segunda-feira, março 31

Até onde vão os três do costume?

1. Benfica
Campeonato: ainda é cedo, até pelo passado recente, mas a verdade é que o título está cada vez mais perto. Quem acredita, sinceramente, que os encarnados vão deixar voar o título?

Taça de Portugal: depois da derrota com o FCP, a segunda mão será dramática. O FCP vai tentar salvar a época internamente mas um golo é perfeitamente recuperável, apesar de ser um resultado difícil.

Liga Europa: frente ao AZ, que muitos se apressaram a classificar como a "equipa mais fácil" (no ano passado era o Leverkusen, o Bordéus, os turcos), o Benfica tem de mostrar toda a sua força, pois o futebol holandês é bastante atacante e aquela coisa de ficar na expectativa poderá trazer dissabores indesejados. As esperanças mínimas são voltar a chegar às meias-finais.

2. Sporting
Campeonato: o segundo lugar já não deve fugir, até porque o Sporting não perde pontos e continua a fazer uma bela prova. A conquista do acesso directo à LC é um justo prémio? Parece-me que sim, indiscutivelmente. Mas ainda há sportinguistas que acreditam no primeiro lugar?

3. FCP
Campeonato: ainda na luta pelo segundo lugar, claro. Não acredito que lá cheguem (até porque acho o Sporting competente o suficiente) mas ali nunca se atira a toalha ao chão (e quem não se lembra do que aconteceu naquela última jornada em 2005, frente ao Nacional da Madeira...?).

Taça de Portugal: na Luz será uma equipa muito difícil de bater e duvido muito que não marque um golo. Mantém um ascendente e normalmente isso tem bastado.

Liga Europa: aposto que aqui o FCP vai meter todas as fichas. Uma vitória europeia (mesmo que de segunda linha), faria esquecer (talvez não por completo) uma época muito fraca internamente, com o tri-equívoco Fonseca-Licá-Josué.

Curtas.

1. Em Braga, o Benfica deu um passo de gigante rumo ao 33º título. Apesar da fraca exibição, apesar dos nervos, a equipa cumpriu o objectivo e somou a oitava vitória consecutiva, numa série em que sofreu apenas dois golos.

2. Os benfiquistas só querem festejar a vitória no campeonato e, por isso, não interessa muito se a estratégia é boa, ou se podia ser melhor. Vencemos, bem, sem ajudas do árbitro e, depois de termos feito uma exibição contudente na jornada anterior, desta vez tal não foi possível.

3. E Alvalade o Sporting voltou a vencer pela diferença mínima (já perdi a conta às vitórias por 1-0 ou 2-1) mas isso não retira o valor da vitória contra um Guimarães que voltou a causar problemas como já tinha causado na Luz e no Dragão. A Liga dos Campeões quase garantida é um justo prémio para a classe de William Carvalho, a fidelidade de Patrício e a competência de Jardim.

4. Na Madeira, sexta derrota do FCP, merecida, diga-se. Um FCP incapaz de responder como no último jogo, e de cabeça perdida após uma actuação muito fraca. Quaresma ainda enganou Capela, mas felizmente falhou o penálti. O lance de Jackson é bem anulado pois o colombiano faz falta nas costas do madeirense. Felizmente para os portistas, o Estoril perdeu com um surpreendente Rio Ave.

Ficamos todos à espera de um castigo pesado a Quaresma. Já pela segunda vez tenta agredir adversários (a tentativa de agressão é punida por Lei) e nada lhe acontece. É um jogador muito fraco de cabeça e espero sinceramente que Paulo Bento não o leve à Selecção, assim como o Fernando, ou o Josué (rir).

sábado, março 29

Bruno de Carvalho sem papas na língua.

O homem diz tudo aquilo que o comum adepto também diz. Sem medos, a chamar os bois pelos nomes e sem hipocrisia: o sucesso desportivo do FCP é uma fraude sustentada na corrupção e, enquanto a justiça não penalizar os responsáveis, nunca conseguirá ter o respeito dos adversários.

E reparem na expressão corporal do "jornalista", incapaz de controlar o desconforto que as palavras do presidente leonino lhe causavam, ao mesmo tempo que ia endurecendo o tom das perguntas, recorrendo ao sarcasmo e à ironia (que na posição de um jornalista é totalmente inadmissível).

Bruno de Carvalho é o rosto mais corajoso que já vi no desafio ao sistema.

sexta-feira, março 28

No Domingo, Pedro Proença volta a arbitrar um jogo do Benfica: a saga.

No Domingo, Pedro Proença volta a arbitrar um jogo do Benfica.

E estes são os factos.









O meu prognóstico: Braga 0 BenficaMarkovic, Lima, Rodrigo, Gaitán, todos na primeira parte.

Avassalador.

















Dois lances claros para vermelho directo. O FCP foi avassalador, especialmente nas agressões sem castigo.

Havia de ser com o Sporting e hoje todos teríamos assistido a uma entrevista ainda mais mordaz e sem papas na língua de Bruno de Carvalho. Assim, temos que nos contentar com o silêncio de Luis Filipe Vieira que provavelmente está a fazer contas ao dinheiro que ganhou com a venda de acções do Benfica e, po isso, não tem tempo para defender o Clube do qual é presimente.

quinta-feira, março 27

Benfica.

1. Uma derrota por 1-0, numa eliminatória a duas mãos, em casa do adversário que mais vezes nos venceu nos últimos 30 anos, pode ser um resultado aceitável. Para além do mais, o Benfica entrou em campo claramente em poupança, sem os titulares Oblak, Siqueira, Enzo, Markovic, Gaitán e Lima. Como se não bastasse, Sálvio e Cardozo estão ainda num momento de forma muito delicado.

Tivémos que contar, também, com uma estranha mas habitual força extra dos jogadores do FCP que viram, e bem, neste jogo, uma oportunidade de recuperarem algum ânimo para o que falta da época (LE, TP e segundo lugar no campeonato).

O mais importante foi, no entanto, conseguido por acaso: levar a decisão para a Luz, quando o campeonato pode já estar decidido.

2. Pior do que perder, foi ter perdido com um FCP muito inferior. Foi ter demonstrado pouco futebol e ter perdido a oportunidade de dar uma machadada no orgulho portista. Não se trata de fazer do Dragão o salão de festas, trata-se, apenas, de vincar uma superioridade que, se calhar, não é assim tão grande.

3. Os benfiquistas têm de perceber uma coisa: com Jesus, nunca se sabe. Em 5 anos apenas por duas vezes nos mostrámos sem medo (na primeira época, e esta época, nos jogos da primeira volta) e com os resultados que sabemos. De resto, têm sido humilhações atrás e humilhações. Normal. Jesus é isto, sempre foi e sempre será.

4. Uma equipa não pode, contudo, ganhar sempre. O futebol é isso mesmo e perder um jogo pode, muitas vezes, ser um factor positivo para o futuro de uma equipa. Certamente que os jogadores não quiseram perder. Certamente que tudo irão fazer para vencer o que falta (e falta tanta coisa!).

5. Para o Benfica, está tudo em aberto e em Braga vamos ver o que a equipa poderá render. Só a vitória interessa e só a vitória está no pensamento de todos. Acredito que vamos trazer os três pontos da Pedreira.

6. Ontem foi dia dos mortos saírem das urnas, sacudirem o pó e destilarem veneno. Foi o Ribeiro Cristóvão, foi o Rita, foi o costume. É o Cardozo que é "finito", é o Benfica que "treme", é o FCP que afinal é uma equipa "assombrosa", cheia de valor e capaz. Ou seja, as facas afiam-se e os benfiquistas devem estar atentos, já que os dirigentes do clube nada fazem ou vão fazer para proteger o grupo de trabalho.

7. Ver o nosso treinador aos abraços a Pinto da Costa mete-me nojo. Muito nojo. Depois de ter assumido as dores do "cadeira de sonho", o treinador do Benfica mostra pela enésima vez o respeito que tem pelo Clube e pelos adeptos: nenhum.

Pode ganhar tudo, pode ser o maior e mais melhor bom do universo, pode ser único no talento, mas eu, como benfiquista, tenho vergonha de o ter como treinador.

E LFV vai continuar desaparecido, vai continuar a deixar tudo e todos expostos aos ataques do exterior. Afinal de contas, o Benfica não é a sua prioridade.

quarta-feira, março 26

FCP em vantagem.

Jogo estranho, muito mal jogadinho mas, pelo menos, com entrega de todos os jogadores. O FCP entrou forte e chegou à vantagem por Jackson (todo roto mas letal). Continuou a dar mais azul mas o Benfica reagiu e equilibrou o jogo. Até ao intervalo, pouco ou nada aconteceu de relevante (a entrada de Fernando era para vermelho mas o árbitro assim não o entendeu).

Segunda parte com um bocadinho mais de Benfica, mas muita confusão de parte a parte na altura de construir jogo.

Oportunidades repartidas, segundo amarelo a Fernando por mostrar (incrível como chegou ao fim do jogo) e uma segunda mão que promete.

O Benfica entrou sem Gaitán, Lima, Enzo e Markovic. Como seria o FCP sem Fernando, Quaresma e Jackson?

No fim fica uma derrota escusada, frente a um FCP sem jogo (com entrega, apenas) e mais uma oportumidade de mostrar superioridade (que é evidente).

Dia 16, Luz cheia e uma Final para conquistar. Agora é recuperar para Braga e fugir aos críticos encomendados que tudo vão pôr em causa até Domingo, criando fantasmas onde eles não existem.

Marco Ferreira esteve muito bem. Controlou bem o jogo, os jogadores e falhou muito pouco. Boa arbitragem.

Adenda: estar a ouvir o Ribeiro Cristóvão a falar em FCP "avassalador", "novo" e "completamente diferente" é só o início do que aí vem. Deve ser fodido vender a coluna a troco de um clube de futebol.

Hoje há bola.

Não parece, mas há. E logo um FCP-Benfica. Direi que não tem aquela carga emocional do costume (comparando por exemplo com a última ida dos encarnados ao Dragão) mas não deixa de ser um clássico.

E o que se joga hoje, afinal? Mais do que uma Meia-Final da Taça de Portugal. De um lado, o FCP vai querer (como sempre) vergar o Benfica, aproveitando dessa forma para recuperar algum do ânimo perdido ao longo da época e, ao mesmo tempo, para pressionar o adversário para os difíceis jogos que aí vêm (Braga, no Domingo, é o primeiro).

Do outro lado, o clube de Lisboa tem a oportunidade de mostrar que é, de facto, a melhor equipa portuguesa da actualidade e que quer encostar ainda mais às cordas um adversário que muito dificilmente acabará "morto" se vencer a competição em disputa.

Por tudo isto, penso que Jesus deve apostar num "onze" forte e não de recurso. As alterações deverão ser pontuais e é importante que homens como Garay, Fejsa, Enzo, Lima, Markovic, Gaitán, Rodrigo sejam titulares.

Alinhar com uma equipa secundária não é a melhor opção porque do outro lao vai estar uma equipa que quer vencer a todo o custo.

O ideal seria fazer alinhar ao mesmo tempo jogadores como Cardozo, Sálvio, Sulejmani ou Djuricic mas, penso, será demasiado arriscado.

Pensar já no jogo de Braga não faz muito sentido porque há dias suficientes para descansar (e o Braga também joga hoje) e os jogadores têm de estar preparados para fazer dois jogos numa semana (a rotatividade feita até agora tem evitado sobrecargas nos jogadores mais importantes).

Hoje, no Dragão, é para vencer, jogue quem jogar. Contudo, é apenas a primeira mão da eliminatória, pelo que a equipa deverá jogar com isso em mente, também.

terça-feira, março 25

"Querido, adulterei o resultado do jogo".

Hoje à noite a SIC passa uma reportagem com Pedro Proença, árbitro que foi acompanhado pelas câmaras e microfones da estação de Carnaxide nos treinos, jogos e afins. Diz que humaniza a figura do árbitro. A ver.

sexta-feira, março 21

Sorteio Liga Europa

O sorteio de hoje deverá permitir que, em princípio, as quatro melhores equipas em competição marquem presença nas meias finais. Benfica, Juventus e Valência são claramente favoritos nas respectivas eliminatórias. E o Porto, depois de eliminar o Nápoles, tem tudo para eliminar o Sevilha, ainda que os espanhóis representem, neste momento, um obstáculo mais complicado que AZ, Basileia ou o actual Lyon.

quarta-feira, março 19

Boa disposição

Apesar de tudo o que o envolve, o futebol ainda proporciona momentos agradáveis, que fazem sorrir. A gargalhada sai com naturalidade. Estou a falar obviamente do comunicado do Porto. Gosto especialmente desta frase:"...configuram uma intolerável violência moral com a intenção de constranger os agentes desportivos".
Será mesmo o fim?

terça-feira, março 18

O futuro imediato do Benfica.

Estando o Benfica em todas as frentes, os próximos tempos vão ser bem recheados de jogos e a gestão do plantel terá de ser exemplarmente bem feita para que continuemos, todos os benfiquistas, a sonhar com vitórias.

O plantel dá garantias e Jesus, até ver, tem cumprido com o prometido: os melhores para o campeonato. Se na Liga Europa a rotação tem sido bem feita, na minha opinião, dando lugar a jogadores que têm muito para mostrar, a verdade é que vêm aí dois jogos para a Taça de Portugal contra o FCP que serão, digo eu, mais importantes do que os Tottenham's desta vida. Como vai fazer Jesus? Jogam os melhores no Dragão? Uma mistura?

Esta Quinta-Feira os que entrarem terão uma excelente oportunidade para mostrar serviço: a eliminatória está quase resolvida, a pressão está do lado dos ingleses (toda) e todos sabem o que têm de fazer para ultrapassar com mérito mais este obstáculo.

Jesus vai estar novamente em foco. Lamentavelmente, não apenas pelo que faz dentro do campo, mas fora dele. Já tudo se disse, já tudo foi dissecado. Enquanto não perceber qual deve ser o seu papel, continuará a cometer erros e a ser tratado com desdém.

Se fosse treinador do FCP ou até mesmo do Sporting, Jesus poderia cultivar uma outra imagem: talvez a de estratega, de brilhante mind-gamer, ou até a de filósofo. Como está no Benfica, é o basófias, o ordinário e o ignorante. E sempre que dá o flanco, é naturalmente trucidado.

Lembro-me de quando Jesualdo esteva no Benfica. Era frequentemente apelidado pelos adversários de bêbedo e incompetente. Passaram uns anos e virou Professor. Uma cena douta, mesmo. Distinta. Até ganhou campeonatos (os únicos que alguma vez irá ganhar). Mais uns anos e voltou ao seu país para ser um respeitado gestor de formação, um especialista em cruzar os egos dos mais experientes com as imaturidades dos mais novos. E com um sucesso do caralho, acrescente-se. Talvez um dia, se voltar ao Benfica, volte a ser um fraco líder e um bebedolas.

Jesus deveria perceber isto. Alguém da estrutura (rir) benfiquista deveria explicar-lhe isto. O Benfica precisa de tranquilidade interna e tudo o que for dado numa bandeja aos adversários será aproveitado até ao limite.

segunda-feira, março 17

A Mota era uma Zundapp e a encomenda não chegou ao seu destino.

O jogo 
Depois de uma entrada algo desconcentrada, e do golo sofrido, o Benfica acelerou para uma primeira parte de bom nível. Marcou três belos golos, podia ter marcado mais dois. Na segunda, e contra o vento que prejudicou as duas equipas, os encarnados quiseram controlar um jogo que, na minha opinião, dificilmente podia ser controlado, dadas as condições atmosféricas.

Um lance fortuito ditou um golo do emprestado Djanini já na parte final do jogo e o Benfica tremeu, a começar pela baliza, onde Oblak continua sem me convencer, por muito que me esforce. Felizmente havia mais um coelho saído da cartola de Garay, que fixou o resultado final num mais do que justo 4-2.

Os comentadores
Retive duas pérolas fantásticas. A primeira: "Para mim é penálti". Para mim, és uma cavalgadura, pronto. A segunda: "Não expulsou o madeirense para não estragar o jogo". O conceito de estragar o jogo para o gajo é não cumprir as regras. Brilhante!

O Mota
Infeliz, muito infeliz, mas aposto que aquele penálti fazia parte de um plano qualquer para beneficiar o Benfica. Aliás, com a não expulsão do madeirense, mais convencido fiquei que o senhor Mota estava ali para beneficiar os encarnados. Felizmente eu estava avisado que o Mota estava "alinhado" para nos beneficiar, como alguém fez questão de dizer na anterior caixa de comentários. Imagino se não estivesse.

Imagino também que este seja mais um jogo que não entre para as famosas contas do presidente do Sporting. Afinal, o Benfica ganhou, apesar de ter sido mais uma vez bastante prejudicado.

O futebol
O Benfica joga bem e com Gaitán e Markovic apresenta momentos muito bons mesmo. Lima está a crescer, e Rodrigo é sempre um seta apontada à baliza. O meio-campo esteve bem, com Enzo e Amorim que, para mim, fez um jogo discreto, apesar de tudo. A defesa tem Siqueira e nunca sabemos o que dali poderá sair. Expulsão por amarelos? Passe para a bancada? É uma alegria. Maxi não tem pernas e como nunca foi muito inteligente, acabou por fazer algumas faltas absurdas. Os centrais estiveram bem, com Garay a fazer de Luisão na hora de meter a bola lá dentro.

O que fica
Um jogo complicadíssimo que foi ultrapassado. A equipa foi rigorosa e Jesus meteu os melhores do momento, indicando que, desta vez, a prioridade está bem definida. Sete pontos para o Sporting que continuará a alimentar o sonho pelo qual muito tem feito desde a primeira jornada.

Muita cabeça no festival de William

Ponto prévio: não gosto de ganhar com golos que tenham origem em situações irregulares, como foi o caso de ontem. Mas, como foi contra o Porto, podem descontar na conta dos 30 anos.

O golo: foi uma jogada extraordinária, pelo passe de William para André Martins, pelo cruzamento perfeito deste, terminando na cabeçada, como mandam as regras, do inevitável Slimani. Pena o tal fora-de-jogo a ensombrar um golo deste nível.

Quanto ao jogo, o Porto foi mais perigoso na 1ª parte, o que não significa que tenha jogado mais que o Sporting. Quaresma é que estava a desequilibrar e a expor Cédric ao ridículo.

Na 2ª parte o Sporting mandou, marcou um golo, falhou alguns e acabou por apanhar um susto valente quando Jackson ultrapassou Patrício mas viu Eric operar um pequeno milagre que impediu o empate.

Individualmente, William Carvalho foi o melhor em campo. E até uma pessoa que estivesse a ver futebol pela primeira vez seria capaz de apontá-lo como a figura da partida. É incrível a classe e tranquilidade de William naquele meio-campo. É muito difícil encontrar-lhe um defeito.

É também relevante a eficácia e o trabalho de Slimani. Muita gente questionava a sua qualidade mas aí está ele, jogo após jogo, a demonstrar a sua qualidade de matador. Excelente contratação.

quinta-feira, março 13

Obrigado!

Benfica na Liga Europa.

Hoje joga-se muito mais do que uma eliminatória numa competição europeia. O Benfica é um dos candidatos à vitória final mas, esta ápoca, existem mais concorrentes do mesmo nível, ou superior.

O discurso de Jesus é pouco tranquillizador, ao contrário do que possa parecer. Diz o mister: "A LE dá mais prestígio mas os adeptos preferem ganhar o campeonato".

Esta frase diz muito sobre Jesus e, sobretudo, sobre a estrutura do Clube. A Liga Europa é a SEGUNDA DIVISÃO. O prestígio que dá é relativo por isso mesmo. Os adeptos preferem vencer o campeonato porque, primeiro, estão fartos de o perder, segundo, porque sabem, ao contrário de quem manda no clube, que é fundamental para a consolidação interna - que é o primeiro passo para se ser mais forte na Europa.

E que Europa é essa? É, obviamente, a Europa dos grandes, a grande Liga dos Campeões, onde o Benfica fez três tristes figuras, em quatro participações. É esta a Europa que dá prestígio.

O que falta do campeonato é ainda muito e, todos os benfiquistas se recusam a festejar seja o que for, depois do desastre do ano passado. E o problema é este: irá Jesus abdicar mesmo da Liga Europa para se concentrar mais no campeonato? Duvido.

Contudo, acredito que o faça com alguma moderação. Jesus sabe da importância que a próxima jornada tem e esta primeira eliminatória contra o Tottenham terá de o demonstrar quando fizer a constituição da equipa.

Assim, o Benfica deverá jogar com:

Artur;
Luisão e Garay;
Sílvio e Siqueira;
Amorim e Fejsa;
Cavaleiro e Sulejmani;
Djuricic;
Cardozo

O jogo será muito complicado porque o Tottenham está com o orgulho ferido. Vai ser preciso correr muito...

terça-feira, março 11

Curtas.

1. O Benfica fez um jogo sério contra o Estoril e até alcançar a vantagem de dois golos mandou no jogo. Depois, foi o Estoril a dominar a bola mas sempre sem criar perigo. Os encarnados passaram o jogo a controlar o adversário e a tentar chegar ao terceiro em contra-ataque. A arbitragem foi o costume, muito fraca.

2. Na Quinta-Feira há jogo europeu e o Tottenham vai ser complicado. Levaram quatro do Chelsea e vão querer mostrar serviço. Contudo, acredito que mesmo com uma equipa secundária, o Benfica pode trazer um bom resultado de Inglaterra. Para já apostava no seguinte onze: Artur, Sílvio e Maxi, Luisão e Garay, Fejsa e Amorim, Cavaleiro e Sulejmani, Djuricic, Rodrigo. Do banco podem sempre saltar Sálvio, Gomes, Markovic, Cardozo, Lima, Gaitán, Enzo.

3. Bruno de Carvalho enganou-se nas contas. Sete pontos não colocariam o Sporting na liderança. E convém contar com os pontos de benefício e ter em conta o menos e o mais do rival que segue isolado. Não sei qual seria o resultado mas, de qualquer forma, podíamos levar um bocadinho mais a sério a intervenção do presidente do Sporting. Assim, foi só conversa para entreter, sem qualquer espécie de valor. Como é que se diz? Populismo barato.

4. Ronaldo continua a marcar pontos dentro e fora do campo. Uma verdadeira estrela.

domingo, março 9

O que foi aquilo no Bonfim?

Seguramente uma das mais ridículas arbitragens de que me lembro. E atenção que já vi muita coisa...

Barcelona desiste... de si próprio

A febre de estatísticas que irá assolar o rescaldo do Valladolid-Barça poderá ser resumida com um 'bitaite': nunca o Barcelona errou tantos passes. Uma assumpção obviamente exagerada que, no entanto, é premeditadamente utilizada para se dar noção de que no José Zorrilla 'aquele' Barcelona que todos conhecem simplesmente não apareceu. E por mais que se arranjem as habituais desculpas externas para uma derrota que poderá deixar, à 27.ª jornada (11 jornadas para o fim), os catalães a quatro pontos do Real Madrid, as causas terão que ser encontradas internamente. Isto porque o modelo que ganhou a hegemonia do futebol europeu, e mundial, não se revê na falta de controlo do jogo que a equipa de 'Tata' Martino revelou nos primeiros 30 minutos em Valladolid. 


Já por aqui se disse e, desta feita, se voltará a dizer. Ainda está para nascer um texto sobre qualquer Barcelona que não tenha Pep Guardiola envolvido. Assim como ainda está para nascer alguma entrevista feita a jogadores do Barcelona em que não haja, pelo menos uma, resposta com a sombra do Pep Team. Diz Xavi, por exemplo, que ''não vale a pena comparar (as duas equipas - a de Pep e a de 'Tata'), porque se ficaria sempre a perder''. Mas, se assim é (e é, de facto!), resta tentar perceber o que fazia com que os tempos áureos do Pep Team fossem tão avassaladores? A resposta irá ser vendida em qualquer revista, jornal, site ou até blog sobre futebol, mas por aqui a ideia será sempre caracterizada com a palavra 'transcendência'. Essa, criou sempre soluções para que 'desastres' como o deste sábado não assolassem um futebol que encantou o Mundo.

Para se ter noção, as saídas de bola 'desse' Barça raramente eram iguais. Assim como as movimentações do meio-campo, do avançado (ou falso avançado) e dos extremos, também eram sujeitas, jogo a jogo, a rectificações. Isto porque um sistema fechado - sem evolução, sem transcendência, sem ideia nova - não tem outro caminho senão o eclipse. Demore o que demorar, sem ideias superiores, qualquer plano acabará por cair. E sublinhe-se superiores, porque 'Tata' Martino até tem ideias... diferentes. Resta dizer que a nova saída de bola de 'Tata' é... chutar para frente. Assim como a procura dos laterais pelos avançados é também feita, várias vezes, a chutão. Ou seja, o que fez do Barcelona um conceito, está lentamente a desaparecer desde a saída do seu mentor. Já com Tito se havia perdido o controle inequívoco das partidas (ou pelo menos a real tentativa dele), para com Gerardo Martino se estar a assistir ao abandono de ideias superiores em detrimento da banalidade.

E não falamos sequer de jogo-directo ou de verticalidade, mas sim de despejos sem intenção. Se pressionado este Barcelona desiste do que o fez grande. Sim, como Piqué disse, também em entrevista', ''não faz mal chutar para a frente, se assim tiver que ser''. E quando não tem que ser, Gerard? É que o Barcelona escolhe agora a 'porta larga' para sair dos apertos. E com isso, tal como na primeira meia-hora desta partida, passa o tempo com tonturas defensivas à procura de uma bola que é jogada no seu meio-campo por equipas para as quais um triunfo contra o todo-poderoso sabe pela vida. Por isso, 'Vírus Fifa', relvados irregulares e adversários corajosos (desta vez nem houve rotações no 'onze'), só deviam fazer o Barcelona transcender-se, bater o pé e controlar, mais ainda, o jogo. Ao invés, com a bola a passar por cima, e ao lado, dos 'pequenitos', o Barça sujeita-se a perder jogos com golos de raiva como o de Fausto Rossi. O tal que deixa o Barcelona em terceiro, atrás do 'Atleti' e do Real Madrid, mas, pior, à procura da salvação. Que é como quem diz 'à procura de si próprio'.

Valladolid-Barcelona, 1-0 (Fausto Rossi 17')

Foto: Dennis Doyle/Getty Images

quarta-feira, março 5

Luís Castro, está apresentado.

Paulo Fonseca out.

Era o cenário mais provável e nem o facto de ser dia de aniversário do ex-treinador do FCP adiou o despedimento.

Fonseca vai e como alguns outros, não saberá muito bem o que fazer à sua carreira. Voltar a um Paços? Duvido. Contudo, as suas qualidades sofreram um rude golpe e esta aventura no FCP foi um autêntico pesadelo.

Obviamente que PF não deixa saudades aos adeptos portistas. A equipa nunca produziu de forma constante e não se vislumbraram grandes ideias no futebol praticado. Para além disso, e várias derrotas depois, a equipa surge humilhada num terceiro lugar, a nove pontos do líder Benfica e a quatro da surpresa Sporting.

Ou seja, na parte que dependia mais de PF, as coisas não correrem, efectivamente, bem. Contudo, existem vários factores que minaram o trabalho do ex-treinador do FCP.

O plantel foi reforçado com Josué e Licá, dois jogadores apenas medianos, e mais alguns de valor duvidoso. Fernando está sem vontade, Lucho foi para as arábias e o regresso de Quaresma, aposto, dividiu ainda mais o grupo.

Podemos falar ainda do dinheiro que falta. Os ordenados em atraso parecem ser uma realidade e assim, pouco há a fazer.

Não faço ideia qual o caminho que irá ser seguido pelo FCP. Alguns desdenham e afirmam que está quase morto, para outros está já enterrado, até. Mas é inevitáve que se fale, pelo menos, do fim de um ciclo. Não que eu acredite muito nisso porque, com os dirigentes que estão no meu clube, não bastará o FCP ficar mais fraco para voltarmos a ser o melhor clube de Portugal.

segunda-feira, março 3

Nico Gaitán and the Bad Seeds


Numa altura em que se enchem as redes sociais, e a blogosfera, de discussões à Lei do fora-de-jogo, parece mais pertinente referir que o líder Benfica tem boas e más 'sementes'. Se as boas serão sempre as da continuidade (a aposta em Jorge Jesus e no núcleo de jogadores da época passada têm dado garantia de regularidade), as más assentarão numa excessiva tentativa de controle de jogo sem bola. Contra o Belenenses foi notória a qualidade encarnada na gestão da 'posse' (algo que JJ finalmente conseguiu incutir nesta época), mas também uma tentação evidente em querer gerir o jogo sem o esférico. Com o 0-1 conseguido bem cedo (em mais um lance saído do génio de Gaitán), o Benfica foi alternando entre a 'posse' e a marcação zonal até se decidir, já na segunda-parte, por entregar a bola a um Belenenses que chegou a acreditar mas que acabaria por ser traído por Fredy.
 

Mas para se explicar a dualidade bola/sem bola do Benfica 13/14, terá que se regressar até a um início de época bem atribulado para os encarnados. Jesus queria incluir as contratações 'sérvias' no 'onze' e, com elas, uma gestão do jogo menos vertiginosa e mais criteriosa. O tempo, resultados e exibições traíram o técnico que teve de, em Alvalade, se decidir pela lógica da continuidade. Uma ideia que deu tempo a Jorge Jesus para ir lançando Markovic na equipa-tipo que chegou à final da Europa League em 2013 e fazer dele a pedra basilar que é hoje o prodígio sérvio na equipa. Mas para a história chegar até esta 21.ª jornada, e ao Belenenses-Benfica deste domingo, a mesma terá que contar o período atribulado que a defesa benfiquista passou até chegar a um número bem interessante sem sofrer golos. No início do 'frio invernal' chegou a parecer que qualquer equipa podia marcar de 'qualquer maneira' ao Benfica, mas desde que regressaram os treinos das 'cabeças partidas' (e desde que Jan Oblak agarrou a titularidade) o Benfica parece ter criado outra imagem de marca: a de saber defender, com excelência, sem bola.

E essa faceta até será bem importante, mas não tanto assim para a Liga doméstica. Contra o Belenenses, o Benfica não pode passar tanto tempo a ver jogar como passou desde que Nico Gaitán marcou - aos 7' com um belo chapéu, depois de uma excelente jogada individual. Quando controlou em 'posse', a equipa de JJ mostrou saber fazê-lo sem perder o domínio e o cérebro, daí que seja difícil de perceber o que aconteceu na segunda metade. De facto o Belenenses não assustava, mas a magra vantagem seria até fraca para se aguentar qualquer tipo de susto. Esse, acabaria por acontecer aos 71' quando o árbitro anulou um golo a Caeiro por alegado fora-de-jogo. Um lance que teve o condão de despertar uns azuis do Restelo que até aí tinham respeitado demais o Benfica. Fredy (que entrou aos 46') ia dando mostras de ser o mais inconformado (e perigoso) mas acabou por 'trair' a reacção da sua equipa quando não soube controlar as emoções, acabando por ser expulso depois de ver dois amarelos por protestos relativos à mesma jogada. Uma ingenuidade do extremo, que acabou por cessar um Belenenses que até esse lance dava mostras de poder intranquilizar uma defesa que tem sido de betão desde há várias jornadas a esta parte. Resta saber se a passividade dos adversários terá muito a ver com isso...

Belenenses-Benfica, 0-1 (Gaitán 7')


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domingo, março 2

21ª jornada.

1. Voltar ao Restelo (sei lá, uns 15 anos depois) e ver um Benfica desinspirado, sem futebol, molengão, depois de largar 20 euros para o boi do azul, valeu especialmente pela companhia.

Como de futebol tivemos muito pouco, podemos sempre falar da arbitragem. Lance capital, mal ajuizado, o fora-de-jogo que existe é posicional e só com muita "força" se pode concluir que esse jogador tem influência na jogada. O marcador está bem em jogo e o fiscal só tinha de esperar um pouco para perceber isso.

O resto, penso que tudo foi bem decidido: a expulsão foi óbvia, o amarelo por simulação foi igual ao do Siqueira em Barcelos e a tantos outros (e que toda a gente achou muito bem), e o pedido de expulsão do Fejsa só mesmo na cabeça dos habituais filhos da puta. Lá porque um gajo tem um amarelo, não significa que uma merda de falta seja merecedora do segundo amarelo. E têm estes gajos microfones e câmaras à frente.

Uma vitória pouco conseguida, ainda para mais com a ajuda do árbitro, não é fixe. Contudo, convém lembrar os mais esquecidos que na primeira volta foi a vez do Benfica ser prejudicado.

2. Em Alvalade mais do mesmo: a equipa da casa sem grande qualidade, mas com crença e com uma vitória justa. O Braga sempre que pressionava mandava no jogo mas, na verdade, pouco quis, o que não se compreende. Muito bem Slimani a aproveitar a oportunidade e Jardim (e os jogadores, obviamente) a montar uma equipa competente e focada. O Sporting beneficia do calendário mas, diga-se, não tem culpa disso. Como referi há uns dias atrás, são candidatos, a menos que uma equipa que ganhe os jogos quase todos não seja candidata.

3. Em Guimarães o FCP desperdiçou uma vantagem de dois golos, algo impensável na época passada. Não sei se foi justo o empate porque não vi o jogo com atenção mas, no fim, fica a sensação que Fonseca está mesmo esgotado.