sexta-feira, junho 29

E tudo o Bento levou.

A entrevista desta noite que Paulo Bento deu à RTP confirmou aquilo que já sabíamos: Paulo Bento é um homem de valores, íntegro, de trabalho, humilde e, muito importante, transparente.

Bento sabe que o lugar que ocupa é um privilégio. Bento sabe que o lugar que ocupa é uma de uma responsabilidade total. E sabe, também, que é aquilo que é, enquanto seleccionador, porque todos os outros, que habitam à sua volta, existem.

Comparando-o com Carlos Queiroz, um é a noite, o outro é o dia. Um é dotado de empirismo bacoco, o outro é dotado de uma sensatez elogiada. Um é um ego inflamado, o outro um de nós, sem deixar de ser ele próprio.

Os resultados estão à vista. Paulo Bento compreendeu muito bem qual o papel de um seleccionador e, pese embora não ser imune à crítica futebolística, agregou esforços em volta de um bem maior. Queiroz, por seu lado, afastou tudo do fundamental e tornou a discussão futebolística num exercício secundário, enquanto agredia jornalistas ou ofendia outros.

Hoje, gostei especialmente quando Paulo Bento não caíu na hipocrisia e defendeu os jogadores mas, também, a liberdade que nos assiste em mostrarmos aquilo que realmente somos. À sua imagem, claro.

Isto a propósito do facto dos jogadores terem chegado ao estágio ao volante de carros potentes e caros, naquilo que poderia ser encarado como uma insensatez, face à situação económica dos portugueses.

E aqui Bento não falhou o penálti: o país está na miséria, mas não é, seguramente, por causa dos carros que os jogadores conduzem quando vão para o estágio.

Final do Euro 2012.

Pedro Proença será o árbitro da final do Europeu 2012. Um prémio justo...

quinta-feira, junho 28

Apostas Europeu 2012: Final.

Já temos vencedor, seja qual for o resultado da grande Final, no Domingo. O Gonçalo ganhou as apostas, resta saber com quantos pontos. Parabéns, Gonçalo!

No ficheiro estão já os resultados finais de alguns, onde eu me incluo, pois não tenho nenhuma das equipas apuradas para a final. Resta saber se aguento a terceira posição (se a Itália vencer) ou se sou ultrapassado por vários jogadores, sendo que será o Miguel a ocupar o terceiro lugar do pódio, caso vença a Espanha.

Entretanto, o J. garantiu o segundo lugar. Parabéns, J.! Nada mau para quem não percebe um cu de bola! :)

Uma palavra para o Nuno que desde que colou ao último lugar, nunca mais de lá saíu! Grande abraço!

De qualquer maneira, enviar-vos-ei o ficheiro final, no Domingo. Obrigado a todos os participantes. Daqui a dois anos há mais.

Mais uma vez, parabéns, Gonçalo!

PS: conforme combinado, o vencedor não paga a conta do jantar que havemos de organizar um dia destes. Vamos falando sobre isso, por email.

Ma che bella, questa Italia!

"O facto de a Alemanha não ganhar à Itália não é mais do que uma coincidência", disse Klinsmann, antes do jogo.

Não, não é. Os gajos são mesmo bons e hoje, provaram-no, pela enésima vez.

Que Itália! A vencer por dois golos e em busca do terceiro. O mundo está louco, mas não é porque os italianos ganharam.

O Pedro Ribeiro é daqueles que vai fazendo o comentário às equipas à medida das incidências do jogo. São disparates atrás de disparates. Ah, e toma duas batatas do Balotelli, o tal que não devia jogar.

Vitória absolutamente justa. De uma verdadeira equipa (vê-se que é um grupo fortíssimo, que se apoia em todos os momentos do jogo) que nunca se desequilibra, que nunca se distrai, contra uns alemães a quem faltou humildade.

Parabéns aos italianos e que vençam os espanhóis na grande final.

Europeu 2012: Portugal.

É consensual: Portugal teve uma digna participação e, no final, fazer parte das quatro melhores selecções europeias, é um grande orgulho.

Ontem, nos penáltis, o falhanço de Moutinho deu a volta à sorte daquela lotaria que tantas alegrias já nos deu. Durante o jogo fomos iguais a nós próprios e a Espanha apenas nos foi superior no prolongamento. Afinal, são os melhores da Europa e do Mundo, e tinham de o demonstrar.

Como equipa fomos sempre humildes e sérios. Agressivos e ambiciosos. Em comparação com o Mundial foi isso que fez a diferença: querermos mais do que o mínimo. Ontem, não fomos felizes nos penáltis, mas não ficou aquela sensação horrível de ter ficado alguma coisa por fazer. Parabéns ao Paulo Bento, por ter recuperado uma selecção destroçada, com abandonos em catadupa, muitos deles mal explicados.

Individualmente:

Patrício – Não fosse o jogo de ontem e teria passado quase despercebido. Não fez nenhuma defesa difícil, não teve culpas em nenhum dos golos sofridos. Não se valorizou. Nem desvalorizou. Eu, que nem sou apreciador do rapaz, reconheço, contudo, que esteve sempre muito tranquilo na baliza, tendo transmitido grande segurança NOTA 7

Pereira – O elo mais fraco do sector defensivo, surpreendeu-me pela positiva. Tem aquele estilo pouco seguro mas fez das tripas coração, nunca virou a cara à luta e falhou pouco. NOTA 7

Alves – Não fosse o jogo de ontem e teria sido um dos melhores. Assim, foi “apenas” bom. Sempre autoritário e decidido, abusou das faltas contra os espanhóis e esteve sempre demasiado nervoso. Falhou o penálti quando não o podia ter falhado. NOTA 7

Pepe – Provavelmente o melhor central do Europeu. Falhou, talvez, no golo com a Alemanha, mas esteve sempre disponível, nunca se escondeu, arriscou, cortou espectacularmente, foi um líder e mostrou uma capacidade física invejável, para quem joga num dos campeonatos mais exigentes do mundo. E marcou um golo. NOTA 9

Coentrão – Esteve sempre igual a si próprio. Muito voluntarioso, sagaz, dedicado. Nem sempre eficaz a defender mas sempre a colocar o seu corredor ofensivo em alta rotação. NOTA 8

Moutinho – Enormíssimo. Esteve em todo o lado e sempre com qualidade. Fez duas assistências o que revela bem a abrangência do seu papel em campo. Deu tudo e merecia mais. Falhou o penálti mas nem isso manchou a sua prestação. NOTA 9

Meireles – Está lá para partir, para esticar. Foi o que fez, por vezes sem grande critério. Mas esteve sempre a um bom nível. NOTA 7

Veloso – Sendo um jogador de quem eu desconfiava muito, só posso dizer que também me surpreendeu pela positiva. Entregou-se e colocou sempre a bola no chão, com classe e tranquilidade. NOTA 7

Nani – Para mim, a grande desilusão. Não esteve mal, longe disso, mas depositava grandes esperanças no extremo do MU. Começou bem, foi perdendo gás e acabou por não marcar um golo sequer. Deveria ter sido ontem. Contudo, teve momentos de classe. NOTA 7

Postiga – Sempre o considerei um excelente jogador e voltou a não me desiludir. Apesar de parecer “mole”, é bastante inteligente na forma como ganha os espaços (ou os “cede” aos companheiros). Marcou um belo golo mas a sua prestação real foi inquinada pela lesão. NOTA 7

Ronaldo – É um orgulho nacional este rapaz. Acabou uma época de sonho, que entrou para a história do futebol mundial (que tem mais de cem anos). É uma arma letal e personifica a força, a rapidez e a vontade de vencer. É classe mundial e se fizéssemos todos um terço do que ele faz, não havia Merkel que nos fodesse o juízo. NOTA 9

Almeida – O mais fraco dos pontas-de-lança. É muito forte fisicamente mas tem pouco jeito nos pés e na cabeça. O jogo da selecção também não o favorece. NOTA 4

Oliveira – Apesar das críticas, acho que fez um bom Europeu para quem começou agora. Protege bem a bola, segura-a e passa. Nem sempre tomou as melhores opções mas ficou na retina aquele lance contra a Alemanha, no falhanço do Varela. NOTA 5

Varela – Mais um que me surpreendeu. Revelou-se um bom substituto e teve o seu momento de glória (Dinamarca), depois do momento de tragédia (Alemanha). NOTA 6

Tenho pena que Paulo Bento tenha rodado pouco a equipa. Havia algumas opções, como Quaresma, que poderiam ter dado mais à equipa.

quarta-feira, junho 27

Acabou o sonho.

Não sei se caímos de pé (deduzo que sim), nem sei se anulámos uma das mais brilhantes selecções do mundo. Sei que perdemos por penáltis para uma equipa que é melhor do que a nossa.

No prolongamento, os espanhóis foram melhores. Nos penaltis, também. Infelizmente.

Parabéns a todos os jogadores e técnicos portugueses. Sonhámos, outra vez. E isso só pode ser bom.

Joguemos hoje bem de pé!

Nada deve dar mais 'pica' no futebol do que o confronto com uma equipa, digamos, hegemónica. Uma equipa que desenvolveu uma forma de jogar legítima e que não permaneceu encostada ao que já existia. Criou, evoluiu e conseguiu (imensas) vitórias com isso. Com isso, também, criou um mito. Um mito que assusta os adversários e que lhes instala a dúvida: como jogar?

Neste Euro'2012, a Espanha levou sempre essa vantagem consigo para dentro do relvado. Uma vantagem que começa bem antes do apito inicial. Em todos os seus jogos, a campeã da Europa e do Mundo conseguiu instalar a dúvida em todos os seus adversários e eu tenho estado particularmente atento a esse facto. Ainda para mais quando nos toca agora, a nós, enfrentá-los.

Do que pude ler e observar - com a devida distância e com o desejo a toldar-me um pouco a visão .- não creio que a Espanha entre com essa vantagem no jogo de logo à noite. O conceito da primeira linha deste texto (a 'pica' que estes jogos devem dar) parece-me estar a ser cumprido à risca. Nunca vi tanto desejo por parte de uma selecção em quebrar a hegemonia que agora existe. A confiança e o querer existem, nota-se.

Bem, mas só pensar que sim e querer mais que ninguém não chega. É bom, mas não chega. Há que fazer e demonstrar. Porque no momento que entrarmos em campo sem dúvidas em relação ao que vamos fazer, esse é também o momento em que pela primeira vez provocamos a dúvida ao nosso adversário. Esta é a vantagem que tem que ser criada logo à noite, nos primeiros passes, nos primeiros duelos, nos segundos, nos terceiros... em todas as nossas acções no jogo, teremos de demonstrar ao que vamos. Não vamos às compras, não vamos à escola, vamos, só (!) quebrar uma hegemonia que, vista do lado de quem não está no topo, já dura há tempo a mais. E dura, como todas, porque em vez de se agir, reage-se, em vez de se confrontar, espera-se. Tantos e tantos exemplos a provarem que assim não resulta. De joelhos não se joga futebol! Joguemos hoje bem de pé!

Podemos saltar para o topo, podemos roubar o 'super-poder' que cria dúvidas nos adversários. Há alguma coisa nas vossas carreiras que dê mais pica que isto? Hã, meus meninos?! Vamos a isso!

terça-feira, junho 26

Portugal-Espanha.

Nos dois últimos encontros disputados com os espanhóis, vencemos um, de goleada, e perdemos outro, pela diferença mínima e com o golo sofrido em fora-de-jogo. O primeiro jogo foi um treino, o segundo, afastou-nos definitivamente do Mundial da África do Sul.

No primeiro jogo, fomos uma equipa agressiva sem bola, atacante e objectiva, com ela. No segundo jogo, fomos uma equipa expectante sem bola, e macia, com ela.

O jogo de amanhã será contra a actual campeã mundial e europeia, convém não esquecer. Muito gosta demasiada gente de, nestes momentos, adocicar os prognósticos, começando já a levantar-se a poeira dos tristes, que tão rasteirinha andou nas últimas duas semanas.

Agora é a altura em que alguns se sacodem e aproveitam para voltar à carga. Portugal não pode falhar, a Holanda era fraquinha e os checos uns coitados. Agora é que é a sério. E agora é que vamos ver se somos assim tão bons ou se, pelo contrário, voltaremos a cair para o buraco da mediocridade. O pó começou a levantar-se e está tudo a postos para uma tempestade de areia.

Que os jogadores sejam bravos e eliminem os espanhóis. E todos nós possamos continuar a respirar!

domingo, junho 24

Apostas Europeu 2012: meias-finais.

Já têm nos vossos emails o ficheiro das apostas actualizado (com mais algumas tabelas). Para já, ainda muita coisa está por decidir e mesmo o primeiro lugar pode ser conquistado por vários apostadores.

O Gonçalo continua na liderança com 125 pontos (pontuação máxima nas meias-finais). Eu apareço em segundo lugar, com menos 5 pontos (também com a pontuação máxima nas meias) e o Pedro surge em terceiro, com 113 pontos.

Apesar disto, no meu caso, por exemplo, apenas poderei ganhar caso Portugal vença o torneio (por ter as apostas iguais às do Gonçalo, menos no vencedor). Se passarem os favoritos Espanha e Alemanha, outros apostadores surgem bem apontados ao primeiro lugar. Mas o melhor é fazerem as vossas simulações para perceberem que resultados vos convem.

A mim só me interessa um: Portugal vencedor!

Euro 2012: 1/4 de Final.

Espanha 2 França 0
Por muito que desejasse a passagem dos franceses (pura e simplesmente por serem mais fracos), foi impossível acreditar que tal pudesse acontecer. Os espanhóis foram sempre mais fortes e a França nunca ameaçou Casillas. Ontem foi mais do mesmo: a Espanha é muito forte no passe e no controlo da bola, e tem alguns jogadores que são, de facto, mestres. Resultado justíssimo e a França mais uma vez a deixar uma pálida imagem numa grande competição, pese embora ter feito dois bons jogos iniciais.

Itália 0 Inglaterra 0 (4-2 após g.p.)
Mais um vencedor óbvio. A Itália apresenta-se sempre como uma das candidatas à final e reforçou hoje essa ideia. Os italianos foram melhores e mais perigosos do que os ingleses que pareceram mais interessados a passar o tempo até aos penáltis. Nesse momento, para bem de todos nós, apareceu Pirlo que fez aquilo que todos vimos e deu a volta ao marcador. Que jogador!

Graduating from the School of Hard-Knocks

Quase que subitamente, estamos de regresso. Numa jornada que todos os momentos-chave tornam épica, Portugal volta a ser protagonista num Europeu e tal como todas as outras vezes em que isso aconteceu a selecção nacional tem condições para tornar o sonho realidade, mas, mais uma vez, debate-se com um estigma que foi perdurando noutras epopeias. É que tirando o Euro em terras lusas, sempre que Portugal teve reais chances de conquistar uma Taça baqueou aos pés dos gigantes Adamastores. A má notícia é que ainda há dois deles em prova. A boa é que toda a oportunidade é uma chance de mudar a história.

A verdade. verdadeira, é que a Portugal nunca foi dada a honra de poder festejar um título internacional a nível de selecções seniores de futebol. É uma verdade tão absoluta que apesar de doer explica-se de várias maneiras, e nenhuma delas faz de nós uma potência alguma vez hegemónica do desporto que os lusos mais adoram. É também verdade que para haver eliminações tem de haver um desmancha prazeres. E de todas as vezes que Portugal chegou longe nas provas, esse desmancha prazeres é inevitavelmente, nessa época, um dos colossos que são apontados por todos os Platinis desta vida como os favoritos inevitáveis.

Um deles, já depois da brilhante caminhada de 1966 ter esbarrado na Armada Inglesa que se sagraria campeã do Mundo, até foi mesmo liderado por Michel Platini. A França que também subiria ao topo do pódio do Euro'84, quebrou o sonho de uma das mais brilhantes equipas nacionais. Daí até 1996 (tirando o interregno que Futre usa agora para contar 'histórias'), todas as fases-finais foram uma miragem que obrigou imensos miúdos a habituarem-se a seguir e a torcer por outros países. Mas na fornada já se encontrava a Geração de Ouro que nos havia de levar, nesse mesmo ano, a Inglaterra. Apesar desse torneio não entrar para as contas que me fazem escrever este texto, esse Euro lançou as bases para outra das mais brilhantes caminhadas nacionais. O Euro'2000 trouxe de novo a ilusão e aqui num sentido tão frio como o festejo de Zidane depois do golo que nos atirou para fora da final.

Mais uma vez, o colosso aparecia. A equipa sem dúvidas de si, a hegemónica, a confiante, a talentosa. Aquela que nos detalhes atrai sempre as vitórias para si, seja contra os Chipres seja contra outros históricos. E os resquícios dessa selecção gaulesa - de todas a melhor que já vi - duraram até 2006 para nos atormentar de novo. Não tão senhora de si, não tão confiante, não tão talentosa, havia de cair aos pés de quem todas as selecções podem cair. Era a melhor, ainda, mas já não ganhou, quase que como confirmando o adeus anunciado ao topo do futebol, foi derrotada por uma Itália abalada por um 'caos' que tão bem lhes serviu.

E se a França abandonou esse estatuto, outros haveriam de lhe pegar. A Espanha de Aragonés/del Bosque já conquistou Mundo e Europa e quer agora a terceira competição internacional seguida. O plantel continua vasto e o futebol continua a ser de topo e mortalmente vitorioso. Quase que como uma ironia dos céus, teria de ser esse o adversário a calhar-nos em 'sorte' para outro 'mata-mata' histórico. E porque raio haverão de as mesmas coisas acontecer vezes sem conta? Só haverá para mim uma explicação. Mais uma vez o destino oferece-nos a chance de mudarmos o rumo dos acontecimentos, mas uma vez os nossos 'demónios' nos perseguem à espera que os derrotemos. Nada que o chavão americano 'learning in the school of hard-knocks' não explique como o tão nosso português que reza que 'para aprender é preciso bater com os cornos'.

E cá estamos de novo. Agradados ou desagradados, confiantes ou desconfiados, o nosso demónio pessoal está aí de regresso e pronto para ser derrotado. A hegemónica, a confiante e a que atrai resultados está à nossa mercê para lhe darmos a estocada que não pudemos dar outras vezes. Como o fazer? As pistas - embora em condições totalmente diferentes - foram dadas em 18 de novembro de 2010. Na altura a pressão alta - que já Ricardo Costa confirmou - juntou-se a uma sede de vencer imensa. A vontade de nos assumirmos foi enorme e a cada cavalgada na Luz se sentiu isso. Quarta-feira, com todas as condicionantes e contingências (ninguém espere um igual 4-0), a linha de pressão vai ser na linha de meio-campo com Nani a ajudar o trio que mais tem batalhado neste Euro.

Do outro lado espere-se um Fàbregas titular para bloquear as saídas de Miguel Veloso, e um futebol que controla à espera do último passe mas sem a movimentação sem bola da equipa que lhes deu o plano. Os 'extremos' procuram muito menos as zonas interiores do que se costuma ver em Camp Nou e isso dá uma quantidade consideravelmente maior de passes falhados, que Portugal pode obviamente aproveitar. Em suma, Paulo Bento deve pegar em todos os aspectos das anteriores eliminações, juntar-lhe a vontade de assumirmos o topo do futebol e explicar que sair deste Euro como a França fez é de longe a pior coisa que se pode fazer a um adepto. Blanc mudou e ainda hoje não se sabe o que uma França sem medo poderia fazer. Dessa gripe bem lusa estamos nós fartos e de todas as vezes que nos encontrámos nestes anos, sempre em prejuízo para nós, pode ser que ela agora se desloque de vez para Saint-Denis e nos deixe enfrentar o nosso maior desafio com as defesas no máximo.

sexta-feira, junho 22

Alemanha 4 Grécia 2.

Os alemães são os segundos semi-finalistas do Europeu e, diga-se, com toda a justiça. A Grécia nunca foi capaz de contrapor o poderio germânico e, pese embora toda a boa vontade, os gregos não vão continuar em prova.

Em relação ao jogo, só deu Alemanha na primeira parte e um-zero era escasso, ao intervalo. Na segunda parte, os gregos subiram um pouco mas era a Alemanha que ia criando oportunidades de golo. Contudo, num excelente contra-ataque, Samaras finalizou com estilo e empatou o jogo.

A reacção dos alemães não se fez esperar e logo com três golos. A Grécia ainda reduziu no último minuto, através de uma grande penalidade ("Estava de costas, o defesa", dizia a aventesma do Pedro Ribeiro).

A passagem da Alemanha é incontestável. São muito mais fortes, são melhores e fizeram pela vida. A Grécia, por sua vez, é uma equipa limitada mas, dentro daquilo que são as regras do futebol, disputou o jogo com lealdade, com garra e dignidade.

Por isso mesmo, não percebo a insistência do comentador Pedro Ribeiro em ser jocoso para com os gregos. Sempre a desprezar a equipa de Fernando Santos. Se havia um grego que roubava a bola a um alemão, a culpa era do alemão. Nunca era mérito do grego. E se fosses pró caralho, ó Pedro Ribeiro? Pagam-te para fazeres comentários como se estivesses numa tasca? És ridículo.

Podem voltar de charrete!

Portugal fez ontem, provavelmente, a melhor exibição de todas no Europeu, tendo em conta o adversário. A República Checa era, colectivamente, superior à Holanda (um portento individual e uma das favoritas) e à Dinamarca (muito fortes fisicamente), mas inferior à Alemanha, grande candidata ao título, a par da Espanha.

Havia um certo receio que a Selecção fosse encontrar muitas dificuldades em furar a boa organização defensiva dos checos pois a nossa grande arma, até ontem, era aquele futebol de transição, mais (Holanda) ou menos (Alemanha) apoiado.

Durante a primeira meia-hora, ambas as equipas foram demasiado prudentes. Portugal insistia no passe longo (acabou por ser assim a jogada genial de Ronaldo, ao poste) com poucos resultados e os checos tinham algum ascendesnte, apesar do perigo nulo que criaram nesse período.

A partir daí, tudo mudou. Postiga saiu lesionado e entrou Almeida, que veio dar maior poder de fogo, mas menos pressão sobre os defesas e menos profundidade no ataque, pois é muito mais fixo do que Postiga.

Portugal tomou então conta do jogo e assim foi até ao minuto 90. A equipa encontrou-se, Nani, Ronaldo, Meireles, Moutinho, os laterais e Veloso, encheram o campo, de bola no pé. Não foi extraordinário, mas isto não é a "laranja mecânica".

O golo é magnífico: Nani recebe, toureia o adversário, segura, contemporiza, passa inteligentemente. Moutinho sobe, recebe a bola ao mesmo tempo que procura o espaço vazio, corre, faz um centro magistral. Ronaldo vem de trás, cheio de força, salta, cabeceia e faz um golo estrondoso e totalmente merecido.

Faltavam uns 15 minutos e a equipa não baixou, manteve-se atenta, concentrada e até a querer ampliar o marcador, e isso também é de enaltecer.

O resultado justo seria 3-0. Ronaldo continua a sua adoração com os postes e, não fosse isso, poderia já ser líder destacado nos melhores marcadores. Nani ainda não facturou mas pouco falta. Pode ser já no próximo jogo, se faz favor.

De resto, já tudo se disse: muitos parabéns aos jogadores e técnicos. Já nos fizeram sonhar e já nos deram mais do que esperávamos (e do que vos era exigido).

Cristiano Ronaldo!

quinta-feira, junho 21

Extraordinária Selecção Nacional!

Ao ver as imagens do jogo, com as super slow motion fantásticas, salta à vista o comprometimento dos jogadores e técnicos, a união do grupo, a emoção de Ronaldo, os dribles de Nani, a profundidade de Moutinho, o esforço de Meireles, a coesão de Pepe e Alves, a raiva de Pereira, o gigantismo de Coentrão, a impavidez de Patrício, a tranquilidade de Veloso, e a brutalidade de Almeida.

Isto foi lindo, hoje. Tem sido assim neste Europeiu, e estes gajos merecem os nossos aplausos porque mostraram trabalho, dedicação, humildade e, não menos importante, futebol.

Ronaldo, és o maior, um herói nacional!

Parabéns Selecção Nacional! És um orgulho da nação!

Ronaldo! Portugal!

Uma alegria imensa!

O estranho caso de Paulo Pereira Cristóvão.

A entrevista a Paulo Pereira Cristóvão (PPC) foi uma calamidade. Quem a viu, não pode ter ficado indiferente ao atentado que foi cometido pela peça jornalística apresentada, bem como algumas questões levantadas pela Judite de Sousa.

PPC defendeu-se como pôde e, resumidamente, garantiu, pela sua honra e pela honra de todos os sportinguistas, que nunca recebeu um tostão do SCP, muito menos ilegalmente, directa, ou indirectamente. Mais, garantiu que tem o apoio de toda a gente da direcção e que, no final, vai sair ilibado de tudo o que é acusado. Não seria a primeira vez, e não teria nada de estranho.

Em relação ao caso "Cardinal", PPC garantiu igualmente que não tem nada a ver com o assunto.

O que é estranho, neste caso, é a quantidade de informação que salta cá para fora, referente ao caso. E é tudo feito às claras. A jornalista da TVI fez referências inadmissíveis ao processo que, no limite, nem sequer sabemos se são verdadeiras.

Neste sentido, PPC esteve muito bem, ao recusar-se a debitar informação que está em segredo de justiça. Mas está com azar, neste capítulo, pois todos os dias assistimos ao mesmo, e nunca ninguém vai preso, apesar de ser um crime punível com pena de prisão. Por isso, a sua preocupação deveria ter sido outra, começando por denunciar todos os casos conhecidos de fuga de informação.

Devemos defender-nos nos locais apropriados, neste caso, no Tribunal. Mas como evitar chegarmos à barra do mesmo sem que haja uma prévia condenação? Os juízes também lêem jornais...

Que o PPC está metido numa alhada, disso ninguém tem dúvidas. Resta saber, qual.

quarta-feira, junho 20

E depois, haverá mais?

No jogo de hoje à noite só um resultado interessa: a vitória de Portugal. Depois de duas boas exibições contra a Dinamarca e Holanda, importa manter o nível de exigência.

Ronaldo é, mais uma vez, o foco principal. Será sempre assim e, logo mais, queremos a força, a potência e os golos, outra vez.

Mas contra a República Checa tem de haver ainda mais equipa do que a que houve contra a Holanda. Tem de haver ainda mais Pepe e Coentrão, Pereira e Alves, Moutinho e Meireles (ou Custódio, talvez), Veloso e Nani, Postiga e Oliveira. Os que jogarem, todos. E Bento, claro.

Vai ser difícil, mas eu acredito que vamos vencer, por 3-1, com três golos de Ronaldo.

Se perdermos bem, será decepcionante mas, na minha opinião, se a equipa mostrar vontade e garra, e se fizer o que sabe fazer, não daremos hipóteses aos checos, que têm um belo conjunto.

terça-feira, junho 19

Grande golo de Cristiano Ronaldo.

Podem ver, aqui.

Apostas Euro 2012: 3ª jornada.

O Gonçalo (85 pontos) efectivou o assalto à liderança e está numa posição muito favorável à vitória final. E isto apesar de não ter vencido nenhuma das três jornadas.

Contudo, tem de ter cuidado com o Pedro (83) que, de penúltimo na primeira jornada, passou para segundo na terceira, com uma vitória na segunda jornada.

O Hugo teve uma ligeira queda mas está longe de estar fora da corrida. Passou de líder para quinto lugar (79), mas está apenas com 6 pontos de atraso para o líder.

Eu (80) acabei por ser o vencedor desta jornada, a par do Sérgio (79) que fez uma excelente recuperação.

O LMGM (59) acabou por ser a grande desilusão desta jornada, com uma queda do quinto para o 16º lugar. Há que lutar por um lugar europeu!

Já sabem: a partir de agora já só interessa o vencedor dos jogos (seja nos 90', seja no prolongamento, seja nos penátis). Os resultados já não contam.

Grupo D: 3ª jornada.

Suécia-França
Grande exibição dos suecos que não quiseram despedir-se da competição sem mostrar o seu real valor. Foi para mim uma desilusão nas duas primeiras jornadas mas hoje foi a equipa que estava à espera. E venceram justamente a França, que nunca foi capaz de criar as melhores condições para rematar à baliza. Esta Suécia é, para mim, superior à Dinamarca, pois são uma equipa mais evoluída tecnicamente e que conta com uns dos melhores jogadores do mundo, Ibra. Achei piada ao comentador que se focava no facto do sueco ter sido uma desilusão e que nem um golo havia marcado. Lá está: não é preciso marcar para se jogar bem, e este ponta-de-lança, médio criativo, extremo, trinco e central, é a prova disso mesmo. Foi para um dos melhores jogadores da competição pois esteve sempre a um nível muito superior. É um pura classe.

Inglaterra- Ucrânia
Rooney voltou e facturou. Não vi este jogo mas o resultado é o mais esperado. A Ucrânia não tem capacidade para mais e, neste grupo, acabam por passar as equipas mais fortes. O Leste europeu está (quase) todo fora.

Grandes ¼ de final em perspectiva
Portugal-República Checa
Grécia-Alemanha
Espanha-França
Inglaterra-Itália

segunda-feira, junho 18

Grupo C: 3ª jornada.

Itália-Irlanda
Resultado normal, num encontro em que os italianos podiam e deviam ter resolvido mais cedo o jogo. Até aos 60 minutos só deu azul mas depois, um pouco estranhamente, voltámos a ver o "catenaccio" que ainda não tinhamos visto neste Europeu. Balotelli resolveu perto do fim, e estragou-me a pontaria nas apostas. Idiota. Os irlandeses são aquilo que sempre foram: limitados tecnicamente e sem criatividade. Sobra-lhes o sangue e o suor o que, nestas andanças, raramente é suficiente.

Espanha-Croácia
Não vi o jogo mas teria sido bom um golo croata. Contudo, a Espanha pode ter abordado este jogo como um "frete" e não ter feito melhor por ter entrado um pouco em regime de poupança. De resto, neste grupo passam as melhores equipas, apesar de ter ficado bastante agradado com o futebol dos croatas.

domingo, junho 17

Com Ronaldo e a sua chave ninguém fica à porta dos 'quartos'

Ele tinha de aparecer! Afinal de contas, tal como as grandes equipas não passam muitos jogos sem perder, também os grandes jogadores não passam muito tempo sem fazer o gosto ao pé. E o que define os melhores, é essa mesma regularidade. Não é a toa que Ronaldo é o único que pode ombrear com Messi, mas nos dois primeiros jogos do Euro'2012 quase toda a gente se esqueceu disso. Felizmente, Cristiano não se esqueceu de quem realmente é e liderou com classe a Selecção nesta passagem aos 'quartos'. 

Os melhores não são os melhores por acaso. Ronaldo, o português, é, sem a menor das dúvidas, um deles, mas isso não é garante absoluto de sucesso em todas as acções que faz. Mas, ao contrário dos 'coveiros' que se despacham a fazer o funeral a quem não corresponde às suas expectativas, toda a gente que realmente seguiu (e segue) a carreira de Cristiano Ronaldo sabia que ele tinha que aparecer. Até por uma questão de probabilidade era quase impossível o 7 português não demonstrar na Ucrânia, o futebol e os golos que fizeram dele ídolo nos quatro cantos do Mundo.

Obviamente, aparecendo Ronaldo tudo fica mais fácil, mas para ele aparecer tem - como já aqui escrevi desde que começou o Euro - de haver bola. Portugal entrou mais uma vez à espera de saber o que o adversário podia fazer e mais vez o soube da pior maneira: com um golo sofrido. Contudo, confesso que dei graças por o golo de Van der Vaart ser tão 'madrugador'. É que assim haveria sempre mais tempo para a já habitual reacção da armada lusitana. A partir daí, como noutras partidas, tudo mudou em questão de minutos.

Os centrais passaram a encontrar linhas de passe no meio e não na linha de fundo. A chegada à baliza pensou-se e fez-se de pé para pé com segurança, fazendo passar os holandeses muito mais tempo a defender do que os habituais três, quatro segundos, das transições lusas. E assim, claro como a água e sem grandes explicações secantes, se encontrou na Holanda uma debilidade defensiva que abria espaços a um Ronaldo que queria como nunca ser o protagonista do jogo. Estava escrito que com duas selecções que defendem mal, a que passasse mais tempo sem bola iria ter mais hipóteses de perder.

À saída para o intervalo já o empate não se justificava há muito pois a supremacia de Portugal nas oportunidades criadas, era por demais evidente. A segunda metade trouxe outro registo em muito ajudado pelo mentor do falhanço holandês. Bert van Marwijk, resolveu arriscar para um 3-3-4 que partiu uma equipa que já se encontrava bastante desequilibrada. Fez então sentido (pela primeira vez no Euro) o jogo de espera e transição de Paulo Bento. Com tanto espaço nas costas dos lentos defesas holandeses (só Van der Wiel tinha velocidade), o espaço para Ronaldo, Nélson e Nani criarem foi mais que suficiente para ampliar para números 'justos' a vantagem da Selecção Nacional.

Agora, seguem-se os 'quartos' e segue-se um adversário totalmente diferente dos adversários do 'grupo da morte'. A República Checa é na teoria um adversário mais fraco mas que pode aproveitar a dualidade que Portugal tem apresentado nos seus jogos. Neste domingo, contra a Holanda, o tempo passado a especular sobre o que o adversário pode fazer já não foi, por força das circunstâncias, muito, mas é obrigatório passar o menos tempo possível a defender contra os checos e contra qualquer equipa deste Europeu. É que o mito de que a equipa lusa defende bem, desvanece-se a cada segundo passado em 'organização' defensiva. Já a atacar, tendo a bola no meio-campo adversário, a recuperar alto e a criar oportunidades em espaços de tempo curtos, já se viu que somos bastante bons.

Portugal 2 Holanda 1.

Não podia deixar de aqui vir e deixar um grande obrigado a todos os jogadores e ao Paulo Bento por mais este momento de alegria imensa. Fomos superiores, fomos melhores, fomos quase tudo.

Ronaldo foi Ronaldo e os críticos hoje podem verter o seu fel para o Nani, que falhou uma oportunidade escandalosa. Por mim, continuo a confiar no extremo do MU que fez mais uma boa exibição e, como o resto da equipa, merece todo o nosso apoio.

João Pereira, Pepe, Alves, Coentrão, Patrício, Moutinho, Meireles, Veloso, Postiga, Ronaldo, Nani, Oliveira, Bento, Custódio, e todos os outros, merecem os parabéns. Foi uma alegria!

As cabazadas, as charretes, os mimados, os pagam-se mais tarde, ficam a chuchar no dedo, pela enésima vez. São o único motivo triste desta magnífica caminhada da nossa selecção: os abutres.

E que feliz eu estou por ter dito que íamos vencer por 3-1, com hat-trick de Ronaldo.

"Alguns estariam desejosos que fossemos hoje para casa", Paulo Bento. Já podem voltar!

Mais recordes do Ronaldo, aqui. Divirtam-se!

Laranjada

Grande jogo da selecção, grande atitude e grande vitória! Ganhámos por 1, mas devíamos ter ganho por mais. Fomos muito, muito superiores.

É impossível não falar de Ronaldo e da garra com que jogou este jogo. O homem queria mesmo marcar e marcou, duas vezes! A equipa esteve toda bem mas, além do CR7, tenho que destacar o João Pereira, Pepe, Coentrão, Moutinho e Nani. Que grandes jogadores temos, pena faltar banco.

Agora vamos acertar as contas de 96 e avançar fortes para as meias finais.

FORÇA PORTUGAL!!!

Grupo A: 3ª jornada.

Grécia-Rússia
Depois dos 4-1 à República Checa, ninguém adivinhava que os russos iriam sair pela porta pequena neste Europeu. É verdade que demonstraram qualidade (mesmo hoje) mas terão ficado demasiado inchados com a vitória no jogo inaugural. Quanto ao jogo, uma Rússia superior, com várias oportunidades de golo, mas a Grécia, naquele seu estilo manhoso, a fazer o mais importante, através do herói Karagounis (que saudades!). De resto, esta equipa foi bastante prejudicada neste Europeu e hoje, ficou um penalti claro por assinalar. Parabéns aos gregos!

Polónia-República Checa
Sem surpresas, os checos foram mais eficazes, num jogo com muitas oportunidades de golo. Acho que aqui valeu a maior experiência, contra uma Polónia demasiado entusiasmada e sonhadora. Pelo que percebi, os checos serão adversários de Portugal, caso passemos aos quartos-de-final. E pelo que vi desta selecção, teremos tudo para chegar às meias.

sábado, junho 16

Apostas Euro 2012: 2ª jornada.

Ao fim de duas jornadas, ou seja, 16 jogos, o Hugo continua em primeiro lugar, agora com uns excelentes 36 pontos. O Virgílio desceu uns lugares e perdeu o segundo, que pertence agora ao Gonçalo que, com os 22 pontos desta jornada, tem um total de 35 (a um ponto da liderança!).

O último lugar do pódio pertence agora ao Miguel, com 33 pontos (fez 24 pontos nesta jornada!).

Outros destaques vão para o Pedro e para o Nuno Cardoso, vencedores desta jornada com 25 pontos (o Pedro saltou do 17º lugar para sexto, com 31 pontos, e o Nuno de 13º para quarto, com 33 pontos).

De resto, do primeiro ao sétimo lugar (Marco, 31 pontos) distam apenas cinco pontos.

A maior queda foi a do J. que passou de terceiro lugar para penúltimo (apenas 9 pontos na segunda jornada, para um total de 23 pontos).

Em último está o Morgado (seis mais nove pontos, 17 no total).

Está tudo em aberto!

PS: vejam o vosso email porque vos enviei o ficheiro actualizado com novas tabelas classificativas para poderem ver a vossa evolução.

sexta-feira, junho 15

Grupo D: 2ª jornada.

França-Ucrânia
Os franceses deram poucas hipóteses aos ucranianos e fizeram um jogo super competente. Dominaram e estiveram quase sempre por cima. Foram dois mas a verdade é que a diferença poderia ter sido maior, tal foi a superioridade francesa. Os homens da casa demosntraram pouco futebol colectivo e foram apenas uma equipa com fogachos de energia, claramente insuficientes para um adversário que jogou com tudo.

Suécia-Inglaterra
Primeira parte um pouco aborrecida. A Inglaterra esteve talvez um pouco melhor do que a Suécia e a vantagem ao intervalo era justa. Não pude ver a segunda parte mas, já deu para perceber que as reacções, primeiro dos suecos e depois dos britânicos, foram muito boas, acabando por ser um dos jogos mais emocionantes da competição. A Suécia está fora e para mim é uma das desilusões.

Curtas.

1. As contratações do SLB sucedem-se a um ritmo alucinante, segundo os nossos jornais. Mas o que mais me preocupa é a eventual saída de Witsel. Bem sei que, se houver uma proposta real do Milão ou do Madrid, o belga não vai resistir, mas penso que todos ficavam a ganhar se se mantivesse mais uma época no clube.

2. Pinto da Costa foi recebido na Assembleia da República em clima de festa. Sou só eu que vejo algo de errado nisto tudo? E hoje, pediu prioridade para depor, no Tribunal, onde foi defender o grande amigo Queiroz, alegando motivos de saúde. Abram alas para sua majestade, porque o respeitinho é muito bonito.

3. Sobre o mesmo julgamento, o ex-seleccionador nacional diz estar tranquilo. E diz que confia na justiça. Cheira-me que a presença de PdC deu logo outro élan ao processo. Um gajo ofende outro, é processado por difamação e agora era condenado? Mas que justiça seria essa? Carreeeega Queiroz.

4. Cristóvão parece estar em maus lençóis. Antecipou-se com mestria, com a sua demissão, mas não evitou a acusação por burla qualficada, denúncia caluniosa, peculato, branqueamento de capitais e devassa da vida privada. Temos então um "Vale e Azevedo" leonino, agora, porque independentemente do desfecho, da fama já não se livra - recordo que o ex-presidente do SLB tem a haver do clube a quantia de 7 milhões de euros, apesar de ser considerado por muitos adeptos como um ladrão (ao que sei não roubou nada aquando da sua passagem pela presidência).

quinta-feira, junho 14

Grupo C: 2ª jornada.

Itália-Croácia
Um dos jogos mais emocionantes deste Europeu 2012. A Itália voltou a surpreender com um futebol mais ofensivo e durante a primeira parte mandou no jogo. Pirlo deu vantagem em livre directo, perto do intervalo. Na segunda parte, contudo, os italianos quiseram gerir o jogo e optaram por uma postura mais "à italiana". Os croatas aproveitaram e foram para cima dos azuis. Há ali muita qualidade individual e claro, Modric. O empate foi justo e a Itália tem, apesar de tudo, grandes probabilidades de passar pois a Espanha deverá vencer a Croácia.

Espanha-Irlanda
O que dizer? A perfeição ao serviço do futebol. Um baile durante 90'. Torres bisou e os irlandeses agradecem ao guarda-redes ter evitado uma verdadeira calamidade (4-0 foi um bom resultado para os irlandeses, para o que se passou em campo). A Irlanda está fora mas os seus adeptos fizeram a festa na mesma. Aquilo é muito orgulho, mesmo perante uma equipa de coxos. A Espanha precisa ainda de segurar o primeiro lugar e terá de estar a um bom nível para derrotar os croatas.

Learning in the school of hard knocks

Exasperante, desesperante, e tudo por causa de outra palavra acabada em 'ante'. A atitude expectante da Selecção tira do sério quem vê o futebol que a equipa é capaz de praticar sempre que está com 'fogo nas calças'. E quem vê esse futebol não se pode contentar com um 'plano' que permite a selecções tecnicamente mais fracas controlar o jogo a seu bel-prazer. A angustiante espera pelo golo do Dinamarca foi, mais uma vez, causada por uma estratégia que, garantidamente, nada de bom traz à equipa. Se Paulo Bento quer Portugal a defender e a explorar transições então há que defender bem e 'soltar' bem, coisa que Portugal, definitivamente, não faz.

A frase "o futebol é o momento" pode ter múltiplas interpretações. Hoje, depois da vitória (2-3) frente à Dinamarca, o 'povo' manifestou-se acerca dos momentos que achou mais importantes. A equipa marcou três golos, ganhou o jogo, e Cristiano Ronaldo - o melhor jogador português de sempre - falhou um golo só com o guarda-redes dinamarquês pela frente. Estes são os 'flashes' da partida e terão, com toda a legitimidade, alguma importância. Contudo, não posso deixar de escolher os meus momentos e em nenhum deles Silvestre Varela é herói e Cristiano Ronaldo vilão.

O meu momento não dura 10 segundos, nem acaba (para mal dos meus pecados) num ápice. Dura sim uma boa parte dos dois jogos já efectuados e tem que ver com a maneira passiva e expectante com que a equipa aborda as partidas. A nossa Selecção para o Euro'2012 abdica da bola e do controle do jogo, colocando 7(!) homens a bascular à frente da área, estando assim à mercê daquilo que o adversário pode fazer. Frente à Dinamarca, depois de marcar numa situação em que somos verdadeiramente perigosos (pontapés de canto) e numa das únicas jogadas com pés e cabeça, na primeira-parte, a Selecção desiste mais uma vez do domínio da partida e vê Bendtner reduzir antes do intervalo.

Depois, vinda dos balneários (desta vez sem atenção aos penteados 'novos), a equipa continuou a insistência numa estratégia que tem demasiadas falhas para ser verdade. Portugal dá demasiado espaço nos flancos (obviamente Cristiano Ronaldo tem ordens para não fechar o corredor esquerdo) e é demasiado macio quando a bola vem das alas para o meio. E se a atitude expectante já é suficiente para oferecer o controle da partida, o mau encaixe dos jogadores no adversário permite à outra equipa um sem número de situações que poderão causar real perigo. Dessas situações já surgiu o golo de Gomez na primeira jornada, como surgiu também (sem surpresa absolutamente alguma) o golo que empatou a partida em Lviv.

A jogar dessa forma, Portugal torna-se dependente do que a outra equipa pode fazer e isso num Euro onde não há equipas fracas torna-se demasiado perigoso. Curiosamente, esta estratégia (pelos golos sofridos) tem obrigado a provar que Portugal quando assume as rédeas da partida - quando não fica a 40 metros da baliza adversária com os centrais constantemente a chutar para o ar - é capaz de grandes momentos de futebol. E se 'só' grandes momentos não forem suficientes, Portugal domina, organiza, pressiona alto, e, imagine-se, cria reais oportunidades de golo. O que prova, indubitavelmente, que deve ser essa a estratégia-chave para a equipa neste torneio.

Sublinhe-se que nada tem a ver a minha aversão ao 'plano A' de Paulo Bento, com algum tipo de recalcamento com a Selecção Nacional. O amor pela mesma é incondicional, mas ninguém gosta de ver os filhos metidos em 'maus vícios', pois não? Há potencial para fazer um grande Euro mas as armas não tem sido aproveitadas da melhor maneira. Conte-se a bola que Cristiano Ronaldo tem nesta selecção. Conte-se quantas vezes o influente jogador do Real Madrid pode arriscar ao pé da área adversária. É que na Selecção quando Ronaldo perde a bola ele já só a volta a 'cheirar' daí a 10 minutos. Conte-se ainda a margem de erro com fica Ronaldo nisto e explique-se o porquê da falta de clarividência nas oportunidades falhadas pelo humano CR. É que dizer que Ronaldo 'não joga nada' é a maior das barbaridades, mas esperar que ele sozinho resolva uma equipa que, durante grande parte do jogo, não pretende jogar futebol... não lhe fica nada atrás.

quarta-feira, junho 13

Grupo B: 2ª jornada.

A Alemanha venceu a Holanda por 2-1 e está praticamente nos quartos-de-final. As contas estão todas um pouco confusas, ainda, mas com seis pontos, os alemães estão no topo do grupo.

Depois da vitória de hoje sobre os dinamarqueses, Portugal ocupa a segunda posição. Quase todos os cenários são possíveis no final da próxima jornada: ou três equipas com seis pontos, ou três equipas com 3 pontos, são talvez os mais confusos, porque depois não sei bem qual o critério de desempate (estes cenários significam que as três equipas empatadas - ou com seis ou com três pontos - estão também empatadas nos confrontos directos).

Alemanha-Holanda
Os holandeses são, provavelmente, para já, a grande desilusão da prova. No primeiro jogo faltou pontaria mas hoje, contra uma Alemanha sempre competente, faltou colectivo, havendo apenas lances individuais. Ainda assim, os holandeses ameaçaram o empate, fruto da enorme classe individual dos seus jogadores. Os alemães mostraram por que são candidatos ao título e Gomez mandou mais duas batatas lá para dentro.

Portugal-Dinamarca
Penso que Paulo Bento definiu bem o jogo ao afirmar que a vitória foi justa, mas com um sofrimento desnecessário. Somos e fomos melhor equipa mas os dinamarqueses são um conjunto bem razoável tecnicamente e com um poderio físico impressionante. Bendtner é daqueles que nos poderia fazer falta mas, Postiga, com classe, deu razão a Paulo Bento com um magnífico golo, após excelente assistência de Nani, para mim o melhor em campo, ao lado do ponta-de-lança dinamarquês.

Gostei bastante de Veloso, de Pepe, Alves, Meireles (a espaços). Grande jogatana de Nani e de Moutinho (enorme). Ronaldo, Postiga, Oliveira, Patrício, Pereira e Coentrão estiveram num bom nível.

Muitos portugueses viraram, pela enésima vez, as suas farpas para Ronaldo. Confesso que não entendo esta mesquinhez em relação àquele que é um dos melhores de sempre a fazer aquilo que faz. Ronaldo já deixou várias páginas de sucesso escritas. Os que o criticam ferozmente, provavelmente, vão morrer sem que se escreva uma simples linha sobre eles. Pelo menos deveria haver algum decoro nesta conversa. Digo eu.

Mais uma vez, Ronaldo fez um jogo bastante razoável. Obviamente que falhou escandalosamente num lance, mas isso acontece. Mesmo ao melhor do mundo. O jogador que que há seis ou sete anos vive no topo do mundo, sempre a superar-se, sempre a ser o melhor, não merece tanto desdém dos tugas mal intencionados. Guardem o vosso fel para quem nos prejudica a sério, aqueles que vos vão ao bolso e vos saqueiam a dignidade.

"Se não marcar nenhum golo e a Seleção ganhar, assino por baixo", Ronaldo, após o jogo de hoje.

Portugal!

Varelaaaaaaaaaaaaaa!

Estou a chorar de alegria, caralho!

terça-feira, junho 12

Sporting e o Mercado: Schaars!!!

Eu vendia o Schaars. Por uns 5 milhões, acho que seria suficiente.  O holandês é um jogador interessante! Um verdadeiro lider em campo, o tal dos passos inteligentes e na minha opinião o jogador que dá mais intensidade ao jogo do Sporting.Mas por outro lado há que ver que sempre que joga o holandês há que deslocar Elias para trinco ou médio ofensivo. E Elias foi só o jogador mais caro do Sporting.O clube tem que conseguir obter rendimento deste tipo de investimento. 
Depois tem já 28 anos e não há que esquecer foi comprado por menos de um milhão de euros. Logo apresenta uma margem de mais valia bastante interessante.E como está o mercado hoje em dia acho que seria um bom negócio para o clube.
Ahhh, e depois há Adrien também....apesar que este se tivesee caladinho fazia melhor figura!!!

Apostas Euro 2012: 1ª jornada.

No final da primeira jornada, o líder é o Hugo, com dois resultados em cheio e 19 pontos. O Virgílio vai em segundo, com 17 pontos. Em terceiro lugar segue o João, o Luís Miguel e o Nuno, todos com 14 pontos.

O Gonçalo (13), o Gil e o César (ambos com 11) estão logo atrás do pódio.

Eu vou num honroso último lugar (5 pontos logo no jogo inaugural, daí para a frente nem um vencedor acertei).

segunda-feira, junho 11

Grupo D: 1º jornada.

França-Inglaterra
Começaram melhor os ingleses mas foi mesmo para... inglês ver. A França esteve por cima a partir do empate mas a verdade é que a armada inglesa defendia com 10 homens atrás da linha da bola, dificultando as investidas atacantes dos gauleses. Foi um bom jogo, emotivo, mas com poucas oportunidades claras de golo. A França apresentou um futebol apoiado e com bons desenhos atacantes. Já a Inglaterra, foi quase sempre uma equipa apenas esforçada, com muito pouca ligação entre os sectores.

Suécia-Ucrânia
Com dois golos do veterano Shevchenko, os ucranianos ganharam três preciosos pontos. Pensei que a Suécia conseguia pelo menos o empate mas o seu melhor futebol esbarrou na ineficácia dos seus avançados que, nos últimos minutos, falharam dois lances de golo. O ambiente deste jogo foi espectacular (eram todos amarelos nas bancadas) e a Ucrânia está na frente para dificultar ao máximo as contas deste grupo. Os nórdicos desiludiram-me um bocado, esperava mais e talvez se Svensson tivesse entrado mais cedo as coisas tivessem sido diferentes.

Alemanha-Portugal, ainda.

Depois da derrota contra a Alemanha foi um instante até podermos ler ou ouvir as habituais críticas: que fomos medrosos, que não jogámos nada e que falar em falta de sorte ou em injustiça no resultado são sinais de falta de seriedade e de objectividade. Mesmo que do outro lado esteja uma potência mundial, um dos países mais ricos do mundo e incomparavelmente superior ao nosso.

Felizmente, alguns viram as coisas mais parecidas como eu próprio as vi - ou Paulo Bento e alguns jogadores:

"As duas equipas defenderam muito bem, conseguiram estar muito bem nas transições".

"(...) a segunda parte começou a ser cada vez mais complicada para nós. No final tivemos alguma sorte, mas é necessária sorte para vencer jogos como este”.

"Cabeçada de Gomez deu-nos sorte".

"Jogámos miseravelmente, mas cabeceámos bem".

"Gomez salvou a Alemanha - Momento Mágico".

Houve até quem dissesse que a Alemanha teve "muita sorte" ao conseguir "uma vitória tremida" sobre Portugal.

Tudo isto foi dito e escrito por alemães, já perceberam, com certeza.

E o que aconteceu no jogo?

Remates (à baliza) 12(4) 11(7)

Cantos 2 11

Faltas 14 19

Posse de bola 56% 44%

Portugal teve os números da direita. Veremos quantas equipas conseguem fazer o mesmo.

Não perdemos por falta de sorte, isso é sempre demasiado relativo. Perdemos porque fomos e somos, geralmente, inferiores aos alemães. Temos armas menores. Se até podíamos ter vencido? Claro, mas isso não interessa para nada, para alguns. E é pena, porque sinceramente achei que fomos uma equipa séria e decidida, lutadora e humilde. E muito corajosa.

domingo, junho 10

Grupo C: 1ª jornada.

Espanha-Itália 1-1
Os italianos calaram os "zandingas" que passaram os últimos tempos a desdenhar aquela que é, e sempre será, uma candidata ao título. Os italianos foram fiéis à sua identidade futebolística e quase venciam os campeões do mundo. Contudo, os espanhóis mostraram um futebol de classe e o empate acabou por ser o resultado mais justo.

Croácia-Irlanda 3-1
Vitória justa dos croatas liderados por Bilic (que figura é aquela, meu?). Os irlandeses estiveram sempre por baixo e nunca foram capazes de contrariar o bom futebol croata. Foi um jogo durinho de parte a parte e os croatas têm equipa para complicar as contas deste grupo. Os irlandeses foram os mesmos de sempre, com pouco futebol, mas sempre naquele estilo de resistência até à última gota de whisk... de suor.

A arbitragem não esteve bem e prejudicou os irlandeses. Contra a Espanha e Itália ninguém acredita em surpresas irlandesas pelo que serão os croatas a ter a palavra no acesso aos quartos-de-final.

Dois bons jogos de Europeu. Aliás, a qualidade, no geral da competição, tem sido bastante razoável, até ao dia de hoje. Amanhã há mais!

Não deixes para depois do golo sofrido aquilo que podes fazer antes dele

Portugal entra no Euro'2012 a perder por culpa própria. A estratégia para conter os alemães falhou e a desvantagem serviu para provar que as instruções deveriam ser outras. Depois de sofrer golo, Portugal controlou realmente o jogo, circulou, ganhou faltas, criou oportunidades e evitou a temível e afamada transição germânica. Coisa muito melhor que o 'plano' expectante sem bola que os tugas fizeram subir ao relvado de Lviv, que não só expôs a fragilidade defensiva junto à área como prendeu a equipa (e o jogo) no meio-campo português. Fica o aviso para os próximos dois jogos.

Não é o cenário mais agradável para qualquer selecção. Defrontar a Alemanha nunca augura nada de bom para qualquer selecção e para Portugal não seria diferente. Antes, esperou-se de tudo, de goleadas e massacres, mas pouco se acertou. A Alemanha foi fiel ao seu estilo e qualquer resultado positivo lhe era favorável. A mannschaft aproveitou a bola que Portugal lhe concedeu para ir controlando o jogo e para ir afinando a jogada que deu o golo a Mario Gomez. Os centrais iam trocando a bola e esperando que alguém viesse buscar. Muitas vezes era Özil, outras Gomez, às vezes Schweinsteiger, e se nos primeiros 10' esse alguém foi sempre bem condicionado daí em diante (até ao fatídico golo) isso nunca mais aconteceu da melhor forma.

A essa incapacidade de ganhar duelos (Miguel Veloso raramente ganha um) se lhe somou outra. A equipa, demasiado recuada, nunca conseguiu ser serena e inteligente quer em transição quer em organização. O pontapé longo foi a arma escolhida para evitar uma (excelente) pressão germânica e isso mais não deu do que 'oferecer' de novo a bola para a Alemanha 'testar' de novo a sua boa organização ofensiva.

Apesar de tudo, não desrespeito quem achar que poderíamos muito bem estar aqui a falar de "outro resultado". "Se" a bola de Pepe entra, ou "se" Postiga consegue o desvio dentro da área, mas a nossa grande questão é porque é que esse "outro resultado" acontece tão poucas vezes. E a minha resposta será sempre a fidelidade a um estilo que realmente traz conforto à nossa equipa e desconforto ao adversário. Basta atentarmos na reacção ao golo sofrido e analisamos um jogo totalmente diferente. Uma equipa subida, que trocou, controlou e criou. Foi para cima, individualmente e colectivamente e esteve bem por cima do jogo. Aí mereceu-se o discurso que no fundo tenta não 'aleijar' a equipa, quando toda a gente sabe, também no fundo, que poderíamos ter feito muito melhor.

sábado, junho 9

Portugal 0 Alemanha 1.

Muito bom, rapazes. Defesa imperial, muito concentrada, segura, na antecipação. Meio-campo a perder algumas bolad mas sempre objectivo. Ataque a marcar presença e a vitória ficava-nos tão bem ao intervalo

Para já: Alemanha 0 - Portugal 0 - Imperiais 5.

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Foda-se, pá! Que injustiça. Gritei golo cinco vezes.

quarta-feira, junho 6

Apostas Euro 2012.

Ainda aceitaremos apostas até à meia-noite, contudo, ficam aqui já algumas notas:

1. Somos 17 concorrentes, para já. O clube mais representado é o SCP.
2. Todos vão receber, um pouco depois da meia-noite, o ficheiro com todos os apostadores.
3. Para acompanharem a classificação, terão de preencher os resultados na sheet com o nome Euro 2012 e depois consultar a sheet com o nome Scores.
4. Para verem as apostas de cada um, basta consultar as sheets que têm os nomes dos concorrentes.

O grande vencedor ganha um jantar num local, dia e hora a definir, que será pago pelos restantes participantes.

Sporting e o Defeso

Com tudo isto do Euro, tem-se esquecido um pouco o que para mim é um dos melhores momentos do mundo da bola: o mercado das vendas/compras/empréstimos/dispensas. Lembro-me que desde cedo, começava aescrever nas últimas páginas do caderno de qualquer disciplina (possivelmente matemática, dado o número de páginas vazias) o plantel do Sporting para apróxima época no formato da táctica que o Sporting jogava nessa época. Sublinhavam-se as contratações, fazia-se uma lista à parte com as vendas/dispensas e até me lembro que nos últimos anos da secundária/primeiros da faculdade que acrescentava orçamentos a todas estas listas.

Era a altura em que jogava CM semparar. Bons velhos tempos!!!! :) Agora já é um pouco diferente. E não é porque deixei de seguir o Sporting com o mesmo interesse. Mas é que à excepção da última época, os defesos do Sporting são uma autêntica seca.

Reforços a custo zero, empréstimos com opção de compra, jogadores com pouca capacidade de dar aquela ilusão aos adeptos. E pior que isso, é ver os rivais constantemente a comprar inúmeros jogadores de muitos milhões com nomes de estrela da bola.

Este ano tem sido até agora um pouco mais do mesmo. À excepção do negócio Laybyad, não se adivinha capacidade para muito mais. As boas notícias têm vindo mais das saídas do que das entradas. Para o próximo ano, pelo menos corremos menos riscos de acabar com 10 em todos os jogos.

Mas entretanto, continuamos a necessitar de um central (pelo menos) e de mais um ponta de lança. E conseguir jogadores de talento para estas posições não vai sair nada barato. Veremos então o que Godinho Lopes/Freitas e Sá Pinto sacam da cartola.

terça-feira, junho 5

O urso não está constipado.

"Isto parece um circo à volta da seleção. Fiquei com a ideia no jogo com a Turquia que estavam a transmitr imagens de jogadores a serem massajados. Isto não pode acontecer de forma nenhuma. Parece o 'Big Brother'. Não acho que estejam criadas as condições para obter sucesso".

Lá está. Imagens gravíssimas de jogadores a serem massajados. Como é que alguém quer ter sucesso assim? Lá no Egipto é que havia condições para se ter sucesso. Não era?

"Para além disso, fizeram dois jogos que lhes retiraram toda a confiança que tinham".

Toda. Todinha. Então agora não venceram dois jogos de preparação? A confiança dos jogadores portugueses deve estar pelas ruas da amargura. Ainda por cima aquilo é tudo malta pouco habituada à pressão de ganhar: Ronaldo, Nani, jogadores do FCP, do SCP. Enfim, com certeza que depois de dois resultados negativos nunca mais serão os mesmos.

"Repare-se que o Cristiano Ronaldo foi condicionado marcar o penálti e falhou".

É. Bem vi. Aliás, toda a gente viu. Coitado do Ronaldo. Condicionadíssimo. E falhou. Por acaso o guarda-redes também lá estava mas pronto. A verdade é que a sua presença acabou por condicionar o Ronaldo que, como sabemos, é menino para se deixar condicionar.

"A Seleção precisa de tranquilidade, de estar alheada deste circo. Naturalmente, os jogos são a sequência própria e lógica deste mediatismo todo".

Portanto, sem o mediatismo em torno da Selecção, seríamos campeões do mundo?

"Depois do jogo com a Macedónia, todos vimos os jogadores a ir de folga em carros de 400 mil euros, num país que está em crise. Isto só aumenta a responsabilidade e, depois, a agressividade do povo. Isto depois vai ser pago."

Vai ser pago? Parece que estiveste fora do país algum tempo. Já está a ser pago há muito tempo, olha para os cortes dos ordenados da malta. Este futebolistas malandros, pá. Então fazem contratos milionários, trabalham honestamente, e depois têm o desplante de aparecer em público com "bombas" do asfalto? Num país em crise? Onde todos os dias aparecem escândalos financeiros, buracos orçamentais, escutas ilegais, atentados à liberdade de imprensa sempre com a classe política em destaque, mas o que irrita mesmo o povo são os carrões dos meninos da Selecção? Que falta de decência tem esta juventude.

"Na maior parte das vezes, o primeiro jogo determina o futuro".

É verdade. Em 2004, perdemos o primeiro jogo contra a Grécia e alcançámos a melhor classificação de sempre num Europeu.

"Este circo todo não revela profissionalismo. A Seleção passa a vida em festas e mais festas e charretes. Não estou nem pouco mais ou menos otimista. Mas é a realidade".

Aqui estou mesmo de acordo. Olhem para o exemplo norte-coreano, pá. Anda ali tudo na linha. Como deve ser. Não há cá charretes, nem festarolas, nem gajas boas. E com grandes resultados.

"Tenho o maior respeito e simpatia pelo Paulo Bento, mas acho que, talvez devido à juventude, se está a deixar levar. Nunca deveria de ter permitido isto".

Hum... deixa-me adivinhar: o que falta à Selecção é um treinador mais velho. Com experiência. Que tenha treinado no Egipto. Que tenha experiência em treinar um clube que já foi um circo encarnado.

"Os jogadores têm de estar conscientes e concentrados no seu dever e no que sabem fazer, que é jogar futebol. Com este circo todo é evidente que eles não se concentram, mas mesmo sem isto, Portugal não é favorito. Não temos a equipa do passado".

E pronto. Com ou sem circo, estamos fodidos, de qualquer maneira.

segunda-feira, junho 4

Apostas Europeu 2012 - Last call.

Já temos 10 apostadores para o Euro 2012 mas queremos mais, por isso, até quarta-feira à meia-noite podem enviar as vossas apostas para o mail filipe.pavao@yahoo.com (o ficheiro excel está disponível neste "post").

Entretanto, aqui ficam as regras:

Acertar no vencedor de cada jogo: 3 pontos.
Acertar no resultado certo: 5 pontos.
Acertar em equipa nos ¼ final: 5 pontos.
Acertar em equipa nas ½ finais: 10 pontos.
Acertar em equipa final: 10 pontos
Acertar no vencedor: 20 pontos

Nota: a partir dos quartos de final o resultado em si não interessa. Interessa apenas e só acertar na equipa que passa. Exemplo: Itália-Espanha, no limite podem colocar 50-0, se acham que passa a Itália às meias-finais.

Nota 2: na madrugada de quinta-feira será enviado a todos os participantes o ficheiro com todos os apostadores para que possamos ir actualizando e vendo quem se vai destacando.

Europeu 2008: Áustria e Suíça.

Quarta participação consecutiva da nossa Selecção. Duas vitórias sem discussão (sobre a Turquia - outra vez! -, por 2-0, e sobre a República Checa, por 3-1). O terceiro jogo resultou numa derrota contra a Suíça, por 2-0, num jogo em que Scolari optou por poupar diversos jogadores.

O problema é que na ronda seguinte apanhámos a Alemanha, que ficou em segundo lugar do grupo, atrás da Croácia - os croatas foram eliminados nos quartos pela Turquia! Se tivessemos ficado em segundo ou a Alemanha em primeiro, teríamos atingido as meias-finais, com certeza.

Os alemães foram mais fortes mas beneficiaram de um golo com falta, o terceiro, que praticamente sentenciou o jogo. Postiga ainda marcou o segundo mas o empate não aconteceu.

No final, fiquei frustrado porque a equipa podia e devia ter ido mais longe. Felizmente na grande final, os espanhóis derrotaram a Alemanha, com um golo de Torres. Foi um torneio esquisito, com umas meias-finais com a Rússia e a Turquia.

domingo, junho 3

A Turquia vai ao Euro?

Um resultado decepcionante e uma exibição reveladora fizeram a manchete do último teste antes da fase-final do Euro'2012, para a selecção que se quer de todos nós. A surpresa é evidente e nem os habituais 'agoiros' esperariam este resultado. Brilhante, é o país não perder não perder a sua 'essência' e 'carisma', pois quando a selecção faz as suas piores exibições a presunção exibe-se ao melhor nível. Mantém-se o equilíbrio, portanto. Equilíbrio esse, que, na realidade, faz falta à equipa. Não a nível de jogadores mas a nível emocional e, principalmente, táctico.

Paulo Bento anunciou há já algumas semanas uma convocatória sem grandes surpresas e discussões. O único jogador que realmente poderia criar algum argumento a desfavor da mesma, acabou mesmo por ser chamado pela infelicidade de Carlos Martins. A selecção apresenta assim o melhor lote disponível, que não é (e isto será ideia geral) o melhor dos últimos anos (nem nada parecido). Ainda assim as vozes da exigência não saberão bem de que lado se colocar. Se as últimas fases-finais foram um sucesso e obrigam Portugal a elevar os padrões, o que dizer das fases-finais a que os jogadores da equipa das quinas assistiam pela televisão?

Mas Portugal é um país peculiar e o tom 'ranzinza' da sua população, em todos os assuntos, é o que melhor a caracteriza. O facto de nunca estarmos satisfeitos é só, e só mesmo, porque não estamos satisfeitos. E como nunca estamos satisfeitos quando aparece um pormenor a correr bem (como o futebol, por exemplo) a euforia aparece totalmente desmedida. Ora, o mesmo exercício serve para o contrário. Quando algo corre mal, há que depositar todas as culpas nesse pormenor. No meio disso tudo perde-se a razão, a racionalidade, o saber estar. Um pouco como quando Jesualdo disse a André Villas-Boas que não era bom para ele viver os jogos tão intensamente no banco de suplentes. Curiosamente André substituiu o professor para depois ganhar pelo FC Porto o que nunca Jesualdo conseguiu.

Isto para dizer o quê? Que ensaios à parte, ninguém faz a mínima ideia daquilo que se vai passar no Euro. Alguns dizem à boca cheia que sim, que sabem. Que o grupo é de 'morte', que a Alemanha nos vai dar cinco e que vimos para casa recambiados num instante. Esquecem-se do que estão a falar, esquecem-se da competição que é o Europeu de futebol. E no entanto quase toda a gente que lança umas 'postas' sobre futebol, já viu uma selecção ser repescada e ganhar o Euro (Dinamarca, 1992), já viu uma desconhecida República Checa (1996) chegar à final e já viu, no nosso próprio país nas nossas próprias barbas, uma Grécia (?!) ganhar a Taça mais apetecida para as selecções europeias.

Por isso quem somos nós para fazer antevisões? Nós, somos aqueles que ao primeiro golo 'engatamos' na corrente. E é isso que é preciso num Euro: engate. Não, não estou a falar de polacas e ucranianas, mas sim de um golo, de outro golo, e de mais outro golo. De um Nani, de um Ronaldo, de um Postiga. Sim, de um Postiga, porque não? Quem era o Povlsen? Quem era o Charisteas? O Euro, meus amigos, é uma competição de engate. Como diriam os nossos amigos espanhóis (que já ganharam dois) é preciso entrar 'en racha'. O resto é conversa. Aquela conversa, que não temos frieza, controlo emocional, para finalizar, ou aquela conversa que quando perdemos a bola o nosso meio-campo não dá a resposta adequada em termos físicos, ou aquela conversa de o Ronaldo e de o Fábio Coentrão não poderem jogar os dois do mesmo lado. Essa é uma conversa para Paulo Bento e até lá tem tempo para corrigir. Se não o fizer, aí, depois falamos.

sexta-feira, junho 1

Apostas e curtas.

Ainda só recebi seis apostadores para o Europeu (saibam mais, aqui). Treinadores de bancada, não há?

Note: LMGM, tens de enviar outra vez o ficheiro, por favor.

1. O SLB contratou Luisinho e Michel ao Paços de Ferreira. Não os conheço, não tenho opinião. Mas quem os terá contratado? Jesus? Vieira?

2. O brasileiro Hulk está com o pé fora do FCP e, dizem, sairá por uma verba a rondar os 50 milhões. Então não eram 100 milhões?

3. A SAD do SCP apresentou um prejuízo de 31 milhões, nos nove primeiros meses do exercício 2011/2012. E os investidores, não aparecem?