terça-feira, janeiro 31

Eleições Sporting I - Património


Sem que muita gente se tenha apercebido e, para isso a brilhante vitória na Luz ajudou e muito, em Alvalade já se vive ambiente de eleições. Dias Ferreira e Filipe Soares Franco perfilam-se como os mais fortes candidatos a ocupar a presidência do Sporting. Ambos partilham convicções opostas sobre os mesmos temas, ambos têm deixado divididos os adeptos sportinguistas.
Paralelamente a isso, há tempos tivemos a oportunidade de ter uma discussão via e-mail sobre diferentes temas e a qual publicaremos aqui no blog.
Começaremos pelas questões levantadas pela venda do património. Vender, não vender ou vender apenas o necessário. Dois pontos de vista aqui....
Dizer que devemos livrar-nos de todo o património não afecto às finalidades do Sporting é redutor. As finalidades são meramente desportivas, mas em torno delas existem áreas de negócio específicas do Clube e que não devem ser alienadas.A FanLab, por exemplo, não é um equipamento desportivo, e todavia serão poucos ou nenhuns os que defendem que seja vendida. E porquê? Justamente porque opera numa área de negócio - a exploração da marca Sporting que é própria do Clube e tem um lugar na sua esfera de actividades.A minha posição sobre isto é pois muito simples: devemos livrar-nos do património afecto a áreas de negócio totalmente estranhas a um Clube desportivo. E isto implica distinções:
- O edifício do Visconde é o exemplo prototípico de uma área de negócio estranha ao Clube. É um edifício de serviços, não serve nenhuma finalidade específica do Sporting nem explora a sua marca. Admito que seja vendido, com uma ressalva: faria sentido que o piso ocupado pelos serviços do Sporting permanecesse nosso. Por uma questão de princípio (para não sermos inquilinos em nossa própria casa) e também porque a venda de tudo nos obrigaria a pagar uma renda certamente elevada.
- A Alvaláxia é um caso diferente. Parece evidente que não tem qualquer viabilidade enquanto espaço comercial apenas vocacionado para os dias de jogo (aliás, parecia evidente desde a primeira hora, e o estranho é que alguém tenha pensado o contrário). Nesse sentido, a solução da Alvaláxia será transformar-se num centro comercial como os outros, livrando-se da sua conotação clubista. No entanto, e sem conhecer os números, parece-me má ideia vender à pressa e em baixa. O desenvolvimento na área do antigo estádio (qualquer que ele seja; um dia se descobrirá) será certamente um boost à potencialidade do centro comercial, e permitiria uma negociação em condições mais favoráveis.
- O bingo é um caso especial. Tem profundas tradições no Clube, ao qual sempre esteve associado. O facto de ser "o bingo do Sporting" foi sempre uma marca distintiva, o que me leva a pensar que tem o seu lugar na esfera de actividades do Clube. O que acontece é que não pode ser tratado de acordo com a "lei do menor esforço", que é aquilo que faz FSF. O bingo passou de um lucro de 1,5 milhões de euros anuais para uma exploração deficitária. A solução do presidente é fechá-lo. A solução do bom senso seria reavaliá-lo, tentar perceber as causas de tão abrupto decréscimo de receitas e corrigi-las. Nem sequer parece muito difícil, dado que o declínio do bingo coincidiu com a sua mudança de instalações.
- A clínica CUF e o Holmes Place são casos de fronteira. Não tenho conhecimentos que me permitam concluir se a marca Sporting é ou não um elemento determinante na respectiva exploração comercial. Se não for, nãome repugna que sejam vendidos. Sobre a questão do património há que ter presente o seguinte: durante uma década a edificação destas infra-estruturas foi o holiest of holies do Projecto. Sempre que se apontava o desinvestimento desportivo, logo aparecia alguém a justificar-se com o esforço empreendido na construção civil, que não só nos daria equipamentos desportivos de primeiro plano como nos proporcionaria rendimentos imobiliários fundamentais para o crescimento e sustentação futuros do Clube.
Já se percebeu - como foi avisado em tempo - que isto era mentira. Os equipamentos desportivos que temos, são os que os nossos rivais têm; e o património imobiliário é uma manada de elefantes brancos deficitários.Significa isto, em linguagem prosaica, que o Sporting comprou um Porco inteiro e vai comer apenas os ossos, deixando para outros o lombo. Ou seja, metemos mãos a edificar património, endividámo-nos para isso, deixámos de fazer outros investimentos, e agora vamos vender com pequena mais-valia (se é que haverá alguma), para que no futuro outros, mais competentes, rentabilizem esses espaços.Os equipamentos cuja venda FSF propõe custaram 35 milhões de euros a construir (números de Rui Meireles em entrevista). Em cima disto terão sido pagos juros que não posso contabilizar. Se o valor da venda for aplicado na redução do passivo correspondente àqueles equipamentos, como é anunciado, que mais-valia será esta, que nos permitirá pensar em pavilhões e pistasde atletismo? Não brinquem (ainda mais) com a inteligência dos sportinguistas, por favor.

"um sportinguista preocupado"

"No que diz respeito à tua análise à possível alienação do património imobiliário, concordo, na generalidade, com o que é exposto sobre oVisconde de Alvalade, o Alvaláxia, o Bingo, a Clínica e o Holmes Place. Devo, contudo, fazer algumas ressalvas relativamente às conclusões: Penso que ninguém equaciona a venda do referido património sem consideráveis mais-valias, razão pela qual não se torna absurdo o esforço financeiro realizado para o edificar. Aí estará o cerne da questão, já que, caso seja possível um encaixe de capital significativo, o referido património poderá,por via indirecta, produzir parte dos efeitos pretendidos inicialmente. Ou seja, sendo a estrutura de gestão incapaz de gerar os proveitos um dia idealizados através da exploração das áreas construídas, a venda poderá ser a solução racional. Não posso ainda concordar com a ideia de que o Sporting possui estruturasdesportivas e património edificado equivalente ao dos rivais: o centro de estágio utilizado pelo FC Porto não lhe pertence e o usufruto bem pode estar dependente da vontade política de um futuro "ocupante" da CM de Gaia,enquanto a futura casa encarnada no Seixal deve ser a única no mundo acontar com três primeiras pedras, mas as outras teimam em não aparecer. Emúltimo lugar, é preciso não esquecer que ainda existem mais-valias porrealizar no âmbito do acordo de permuta de terrenos efectuado a quando da adesão à organização do Euro' 2004”


JEAN PAUL LARES

Simão....Prima-dona!?

Nem é querer lançar mais confusão para os lados da Luz, mas realmente alguém é capaz de não estranhar estas palavras proferidas no site oficial do capitão benfiquista!?

“O Benfica perdeu e bem. O Sporting esteve mais forte, mais unido e com exibições individuais bem apoiadas por todo o conjunto. No Benfica foi o contrário. Não houve o devido apoio a quem podia decidir o jogo...”

“pois que dizer perante tamanho descalabro?”“Pouco ou nada, a não ser procurar dentro do clube, do grupo de trabalho e de todos aqueles que directa ou indirectamente fazem parte da estrutura, as razões que levaram a uma alteração tão acentuada daquilo que foi a filosofia do campeão a época passada e o que se preparou para esta época - Grandes diferenças, sem dúvida!”

"Pode ser que ainda se vá a tempo de encontrar o caminho certo. Estamos a meio e muita coisa pode mudar. Esperemos que seja para melhor”

Um a um ao intervalo.



É verdade, depois do bebé Miccoli, o bebé Sá Pinto. Neste campeonato estamos empatados.
Ps: no campeonato dos cortes de cabelo o SLB ainda está em vantagem, eu sei.

Todos diferentes, todos iguais.

"É um lance polémico devido ao comportamento do auxiliar. Ainda não vi o lance na televisão, mas já me disseram que o meu jogador estava adiantado. Se assim foi, foi um lance irregular. Mas desta vez fomos beneficiados, e de outras, como contra o Benfica, fomos prejudicados. O que fica para a história são os três pontos."

Nelo Vingada, atropelando a lógica, para justificar que aprende depressa.

Estas declarações do mister Nelo demonstram bem a incoerência de alguns que, do alto de uma postura "doutorada", nos obrigam a perceber a origem das coisas.

A reter, das palavras do insuspeito Nelo:

1 - O lance em si não é polémico. O comportamento do fiscal sim. Contesto: aquele auxiliar que não viu a bola um metro dentro da baliza, até podia ter coçado os testículos em vez dos olhos. Apesar deste comportamento poder ser mal interpretado, o que interessa é que a bola entrou.

2 - Nelo admite que está rodeado de pessoas honestas, ao ponto de estas lhe confirmarem a ilegalidade do lance do golo. Boa. Gente grande. Ah, mas espera, ele continua a palestra. Fala agora em anteriores erros que prejudicaram a Académica. Mas isso justifica o roubo? Nem sim, nem não. Mister Nelo remata a oratória com um interessantíssimo exemplar de pragmatismo. E ainda dá um toque na história.

3 - O SLB. Claro, Nelo. Com tantos exemplos, falas no SLB. Quem te daria ouvidos se falasses noutro clube qualquer, ou num jogo em que a bola não entrou mas o golo contou?

Nelo, não estou irritado contigo - já com o nome "Nelo" não posso dizer o mesmo - mas vê lá se, nestes dias de benefícios, aprendes a calar-te. Isso seria porreiro.

segunda-feira, janeiro 30

Líder na classificação e no disparate

Lá está. Eu tinha acabado o meu último post por advertir que a insistência neste sistema táctico traria dissabores ao FCP e que seria já no próximo jogo. Bem dito, bem feito. O esquema de jogo que aparenta ser de grande profundidade ofensiva é triste, cinzento e inofensivo, relevando um ataque insípido e uma defesa desprotegida.

Fosse este o Rio Ave de Brito em vez de Sousa e quase de certeza que ficariam 3 pontitos nos Arcos. Mas felizmente não é e veio um ponto para o Dragão. É verdade que o Rio Ave pouco ou nada fez para merecer o empate, limitou-se a defender como pôde o ataque atabalhoado do FCP. Também é verdade que só houve uma equipa que jogou o jogo pelo jogo e tentou alterar o inevitável nulo com que começam todas as partidas. A vitória devia ter sido azul e branca, só não foi porque Adriaanse não quis.

Ver o FCP jogar desta forma é como meter gasolina de avião no carro ficando à espera que ele ande mais depressa por isso. Além de não andar mais rápido ainda entope o motor. É óbvio que a intenção de Adriaanse é dotar o FCP de um esquema mais afoito, mas isto não acontece de um dia para o outro e não é a meio da época que se ensaia isto. A vantagem não é assim tão confortável. Eu gostava que o holandês aprendesse com os erros, e se calhar até aprende, tem é que errar muito para tal, o que é chato. Outra teoria é que a culpa é do Riekerink - o homem que orientou o FCP nos dois últimos encontros, fruto da suspensão imposta a Co por ter exclamado a barbaridade - "it's a foult" que como se sabe em português quer dizer a tua mãe é uma granda vaca, e que a ideia do sistema novo não é de Co mais sim do adjunto. Era uma bela maneira de fugir com o rabo à seringa e com a cabeça aos punhos.

No seguimento desta última imagem e, independentemente de toda esta parvoíce holandesa, também não era necessário partir os vidros do carro do homem com este ainda lá dentro, ao menos esperavam que ele saísse, não fosse entrar um estilhaço para o olho de Co. Fora de brincadeiras, é indecente. Espero que os responsáveis sejam encontrados e punidos e que Adriaanse apresente a demissão ou aprenda de uma vez por todas com a merda que anda a fazer. Porra estamos com 4, mas podiamos estar com 6 pontos de avanço!

Um grande Sporting!

Foi, com toda a certeza, a melhor exibição da época. O Sporting tinha necessidade/obrigação de vencer esta partida e soube lidar muito bem com essa pressão. Foi uma equipa personalizada e concentrada num objectivo (a vitória), nunca perdendo a serenidade, mesmo quando se viu a perder injustamente num penalty infantil de Custódio. A supremacia do Sporting foi tal que, tirando o golo, o Benfica não criou qualquer situação de perigo durante os 90 minutos, limitando a sua acção atacante a alguns remates inofensivos de meia distância. Ao contrário, o Sporting foi sempre perigoso quando atacava e criou boas ocasiões, principalmente na primeira parte (lembro-me de quatro oportunidades neste período e de duas na segunda metade).
Paulo Bento optou por recuar Sá Pinto para o meio-campo, entregando o ataque a Liedson e Deivid. Foi uma excelente aposta. Não tanto pela exibição do brasileiro (desinspirado), mas essencialmente pela força e garra que Sá Pinto transmitiu ao sector intermédio, ajudando a ganhar a luta de meio campo. Sá Pinto fez um grande jogo e mostrou que ainda está vivo, terminando com aquela arrepiante e memorável demonstração de amor à camisola na altura da substituição!
Aliás, todo o meio campo leonino esteve em excelente plano. Custódio esteve melhor que o habitual mas Moutinho e Carlos Martins destacaram-se. Moutinho fez um jogo brilhante, voltando a revelar aquela maturidade e classe que fazem dele, com apenas 19 anos, uma certeza do futebol português. Martins fez uma primeira parte de sonho. Fintou, assistiu, rematou...Fez tudo bem. Reentrou mais apagado para a segunda parte mas ainda assim a sua substituição estava longe de se justificar. Paulo Bento apostou então em Nani e deu-se bem. Nani entrou bem na partida e ajudou a acentuar o domínio leonino.
A vitória na batalha de meio campo foi essencial para o pouco trabalho a que o quarteto defensivo e Ricardo foram sujeitos. Abel foi o mais “apertado” mas saiu-se relativamente bem perante Simão. Polga e Tonel estiveram irrepreensíveis no centro da defesa enquanto Caneira fez o seu melhor jogo desde que regressou ao clube.
Para o fim, o maior destaque de todos. Liedson, claro! Falar apenas nos dois golos e no penalty seria redutor. Na verdade, Liedson fez muito mais do que isso. Colocou a defesa benfiquista em constante sobressalto, ganhando todos os lances nas imediações da área encarnada. O pânico criado pelo 31 foi mesmo evidente em alguns lances, com destaque para aquele protagonizado por Moretto na primeira parte. Liedson provou, mais uma vez, que é o melhor jogador da Liga Portuguesa!

A vitória de sábado foi importante por vários motivos. Evitou um adeus prematuro ao título e provou que há qualidade no plantel leonino. No entanto, é imperativo que o Sporting não “escorregue” já no próximo jogo. A equipa sabe que não pode falhar mais até ao final da época...

A minha visão do 'derby'

Já foi há dois dias, mas gostaria de lançar algumas ideias sobre o 'derby' de domingo passado, em que a minha equipa acabou derrotada.
1. O Sporting teve sorte e não justificou a vitória. Só ganhou porque o ábitro não marcou um 'penalty' evidente do Tonel sobre o Nuno Gomes.
2. Antes que os sportinguistas comecem a insultar-me, o ponto 1. seria a visão parcial, desonesta e imbecil de ver a partida. A minha foi outra. Falemos, então, a sério. Acompanho 'derbies' há mais de 30 anos (o primeiro foi em Dezembro de 1973) e nunca tinha visto o Sporting ser tão superior ao Benfica na Luz. Ganhou por dois de diferença, mas poderia ter conseguido uma diferença superior. Fez a melhor exibição da época, enquanto o Benfica assinou a pior.
3. O resultado ao intervalo era enganador e todos percebíamos que, a manter-se a tendência do jogo, dificilmente o Benfica sairia vencedor. Só Koeman não o deve ter entendido, pois nada alterou. Eu teria feito logo duas substituições: saíam o Alcides e o Manduca, entravam o Léo (passava o Nélson para a direita) e o Karagounis. O 'onze' que entrou em campo não era, na minha opinião, o melhor, mas ninguém adivinharia que o Alcides iria jogar tão mal. Mas logo na primeira parte foram visíveis as suas dificuldades. O que fez o Koeman? Manteve-o em campo 90 minutos. Quanto ao Manduca, ou muito me engano, ou será mais um daqueles jogadores que passarão pelo Benfica sem deixar marca.
4. Apesar dos erros que cometeu (o maior dos quais o 'penalty' que ficou por marcar sobre o Nuno Gomes), Pedro Henriques continua a ser o meu árbitro preferido. É muito melhor do que os outros que por aí andam: António Costa, Paulo Costa, Pedro Proença, Olegário Benquerença, Lucílio Baptista, Duarte Gomes, e todos os demais. Deve também ser realçada a acção do árbitro auxiliar: não fora ele e, provavelmente, teriam ficado por assinalar dois 'penalties'.
5. Não esperava o triunfo do Sporting, tal como nem o mais ferrenho adepto deste clube esperaria tão claro domínio, mas também não alinhava pela onda de euforia entre os benfiquistas. Afinal, os jogos com a Académica e o Gil Vicente tinham sido fraquinhos. Aliás, no fim de semana anterior, o Sporting jogou melhor do que o Benfica. Só que empatou e nós ganhámos e as pessoas deixam-se levar muito pelos resultados.
6. Para este jogo, temia em especial Liedson. Infelizmente, os meus temores tinham razão de ser. É um jogador fenomenal. Mas não ganhou o jogo sozinho. João Moutinho terá tido a melhor exibição da época e Sá Pinto também foi um dos melhores (denecessárias as provocações!). Carlos Martins confirmou ser jogador.
7. Espero que Koeman analise bem o que falhou e ponha os jogadores nos seus lugares: a melhor dupla de laterais é, sem dúvida, Nélson e Léo; o Ricardo Rocha parece-me estar em melhor forma do que o Andersson; o Manduca, quando muito, terá lugar no banco; o Karagounis deveria ser titular; o Manuel Fernandes parece-me começar a justificar a troca com o Beto. O Nuno Assis tem de constar do lote de convocados.
8. Aproveito, por último, para desfazer um pouco a ideia de que os reforços do Benfica são a oitava maravilha do mundo. Escrevi há umas semanas que a minha grande esperança da segunda parte da época era a recuperação de Simão, Manuel Fernandes, Miccoli e Karagounis, mais do que as aquisições. Mantenho esta opinião. Moretto é bom guarda-redes, mas depois de dois jogos (mais fáceis) em que esteve impecável, já vacilou um pouco nos dois últimos; Manduca não me parece ser jogador para o Benfica; Robert ainda nada mostrou; Marco Ferreira bem pode vir a ser o "Carlitos da segunda volta"; Marcel justificará avaliação mais adiante.
PS - Não tem que ver com o 'derby', mas não posso deixar de fazer uma referência à imagem que me ficou do Rio Ave-FC Porto: terminado o jogo, Adriaanse abandonava as bancadas, quando foi abordado por um adepto que lhe disse algo do género: "És uma merda! Volta para casa!". Saiu logo em defesa do treinador, o presidente, pessoa do mais fino trato, com um duplo "Vai para a puta que te pariu!".

Pouco rigor ou falta de jeito? Ou nenhuma das duas?

No final do "derby", Moretto foi entrevistado por um jornalista da SportTV. Depois das perguntas da praxe, o jornalista, afoito, mostrando uma "rara" habilidade no manejo do microfone, revelou ainda toda a sua desenvoltura na área da paródia. Perguntou o profissonal-das-perguntas-de-fim-de-jogo: "Moretto, como está a sua relação com o Quim?". Fixe, meu. Mas o que o burgo queria mesmo saber era se a malta que partiu o carro ao Adrianse é a mesma que esteve no Aeroporto da Portela, a dar "miminhos" ao senhor "não-sei-quê". Pois é, não podias saber porque o jogo do FCP foi só hoje. Desculpa.

Na sua crónica diária, o senhor Pais, do "Record", afinfa os leitores com uma pérola que, para ser resolvida, terá sempre que contar com a preciosa ajuda de um personagem tão bem esgalhado, no mínimo, como o de "Sherlock Holmes": "Mas a derrota tem também um rosto, o da prima-dona do finge que corre, que se julga mais do que os outros e com isso destrói o espírito de equipa. É urgente despachá-lo. E de uma vez por todas. Para ti não há pai, Pais.

Num passado recente, estas duas provocações gratuitas, seriam entendidas como "mísseis bem dirigidos" por parte da escumalha da classe jornalística e com cor, claro, bem vermelha.

É a tal história: aproveitar a desgraça alheia. Mas calha a todos, agora, e sempre. Basta perceber que o "eco" feito às declarações de Ronald Koeman, no fim do jogo, não renderam o "desejado". Porquê? Por que foram simples, claras e sem segundas intenções.

A forma como as direcções do SLB e do SCP se entenderam, durante e, em especial, depois do jogo - para o bem ou para o mal - também não foi notícia. Ofendam-se, pá. Se não há "notícias", eles "fazem-nas". Agora, e sempre.

domingo, janeiro 29

SCP vence e convence no grande “derby” lisboeta.

Perante 65 mil espectadores, presentes no estádio da Luz, o SCP venceu o SLB por uns claros 3-1. Liedson foi o homem do jogo, marcando dois golos, sendo o primeiro excelente.

O SLB nunca conseguiu, sequer, equilibrar a partida. Nem nos primeiros dez minutos. Custódio – sóbrio -, Moutinho – classe – e Martins – pura raça – formaram um meio campo que não deu hipóteses algumas ao adversário.

Beto e Petit – o único que fez um jogo razoável – nunca conseguiram controlar o meio campo e penso, foi neste aspecto que os “leões” jogaram a sua cartada. O SCP dominou o jogo durante 90’+4’ e fê-lo, não me custa reconhecer, com mestria, classe e raça.

Não julgo os jogadores do SLB pela sobranceira. Simplesmente não acertaram uma, de Moretto, passando por Beto e acabando em Manduca. Faltou garra? Faltou. Faltou determinação? Faltou. Mas, essencialmente, faltou futebol.

O SLB foi para o intervalo a vencer, graças a um pénalti, convertido por Simão – até agora não consegui perceber, com clareza, se o jogador leonino cortou com o braço ou não. Nesses 15 minutos de pausa referi a paupérrima actuação dos “encarnados” e o meu receio pela qualidade apresentada pelos jogadores do SCP. Chamaram-me “pessimista”. Não. As oportunidades criadas por Liedson e companhia, na primeira metade, não foram obra do acaso. Infelizmente, não me enganei.

Na segunda parte, mais do mesmo. Não há como o disfarçar. Perante um SLB apático e confuso, o SCP respondeu com clareza e “cinismo”. Liedson fez o resto. E Paulo Bento ajudou, refira-se. Koeman demorou a reagir, parecia convicto na vantagem alcançada. Não o culpo da derrota mas não foi nada acutilante e não se mostrou como líder que é.

O SCP empatou, numa penalidade digamos, caricata, cometida “por acaso”, por Beto. Teve azar, pois teve, mas só há dois jogadores no SLB capazes de cometer falta naquele lance: Beto himself e Ricardo Rocha. A “correria louca” dos “leões” não parou, contudo, no amargo empate alcançado. Queriam mais. E tiveram-no. Liedson bisou e o jogo acabou.

A desilusão foi grande, a derrota justíssima. Resta saber como vão reagir os “bravos” da Luz já na próxima jornada. O SCP está relançado e pode começar uma fase em que “ou vai ou racha”.

O árbitro esteve bem no geral. Errou em lances de faltas, para os dois lados. Ficou, contudo, um lance para pénalti, cometido por Tonel sobre Nuno Gomes. Mesmo assim, duvido que, hoje, “levássemos a taça”.

Parabéns ao SCP e aos sportinguistas.

Banho de Bola!!!


"...saio daqui frustrado por não termos ganho por seis ou sete. Massacrámos totalmente e se eles ganhassem seria uma tremenda injustiça. Só têm de dar graças a Deus por não terem saído daqui com uma goleada..."

Ricardo

sábado, janeiro 28

Ganhamos!

Já recebi a melhor notícia do dia e já estou a festejar. O Sporting é muito grande!

O "derby" eterno

sexta-feira, janeiro 27

Últimas do Derby

Já são conhecidos os convocados de ambas as equipas. No Benfica, destaque para a ausência por lesão de Miccoli e para a estreia de Marcel. Do lado do Sporting, a única novidade é o regresso de Luís Loureiro, que substitui o júnior Zezinando na convocatória.
Também os treinadores já abordaram o grande jogo de amanhã. Para além do discurso normal, perspectivando um bom espectáculo de futebol, assistimos a alguns momentos curiosos nas conferências de Imprensa. Koeman falou sobre a arbitragem do Sporting-Marítimo, enquanto Paulo Bento foi questionado sobre o Euromilhões!

BENFICA: Moretto; Alcides, Luisão, Anderson e Nélson; Petit e Beto; Simão, Geovanni e Robert; Nuno Gomes.
Outros convocados: Quim, Ricardo Rocha, Léo, Manuel Fernandes; Manduca, Karagounis, Marco Ferreira e Marcel.

SPORTING: Ricardo; Abel, Tonel, Polga e Caneira; Custódio, Moutinho, Carlos Martins e Sá Pinto; Deivid e Liedson.
Outros convocados: Tiago, Miguel Garcia, Luís Loureiro, Tello, Romagnoli, João Alves e Nani.

quinta-feira, janeiro 26

Alta Pressão


Por paradoxal que possa parecer atendendo à classificação actual, a pressão para o jogo de sábado é maior para o SLB. Por um motivo simples, as expectativas baixaram muito para os lados de Alvalade. Já nas bandas da Luz os adeptos consideram a sua equipa como forte candidato ao título, motivo pelo qual não podem perder pontos frente ao Sporting para não ficar demasiado distante do líder FCP. Não quer dizer que a pressão não exista também sobre a equipa do Sporting. Nenhum adepto admite entrar derrotado à partida na Luz e este jogo será porventura a última cartada do Sporting no que ao título diz respeito. No entanto, uma vitória na Luz significa uma injecção de adrenalina directamente no coração do leão. O Sporting tem por isso mais a ganhar do que a perder neste jogo.

Não discuto que o favoritismo é claramente benfiquista. Mas algo cá dentro continua a dizer-me: vamos ganhar, vamos ganhar. Temos capacidade para ganhar, já os vencemos este ano. Não quero saber se o Benfica está mais forte, se vem de 7 ou 8 vitórias seguidas, se o Sporting oscila e é imaturo. A única coisa em que penso é em 11 bravos leões a fazer a festa em pleno território inimigo.


P.S. Vou de férias e não vou sequer poder ver o jogo. Mas sábado, bem longe daqui, vou estar ansioso. Muito ansioso.

FORÇA GRANDE SPORTING!

SCP visita "Inferno" da Luz.

Façam as vossas apostas para o grande "derby" lisboeta.

Quais os jogadores que vão subir ao relvado no próximo sábado?

Quem marca os golos?

Qual o resultado final?

Quem vai ser o melhor em campo?

quarta-feira, janeiro 25

SLB-SCP - Antevisão.

No próximo sábado o SLB tem uma excelente oportunidade de se afirmar como candidato ao título efectivo. Uma vitória sobre o SCP deixará os “leões” na corda bamba e proporcionará um excelente tónico para o resto da época.
Mais do que vencer, é preciso convencer. Com o estádio da Luz a abarrotar, e com o país parado a ver o jogo, os campeões nacionais em título jogam uma das cartadas mais importantes da época e a vitória, a acontecer, servirá para “acabar” com o rival e colocar pressão no FCP.
O SLB está melhor. É um facto. Mas, nestes jogos, isso é quase irrelevante. Os jogadores leoninos vão entrar em campo determinados e tudo farão para vergar o maior poderio “encarnado”. Por isso mesmo a vitória do SLB será o principal marco da época, à imagem do que aconteceu no ano passado, no jogo da Taça.
A pressão é igual para os dois lados. Um século de confrontos são o espelho do “melhor ‘derby’ do mundo”. Os jogadores “encarnados” têm que se entregar, correr, lutar. E ganhar. Para convencer.

O meu “onze:
- Moretto
- Nélson; Luisão e Anderson; Léo
- Petit e Beto
- Manduca e Simão
- Nuno Gomes e Geovanni

Vantagens do SLB
Uma defesa forte – Moretto empresta maior segurança a um quarteto defensivo já por si eficiente. Elementos em boa forma e alternativas credíveis, para colmatar alguma contrariedade.
Ataque concretizador – É o ataque mais produtivo no campeonato. Gomes e Geovanni, apoiados por Manduca e Simão, são a “arma” para fazer golos.

Desvantagens
Meio campo – Aqui reside o meu principal receio. Petit é grande, mas sozinho não dará conta do recado. Beto deverá jogar ao lado do internacional português e esse pode ser o problema. Espero que se limite a recuperar bolas e não a perdê-las porque, nesse caso, tremerei com o contra ataque do adversário.
Liedson – É um hábito o “levezinho” facturar. Mesmo com Luisão por perto, já todos percebemos que, para Liedson, qualquer espaço, por ínfimo que seja, pode ser letal.
Carlos Martins – É um excelente jogador, daqueles que sente a camisola. Ora, e como o jogo é na Luz, isso ainda se vai notar mais.
Ricardo – Está em boa forma, é um facto. Não vai ser fácil batê-lo. Além disso a defesa “leonina” está, aparentemente, mais forte, com a chegada de Caneira e Abel.

No final, espero que ganhe o SLB. Sem casos, sem incidentes, sem expulsões.
Prognóstico: 3-1 para o SLB (é a fé, meus amigos, é a fé).

Pontos de Vista II

DEVE O SPORTING RENOVAR COM POLGA?

MIGUEL defende o Sim

- Porque razão não se haveria de renovar com um dos centrais titulares do Sporting? É um dos jogadores mais utilizados, o que é uma prova de que confiam nas suas capacidades. É forte no 1x1 e tem excelente sentido posicional em campo. Jogou mal muitos jogos? Pois jogou, é fácil identificar uns quantos. Mas os outros centrais e laterais também têm jogos infelizes. Penso que existe dualidade de critérios na forma como é tratado face a outros, numa tentativa de arranjar um bode expiatório.
- Há quem o acuse de jogar por ter "estatuto". O P. Bento já deixou de fora jogadores como o Liedson ou Deivid, jogadores com muito mais estatuto. Por outro lado, apostou em Nani, deixando em alguns jogos o Sá pinto ou o J. alves de fora. Acho que não está a olhar ao estatuto, está a olhar à qualidade. E se coloca o Polga a titular é porque acha que tem mais qualidade para jogar a centrasl que os outros.
- Mas não falemos apenas de Paulo Bento. Seria F. Santos masoquista? Seria J. Peseiro masoquista? O ponto é: quem vê os jogadores treinar todos os dias e quem tem poder para colocar os melhores a jogar, colocou-o sempre a titular. Todos os treinadores que ele teve no Sporting acham que ele merece a titularidade. Porque será? Arrisco que será porque é bom jogador.
- Por fim, já chega desta sangria que tem retirado ao Sporting os melhores jogadores. Sem Rochemback, P. Barbosa, Beto, Rui Jorge, Enak, Hugo Viana o Sporting não tem a mesma qualidade. Há que começar a procurar manter os melhores jogadores. E o Polga é um deles. Será assim tão difícil controlar a indisciplina?

JOÃO defende o Não

Uma opinião desfavorável á renovação do Polga,bufff, não sei sinceramente por onde começar. Atenção que eu naquela primeira época do Polga ainda era dos principais defensores do rapaz, mas agora é-me totalmente impossível seguir o mesmo discurso. Falar de Polga hoje em dia seria o mesmo que falar em indisciplina, pouco compromisso com o clube, rendimento entre o sofrível e mediano, no principio “If a Polga can be world champion, so do I”, na empregada imprescíndivel, etc...Isto tudo para dizer que o único ponto positivo que encontro na renovação do Polga, seria que assim o Hugo não voltaria a ser titular no Sporting. E mesmo assim tenho as minhas dúvidas...É que nem podemos dizer que é um activo com valor que o Sporting podia aproveitar ( como acontecia com Lie dson por exemplo). Qual quê!? O homem veio a custo zero e a custo zero se irá.Há alguma dúvida nisto!?Se o Sporting fica sem centrais para 2006/2007!? esse é outro problema. Neste momento, deviamos procurar que fique quem interessa e quem está interessado. O resto depois logo se vê.

Passaram dois anos.

Tintoni - Um homem, um prognóstico.

Toni é aquele treinador que nunca me caiu no goto. Já Toni caía frequentemente na gota. À imagem de homem pouco convincente, Toni juntava-lhe a de desgraçadinho, que balbuciava sobre tácticas e sacos de caramelos.

Em semana de "derby" quis saber o que vai na cabeça deste ex-ex-ex-treinador do SLB. Por isso peguei no "papel e na caneta" e inventei o diálogo que se segue.

Eu: Toni, esses caramelos, como vão?
Toni: De caramelos estamos bem, já de pinga...
Eu: Que memórias lhe trazem estes "derbys" SLB-SCP?
Toni: Quais "derbys", pá?
Eu: Estes "derbys" SLB-SCP. Lembra-se dos 7-1?
Toni: Ui, nesse dia 'tava com uma "carroça"... Sei lá quantos ficou.
Eu: E os 6-3? Lembra-se?
Toni: Desse dia lembro-me bem. Estava cá com uma "carroça". Nem sei quantos ficou.
Eu: Ficou 6-3, Toni. Ganhou o SLB.
Toni: Ah. Mas isso era lá possível. Bem, com o pifo que apanhei, se calhar até foi.
Eu: Já disse mal do Koeman. Mantém a crítica ao holandês?
Toni: Epá, eu 'tava com os copos nesse dia, pá. Sei lá o que é que disse.
Eu: Bolas, Toni, mas há algum dia em que não tenha estado alcoolizado?
Toni: Não.
Eu: Agora sofre mais, ou menos, com estes "derbys"?
Toni: Agora sofro menos. Quando era treinador tinha que estar encostado ao banco, para não cair. Agora estou sentado no sofá, já não corro esse risco.
Eu: Prognóstico para sábado.
Toni: 2-0, golos de Simão e Maniche.
Eu: Toni, mas o Maniche não joga no SLB.
Toni: Tem razão. Simão marca para o SLB, e o Maniche empata para o SCP. Fica 1-1.
Eu: Mas o Maniche joga no Chelsea, homem.
Toni: Ai, joga? E depois não querem que eu critique o holandês? Escreva isto: "O Ronald Koeman não presta e o SLB não joga nada à bola!"
Eu: Então mantém a crítica ao treinador holandês?
Toni: Mas qual crítica? Eu por acaso critiquei alguém?
Eu: Toni, está com os copos?
Toni: Sim.

Amanhã, se tiver tempo e se deus o permitir, entrevistarei o Sousa Cintra. Ou o Rui Jorge, ainda não sei.

terça-feira, janeiro 24

Koke!?


Por amor de Deus, foi para isto que dispensamos Pinilla, Silva, Wender e Varela!? Para ter um espanhol que em 1000 minutos de jogo no campeonato francês, o máximo que conseguiu foi marcar um golo. Andamos a brincar, só pode.

Inesquecível!!!!

Não foi há tanto tempo assim. Não nos deu qualquer título, nem acabamos por ganhar a taça esse ano. Mas lembro-me que foi um dia inesquecível para mim. Foi daqueles dias que irá ficar para sempre na minha memória. E vai fazer mais ou menos 6 anos que tudo aconteceu. 26 de Janeiro de 2000. O Sporting deslocava-se á Luz numa das eliminatórias da Taça de Portugal. Havia confiança pois do lado contrário apresentava-se uma das piores equipas da história dos vermelhos, e pelo nosso lado tinhamos jogadores como Schmeichel, André Cruz e Acosta. Mas mesmo assim, nunca era de confiar. Afinal de contas, íamos á Luz.
Ao contrário do que é habitual e nem sei bem,bem porquê, resolvemos ir á Luz ( eu, o Miguel e mais um ferveroso adepto leonino). E não é uma sensação nada agradável ir á Luz. Pelo menos para mim. Ver um estádio cheio de milhafres a assobiar o nosso clube não é uma sensação agradável de se sentir. O que se salvou nesse dia, foi o antes e o depois. Concentramo-nos á porta do Estádio de Alvalade com a grande Juve Leo (nessa altura ainda era uma grande claque). Eramos cerca de 10.000 a percorrer aqueles 2 km que separa o céu do inferno. A cantar, a saltar, a assobiar qualquer vestígio de vermelho, foi lindo ver aqueles 10.000 adeptos a dirigir-se para o campo de batalha. Mas mesmo assim, é-me um pouco dificil exprimir o que senti nesse dia. A sensação ao chegar aquele imponente estádio ( há-que reconhecer que o velhinho estádio da Luz atemorizava qualquer adversário), ficar á porta á espera de que a polícia nos deixasse entrar, ver a recepção preparada pela claque rival. Buff, por momentos pareceu-me que estaria prestes a entrar numa batalha mediaval. Com muito esforço, lá conseguimos entrar (com algumas agressões e pedradas, isso sim) e lá dentro seriamos apenas uma pequena minoria. Por mais que gritasses e cantasses mais alto, nunca era suficiente para apoiar a equipa. E assim, viamos quase sempre o Sporting a ser assobiado.
Teríamos que confiar na equipa. Teríamos que confiar que em 90 minutos aqueles 11 de verde e branco fizessem calar o estádio da Luz. Nós fariamos o resto. E assim foi...
A história do jogo é o que menos interessa aqui. Ganhamos 3-1, com golos de Acosta e André Cruz. O que interessa sim, foi o depois. Ou melhor os 10 minutos finais e o depois. Já sem qualquer esperança de reviravolta, foi bonito de ver o que antes era um estádio cheio anti-Sporting a ficar vazio, deixando apenas aqueles 10.000 believers fazer a festa. “ Já te vais embora” cantávamos, seguido do tão sempre apetecível “ E quem não salta é lampião”, acabando no famoso “ A namorada deixei...”.
Lindo!!!que me perdoem os adeptos encarnados, mas achei interessante descrever este minha memória precisamente em mais uma semana de derby.

Assim não Vale

Desenganem-se os adeptos do clube da Luz, pois não pretendo com este post aventar qualquer teoria da conspiração. Limito-me, apenas, à contestação de factos que apontam para uma evitável falta de bom senso por parte dos responsáveis da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Além de me parecer desnecessária a participação de uma "selecção B" no Torneio Vale do Tejo, que se realiza, como sempre, em pleno período de competição de clubes, numa altura em que Portugal está a escassos meses do Mundial, o critério utilizado para elaborar a convocatória roça o absurdo.

Conhecendo, como qualquer de nós, a dimensão - desportiva e social - que um dérbi como o do próximo sábado sempre assume, estando conscientes, como qualquer de nós, da necessidade de não interferir num processo já se si propenso a polémicas, os responsáveis da FPF resolveram fazer aquilo que melhor sabem: asneira.

Na semana de preparação do Benfica - Sporting, os leões viram-se privados da presença de João Moutinho, Custódio, Nani e Miguel Garcia, obrigados a competir a escassos dias de um confronto fundamental para o seu clube.

Questionado sobre as opções - entre as quais não consta qualquer jogador do Benfica -, Agostinho Oliveira confessou que poderia ter chamado Manuel Fernandes, mas que tal não seria aconselhável devido ao cansaço acumulado...

Palavras (mais) para quê?


JEAN-PAUL LARES

segunda-feira, janeiro 23

Análise depois da 18ª jornada

(clickar na foto para ver melhor)
















1) Luta pelo título: Benfica e Porto
2) Três equipas a lutar pela 3ª vaga de acesso à Champions League e pela UEFA
3) Duas equipas de férias: Setubal e Boavista
4) Metade das equipas do nosso campeonato luta para evitar a despromoção.
5) Vit. Guimarães: um case study. Ou arrepia caminho ou vai parar à II Liga. Já esteve mais longe.
6) Penafiel e Naval, não se devem safar.

Sector B32 = Miguel

Depois do Dartacão ter deixado o seu nick e ter passado a assinar Gonçalo, também eu deixo cair o meu e começo a assinar com o meu nome verdadeiro - Miguel. Quanto mais não seja porque era abusivo manter o nick Sector B32 num blog plural com o mesmo nome. Considerem-se apresentados ;)

Ainda o Marselha

O Jornal Público dá hoje notícia de uma confissão protagonizada por Jean-Jacques Eydelie. O jogador confessa que a equipa francesa, com excepção de Rudi Voëller, deixou-se dopar na final da Champions de 1993.
O jogador vai mais além e denuncia uma outra situação ocorrida contra o CSKA, e pedidos de "facilidades" a jogadores adversários.
Depois de ter perdido o campeonato francês de 1993 na secretaria, o Marselha arrisca-se a perder o título de campeão europeu do mesmo ano.
Quando eu pensava que já tinha visto tudo...
Toda a notícia aqui

Muita parra, pouca uva

Como é que uma equipa que joga com 4 avançados, consegue ganhar um jogo por 1-0 e praticamente não criar situações de golo? É fácil, jogando pela primeira vez, a meio época, neste novo esquema e contando com um auto-golo.

Co Adriaanse é simplesmente parvo. Eu até consigo ensaiar uma teoria para o 3-3-4, agora para a substituição de Baía, Pedro Emanuel, Paulo Assunção e Diego já não. A minha teoria para o novo e audaz, para não dizer suicida (tendo em conta o futebol como se apresenta hoje) esquema de jogo, passa pela segunda parte na Reboleira. Ao ver o Estrela ser subjugado no seu meio campo, encostado às cordas, contra um FCP possante e pressionante, Co deve ter pensado “if I start the game playing like this, instead of 45 minutes of total control and offensive football I’ll have 90”. Ora, neste raciocínio, Co não considerou o seguinte, o Estrela ganhava por duas bolas à entrada para o segundo tempo e tinha, propositadamente, optado por abordar o jogo de forma mais conservadora.

Eu normalmente não sou contra os treinadores azuis e brancos, mesmo na dança da época passada consegui ser tolerante e compreensivo. Mas este cabrão tira-me do sério. Porque é que fugiu ao sistema táctico habitual? A equipa já estava entrosada. Porque é que mudou meia equipa? A derrota na Amadora justificava tanta mudança?

Eu sou adepto do futebol ofensivo, a sério que sou, mas o que é que a equipa de sábado tinha de ofensivo? Além do Adriano (extremamente ofensivo para as câmaras com aquela tromba e para o Hugo Almeida, que deve andar satisfeitíssimo), nada. Lá por jogarmos com muitos avançados não quer dizer que vamos ter mais caudal atacante, isto se eles não souberem os que estão lá a fazer. Por exemplo, o FCP começou com dois avançados na área (Adriano e Lisandro) e dois extremos nas alas (Quaresma e Alan), esperavam-se muitos cruzamentos e muita acção para os centrais da Naval. Isso aconteceu? Não. Porquê? Porque a bola raramente chegou aos extremos em condições para cruzar, simplesmente não havia ninguém para colocar lá a bola jogável e como os laterais não se aventuravam fruto da defesa a 3, os extremos acabavam por ficar sozinhos. A equipa melhorou consideravelmente com a entrada de Diego na segunda parte, pautando o jogo e distribuindo a bola com mais “cabeça”, mas mesmo assim foi tudo muito mau.

Espero (mas não acredito) que Adriaanse tenha aprendido algo com esta exibição lastimável. A jogar assim contra o Rio Ave não se augura nada de bom na próxima jornada.

Gonçalo

PS – Por razões técnicas o post teve que sair via sectorb32, mas não se iludam, sou mesmo eu.

PS2 – Sábado ia postar sobre o jogo 400 de Baía, mas depois pensei, e se o gajo não o põe a jogar? Então concluí, faz primeiro os 400 jogos e depois eu posto. É bom saber que se pode contar com a estupidez como uma coisa certa.

Opções "baralham" Koeman. Ou não?

São vitórias a mais para se discutirem as opções do treinador holandês. Mas mesmo com a mais acertada das premissas - "o que conta são os resultados - não resisto a questionar algumas delas.

Na baliza já o escrevi: Moretto é melhor do que Quim e está num momento de forma superior ao do internacional português.

Na defesa começam as minhas dúvidas. Gosto de ver o Alcides a lateral direito, é um facto. Tem feito boas exibições - foi dos melhores em Barcelos - mas tem implicado com a mudança de Nélson - para médio direito ou até para lateral esquerdo. Resultado: Nélson não tem a profundidade atacante e a destreza que todos lhe reconhecemos quando joga na lateral direita. O outro problema tem a ver com a ida de Léo para o banco. Para manter Alcides, perde-se Nélson e Léo. E perde a equipa, claramente.

No meio campo não consigo descortinar um Manuel Fernandes como o da época passada. Meia temporada já lá vai e, pelo que se viu em Barcelos, o que resta da mesma não vai encontrar o "Manelelé" que tanta falta faz. Beto é o substituto natural, com consequências óbvias na qualidade de jogo da equipa. Karagounis não conta para este lugar? Porquê? Porque entra o grego a cinco minutos do fim de um jogo ganho? E não deu para ver, nesse curto espaço de tempo, a diferença, para melhor, da circulação de bola da equipa?

O lugar de médio direito tem tido três "donos", ultimamente - quatro, se somar Geovanni. Simão, Manduca e Robert andam entre esta posição e a contrária sem grandes resultados, diga-se. Simão não pode jogar à direita. Nunca o fez. Robert, se jogar, também nunca poderá ser encostado à linha, nem à esquerda nem à direita. Manduca é o único que o poderá fazer mas não me parece que tenha a velocidade desejada. E que tal parar com as trocas e apostar num só jogador?

Na frente Nuno Gomes serve como entrada, Geovanni assiste-lhe na perfeição. Para a recepção ao SCP, espero que, pelo menos estes dois não sejam trocados. Mas com Miccoli no banco, ao lado de Marcel, quem pode arriscar dizer que Koeman vai manter a aposta nesta dupla Geovanni/Gomes, mesmo depois do bom jogo que fizeram? Eu não.

sábado, janeiro 21

Sporting 1 - Marítimo 1

O Sporting voltou-se a atrasar na luta pelo título, após um comprometedor empate a uma bola com os brasileiros do Marítimo (14 jogadores oriundos do Brasil entre os convocados!!).
O Sporting fez uma primeira meia hora de muito bom nível, com um futebol bastante agradável. Nesse período, os leões marcaram um golo (excelente jogada de insistência de Liedson e boa finalização de Romagnoli) e podiam ter feito mais, não fosse a pouca eficácia no momento do remate. O Marítimo também criou perigo numa cabeçada de Nuno Morais que Ricardo defendeu em bom estilo. No entanto, o domínio era claro por parte do Sporting e foi contra a corrente do jogo que os insulares chegaram ao empate, por Fahel, num lance em que a defesa leonina ficou a ver jogar.
Com 1-1 ao intervalo, espera-se um Sporting em busca da vitória no segundo tempo. Foi o que tentou mas nunca com a qualidade dos primeiros 30 minutos. A equipa leonina apresentou-se demasiado nervosa e muito pouco organizada. As substituições também não foram felizes, não tanto por quem entrou mas mais pelos jogadores que saíram. Como foi possível deixar Custódio em campo durante os 90 minutos?! Sá Pinto não devia ter saído após aquele penalty infantil?! E que tal Tello no lugar de Caneira quando era preciso atacar?! Sem esquecer que Ricardo passou grande parte do segundo tempo a pedir substituição, sendo obrigado a jogar ao pé coxinho. Provavelmente, Paulo Bento não queria queimar uma substituição mas se depois coloca João Alves no lugar do único jogador que ainda produzia alguma coisa (Carlos Martins)... Já no fim, Liedson falhou um golo de baliza aberta, após fantástica jogada que envolveu também Nani e Deivid.


Notas: Ricardo (4); Abel (3), Tonel (3), Polga (1) e Caneira (2); Custódio (1), Moutinho (2), Romagnoli (3) e Carlos Martins (4); Liedson (3) e Sá Pinto (1).

Gil Vicente-SLB: 1-3. "Galo" para os Galos.

Vitória justa do SLB contra um adversário que nunca se rendeu e que, não fosse o “azar” no terceiro golo sofrido, podia ter complicado mais a tarefa dos “encarnados”.
O SLB entrou a perder mas não se deixou afectar por isso. Deu a volta com naturalidade, ainda na primeira metade, e controlou o jogo na segunda, beneficiando do auto golo dos “gilistas”.

O único golo do Gil Vicente foi marcado por Nandinho, através de uma grande penalidade. O SLB empatou da mesma forma e o “capitão” marcou mais um golo na prova. Numa jogada brilhante do ataque benfiquista, Geovanni fez um excelente golo, bem assistido por Nuno Gomes. O terceiro golo vai para o resumo de fim de ano, com toda a certeza. O defesa “gilista” faz um passe para o guarda-redes e este é traído por um ligeiro desvio que a bola sofreu na relva.

Gostei:
Atitude do Gil Vicente, até ao fim.
Geovanni, Simão, Petit, Alcides e Luisão.
Segundo golo do SLB.

Não gostei:
Nélson à esquerda.
Manuel Fernandes risível.
Nuno Gomes a falhar lances fáceis.

Não percebi:
Robert e Marco Ferreira.
Manduca, apesar do esforço, pouco produtivo.

Para a história fica a sétima vitória consecutiva para o campeonato, algumas delas conquistadas em campos complicados. Mas, no final, ficou-me aquela dúvida: jogámos mal na segunda parte por se estar a pensar no próximo jogo, ou aquilo é mesmo assim?

Para finalizar, uma palavrinha para o senhor Morais: o lance do pénalti do Gil Vicente foi “à Benfica”. O lance do pénalti do SLB é claro como a água. Dois dos lances mais perigosos do Gil Vicente – um deles foi à barra – nasceram de “faltas” absolutamente ridículas, que não existiram. E dizer que “o árbitro se deixou influenciar ao longo do jogo, por ter marcado um pénalti a favor do Gil, logo no início...”, é ser pouco sério (ou nada, mesmo), nabo e burro. Ah, e é ser pequenino também, mas a isso já deve mesmo estar habituado. Boa Páscoa, mister Ulisses.

sexta-feira, janeiro 20

7 razões para ficar optimista!!!


1) A recuperação de Ricardo;
2) Ao que parece finalmente encontramos uma defesa capaz. Curiosamente, com Polga e sem Beto, parece ser que Abel-Tonel-Polga-Caneira são mesmo os jogadores mais capazes de garantir um menor número de golos sofridos;
3) Jovens promessas. Moutinho, Nani, André Marques, Tomané, Caiado, Zezinando, todos eles com menos de 20 anos, todos eles (uns mais que outros) já com provas dadas que o Sporting aposta efectivamente neles. Pelo menos, aqui o “Projecto” não falhou...;
4) Carlos Martins, creio eu no seu primeiro mês sem lesões em toda a sua carreira profissional :->!!! A continuar assim, tem finalmente a sua oportunidade de afirmar-se como o grande jogador que creio que é;
5) Romagnoli, ainda não teve grandes oportunidades de brilhar, mas vê-se que a qualidade está lá. Espero muita coisa deste jogador;
6) Renovação de Liedson. A confirmar-se esta noticia e reposta a justiça de ver um dos melhores jogadores ser dos mais bem pagos, creio que Liedson prepara-se para ser dos melhores marcadores de sempre no Sporting. Como segunda opção temos Deivid, que apesar dos recentes rumores do seu regresso ao Brasil, acabou por ficar por cá e até já dizem que está decidido a “explodir” definitivamente em Alvalade;
7) Paulo Bento. Com ele a palavra disciplina, voltou a Alvalade. Ainda não estou convencido das suas qualidades como treinador para um “grande”, mas pelo menos este mérito já ninguém lhe tira;

Palhaçada!

Beto sai, Hugo vai ser incrito...

quinta-feira, janeiro 19

Reforço

Neste momento, o Belenenses, que procura evitar a despromoção, tem um lateral esquerdo melhor do que o do Sporting.

Pontos de Vista I

Renovaria o contrato com Liedson?

João SCP
- É o nosso melhor jogador, melhor marcador, a referência atacante da equipa. Só por isto, já merecia a renovação;
- Atitude em campo, apesar de por vezes lhe ser atribuído o estatudo de indisciplinado, Liedson em campo foi sempre o exemplo de um jogador que luta pelos interesses da equipa. Corre quilómetros, defende, ataca, marca, assiste. É um grande jogador de facto.
- Para quê complicar a vida!? Não renovar perdia-se a custo zero um valioso recurso, obrigaria o clube a ir novamente ao mercado gastar milhões e arriscar a que esse novo avançado pudesse não render o mesmo que o baixinho.
- Possibilidade de negócio. Mesmo que se decida que Liedson não deva ficar no Sporting, a renovação é mesmo assim aconselhável. Liedson vale bem uns 4/5 milhões de euros (recusou-se até uma proposta superior do Timão no ultimo defeso) e o Sporting não pode neste momento dar-se ao luxo de dizer que Não a um valor destes por mais razões e princípios morais que tenha.


Peyroteo
Normalmente, a minha resposta seria sim. Liedson é o melhor jogador do Sporting (e, para mim, do campeonato). Decide jogos, marca golos e é incansável durante os 90 minutos. Mas Liedson é também um jogador problemático, que já "pisou o risco" demasiadas vezes. Lembro-me dos cartões propositados em vésperas de derbys e de atrasos no regresso ao trabalho, além de alguns actos de insubordinação em relação a treinadores. Claro que o Sporting perderia um elemento importante da equipa e não teria qualquer retorno do investimento feito em 2003 (cerca de 3 milhões de euros) mas as constantes faltas de respeito pela entidade patronal levam-me a dizer NÃO à renovação. Liedson é um grande jogador mas também um foco de instabilidade no grupo de trabalho. Deixará de o ser com uns euros a mais no bolso? Duvido. A minha posição pode até ser pouco racional e nada consentânea com os interesses do clube. É, acima de tudo, uma questão de princípio!

Habemus treinadorum?

Desde o início que tenho defendido o treinador do SLB, Ronald Koeman. Apesar do tenebroso arranque de campeonato, com um ponto conquistado em nove possíveis, cedo o holandês mostrou que de teimoso só tinha a casca.

Alterou a equipa, abandonando definitivamente a táctica dos “três centrais” e passou a olhar para os seus jogadores com a mesma sagacidade de Trappatoni: homens certos, nos lugares certos.

Os resultados no campeonato e, em especial, a passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões são demonstrativos da qualidade de Koeman, ao mesmo tempo que, com o crescer das expectativas dos adeptos, a sua responsabilidade é, todos os dias, cada vez maior.

Desde que a época começou muitos lhe chamaram “cobarde” e “defensivo”. O holandês nunca se esquivou às críticas e, percebemos hoje, as suas escolhas são baseadas em convicções e não em simples teimosias. Hoje poucos se lembram dos “dez defesas” em Paris, do Dos Santos e do mau início de temporada.

E são estas situações que lhe dão crédito e reconhecimento. Koeman é um treinador discreto mas, ao mesmo tempo, ciente das dificuldades que treinar um clube como o SLB acarreta. Tem gerido bem a sua imagem e, apesar de não lhe reconhecer o carisma de um verdadeiro líder, penso que é um homem respeitado pelo universo benfiquista e, até, pelos adversários.

Erros já os cometeu. Mas antes de se discutir se põe “este ou aquele”, penso que o mais importante ainda não pôde ser avaliado: a capacidade de gestão, não dos jogadores, mas dos conflitos entre jogadores.

Quando Koeman decidiu trocar Quim por Moretto, logo saíram das “capelinhas” as “virgens ofendidas”. Koeman fez bem porque confia mais em Moretto, é muito simples. Se criou um foco de instabilidade? O Trappatoni no ano passado disse “ainda bem que temos Simão” e o grupo não se desmoronou.

Ou seja, defendo que os jogadores do SLB sejam profissionais, que acatem as escolhas do treinador e não “bufem”. Porque se ser profissional é querer sair do clube por ir para o banco – ou seja, com a lesão de Moreira e uma possível de Moretto o SLB teria de jogar outra vez com o Nereu – só espero que Koeman tenha mesmo acertado em colocar Moretto a titular.

Entretanto Koeman “despachou” o inenarrável Dos Santos – entre outros – e prepara-se para enfrentar o futuro com a pressão de ser apontado como principal culpado em caso de falhanço. E é assim que tem de ser. Mas estará no bom caminho para alcançar o sucesso? Acredito que sim.

quarta-feira, janeiro 18

E agora?

Directamente do por muitos apelidado "jornal oficial do SLB", uma crónica de um "vermelhão" que vale a pena ler. E com a qual estou totalmente de acordo.

terça-feira, janeiro 17

Encruzilhada na vida do leão

A inexorável aproximação do próximo acto eleitoral destinado a escolher o elenco directivo do Sporting provocou desenvolvimentos significativos no posicionamento de eventuais candidatos à presidência do clube.

Mais do que discutir pessoas, as mais recentes novidades aconselham a um verdadeiro debate sobre o rumo a seguir pelos leões nos próximos anos.

Parece-me que os temas lançados para a discussão nos últimos dias são essenciais e obrigam os adeptos verde e brancos a tomar decisões fundamentais para o futuro do seu emblema, decisões essas que ultrapassam a identidade dos dirigentes a eleger.

Em primeiro lugar, reafirmo aqui a minha posição sobre um conjunto de critérios que considero fundamentais para o desenvolvimento, crescimento e credibilização do futebol português. Esta opinião não se esgota no Sporting, é extensível a todos os clubes nacionais e obedece àquilo que entendo ser indispensável para a positiva evolução de uma actividade à qual também estou ligado.

Mais do que nunca, como o descalabro financeiro de Setúbal, Marco, Ovarense, Salgueiros ou Felgueiras - entre muitos outros cujas dificuldades não são ainda do conhecimento público, mas existem - deixou bem claro, é indispensável que os clubes sejam capazes de adequar a sua estrutura de custos à realidade económica actual, ou seja, à sua capacidade de gerar receitas.

Reconhecendo que o Sporting foi pioneiro na tentativa de introduzir parâmetros racionais e rigorosos de gestão na condução da sua actividade - pese embora alguns desvios no caminho que, em 1995, foi iluminado por José Roquette -, importa, no meu entender, garantir que essa continuará a ser uma prioridade dos futuros dirigentes.

As organizações com genuína implantação a nível local e nacional são financeiramente viáveis - no que à exploração diz respeito -, observação que ganha dimensão mais significativa quando nos concentramos em Sporting e Benfica - deixo de fora o FC Porto, propositadamente, não por que não se inclua neste lote, mas porque está envolto numa conjuntura diferente.

Os grandes de Lisboa teriam condições para exercer a sua actividade de forma extremamente lucrativa, não fosse o pesado fardo que os compromissos financeiros - leia-se dívidas - os obrigam a suportar.

Assim, sempre estive de acordo com os princípios enunciados no projecto habitualmente denominado por "Projecto Roquette", mais tarde aperfeiçoado, em alguns parâmetros, pelo seu sucessor, Dias da Cunha. O fundamental para o futuro de um clube passaria pela criação de património e, sobretudo, pela regularização - no caso do Sporting o termo "saneamento" não me parece deslocado - da situação económica e financeira.

O peso dos juros resultantes dos compromissos financeiros compromete à partida uma enorme fatia das receitas geradas, limitando de forma avassaladora a capacidade de gestão e investimento dos leões. Acredito que qualquer projecto de futuro tem de contemplar a necessidade de, a prazo, eliminar este fardo para que, aí sim, se possa encarar a actividade na perspectiva do crescimento/investimento. Era também essa a visão de Dias da Cunha.

Tomando como fundamental e inviolável - por isso mais importante que tudo o resto - este princípio, é, contudo, inevitável referir as lacunas verificadas na implantação do "Projecto Roquette".

Antes de mais, a articulação de uma estrutura de gestão pouco adaptada a uma actividade tão particular como o futebol com as necessidades desportivas de uma competição exigente foi sempre deficitária, sem que nunca se tivesse encontrado um modelo capaz de garantir total eficácia na tarefa. Depois de tentativas várias, que passaram por homens do futebol e adaptações de gestores profissionais, ficou sempre a sensação de que a separação de conceitos obstava à convivência saudável. O melhor exemplo do que afirmo é a constatação dos inúmeros problemas "políticos" que afectam o final de cada época, com consecutivas convulsões directivas, a vários níveis, mesmo quando o sucesso desportivo havia sido alcançado.

O segundo fracasso não poderá ser inteiramente imputado aos intérpretes por ser, fundamentalmente, de natureza conjuntural. Roquette acreditava que, ao abordar outras áreas de negócio - que iam do imobiliário à "nova economia" -, poderia encontrar fontes de receitas alternativas capazes de permitir, simultaneamente, maior investimento na equipa de futebol e saneamento financeiro. Com a alteração da conjuntura económica - nacional e internacional -, o sector multimédia soçobrou e é, hoje, um mercado vazio de interesse ou investimento. Assim, a vasta estrutura montada para a expansão das actividades do universo leonino tornou-se num "peso-morto", que só recentemente foi alvo do devido "emagrecimento".

Agora, importa certamente ponderar sobre o conjunto de novos conceitos apresentados por Filipe Soares Franco - até agora o único dos potenciais candidatos a expressar qualquer ideia digna desse nome relativamente ao caminho a seguir.

É, portanto, sobre esse conjunto de propostas recentemente enunciadas que me posso pronunciar, uma vez que, insisto, nenhum dos outros interessados avançou as suas linhas de orientação.

Sem, aparentemente, renunciar ao princípio que considero fundamental, o actual presidente propõe uma concentração de energias na actividade para a qual o Sporting está naturalmente vocacionado: o futebol, ou, como recentemente corrigiu, o desporto, nas modalidades fundamentais.

Para tal, Soares Franco preconiza a alienação do património imobiliário que não está directamente relacionado com a actividade desportiva - aqui não há ruptura com o "Projecto" anterior, pois o investimento nesta área sempre teve os proveitos financeiros como fim último -, com o objectivo de realizar mais-valias que permitam minimizar os custos referentes ao passivo e - uma novidade que me surpreendeu -, simultaneamente, a criação de novo património desportivo: um pavilhão, piscinas e, até, uma pista de atletismo.

Confesso que não fico chocado com esta possibilidade pois, perante a natural falta de vocação para certas áreas de negócio, será mais vantajoso privilegiar o encaixe financeiro do que tentar criar estruturas de gestão eficaz.

A proposta que, contudo, terá de ser objecto de profunda reflexão entre os apaniguados do emblema do leão está relacionada com o reformular da mentalidade que preside à vida desportiva do clube. Soares Franco acredita que a especialização é o melhor caminho para o sucesso e que, para tal, o futebol deve reunir todos as energias - anímicas e financeiras - da estrutura verde e branca. Mesmo se o discurso foi, nos últimos tempos, suavizado, é essa a sua posição quanto à melhor forma de alcançar o sucesso.

O que os sócios e adeptos do clube têm de discutir e, posteriormente, decidir, é o que estão dispostos a fazer para vencer no futebol.

Sendo certo que também considero que será sempre mais difícil para o Sporting competir com os seus rivais enquanto tenta manter diferentes actividades, a verdade é que, em Portugal, os clubes de dimensão nacional têm a tradição de desempenhar importantes tarefas sociais e desportivas que vão para além das competições profissionais e, nomeadamente, do futebol.

Claro que, para já, não está em causa a dedicação em exclusivo, nem sequer o fim das diversas modalidades que se sustentam a si próprias, mas a alteração de postura perante o desporto não pode deixar de ter consequências na forma como o Sporting interage com a sociedade.

Confesso que, numa altura em que ainda aguardo um debate alargado sobre o tema, bem como uma maior clarificação dos projectos futuros, não tenho ainda uma posição definida sobre esta matéria, apenas uma boa noção das vantagens e inconvenientes de cada alternativa. De qualquer forma, e em última instância, terão sempre de ser os sócios do Sporting a decidir como pretendem que o seu clube viva os próximos 100 anos, caminho que os próximos meses podem ajudar a traçar.

Importante será também perceber quais os modelos para a gestão do futebol que podem vir a ser apresentados, persistindo, até ao momento, a incógnita em torno das ideias dos diversos candidatos. Mesmo com a garantida aliança entre Soares Franco e Miguel Ribeiro Telles, não e ainda possível perceber que atribuições e influência este último está disposto a assumir.

Até que seja possível traçar um quadro claro das alternativas, aproveitem os adeptos leoninos para reflectir e debater sobre aquele que acreditam ser o melhor caminho.

JEAN-PAUL LARES

Beto mais perto de sair de Alvalade.

Segundo o site Mais Futebol, o central Beto deverá mesmo abandonar o SCP. A saída do "capitão" estará relacionada com motivos técnicos. O jogador terá acatado a decisão de Paulo Bento e a mudança de "ares" é o passo mais provável do central, que já está em Alvalade há cerca de 17 anos.

Reforços

Chegou ao fim a "novela Marcel". O avançado brasileiro vai mesmo para o Benfica. É, em princípio a última aquisição dos encarnados no mercado de Janeiro.
Marcel é um reforço interessante para o Benfica, pois é um jogador diferente dos restantes avançados do plantel. Trata-se de um verdadeiro ponta-de-lança, que sabe jogar entre os centrais e que é muito eficaz no remate, principalmente com o pé direito. É também um bom marcador de livres directos. Como principais defeitos tem a pouca velocidade e o jogo aéreo (é raro marcar de cabeça).Além de Marcel, o Benfica contratou ainda Moretto, Fonte (entretanto emprestado ao Paços de Ferreira), Marco Ferreira, Manduca, Robert, Inzaghi (ex-Ovarense) e Canales (ex. U. Chile). Estes dois últimos foram colocados na equipa B. Haveria necessidade para tanto? O futuro o dirá...

O Porto reforçou-se com Adriano. É bem verdade que os portistas necessitavam de um ponta-de-lança. McCarthy esteve "ausente" durante a primeira volta e está agora ao serviço da selecção sul-africana e Hugo Almeida não tem "estaleca" para um grande. No entanto, questiona-se a utilidade de Adriano, um jogador que fez duas boas épocas iniciais (mais de 15 golos em cada) no Nacional mas que já não foi o mesmo em 2004/2005 (apenas 8 golos). No Cruzeiro também não foi nada feliz... Até prova em contrário, fico feliz por ver este jogador desviado do meu Sporting. Evitou-se um erro.

Sporting que tarda em encontrar o "tal" ponta-de-lança que tanta falta parece fazer a Paulo Bento. As saídas de Pinilla, Silva, Varela, aliadas à ausência de Douala na CAN, deixam o sector atacante limitado. Enquanto não chega o reforço, surgem notícias que as renovações de Liedson e Polga estarão para breve e que Beto deverá mesmo sair...

Mais uma entrevista do FSF

Bela iniciativa do Canal SCP no acompanhamento, em directo, dos pontos chave da entrevista do FSF à Antena 1. Parece que o homem está mesmo empenhado na luta. Duas entrevistas num curto espaço de dias. O poder dos media não está a ser negligenciado.

segunda-feira, janeiro 16

Ainda o SLB-Académica.

Na Luz, o SLB somou mais uma vitória e recuperou três pontos ao líder FCP, arrastando muita gente ao estádio. A equipa continua a registar uma interessante capacidade de ganhar jogos e Ronald Koeman continua a aumentar o "crédito" entre os adeptos.

Contra a Académica houve, mais uma vez, alguns "casos" de arbitragem. E o costume quando se fala de jogos envolvendo o SLB: treinadores amuados, jogadores enfurecidos e presidentes que aproveitam estes jogos para dizerem que andam a ser "roubados" há meses.

Depois de ter visto e revisto os lances que foram referidos anteriormente neste blogue, continuo sem perceber o porquê de tanta raiva. Depois de os “academistas” não terem ficado reduzidos a 9 elementos, vir falar numa eventual grande penalidade - que deveria ter sido assinalada, na minha opinião – não é nada sensato, nem justo.

Entretanto, noutros campos, nada se passou de relevante em termos de arbitragens. Ponto final. Só na Luz. Ponto final.

Adenda:

A festa da Taça

Eis o que ditou o sorteio da Taça de Portugal:

Benfica - Nacional
Sporting - Paredes
Estrela Amadora -Boavista
Lixa - V. Setúbal
Marítimo - Vila Meã
Vitória Guimarães - Oliveirense
D. Aves - Académica

O
FC Porto ficou isento da eliminatória.

Especial Eleições Sporting: A campanha começou

Depois das intervenções públicas de Filipe Soares Franco estava curioso em saber as reacções dos já confirmados candidatos ás eleições do Sporting. Já antes, o Sector B32 tinha posteado sobre FSF ( aqui e aqui), justiça assim a quem ainda não tinha tido aqui o seu tempo de antena.

Dias Ferreira

Porque houve derrapagem financeira na construção do estádio? E da Academia? Mais valia terem feito um pavilhão em vez da Alvaláxia. Enfim, venderam a alma do Sporting e agora vendem-lhe o património... Os sócios deixaram de o ser, são agora tratados como clientes. Está preocupado por o Benfica ser maior? Para um candidato a presidente do Sporting é esquisito... e uma grande injustiça para a nossa massa associativa! Já o disse há um ano e repito-o: o Sporting está na mais grave crise da sua história.”

Guillermo de Lemos

Estou familiarizado com a situação actual do clube, que está no relatório e contas da SAD e do clube. Se o presidente autorizar que eu, como pré-candidato, veja as contas do clube, amanhã estou lá, todo o dia, para ver as contas todas! Não abri guerra até agora porque não queria desestabilizar o clube. Mas o dr. Soares Franco abriu a guerra, vai tê-la!
Mas, caso venha a ser eleito, uma coisa que garanto desde já é que o jornal do Sporting nunca irá acabar. Depois, sou contra a venda do património do clube, como ele vem agora defender. O Sporting é dos sócios


Confesso que até agora não estou nada convencido com Dias Ferreira, Guilhermo de Lemos ou, a confirmar-se a sua candidatura, com Luis Duque.
Acho que o “Projecto” é mesmo o único caminho a seguir, inclusivê, sem possível volta atrás. A ideia de ver o Sporting cair em mãos populistas preocupa-me. Sei que houve erros (demasiados até) na aplicação do “Projecto”, principalmente no que ao futebol diz respeito, mas não considero que isso seja razão para uma mudança de estratégia neste momento.
Como instituição estamos mais fortes, como clube de futebol estamos a ficar para trás dos outros dois grandes. E só por isso, justifica-se uma mudança de orientação. FSF já prometeu o tal redireccionamento de receitas e investimentos para o futebol, assumindo assim que esta á a principal e praticamente única actividade do Sporting mas e, atenção a este mas, sempre com os mesmos principios de antes. Rigor orcamental, tecto salarial e aposta na formação. E aqui estou totalmente de acordo com ele. Creio mesmo ser esse o único caminho de sobrevivência para um clube de futebol em Portugal.
Seja como for, gostava que estas eleições fossem vistas como uma oportunidade única de discutir ideias diferentes. No entanto, temo que entre na “peixarada” do costume. A ver vamos.

Se o ridículo matasse...

Esta não é nova, mas merece ser contada, para o caso de haver quem dela ainda não tenha conhecimento. No início da temporada, o FC Porto contratou um jovem da II Divisão que até costuma frequentar as selecções nacionais. O seu nome é André Leão. Segundo consta, as pessoas estão satisfeitas com o seu rendimento, mas parecia haver qualquer coisa ali que não batia certo. Depois de pensarem, repararam que era o nome. Havia que modificá-lo. Assim, hoje alinha pela equipa B do clube um jogador cuja camisola tem inscrito o nome André... Dragão!

domingo, janeiro 15

Benfica 3 - Académica 0

É a 8ª vitória consecutiva do Benfica, e a 7ª sem sofrer golos.

Desengane-se quem olhar para este resultado e pensar que esta foi uma vitória folgada dos campeões nacionais. Folgados foram apenas os números. A Académica apresentou-se na Luz muito bem organizada e disposta a dificultar a tarefa do Benfica. O Benfica entrou no jogo de forma determinada, mas cedo se viu em vantagem no marcador com um golo de Simão na conversão d e uma grande penalidade a punir uma mão de Roberto Brum no interior da grande área. Até ao quarto de hora o Benfica, muito bem organizado remeteu a Académica para o seu meio campo, fazendo a bola circular não dando hipóteses para os "estudantes" ensaiarem jogadas de ataque. A partir dos 15m a Académica libertou-se um pouco da "rede" benfiquista e começou a acercar-se da área de Moretto, tendo inclusivamente Roberto Brum obrigado o guarda redes a estirar-se e fazer valer a sua estatura para evitar o golo do empate. O Benfica atacava mais, mas os números ao intervalo mostravam que os academistas remataram mais à baliza do Benfica.

Na segunda parte o jogo foi mais dividido com os academistas a surgirem cada vez mais e com mais perigo na baliza dos encarnados. O melhor momento da Académica coincidiu com a saída de Beto (nunca pensei dizer isto) tendo-se ressentido o meio campo encarnado, já que Manuel Fernandes ainda não tem o ritmo de jogo ideal. nesta altura confesso que senti que o empate iria surgir mais tarde ou mais cedo, apesar das incursões perigosas que a espaços os jogadores do Benfica faziam, principalemnte por Miccoli e por Simão. Um pouco contra a corrente do jogo o Benfica fez o segundo golo por meio de Luisão, na sequência de um "balão" de Nuno Gomes, dando origem a inúmeros protestos dos jogadores forasteiros, alegando que na altura do "passe" Nuno Gomes terá tocado a bola fora das 4 linhas. O 2º golo do Benfica trouxe algum desnorte aos jogadores da Académica que daí até final não criaram mais perigo à defesa encarnada. Mesmo ao cair do pano, Nuno Gomes fez o golo da "praxe" aumentando para 13 a sua conta pessoal.

Por tudo o que fez a aAcadémica não merecia de forma alguma perder por 3 golos de diferença. Destaque para as exibições de José Castro, um autêntico "muro", Roberto Brum, e Filie Teixeira que colocou sempre em sentido os defesas do Benfica.

Quanto ao Benfica, há a destacar a excelente prestação defensiva da equipa que, apesar das várias mudanças, não sobfre golos há muito tempo. Destaque também para Simão que, apesar de tudo o que se vai dizendo sobre a sua saída (ou não) continua a demonstrar o excelente profissional que é, e ainda para Miccoli que hoje esteve muito mais activo e participativo. Quanto aos reforços: Robert ainda não tem condição física nem entrosamento necessários para ser titular, e Manduca não teve tempo para demonstrar muito embora tenha entrado muito bem e efectuado um excelente cruzamento para o 3º golo.

A equipa de arbitragem não teve uma noite fácil, com vários casos para ajuizar. Bem no penalti assinalado contra a Académica, uma vez que Roberto Brum toca intecionalmente com a mão na bola. Na 2ª parte os jogadores da Académica reclamaram penalti por mão de Luisão, quanto a mim sem razão uma vez que Joeano remata a menos de um metro de distância de Luisão e este não tem hipótese de desviar o braço, nem qualquer intencionalidade de jogar a bola com o braço. Ainda o lance do 2º golo do Benfica, as imagens não são esclarecedoras, ficando a dúvida de Nuno Gomes tocou na bola dntro ou fora das 4 linhas. De referir uma entrada duríssima de Ezequias sobre Beto (punível com cartão vermelho) sem qualquer sansão disciplinar, tendo ainda o árbitro "perdoado" o 2º amarelo a Danilo.

Nota ainda para as declarações do presidente da Académica no "flash-interview" da SportTv, muito crítico em relação à arbitragem desta noite, e não só, deixando implícita uma crítica aos dirigentes do Benfica: "alguns clubes deviam preocupar-se mais com a arbitragem em vez de andarem á procura de avançados". Era algo que ele deveria desenvolver...