança para alterar cenários. Esse é o grande trunfo do futebol (e da vida) e é também o grande trunfo deste Porto. Sabe o que quer, sabe como chegar lá e as agruras que possam surgir não são mais que testes. É desta 'massa' que são feitos os campeões.

Por isso se tornaram peanuts as diabruras de Nilmar e o futebol de 'truque de FIFA' que o submarino trouxe ao Dragão. A parte amarela do jogo viveu de 8 jogadores do Villareal defendendo a zona da sua grande área para depois, muitas das vezes a um toque, lançar as correrias da bicicleta (e que bicicleta, ufa). O Porto não se adaptava ao minimalismo e cada perda de bola ia evidenciando, cada vez mais, a presença da malvada desvantagem que chegou bem perto do cair da noite.

Mas com escuridão os sumarinos alimentados a energia solar não funcionam. O golo foi mau conselheiro para Juan Garrido e para a sua equipa. Abdicou-se do tal truque e não se contou com um Dragão espicaçado pela sua competência ainda não ter aparecido, e tornou-se o 'momento bom' do Porto infinitamente superior ao 'momento' do Villareal. A equipa que era vista como o mais sério adversário do Porto esta época, a que provocava dúvidas, caiu também (com estrondo) aos pés do Dragão que se proclama, com enorme diferença, a melhor equipa da competição.

Mas de nada vale ostentar esse estatuto sem a Taça na mão. E como estas peculiares competições são muitas das vezes ganhas por momentos e não por regularidades, até vitórias épicas podem ser mortais. Para as tornar eternas, convém esquecê-las em detrimento das próximas duas (2.ª mão e final) para depois lembrá-las as vezes que forem precisas.

P.S. André Villas-Boas esteve bem ao não reconhecer um pior período do Porto no jogo de ontem. Convém não esquecer que se o Porto chegar à final, ela será portuguesa e qualquer sinal de fraqueza será aproveitado. Convém sim, lembrar que o momento que correu melhor ao Villareal foi castigado com 5 golos. Essa é a mensagem que tem de passar.

quinta-feira, abril 28

F-5... Submarino ao fundo!

Às vezes não percebo bem o AVB e bem sei que, depois de um resultado histórico destes, é uma forma estranha de começar este post. Não percebo a titularidade do Rodriguez e não percebo como é que defende na flash interview o desempenho da equipa na 1ª parte, dizendo que a única coisa que se alterou foi a finalização... porra... a finalização e o resto... quantos remates vez o Villareal na 2ª parte?

Posto isto, que grande vitória!!! 5-1??? 5??? Muito, muito bom. Todos os portistas esperavam um resultado positivo, mas não acredito que se esperasse tanto. Na 2ª parte houve jogadores que roçaram a perfeição, destaco o Falcão pelo poker e o Guarin, pelo grande trabalho que vez na dinamização do jogo ofensivo (tudo mudou quando ao intervalo ABV recua Moutinho e sobe Guarin), fazendo o passe que dá o penalty, marcando o 2º golo e ainda assistindo para o 4-1. Simplesmente brilhantes estes colombianos.

A final está mesmo ali e não acredito que possa acontecer alguma coisa que impeça a presença deste grupo que está a fazer uma temporada de sonho. Que orgulho, que bom que é viver este FCP.

Hulk ou Falcao?




Há uns tempos, alguns membros aqui do Sector discutiam quem seria "melhor", Hulk ou Falcao. A minha opinião mantém-se: Falcao, Falcao, Falcao. Mesmo sendo um jogador de um rival, é o meu jogador preferido a actuar em Portugal. Hoje vi a segunda parte do Porto-Villareal e, mais uma vez, o colombiano encheu-me as medidas. Que jogador!

Um Pepe nada le(g)al

Ao contrário do que diz, e possa ainda mais dizer, Mourinho, o Real Madrid pode, e deve, queixar-se de si próprio para ter já perdido o acesso à Final de Wembley. Desde a 'antiestratégia' que aplicou, ao castigo pela linha ténue entre agressividade e violência - no qual Pepe foi o máximo expoente nos 3 últimos jogos - se explica mais uma derrota de Mourinho frente ao Barcelona.

A todos os Jesualdos e Jesuses que mudam eu os critiquei e um nome bem mais sonante, e consensual, se junta esta quarta-feira a eles. Mourinho tem uma equipa para enfrentar todas as equipas espanholas da Liga BBVA, tem a mesma para enfrentar todas as equipas espanholas que também lhe possam calhar na Taça do Rei e junta-lhe, ainda, o mesmo modelo para jogar contra todas as equipas da Champions. Perdão... todas, menos uma.

E não é preciso dizer qual é. É aquela que reduz o saber futebolístico do português à espera de uma transição para marcar um golo ou de um erro do árbitro para se 'desculpar' com a derrota. Derrota essa que estará sempre iminente, enquanto o seu Real Madrid não for como os corajosos Chelsea e Inter que orientou. Sim, essas duas equipas já se sobrepuseram aos catalães sem alterar a sua identidade. E este Real Madrid de destruição massiva, a roçar, muitas das vezes, um futebol de lavradores deve dar pena a qualquer adepto do futebol.

Invenção para aqui, invenção para além e segundo o próprio, que lê Albert, grandes doses de 'determinação'. Ah Mourinho que desapontamento! O técnico que me levou a chegar à conclusão que me faz hoje criticá-lo. Que ironia.

E se é um futebol legítimo - como são todos - também se torna, para mim, legítimo criticá-lo. E como já dizia alguém do Barça: 'quem brinca com o fogo, queima-se'. E Pepe andou 3 jogos a brincar com o fogo, até se ter incendiado e queimado toda a estratégia do seu técnico.

E que fina ironia será também ser o técnico que se 'gabava' (que outra palavra escolher?) das suas equipas jogarem em qualquer campo com a identidade vencedora que as caracterizava para depois, no seu próprio estádio, ceder à lusa tentação de se encolher e esperar por um erro, forçando-o ao bom modo espartano.

O Barça é a equipa que mais vezes ganha a Mourinho, porque é a equipa que faz Mourinho, mais vezes, mudar de identidade. Ainda me lembro do saudoso Porto, que hoje Mou referiu, ficar reduzido a 10 jogadores para depois o seu técnico, cheio de orgulho, garantir: 'Jogar com 10 não nos assusta porque é só menos um jogador. Não há grande diferença nisso.'

E se hoje já há diferença é porque toda, ou pelo menos grande parte, da sua estratégia assenta em 'caceteiros' como Pepe. Essa é a diferença, José. Pois Pepe não foi leal para ti nem legal para o Barça.

Ainda vais a tempo de mudar. Sem pressão, em Camp Nou, faz o que sempre apregoaste e eu cá estarei para dar a mão à palmatória.

terça-feira, abril 26

O Batman e o Joker na Gotham City do futebol

A 'Champions' fora de campo já tem vencedor. Guardiola rendeu-se e entregou 'a bicicleta' a José Mourinho. O português continua a cultivar o estilo que o acompanhou desde que saiu do... Barça, para se tornar treinador principal, e que tão bons resultados lhe tem dado. Será mesmo assim? Teria de ser mesmo assim? Não faço ideia se Mourinho ganharia sem 'provocar', mas o que é certo é que há quem o faça e esse é Guardiola. Não mereceria ele a tal 'Champions' fora de campo?

Sempre assim foi e sempre será. Em 'equipa' que ganha não se mexe e José Mourinho continua fiel ao seu estilo. É, como Guardiola bem o afirma, o 'maior' dentro da sala de imprensa. Manipula, induz e provoca até deixar efeito. Conseguiu colocar toda a Espanha a falar dos árbitros, inclusive alguém que tão pouco fala deles. Guardiola não resistiu e os media 'puxaram para título'. E com isso Mourinho conseguiu o que tanto o fez batalhar (e batalhar, e batalhar).

Mas em 'vantagem' e 'jogando no seu campo' seria de esperar melhor por parte de José Mourinho. O 'terreno' que o português usa frequentemente para cavar, ou neste caso esbater, diferenças trouxe-lhe desta feita uma derrota assinalável. Sim José, os mind games não são mais que 'peanuts' para um Superclássico com estas características e Guardiola sabe-o bem.

Pena para José os golos não valerem na 'rueda de prensa', pois aí seria campeão incontestável como, muitas vezes o é, dentro de campo. Não houvesse um Barcelona deste calibre e não haveria sequer alguém que lhe fizesse sombra. Mas há, porque se o Homem-Aranha tem o Dr. Octopus, se o Capitão América tem o Caveira Vermelha e se até a Maggie dos Simpsons tem a bebé da 'monocelha', José Mourinho tem o Barcelona à pega.

A luta está para durar e coloca frente a frente as antíteses perfeitas. Tudo o que Mourinho defende e faz parece ser exactamente o contrário que o Barcelona tem defendido desde 2006. Mourinho é um camaleão do futebol. Tem vários estilos de jogo, passou por vários clubes e países. O Barça defende uma só identidade futebolística e com Pep é dentro de campo, essencialmente, que a demonstra. Com estes dois (Mourinho e Barça) as velhas discussões do futebol estarão sempre presentes: quem é o melhor, o que joga melhor? o que ganha? dá para ganhar mais vezes jogando 'bonito'? ser tremendamente eficaz é a maior garantia? E agora até na importância dos mind-games se desencontram.

Não terei dúvidas em afirmar que a luta entre estes dois 'estilos' trará muitos argumentos para os apoiantes das duas lógicas. Para já, parece evidente que as duas são (bem) válidas. O que será também de assinalar é a luta de um homem contra um clube e uma estrutura. E algo que seria inglório para qualquer um, só não o é porque falamos do melhor treinador da História do futebol. Mas até aqui a discussão não pára. Qual o mais importante? treinador ou estrutura?

Sei que as respostas certas andarão bem perto do 'misto entre os dois'. Mas é ou não é apaixonante este duelo?

P.S. Iniesta não joga a 1.ª mão no Bernabéu.

segunda-feira, abril 25

à beira de uma guerra civil

O futebol português poderá estar na iminência de uma guerra civil.
Esta foi mais uma das muitas acções de guerrilha que certamente reforçarão o sentimento de impunidade que reina no mundo do futebol.

Começou com bocas, depois empurrões, a seguir pancadaria, agora é com pedras e bolas de golf, e a continuar assim não vai demorar muito tempo a ser com balas, e por ai adiante...

Continuem a fazer vista grossa...

Moutinho vestiu a camisola.

É publicada hoje n'O Jogo uma entrevista de João Moutinho, que, além de muita coisa, diz isto.
De facto há coisas que não necessidade. Uma picardia desnecessária e estúpida, porque o que o treinador do Benfica disse não foi de forma alguma para "picar" adversários.

Quando os jogadores entram naquele clube levam um banho cerebral que os faz disparar em todas as direcções e contra tudo o que se mexe, seja ou não uma ameaça.
Só estão bem em guerra.
Chega a ser parolo.

Mas é este tipo de afirmações que empolga os adeptos.

Admiram-se depois que ganhem, ganhem e continuem a ganhar e não tenham o respeito que tantas vitórias deveriam merecer. Nisto também se vê a pequenez das pessoas.


quinta-feira, abril 21

Carlos Xistra o emplastro de mais uma vitória Azul

Nem seria um clássico, com Carlos Xistra a apitar, se não houvesse 'pano para mangas' na discussão pós jogo. Apesar de haver uma equipa claramente superior à outra, serão novamente os casos a terem a preponderância na análise final ao jogo. E podem queixar-se os benfiquistas do critério do covilhanense, isto porque os erros do mesmo beneficiaram primeiramente a equipa que deu a volta ao texto.

É uma discussão antiga e que terá muito a ver com o 'sexo dos anjos'. Muitos seguidores do futebol português dão completa primazia ao futebol que as equipas praticam como principal indicador de competência. Outros dão completa primazia aos erros de uma equipa que deveria ser alheia a cores e pressões. No meio disto tudo há quem puxe a brasa à sua sardinha contornando critérios e erros com a sua definição de intencionalidade.

Se me perguntarem se concordo com o critério que Carlos Xistra aplicou durante o 5.º clássico entre Benfica e Porto, obviamente responderei que não. Pois nunca poderei concordar com um indivíduo que 'entra' num jogo de futebol para se poder proteger a ele próprio e não para proteger a validade arbitral do mesmo. Foi bem evidente durante todo o jogo que Carlos Xistra não iria expulsar ninguém das duas equipas.

Têm os benfiquistas razões de queixa porque Rodríguez deveria ser expulso. E podem também - certamente irão fazê-lo - ficar indignados com o que vou escrever a seguir, mas é por demais evidente que este tipo de critério 'aparece' no jogo tendo como base os outros 4 que as equipas disputaram. Será mentira que houve uma análise das outras partidas para definir o critério para esta? E quem beneficiaria desse critério se tivermos em conta os outros jogos?

Com Rodriguez - no lance chave do jogo - Xistra manteve esse critério até ao limite. Neste jogo poderia haver agressões, ofensas e entradas a matar que o cartão vermelho ficaria no bolso. O critério, é evidente, prejudicou um Benfica demasiado frágil para segurar uma vantagem de dois golos frente a uma equipa imensamente melhor no jogo. Mas Carlos Xistra fica, com muita pena dos amantes do futebol, ligado ao resultado do jogo.

Escolhi a 'não expulsão' de Rodríguez como momento mais determinante da 'actuação' de Carlos Xistra porque todos os outros erros são compreensíveis. Expliquem-me como pode o liner aperceber-se do momento do passe para o golo de Hulk (0-2), tendo à sua frente um exército de jogadores? Expliquem-me como não poderia o árbitro, à Luz de tudo o que surge antes e depois dos clássicos, não marcar o penálti da 'praxe' a favor do Benfica? E, depois, a 'não expulsão' de Carlos Martins confirma a teoria de um critério que esqueceu a cor vermelha.

Se podem vir à Luz todas as teorias sobre o equilíbrio da partida supostamente oferecido pelo Xistrema, porque será descabido pensar que um critério demasiadamente largo beneficiaria a equipa que 'mais pau deu' durante os últimos quatro jogos? Teorias da conspiração somente, até porque estamos a falar de incompetência pura para apitar.

O Benfica foi, primeiramente, prejudicado e os erros poderão ter contribuído imensamente para que os encarnados não viajem até ao Jamor. É um facto e não há como branqueá-lo. Mas é um facto, também, que foram eliminados por uma equipa muito superior.

E voltamos à discussão acima...

A mim, como sabem, satisfaz-me bastante ver um Porto que prova mais uma vez que é bastante superior à equipa que 'fala mas não faz'. O regresso ao passado do Benfica foi mais uma vez confirmado na Luz com o upgrade táctico e mental azul e branco de 2011. E desculpem o parágrafo puramente pessoal, mas dou imenso valor a ter um Porto superior futebolísticamente ao seu meior rival e mesmo que isso não confirmasse a ida ao 'Estádio de Oeiras' eu ficaria contente na mesma.

quarta-feira, abril 20

Nem foi muito difícil

Um FCP que ainda deu uma parte de avanço, provavelmente para não se cansar muito, mostrou que o resultado estava ao seu alcance e afastou de forma superior o SLB da Taça de Portugal.

Na segunda parte o Porto mostrou a diferença gritante que existe entre as equipa e bastou acelerar para conseguir, facilmente, uma vantagem de três golos. Não há dúvidas em relação à justiça do resultado, ao mérito da presença na final e à categoria deste grupo que veste de azul e branco. Vejam quanto passes seguidos deu o FCP com a bola, vejam a mentalidade, comparem a qualidade dos processos de jogo. É nos jogadores, treinador e postura competitiva que está a explicação para este resultado.

Parabéns Porto e vamos ao Jamor buscar o caneco!!!

Factos!

O Porto é melhor!
O Benfica não tem andamento para o Porto!
O Xistra impediu o Benfica de estar no Jamor!

Nãoposso dar os parabéns aos meus amigos portistas, desta maneira.

Que se lixe a Taça? Espero que não!

Depois da derrota no Dragão o Porto tem hoje, provavelmente, o desafio mais complicado da época. Não basta ganhar, temos que ganhar pelo menos por 2 e o adversário não luta só pela dignidade, luta também por um título e isso, às vezes, faz toda a diferença. Quando temos equipas que são compostas na sua maioria por estrangeiros, que podem viver mais ou menos o jogo, mas que não vivem o clube, pode ser complicado motivá-los para um jogo onde não há um troféu para ganhar e que não conta para o Curriculum. Estou convencido, que em termos de atitude, o comportamento da equipa do Benfica será muito diferente.

Do lado do FCP temos uma equipa com a moral em alta, vinda de uma série fantástica de bons resultados, o último dos quais em casa contra o Sporting, e que já venceu este Benfica três vezes nesta época. A equipa do Porto tem razões para respirar confiança e acreditar na reviravolta.

Mesmo sabendo que é um jogo muito difícil tenho a sensação que hoje a coisa é capaz de correr bem! Vamos ganhar a 3ª Taça seguida? Vamos fazer a dobradinha? Vamos ao Triplet? Porque não? Hoje ainda dá para isto tudo.

sexta-feira, abril 15

Sim! Este é (mesmo) o nosso Destino

E já lá vão 8 anos desde que alguém, em Castelo Branco, 'lutava' para ver o FC Porto jogar e desbravar mais uma página de glória do futebol portista e luso. Na altura, pouco mais de um ano antes, 'aterrou' na Invicta um senhor bem especial que fez rebentar as costuras da estrutura azul e branca. E de repente era possível. Era possível ler a crónica de A BOLA que informava da derrota contra o 'Pana' nas Antas e simplesmente acreditar. O quão lindo é isso? É, também simplesmente, meio caminho andado para a vitória.

Acreditar! Esse belo sentimento - no top dos mais belos - que só se consegue quando há demasiada certeza. E para a ter muitas das vezes é como descobrir a pólvora e recitar o que toda a gente já sabe. Mas não foi assim em 2003. Alguém, antes de todo o portista que chorou com o golo de Derlei no prolongamento de Sevilha, já acreditava. Sim, esse mesmo, que hoje diz que o Porto é forte de mais para a Liga Europa.

E que razão tem ele! Afinal, mais do que ninguém, sabe sentir quando algo especial está no lugar certo e desta vez, ao contrário de 2003 e 2004, alguém está no SEU lugar.

Obviamente nem é preciso dizer o nome. Ele vibra como um adepto, ele conhece a estrutura azul e as fissuras adversárias como ninguém. Estudou-as, em grande parte, como um de nós, mas o 'football lunatic' tem algo mais. Tem uma maneira própria de ver as coisas - uma ideologia, se quisermos - mas pinta cada palavra, gesto e atitude de azul e branco. E não gostar disso torna-se impossível para qualquer portista.

E sim, o Porto 'normal', que se acomodou dentro das costuras depois do sucesso, jogava em 4-3-3 como este joga. Chegou a jogar à 'la Rijkaard e Paulo Futre' em 3-4-3. Essa era a linha de quem o poderia manter na rota do sucesso caseiro que é - mais uma vez - o normal entre os Dragões. Sim, esse normal que muitos sonhariam ter. O 'anormal' é pintar de azul e branco a Europa. É ultrapassar o Sevilha como se calou a arrogância francesa do Lens, é derreter o gelo russo como se 'remontou' a desvantagem num inferno grego.

E cá está de novo. 8 anos volvidos e está cá de novo. Graças à precocidade de uma equipa demasiado adulta para a sua idade, graças ao controle de jogo absolutamente imperial em qualquer campo. E muito lutou André para isso. Hoje o Porto é a equipa que ele apregoou e numa competição pintada de vermelho e verde há que puxar dos galões e traçar-lhe o destino. Falta desbotar o submarino amarelo como quem atropelou o azul celeste de Roma para depois chorar de alegria em Dublin. Sim, esse é o nosso destino.

P.S. Parabéns também ao Braga e ao Benfica pela excelente 'anormalidade' que são estas meias-finais. Simplesmente excelente!

Liga "Ibérica"

As três equipas portuguesas confirmaram o seu favoritismo nos quartos-de-final da Liga Europa e passaram às meias-finais, onde vão ter a companhia do Villareal. Estão todas de parabéns!

O F.C.Porto atropelou o Spartak de Moscovo e o Sp. Braga conseguiu manter o resultado a zero, conseguindo um feito histórico, pois é a primeira vez que a equipa Bracarense chega a esta fase de uma competição europeia (e é apenas o 5º clube português que o consegue, depois dos "3 grandes" e do Boavista).

O Benfica empatou a 2 na Holanda, mas durante uns bons 20 minutos eu e muitos benfiquistas sustivemos a respiração, pois o PSV estava apenas a 1 golo de virar a eliminatória, até que o Luisão conseguiu um golo espectacular que praticamente definiu a eliminatória. A vantagem de 2 golos dos holandeses era bastante injusta, pois nas 2 primeiras oportunidades que teve marcou, enquanto que o Benfica falhou as suas primeiras 2 oportunidades, com especial destaque para o falhanço de Saviola, isolado perante Isaksson.

O momento mais importante do jogo foi para mim a defesa fantástica de Roberto, quando o resultado estava em 2-0. Compensou o falhanço da 1ª mão completamente. Curiosamente outro mal amado da Luz, César Peixoto, foi dos melhores em campo e conseguiu até o penalti do 2-2, já na 2ª parte, convertido por Cardozo (continuo a não perceber porque é que continua a marcar penaltis, pois nos ultimos 2 anos tem uma eficácia de para aí 50%).

Péssima notícia é a lesão de Salvio, pois não só não temos mais ninguém para jogar naquela posição, como era um jogador em boa forma e importantíssimo para a manobra da equipa. Temos agora de tentar conquistar 3 troféus sem o argentino.

Algumas curiosidades estatísticas:
-Benfica consegue a sua 12º meia-final europeia (F.C.Porto a 6ª, o Sporting tem 3, Boavista e Braga 1)
-Foi apenas a 10ªvez que 3 equipas do mesmo país conseguem chegar às meias-finais de uma competição europeia na mesma época
-Portugal é apenas o 5º país que consegue o feito referido no ponto anterior (depois de Alemanha, Espanha, Itália e Inglaterra).

terça-feira, abril 12

Começar bem

Apesar de ser provavelmente o mais impopular recém-eleito presidente do Sporting, considero que GL teve duas primeiras boas semanas em Alvalade.
Primeiro, porque não teve qualquer receio em começar com o argumento que mais serviu para o acusar: De não ter sido claro no periodo que esteve no Sporting. Uma auditoria ao clube, convocando a oposição, para discutir os moldes em que essa operação deverá decorrer. Quem não deve, não teme, e acho que GL com esta medida calou muitas bocas.
Depois, o regresso de Izmailov e Caneira. Acho que já temos problemas de sobra, para ter que ainda criar outros na nossa própria casa. Ainda está por definir a utilidade desportiva destes dois jogadores para a próxima época. Mas que seja sempre assim. Que seja o aspecto desportivo e não o disciplinar como base da tomada de decisões no Sporting.
Por fim, o regresso dos treinos abertos aos sócios no Estádio principal do clube. Lembro-me de algumas excursões a Alvalade só para ver a equipa treinar. Ver a qualidade do novo reforço, as potencialidades do novo "puto" maravilha, etc...quem já esteve nestas romarias, sabe a importância de ver a equipa treinar em Alvalde.
E por coincidência ou talvez não, tivemos a nossa primeira(!?) vitória em Alvalade por mais de um golo de diferença e estivemos prestes a ganhar em Guimarães onde Porto e Benfica antes não tinham passado!!!

domingo, abril 10

Djaló não quer ser "varrido"

Depois de Duque ter "avisado" na corrida eleitoral que este plantel precisava de uma vassourada, parece que já há quem esteja a fazer pela vida. Yannick tem vindo a subir de produção e marcou 2 espectaculares golos. Juntando esses golos a 3 paradas "do outro mundo" de Rui Patrício - que até ouviu cânticos com o seu nome - fica explicada a vitória do Sporting.

sexta-feira, abril 8

Chapa 5

Após um fim de semana de emoções fortes, com muito festejo e muita moral, surgem os quartos de final da Liga Europa. O arranque do jogo deixou-me a pensar o pior... a equipa parecia desconcentrada e mole. Rapidamente o Spartak chegava à baliza e criava oportunidades reais de golo. Contudo, esta equipa está muitíssimo bem preparada e rapidamente se reencontrou, equilibrou o jogo e partiu para a vitória.

Apesar da vitória ser clara, parece-me que o resultado é ligeiramente exagerado. A superioridade portista, apesar de ter sido evidente, não creio que tenha reflexo no marcador... mas antes assim que ao contrário.

A passagem às meias é praticamente garantida, assim como é a do mais que provável adversário - Villarreal. Grandes jogos se antecipam para garantir um lugar na final.

Força Porto!!! Já só paramos em Dublin e é para trazer o caneco.

Uma nota final para Benfica e Braga que ao que parece se vão encontrar nas meias... grande jornada do futebol nacional!

segunda-feira, abril 4

Afinal fez-se foi Luz

Campeões na Luz! Um cenário que se foi desenhando assim que André Villas-Boas traçou as 'cinco vitórias' rumo ao título e que a maioria dos crentes portistas abraçou como causa maior, mas que muitos, incluindo eu, desconfiavam. Uma faca de dois gumes, confesso. Um por estar habituado a não entregar títulos de mão beijada, outro pelo respeito pela casa do rival como indicador de equipas azul e brancas demasiado capazes. E esta, da qual nem o último reduto da propaganda benfiquista consegue fugir, é bem capaz. E quem sabe, talvez quem usa indicadores cirúrgicos para encontrar a diferença dos últimos 20 anos possa usar este jogo para encontrar uma lógica bem mais válida.

Será inevitável a comparação entre uma época e a outra nesta passagem de testemunho. A mesma, já aqui debatida imensas vezes, traz-nos uma série de coincidências próprias da (fraquíssima) Liga Portuguesa e uma atracção inevitável entre duas equipas que reclamam o mesmo estatuto. Parece-me claro que esta disputa, a mais acesa que me lembro, foi ontem, em solo de regularidade, claramente dissipada. Este Porto é um campeão que nenhum benfiquista pode beliscar, sob pena de cair em terreno de estupidez.

Aliás, se alguém teria de o fazer seria a própria equipa encarnada, e ontem tinha a oportunidade de ouro para isso. Mas ela, alheada da realidade como bem AVB frisa, carregando até fazer ferida, não conhece, a fundo, o sentimento que faz os campeões. E por mais que doa, e eu sei que dói, este Benfica carregou com a cruz que os seus dirigentes, adeptos e treinador lhe colocaram às costas. Ontem era tempo de ser mais que um Benfica que se apoiava no factor casa para, e bem, fazer frente a qualquer Porto - mesmo os melhores 'Portos' passarão sempre por maus momentos na Catedral. Isso qualquer Benfica, destas décadas de 'penúria' o fez mas ontem era noite para dominar, para conservar estatuto.

E é aqui que se dá a passagem de testemunho. É que à cruz que falei, juntou-se um 'demóniozinho' que se alimentou das falhas benfiquistas para lhe conferir uma das maiores estocadas na história da rivalidade. Habituado a senti-la, a experiência de adepto ensinou-o a 'farejar' as fissuras benfiquistas como ninguém e foi só estar no sítio certo e à hora certa para mostrar um estudo que dura há quase tanto como os seus tenros 33 anos. Este título é dele, não tenham dúvidas, e antes da teoria rebuscada lembrem-se da hipocrisia que será darem-lhe os parabéns só quando ele não tiver uma gravata azul.

E foi sob as ordens de quem, não duvidem, a tinha toda estudada, que uma equipa entrou e dominou o segundo campo onde lhe sabe melhor ganhar. A prova de autoridade teria de ser dada e o Porto, assim (bem) habituado, não baqueou. E quem muitas vezes fala dos últimos 30 anos (pondo até em questão vários anos de real qualidade benfiquista, por ventura porque não os viveu) talvez devesse juntar aos argumentos, este estofo que, sabe-se lá porquê, aparece tanta vez equipado de azul e branco, à Dragão, À CAMPEÃO! Mas talvez o omita porque não sente o que é ter esta qualidade raríssima no futebol português e vê-la constantemente a ser defraudada, manchada e ignorada.

E ainda que compreenda, faz-me confusão que alguém queira a custo o que não é dele. Sempre me fez e sempre me há-de fazer uma real confusão que alguém reclame aquilo que não é capaz e exceptuando o sentimento bem legítimo de o querer, nada justifica a tentativa de atirar constantemente 6 milhões de pessoas ao único símbolo regular de futebol em Portugal. Não peço loas nem adorações, e compreendo que se 'puxe para título' a falha menor e a falha sem culpa. Não compreendo é que se acredite cegamente nas constantes manobras de diversão, a um ponto tão mísero. Seria tão idiota, como já aqui o referi, como acreditar que o Porto não ganhou o ano passado por 'túneis' ou afins.

E a diferença - outra que podem juntar à lista - é que a Norte não se acreditou nela. Usou-se para distrair os 'papalvos' - que por agora estão muito em voga - apenas e só para dar tranquilidade e tempo para se preparar uma época sem erros infantis. Uma época onde não se menosprezou o adversário e onde o estofo de campeão voltou em dose regular. Isso, desculpem caros benfiquistas, vocês actualmente não têm e é isso que garante campeonatos em catadupa. Mas o 'vício' é tanto que 'as primeiras jornadas' serão sempre as culpadas preferidas de alguns. Pena é serem tantos e que se perpetuem no tempo as suas falhas de lógica. Falhas quase tão grandes como a diferença de organização dos dois clubes e respectivas equipas.

E para desfecho nem a cereja no topo do bolo faltou. A metáfora perfeita oferecida pelos 'electricistas' da (des)organização encarnada. Há quem use estádios como quem faz zapping. Não lhe interessa, muda de canal! Nem que para isso tenham de colocar em perigo as mesmas pessoas que, pelos vistos, só lhes merecem atenção quando a Taça é encarnada. E nem isso que os definiria como a Direcção que tanto apregoam ser, deixou de mostrar a direcção que realmente são. Muita explicação para uma noite só. Mas mais haverá se houver alguém com a protecção de écran (negra de preferência) desactivada. Talvez aqui se deparem com umas poucas.

domingo, abril 3

FCP CAMPEÃO


Não há melhor forma de formalizar a vitória na liga, do que com uma vitória incontestável do terreno do principal adversário. Nem vale a pena entrar no discurso que o AVB teve na flash interview... não há forma mais peremptória de confirma a superioridade azul e branca... talvez só a pretensa goleada que alguns imaginaram :)

O FCP é um justo e claro vencedor deste jogo e desta liga.

CAMPEÕES, CAMPEÕES, NÓS SOMOS CAMPEÕES!!!!!

Benfica - Porto # 2

Ainda vamos a meio da 2ª parte, mas não vale a pena esperar pelo fim do jogo.
O Porto está melhor, desde o início, e muito provavelmente vai festejar hoje o título.
Neste jogo o Benfica está muito aquém do Porto. Não se percebe muito bem porque é que a equipa não se articula nestes jogos. Há jogadores que querem, mas o resto parece amarrado. O Benfica apenas chegou ao golo fruto de um penalty inexistente, senão, nem assim.
O Duarte Gomes está ao mesmo nível da equipa do Benfica, ou seja, mal.

O Benfica vai ter que estar muito melhor para continuar na Taça. A jogar assim, a vantagem de 2 golos pode não ser suficiente.

Aos portistas que de forma respeitosa, honesta e séria comentam neste blogue só tenho que dar os parabéns.

Espero que a PSP continue a controlar os desordeiros e a minimizar distúrbios.


sexta-feira, abril 1

Benfica - Porto

Estamos a 2 dias de mais um escaldante Benfica-Porto.
É um jogo que, em termos efectivos, conta pouco. Em jogo está apenas saber-se se o Porto é campeão na Luz ou se será na jornada seguinte. É consensual que o título está mais que entregue.

O Benfica não vai querer que o adversário e rival festeje no seu estádio. Confesso que não gostava de ver o Porto sagrar-se campeão na Luz, mas também não faço disso um cavalo de batalha, porque no actual contexto, o Benfica tem compromissos bem mais importantes este mês. Se pudesse, trocava uma vitória no domingo pela eliminação do PSV e por uma vitória na 2ª mão a meia final da Taça de Portugal. Mas é claro que quero que o Benfica ganhe sempre.
O Porto também tem 2 embates mais importantes que este - Spartak e 2ª mão da 1/2 final da Taça de Portugal.
A ver vamos se a razão impera sobre a emoção.

À parte disto, regista-se o clima de guerrilha entre os clubes, com comunicados despiciendos de ambos os lados. E que em nada servem para apaziguar ânimos exaltados.

Espero acima de tudo que as medidas de segurança sejam suficientes e adequadas para que não hajam problemas, antes, durante e depois do jogo.

Noticia de 1 de Abril!???

O Sporting chegou a acordo com o médio chinês do Schalke 04, Hao Junmin. A informação foi-nos confirmada pelo representante português do jogador, Luís Carvalho.O acordo será válido por duas épocas, mais uma de opção, e Carvalho esclareceu que os leões vão pagar 2,5 milhões de euros aos alemães, com quem o chinês tem contrato até 2013.

In Record 01.04.2011