quinta-feira, janeiro 31

Já chega disto!!!

Não há dia que não tenhamos que levar com mais humilhações. Hoje então foi uma atrás da outra.

Paulo Henrique, Nicolae e Kléber... está tudo a dormir ou a brincar em Alvalade? Não há ninguém que tenha um dossier minimamente estruturado e actualizado para avançar para um negócio com conhecimento dos possíveis detalhes de cada transferência? É ridículo que no espaço de 3 ou 4 dias, ande o Sporting a saltar de ponta de lança em ponta de lança, incapaz de fechar um negócio, mostrando estar totalmente perdido e sem capacidade negocial para o que quer que seja.

E depois esta AG... já não tenho mais palavras! Já só faltava começar tudo à porrada.

Até quando teremos que aguentar com isto? Já chega destas histórias. Não há ninguém com qualquer bom senso aqui?!

quarta-feira, janeiro 30

E o Jamor ali tão perto.

Mais uma boa vitória do Benfica na Taça de Portugal, frente a um Paços de Ferreira que foi incapaz de lutar, sequer, pelo empate.

O futebol praticado foi, contudo, medíocre. Durante 60' o Benfica raramente conseguiu ligar uma jogada e foram quase nulas as oportunidades de golo. Mas, diga-se, valeu pela forma como a equipa se interessou pelo jogo sem nunca deixar de lutar.

Gostei bastante do nível de exigência apresentado em Paços. E penso que, esta época, tem sido este o factor mais importante a reter: a equipa respeita o adversário, seja ele qual for, e quase nunca se desconcentra. Gosto muito.

O Benfica de Jesus, desta época, tem esta virtude: os jogadores sabem bem o que fazer e raramente a equipa se descompensa. Os adversários não conseguem criar situações de golo e, com a qualidade atacante que existe na equipa, as coisas acabam invariavelmente por resolver-se.

O Jamor está pertíssimo e só uma hecatombe vai impedir esta equipa de conquistar a tão desejada Taça de Portugal.

Individualmente, vou destacar bem pela positiva Ola John. É, provavelmente, o jogador mais inteligente da equipa. O holandês desequilibra e, marca. Muito bom. Sálvio é isto: assistências, golos, raça, drible, qualidade, muita. Lima não engana e continua a apaixonar os benfiquistas, e não apenas com os golos.

A arbitragem esteve muito bem no primeiro tempo. Na segunda parte, vários equívocos em cantos, lançamentos, faltas. O vermelho é bem mostrado, obviamente. Já o amarelo ao lateral André foi um exagero absoluto.

Ps: Nicolae no Sporting, aos 31 anos. O regresso ao passado.

Ricardo Fernandes ganha o prémio Puskas 2013?


Taça de Portugal. Paços-Benfica.

Joga-se hoje na Mata-Real, a primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. Espero que a equipa continue com a mesma atitude que tem tido até aqui nesta competição: concentração, ritmo alto, exigência.

O Paços de Ferreira será um adversário difícil, mas acredito que a disputa a duas mãos nos favorece. Hoje há até espaço para um empate, sem que isso seja negativo.

Cardozo está fora e Lima deverá continuar a alegrar os benfiquistas. De resto, Jesus pode fazer alinhar jogadores menos rodados.

Queremos o Jamor!

terça-feira, janeiro 29

Reforço ao contrário.

Parece que é desta que o Nolito se vai embora. Jesus vê assim cumprida a sua vontade e os adeptos vêem partir um dos melhores jogadores do plantel. As suas qualidades são muitas mas, sabe-se lá porquê, o treinador encarnado acha que Urreta é mais válido (rir bastante).

Entretanto, é quase de 31 e... estamos mais fracos. Brilhante, Luís. Brilhante.

Reforço?

Dá-me vontade de rir quando vejo "Ghilas" e "reforço" escritos na mesma frase...

domingo, janeiro 27

Deu Benfica.

Finalmente, o Benfica de Jesus venceu um jogo importante, um jogo contra um adversário directo, onde estavam mais do que três pontos em disputa.

E que bom foi ver os onze escolhidos entregarem-se à causa encarnada, como se de uma final se tratasse. A entrada foi impetuosa, violenta em talento. Salvio, primeiro, num golo de garra, de querer (o argentino é um jogador de futebol, daqueles verdadeiros), Lima depois, num golo simples, eficaz.

A primeira parte foi equilibrada, mas o Benfica foi sempre mais equipa, mais imprevisível. O Braga respondia, quase sempre sem grande perigo. O intervalo chegou e o resultado adequava-se ao que se passara em campo. Um grande jogo de futebol.

Na segunda parte, a equipa encarnada recuou, o Braga não se rendeu e o homem do apito teimava em continuar o excelente trabalho que até então havia realizado. O resultado não estava seguro, apesar de, aparentemente, o Benfica controlar o jogo.

Faltou ao Benfica ser mais objectivo na segunda parte. A troca de bola nem sempre foi bem conseguida e o Braga aproveitou para reduzir, num excelente golo de João Pedro.

No final, a vitória assenta bem à melhor equipa em campo, pese embora a boa réplica dos bracarenses.

Destaques 
Artur, com algumas boas defesas.
Jardel, com uma exibição superior à de Luisão.
Lima, sempre disponível, e com mais um importante golo.
Salvio, pelo golo mas, essencialmente, pelo desequilíbrio que provocou.
Gostei bastante de Enzo Perez. Que jogador.
Matic pareceu-me menos bem, com algumas bolas perdidas, por lentidão.

Três pontos importantíssimos conquistados. O Braga está fora da luta pelo título.

Parabéns aos jogadores e parabéns ao Jorge Jesus.

Ps: ainda bem que Cardozo não pôde jogar. Jogou Gaitán, e jogou muito bem. Mas quem ganhou mesmo foi o meio-campo benfiquista...

sábado, janeiro 26





E já agora, com que álbum caracterizavam o quinquagenário José Mourinho?

(Yo La Tengo - I Am Not Afraid of You and I Will Beat Your Ass)

"Quê o tradutor do Bobby vai treinar o Benfica?!"

Foi assim que a minha ingénua adolescência recebeu a chegada de José Mourinho para o primeiro desafio da sua carreira. A fase da vida em que pensamos que sabemos tudo só 'porque sim' estava prestes a levar uma bofetada da vida pelas mãos do jovem técnico 'sadino'.

A passagem pelo Benfica correu mal, mas não deixou o técnico na lama. Com uma vitória sobre o eterno rival e com uma produção futebolística a subir, Mourinho deixou água na boca aos benfiquistas e colocou a dúvida nas suas mentes quando Manuel Vilarinho o escorraçou em detrimento de Toni. O célebre 'agarrar ao passado' encarnado fazia o seu novo presidente cometer, logo à partida, o seu maior erro.

Mas ainda era pouco para a minha mente adolescente. Mourinho ainda não era mais que o tal 'tradutor' que me fora pintado em tudo o que lia. A intuição estava coberta de manias e bloqueios adolescentes e, para um amante de Championship Manager, José Mourinho tinha de provar mais. O antigo membro da equipa técnica de Bobby Robson também o sabia e rumou a Leiria para uma caminhada sensacional pela primeira volta da época 2001/02.

Esta era uma altura de indefinição portista e a carreira de Mourinho contrastava com a sensação perdedora que Octávio Machado imprimia no FC Porto. Depois dos títulos de Sporting e Boavista, o clube estava como um tubarão virado ao contrário. Adormecido, imóvel, inofensivo e com um líder que já disparatava pelas salas de imprensa, o clube tinha de ser salvo e começou por sê-lo logo pela mão de quem está lá sempre para a missão. Outros vieram e sempre partiram, mas este ainda hoje lá está para o que der vier.

Pinto da Costa viu em Mourinho o empurrão que o clube precisava e o garoto que o apelidou de mero tradutor estava contente. Primeiro que tudo, Octávio não era mais treinador do seu clube e, segundo, o clube tinha contratado o homem que colocara o Leiria à frente do seu FC Porto. Ora, isto para quem jogava CM contava muito...

Daí à célebre frase que garantia um título foi um saltinho. Mourinho sabia do que os portistas se alimentam e haver alguém que lhes prometia o título dava-lhes duas vantagens. Uma delas era mesmo... festejar o título nacional de novo, no ano a seguir. A outra era ter alguém que culpar se esse título não fosse ganho. Convenhamos que a primeira era bem melhor, mas a segunda também oferecia uma estranha paz. São poucas as vezes na vida que um adepto consegue encontrar razões de jeito para explodir e essa seria uma delas.

Seria, mas não foi. A primeira opção foi garantida com dois bónus. A Taça de Portugal e um título europeu! Para quem atravessou o deserto com Octávio, viu em Mourinho um Deus. O futebol era triturador, assim como as suas frases e mensagens. O treinador gangster tinha razão em tudo, solução para tudo e não tinha medo de nada, nem de ninguém. Com ele no banco tudo era possível, com ele se iria cegamente. Como foi no terreno do Panathinaikos, a fortaleza grega que não conhecia a derrota. Depois do desaire nas Antas, o FC Porto precisava de dois golos para passar. Mourinho foi o primeiro a dizer ao adversário, 'não te rias que isto ainda não acabou', ao que logo os adeptos se seguiram com um contendente 'Nós Acreditam0-2'.

Com Mourinho foi assim, sempre. Missões impossíveis eram vendidas e fortalezas eram ultrapassadas. Se em 2003 foi no Olimpo, em 2004 foi no Teatro dos Sonhos que mais ninguém haveria de meter medo àquela equipa. Na estreia europeia do belo Dragão, Benni carimbou a vitória e em Old Trafford, ele e Costinha, meteram-me a saltar que nem um louco. Nunca se havia festejado um golo assim e só a mera recordação faz as lágrimas virem de novo.

Era tão certo. Milan, Real, Barcelona não estavam. Restava o talentoso mas menos experiente Lyon, o 'maniento' Deportivo e o irreverente Mónaco. Só o Depor esperneou mas não resistiu ao regresso do Ninja. A confiança era avassaladora e fez de todos os melhores do momento. Guiados por um Deco sublime, que acelerava, desacelerava, assistia e marcava. Era a extensão de Mourinho em campo e permitiu-lhe uma circulação de bola que as suas equipas nunca mais tiveram. Sem ele, foi sempre mais italiano, mais matreiro do que dominador. O Mágico preferiu a sua identidade catalã e Mourinho havia de partir os corações azuis brancos rumando ao Chelsea.

A vida é uma lição e os contrários vêm sempre para nos assombrar. Agora, o homem a quem eu tinha chamado tradutor de maneira depreciativa, que me deu depois dois títulos europeus e me ensinou a ver futebol, agora... agora era meu adversário. Aí pude sentir, em breves dois jogos, o que foi ser do Sporting e do Benfica na Era Mourinho. José é arrogante como tudo! Já era, só que para mim aquilo era personalidade, inteligência e outras coisas pintadas de rosa. Em Stamford Bridge cerrou os punhos e festejou qual animal selvagem que não tem dono. Pena de quem acreditou nisso. O coração partiu mas rapidamente sarou, pois Mourinho ainda teria que vir ao Dragão. No golo de Diego, que deu a vitória ao FC Porto, retribuí. Afinal, 'ninguém, ninguém, é melhor que nós no Mundo'. Nem tu, Zé, nem tu!

Os anos passaram e estas histórias deixaram de se repetir na minha cabeça. A mente deixou de ser vingativa e de extremos e passou a andar mais perto do equilíbrio. Hoje já não há ídolos infalíveis, já não há Anjos e Demónios. Há apenas futebol, ideologia e noções de certo e errado. Mourinho ajudou a isso como ninguém. Ele é realmente Especial, mais do que por ser português, mais do que por me ter oferecido o que ofereceu. É genuíno, mantém, e por mais que a sua faceta de actor ainda esteja incontrolável, espero que ele, nos próximos 20 anos que já desejou, cresça. Eu compreendo o Tigre selvagem. Foi assim que teve sucesso, foi assim que em 10 anos ganhou tudo o que havia para ganhar. Para quê mudar?

Mourinho já ganhou Champions, já ganhou Ligas em todos os países importantes da Europa, mas ainda lhe falta algo: assentar com um clube. Está lá, ganha e parte. Não chega a provar a parte preta da bolacha. Come a branca e foge a cada dois, três anos, sem sentir os sabores a serem lentamente fundidos. Quando os indícios são maus, logo o vemos partir para mais Taças e Taças. Para quando dividir o seu génio com um clube e não com projectos fugazes? Só em Inglaterra isso é possível, só em Inglaterra o Tigre acalmará. A maior lição será ganhar sem ser preciso destilar azeite por todos os poros. Não é preciso e, ele, começa a sabê-lo.

Parabéns meu Zé da Europa!

sexta-feira, janeiro 25

Insúa para Espanha, Wolfs para Inglaterra e Godinho para onde?

Começa a restar já muito pouco do projecto de Godinho. Do grande investimento do ano passado, das amortizações sucessivas de passes para pagar salários, dos enormes prejuízos ao fechar do ano e agora com estas vendas de sobrevivência, Godinho está à espera de quê para se declarar como inapto para gerir um clube de futebol?

Até onde o clube tem que cair para acontecer o óbvio que é Godinho sair? Temos que entrar aos tiros em Alvalade?

Braga-Benfica: antevisão.

Amanhã vamos a Braga e vamos, também, à conquista do campeonato. Se perdermos na Pedreira, chapéu. Se empatarmos, vai praticamente dar ao mesmo. Só a vitória nos interessa.

Espero que a equipa entre com tudo e que, durante os 90 minutos, encare este jogo como se de uma final se tratasse.

Artur
Maxi e Melga
Luisão e Jardel
Enzo e Matic
Salvio e Ola
Lima e Cardozo

Não podemos falhar. Jesus, não pode falhar, pela enésima vez, um jogo verdadeiramente decisivo.

Em relação ao adversário, penso que está mais fraco do que no ano passado. Contudo, isso não me tranquiliza minimamente pois o Braga costuma receber-nos de uma forma nada digna e tudo fará para conseguir, pelo menos, um empate.

Se há dois anos o Clube Benfica, jogadores e adeptos foram autenticamente humilhados, por um clima hostil e vergonhoso, e a direcção nada fez (até aproveitou para reforçar a amizade que unia os presidentes), e se no ano passado se deu a rábula da falta de luz, obviamente propositada, e nada se fez também, resta-me acreditar que o engenho dos jogadores encarnados, juntamente com a sobriedade de Jesus, serão suficientes para trazer de Braga os três preciosos pontos.

quinta-feira, janeiro 24

Éder por 23M euros e ninguém suspeita de nada?!

Há coisas que sinceramente não percebo. Até vejo algum mérito na gestão desportiva de alguns clubes e que se traduz em mais valias financeiras em certos negócios. Mas sinceramente o que acontece em certos casos devia ter uma melhor explicação sobre a real origem dos fundos que estão por detrás desses negócios.
Alguém acredita nos tempos que correm que haja propostas deste género por um jogador que tem feito uma boa época, sim, mas que ainda agora começou a destacar-se?!
Aliás, com este clube já não é a primeira vez que tal acontece. Já nos negócios com Pizzi e Silvio me tinham criado algumas dúvidas. Jovens com algum potencial mas que estavam ainda longe de provar o que quer que seja. E depois, passado uns tempos, o Braga compra metade do Micael por 3M?
Muito estranho tudo isto. Ou então sou eu que não percebo nada disto. Parece que em Portugal para ter algum sucesso desportivo e financeiro se tem que obrigatoriamente recorrer a certos padrinhos...

O melhor do mundo

Parece que a actuação do melhor árbitro do mundo não está isenta de críticas.
Aliás, parece que está a tornar-se regra quando apita o Porto.

quarta-feira, janeiro 23

A lutar contra nós próprios!!!

Ao comentar no post anterior, apercebi-me de um facto que não me lembro de ter acontecido antes.
Na típica discussão com adeptos de outros clubes sobre quem é melhor que quem em determinadas posições, pouco era o meu interesse em provar ou não o meu ponto de vista.
Não é que se aceite o argumento dos rivais como certo, é mais estar não estar minimamento preocupado com o actual plantel do Sporting, com o seu verdadeiro valor e com possíveis negócios que possam fazer. Tirando o Patricio ou algum outro (tipo Labyad...) estou já preparado para aceitar mais negócios ridiculos com um simples encolher de ombros. Só para mostrar o ponto a onde isto chegou...

Já desde algum tempo que  o Sporting que não compete com ninguém. Não que tenha que deixar de competir e de jogar, atenção!!!! Com Jesualdo pelo menos a coisa para já estabilizou no mediano (e que grande mérito teve o Prof. nisso!!!).
Mas o nosso verdadeiro campeonato é outro. A constituição da nossa equipa, aquela que mais interessa, passa por agora por outros campos.
Está mais nas possíveis AG´s e passa entre outros por pessoas como o Barroso, o Sampaio, o Bruno Carvalho, o  Ricciardi e claro Godinho Lopes. E aqui a coisa não está nada fácil. Aliás, não há dia em que não folheie a página de qualquer jornal e leia algo que não me entristeça mais ainda.

Para já, a verdadeira competição está hoje dentro do Sporting e não há para já sinais de quem vá sair vencedor.


Curtas.

1. O Correio da Manhã diz que Nolito e Kardec vão para Alvalade e que, em troca, o Benfica receberá Insua. Quase tão boa, esta, como a de Garay, no Record, que está a caminho de Manchester.

2. Ainda mais hilariante, temos as declarações de Vítor Pereira, capazes de provocar um profundo vómito mesmo ao adepto mais distraído.

3. Aimar fica!

4. Bruno César foi para as arábias. Há várias coisas que não entendo neste assunto: primeiro, porque é que o Benfica dispensa um jogador internacional brasileiro, que podia ser bastante útil no que falta desta época? Segundo, como é que um clube dos EAU conhece o brasileiro e se interessa por ele, se nem sequer joga regularmente? Porquê o Bruno César e não outro gajo qualquer?

segunda-feira, janeiro 21

Moreirense-Benfica 0-2.

Após 45 minutos muito fraquinhos, o Benfica entrou com tudo e marcou um golo, por Sálvio, em três minutos, já depois de ter tido duas oportunidades de golo.

A pressão alta foi a chave do jogo, perante um Moreirense demasiado fraco (está em último, por alguma razão). Excelente arbitragem, não me lembro de nenhum erro. Muito bem.

De volta à liderança, e agora esperemos por Braga, num jogo que vai atestar a real capacidade desta equipa. Da minha parte, existe ainda alguma desconfiança e as últimas movimentações do mercado não me deixam nada tranquilo.

Destaques positivos para Jardel e Luisão, Sálvio, Gaitán (a espaços). Exibições negativas de Maxi (não esteve em jogo, esteve sempre preso) e Cardozo (esteve francamente desinspirado). Melga mais ou menos, assim como Enzo, Lima e Matic. Boa entrada de Ola (belo jogador que ali está) e Rodrigo demasiado ansioso.

Moreirense-Benfica: antevisão.

Hoje é para ganhar. Tem de haver Benfica como houve na Quinta-feira, em Coimbra. O Moreirense está em último e tem no avançado Ghilas, o Benzema de Moreira de Cónegos, a sua maior arma.

Matic vai jogar, apesar de estar em risco de suspensão. Lima e Cardozo devem fazer a dupla atacante, apoiados por Sálvio e Ola Jonh. Enzo preencherá o meio-campo.

Na defesa, Maxi pode voltar à direita e fazer parte do quarteto juntamente com Melga, Luisão e Jardel.

Jesus tem muitas opções, como Nolito, César, Rodrigo, Gaitán, e os Andrés. Só falta vencer.

domingo, janeiro 20

Não é novidade nenhuma

Ao confrontar-me com esta notícia, só me dá para pensar: onde é que o LFV tinha a cabeça para apoiar este tipo de gente?
Está tudo orquestrado há muito. Só não vê quem não quer... ou se move por interesses extra-futebol!
Não é assim que se limpa a cara (cada vez mais suja) ao futebol.

lol

Sai Insua - o melhor lateral esquerdo do campeonato - para entrar Joãozinho??!
No comments...

sexta-feira, janeiro 18

Isto melhorou...

... mas não muito! Ainda assim, já dá para ganhar a Paços, Olhanense ou Beira Mar. É verdade que sofremos um pouco aqui e ali, e dependemos muito da inspiração de alguns dos jogadores da equipa que mostram alguma capacidade para desequilibrar lá na frente.

Em Olhão Labyad, hoje foi Carrillo... mas as vitórias já apareceram! E que pelo menos este ano lá possamos conseguir acabar em quartos ou quintos.

Uma palavra para Patrício, claro. Que fique por muitos anos no clube. O guarda-redes do Sporting é daqueles jogadores que nos fazem acreditar que ainda não somos um clube vulgar.

PS: Pranjic de fora (e ainda bem), Insua a caminho (que pena ver jogadores destes a sair por uns poucos milhões de euros). A sangria da equipa vai ficar por aqui?! Eu acrescentaria desde já Jeffrén. Anda a passo em campo e a procurar constantemente uma inspiração que insiste em não aparecer.

Adeus A1M0R.

Parece que se confirma a saída do argentino. É uma pena e, na minha opinião, um desastre para o Clube. O futebol português não vai sentir a sua falta, por que o futebol português não entende o que significa ter este tipo de jogadores a participar nas suas competições.

Para o Benfica, esta decisão é penosa mas reveladora: Pablo Aimar é dispensável porque o Clube não tem identidade benfiquista (basta ver os dirigentes que o compõem).

Aimar, dentro do campo, é magia, paixão, magia, outra vez, sinceridade, honestidade, lealdade. Fora dele, é exactamente o mesmo. E isto devia valer, pelo menos, o valor do passe de um Balboa, por exemplo.

Mas não. Aimar vai ganhar "dólares" para o Dubai porque o Benfica não os tem. É mentira, isto. O Benfica tem "dólares". Muitos. O que não tem, é outra coisa.

quinta-feira, janeiro 17

Mais Taça de Portugal: Benfica forte demais.

Estou a adorar a atitude da equipa nesta competição e, agora, o Jamor está muito perto. Seria lindo, recordar aquele ambiente, o mesmo ambiente que vivi em 1989, frente ao Belenenses de Marinho Peres (com golaços de Chico Faria e Juanico), apesar da derrota (depois de termos clamado por Vata, que entrou para empatar).

Em Coimbra o Benfica não deu hipóteses e hoje só um Xistra muito inspirado poderia inclinar o campo. No final, ficou por escrever-se uma goleada histórica, apesar do acerto de Lima (muito bom).

Gostei da equipa no geral. Destaques positivos para Lima, claro, Luisão e Jardel, Almeida, Ola (é muito criterioso e assertivo), e Enzo (mais um óptimo jogo). Pela negativa, Cardozo (pelos golos falhados), Sálvio (compensa pela entrega, mas não chega), Melga (não me convenceu, ainda).

O resto esteve apenas razoável individualmente mas, muito bem, como equipa.

Parabéns aos jogadores e a Jesus. A equipa tem demonstrado muita personalidade e consistência contra este tipo de adversários que, afinal de contas, representam 90% dos jogos nacionais. Só falta o resto.

quarta-feira, janeiro 16

Taça de Portugal: Guimarães em frente.

Grande jogo de futebol em Guimarães! Grande vitória da equipa de Rui Vitória, que soube sofrer, perante um adversário a quem faltou, quase sempre, maior convicção.

Enorme Douglas, na baliza do Guimarães. Defendeu tudo de forma impressionante. Impressionante também o ambiente nas bancadas.

No outro jogo, o Paços venceu o Gil Vicente, por 2-1, com um golo no último segundo do jogo.

Curtas.

1. Depois de um comprometedor empate em casa frente ao FCP, o Benfica "arruma" alguns casos pendentes com as renovações de Matic (que golo fantástico), Cardozo e Jardel. Boas decisões.

2. Amanhã há Taça de Portugal e a visita a Coimbra será tudo menos fácil. A menos que a equipa demonstre, cabalmente, desde o apito inicial, que está ali para vencer sem margem para dúvidas.

3. O SCP foi condenado a pagar cerca de 350 mil euros pelo incêndio que adeptos leoninos provocaram no Estádio da Luz. Sempre me fez alguma confusão serem os clubes a arcar com este tipo de responsabilidades, enquanto os criminosos continuam a pavonear-se pelas bancadas de todos os estádios de futebol.

Godinho Lopes, na altura, acusou LFV de coisas "gravíssimas", que se revelaram uma mão cheia de nada. Com este pagamento, pode ser que tenha entendido agora o que é algo realmente grave. Paga, e não bufa?

4. Mourinho respirou ontem um pouco, apesar dos falhanços de Ronaldo. O Real está na Taça do Rei e quer vencê-la porque, o campeonato, esse, é impossível ( e estamos apenas em Janeiro). Mas em Madrid, aquilo parece uma bomba relógio, pronta a explodir a qualquer momento.

terça-feira, janeiro 15

Ao título não se chega na diagonal

O 'clássico' ainda esperneia mas a parte que mais sumo daria começa a estar demasiado seca. Analisou-se um Benfica-Porto à maneira habitual e, à maneira habitual também, deixou-se de lado o que não interessa ou não se está habituado a comer. Toda a gente viu um Vítor Pereira furioso mas pouca gente se deu ao trabalho de perceber porquê. É que antes do jogo, tinha-se visto um Vítor Pereira ultra-confiante que muitos, inclusive eu, acusaram de dar vantagem ao adversário. Ora, errar e citar clichés é humano, mas no meio do ataque de nervos do treinador espinhense pode descobrir-se uma das chaves que tem levado ao conforto portista na Luz. 

Quem ligou minimamente à antevisão portista do clássico não pôde ficar indiferente às declarações de Vítor Pereira. O mesmo, abordou a qualidade futebolística, o factor casa, o habitual favoritismo e prenúncio de desgraça sempre presentes e, obviamente, as arbitragens. Em todos os ítens, o técnico portista foi especialmente incisivo. E quando assim é toda a crítica se torna incisiva também. Mas como vimos, demasiado vaga e pouco sabedora (e aqui me torno a incluir) do que estava a falar. É que, se alguém sabia do que estava a falar, esse, era Vítor Pereira. O mesmo que viveu os momentos de viragem depois do Benfica ter sido campeão com Jorge Jesus. André Villas-Boas traçou um caminho de sucesso para os confrontos fora de portas, e se alguém teve acesso privilegiado aos segredos do mesmo, esse é também, Vítor Pereira.

O segredo é algo simples. Não dará páginas suficientes para ser um best-seller, mas isso não o torna desinteressante. É que se abordarmos os pontos que desenharam a conferência de imprensa portista antes do jogo rapidamente percebemos que havia um entendimento superior em cada um deles. Muito superior ao de quem a comentou. Se revirmos todos os clássicos da Luz, desde a era 'AVB', reparamos que o início do jogo é fundamental. Quem andou meses a preparar o descalabro portista com goleadas a equipas rudimentares apresenta-se com uma sede de glória tão forte que lhe tolda sempre o cérebro quando enfrenta um adversário que é organizado (especialmente para esse jogo) e que sabe ao que vai. Não é à toa que na Luz (assim como foi em Aveiro para a Supertaça 10/11) os primeiros minutos são sempre portistas e com oportunidades de golo.

Vítor Pereira sabia-o como ninguém. Mais que nós todos que andamos por aqui distraídos. Somos 'peixe miúdo' nisto do futebol e o técnico sabia a importância dos primeiros minutos. Aqueles em que o Benfica se 'troca todo' contra o Porto. Nesses, a bola é azul mas a tão apregoada 'superioridade' benfiquista que se foi construindo nos outros jogos ainda está lá. E a desorganização torna-se grande. Na era 'AVB' a mesma teve aproveitamento máximo. Foi desde o primeiro segundo que os dragões controlaram as águias. Na era 'VP' a brecha ainda está lá para aproveitar mas os portistas não a conseguiram traduzir em (mais) golos e controlo absoluto.

E porquê? Vítor Pereira culpou a arbitragem e ninguém achou legítimo. Rapidamente todos se lembraram que a defesa do Porto foi demasiado permissiva e deixou escapar a vantagem duas vezes. O que é extremamente verdadeiro. Mas é alguém capaz de desculpar o homem, que todos acham ser demasiadamente mau para ganhar ao Benfica, para ganhar campeonatos, para ser competente? Eu não. Não o desculpo, mas compreendo-o. Compreendo a irritação de quem se levanta todas as manhãs para treinar o FC Porto, tem uma estratégia bem montada para ganhar ao maior adversário e no fim vê gorada a sua ambição de se superiorizar. Para Vítor Pereira, não fossem os erros compreensíveis do auxiliar, essas jogadas dariam a superioridade moral, em termos de possíveis golos ou possíveis oportunidades, que ele precisava para se impor a Jesus no pós-jogo.

Não foi assim, como sabemos, e o técnico sucumbiu à pressão. À birra do garoto que quer o doce à força. Não se pode achar que está bem, que está correcto, alguém que perde o controlo e as estribeiras para reduzir a cinzas, verbalmente, uma equipa que é o seu maior adversário e que lhe conseguiu marcar dois golos depois de estar, duas vezes, a perder. Não pode ser, Vítor, não pode! Quem se sabe superior, não deita fora a cartada de ter sido, outra vez, muito competente na Luz. Os primeiros minutos eram importantes para o controlo de um jogo que podia ser, como foi nos primeiros vinte minutos, de loucos. Principalmente quando se sabia que a equipa, mais cedo ou mais tarde, iria quebrar. Todos esses são factores de futebol, todos esses fazem parte. Não houve, nem há, uma superioridade evidente. Ou seja, aquela que foi apregoada durante toda a primeira-parte da época não existe. Não queira agora, Vítor Pereira, que toda aquela que pode vir a ser apregoada na segunda metade possa também não existir. É que no Dragão, o Benfica não se põe tão a jeito para... diagonais.

"Houve três foras-de-jogos. Em todos eles ficaríamos com jogadores isolados. Mais vale não treinar diagonais." (Vítor Pereira)

segunda-feira, janeiro 14

Combate de estilos desviado para o poste

Anda-se meio ano à espera disto! O único jogo com, real, nível em Portugal já se esfumou e resta agora aos adeptos esperar meses para outro confronto do mesmo calibre. O clássico foi, mais do que tudo o que se possa falar, um combate de estilos. Duas identidades (antagónicas) bem definidas, que ofereceram o melhor futebol que se pode ver no país. O duelo vertical contra horizontal fez os adeptos do futebol ver quatro golos em 20 minutos, mas só um possível quinto golo seria festejado com selo de três pontos e de provável título. Esse, ainda bem para o futebol português, foi evitado por Helton e adia qualquer decisão o jogo do Dragão.

Vítor Pereira prometeu e, apesar do meu desagrado à abordagem, não desiludiu. Era desnecessária a lembrança do que o Porto pode fazer na Luz (e em qualquer campo) não por qualquer motivo arrogante mas por um 'avivar' de memória ao adversário. Se a Luz não andava alerta com o que o FC Porto por lá tem conseguido fazer, ou é distraída ou tem alzheimer. Avisá-la que o Dragão ia para mais do mesmo é lançar ases de trunfo sem critério. Mas, de toque em toque com a ajuda da superioridade numérica do meio do terreno, o Porto lá conseguiu empurrar a ideia de Vítor Pereira para o meio-campo (leia-se mesmo meio-campo e não área) benfiquista. Foi assim que começou o clássico, com a equipa de Jorge Jesus, de defesa bem subida, a meter-se a jeito para diagonais e...sustos. Procurava-se posse e último terço mas havia de ser num improvável lance de bola parada que o FC Porto havia de marcar.

Mangala, aos 8', fez o primeiro e deu a já habitual desvantagem a que o Benfica responde com verticalidade absoluta. Estar a perder não assustou os encarnados e rapidamente a bola chegou à área portista. O Benfica que não perde tempo no meio-campo e é viciado na cal da grande-área viu, o melhor em campo, Matic, empurrar Javi Garcia e Witsel para fora das memórias encarnadas. O sérvio tem o melhor dos dois e quem não acreditar que (re)veja o jogo, e o golo, as vezes que forem precisas.

O clássico já tinha dois golos madrugadores - ninguém acreditaria é que mais dois haviam de vir. Mas primeiro, fica na retina um 'pormaior' daqueles que depois se guarda na sub-cave das análises. Nas duas equipas a ordem foi para que os avançados pressionassem os guarda-redes. Como sabemos não é habitual que daí resulte muito perigo, quanto mais golos. Mas na Luz, houve perigo, desconforto e um golo (bem importante). Artur já tinha mostrado alergia à presença de Jackson, assim como Helton já se tinha atrapalhado antes de aliviar pela lateral. Nunca se pensaria é que o segundo golo portista surgisse dessa opção que a equipa técnica do Porto - assim como a do Benfica - tomou. Artur sentiu o peso do jogo e ofereceu a bola a um Jackson que cada vez mais mostra dotes de jogador de classe mundial. Cha Cha Cha aceita brindes preciosos mas a sua importância vai bem mais longe. É que a ligação do jogo portista e o tempo de posse no meio-campo adversário depende imenso de um jogador que também é capaz de assistir e de finalizar na perfeição.

Mas nova desvantagem para o Benfica quase que equivale a dizer novo empate (pelo menos assim tem sido). A mesma receita e o mesmo grito de alegria encarnado foram vistos poucos minutos volvidos à 'azelhice' de Artur. Desta feita foi Gaitán a castigar a cerimónia de Helton e Otamendi. A melhor defesa do campeonato cedia ao melhor ataque e o resultado cansava só de ver, ouvir, sentir. Em 20 minutos tudo isto parecia irreal, mas ia dar ao mesmo até porque a divisão de pontos, essa sim, era bem real. E as duas equipas sabiam-no como ninguém. Daí, regressados à base, Benfica vertical e Porto horizontal. Mais trocas de bola do lado portista à espera de uma eventual desmarcação no último terço, mais direcção e chegada à área adversária por parte do Benfica. A isto devem-se obrigatoriamente acrescentar as cautelas e o receio de um eventual golo sofrido que cresciam a cada segundo mais próximo do intervalo.

E muitas vezes é para isso que os intervalos servem. Para esfriar, para acalmar. Tinha sido de mais o esforço e o conselho das duas partes foi para a contenção, para a decisão mais equilibrada. Depois de nos balneários terem ecoado as palestras continuou-se a lutar, mas mais pelo erro do adversário do que por uma superioridade (que diga-se não existe, nem vai existir) de uma equipa em detrimento da outra. Mais ainda quando se registou uma quebra física evidente a que o Benfica podia ter respondido melhor. Carlos Martins e Aimar nada de novo (e de fresco) trouxeram e Ola John já deitava fumo quando entrou aos 86'. Vítor Pereira pegou na única opção que tinha mesmo quando nem essa é ainda credível. Tudo junto foi um grande marasmo que só Cardozo podia abalar e Helton evitar. A defesa do brasileiro, ao remate de Tacuara, está, por exemplo, ao nível do golo de Matic e salvou os dragões de uma derrota que seria injusta mas real. É que para lá de identidades, equilíbrios, argumentação e suspeição, o Benfica teria marcado três golos e o Porto só dois. Valeu Helton - o mesmo do Parque dos Príncipes - que segurou um FC Porto sem maestro e, consequentemente, sem entrada perigosa no último terço, mas que sem baquear quando esteve mais frágil ganha fôlego para a segunda metade da época

P.S. Guardo, por opção, para a tal 'sub-cave' todo o 'ping-pong' que se arrastou no pós-jogo, alimentado pelas decisões da equipa de arbitragem. É incoerente toda a declaração que se fez por não dar em nada, por ser totalmente irrelevante. Não há anjos no futebol português e metáforas como a dos telhados de vidro estão mais que gastas. É que para cada tiro arranja-se cada melro. Ver o presidente portista falar (sequer) de arbitragem ou ver o treinador benfiquista desculpar um árbitro porque o mesmo 'tentou defender o espectáculo' é para mim stand-up comedy. Que tenham a coragem de fazer o mesmo quando for ao contrário, é o que peço. Mas isso seria coerente. E como sabemos a coerência é incompatível com o futebol português e as suas rivalidades mesquinhas.

domingo, janeiro 13

Só não vê quem não quer...

Eu também vi o jogo, não foi só o incendiário do treinador do Porto. Vi 2 golos marcados caídos do céu. Vi um meio campo do Porto a dar charuto como nunca e a ser constantemente perdoado da acção disciplinar.  E o Alex Sandro? E o Mangala? Esses não viu ele...

Depois é preciso ter muita lata para pedir vermelhos ao adversário. Parece que há uma lei que impede amarelos ao Moutinho.

Concordo que o Maxi e o Matic vinham para a rua, mas o critério do árbitro tinha que ter sido outro. Jogar amarelado toda uma segunda parte se calhar ainda limitava mais...

Vi o Porto sem oportunidades na 2ª parte e a desistir de tentar ganhar a partir dos 70 minutos. Se são tão bons e jogam tanto e o Benfica é tão fraco como dizem, parece que se acagaçaram demais, não?

sexta-feira, janeiro 11

Benfica - Porto

Num jogo que tem tudo para ser forte em termos emocionais, onde qualquer fósforo provoca um incêndio descomunal, só faltava o Vitor Pereira vir deitar lenha para a fogueira. É triste e ridículo este clima constante de guerrilha, de confrontação, mais a mais em vésperas de jogos. Desprezíveis as declarações do treinador do Porto. Quem não tem berço...

Espero que os que normalmente criticam este tipo de declarações quando é outro a falar, apareçam desta vez. Da minha parte que seja um grande jogo, sem incidentes, sem casos (impossível, eu sei), e que no fim... ganhe o Benfica.

Ponto de interrogação

Com a possibilidade, cada vez mais real, da actual direcção leonina ser destituída via AG, será que o BES / BCP vão deixar passar a possibilidade de conversão dos VMOCs a que têm direito?

Não obstante o pagamento ontem dos juros, e ao contrário do que está escrito no Económico de hoje, a possibilidade de conversão mantém-se caso os bancos (credores) assim entendam.

quarta-feira, janeiro 9

Elias e mais um grande negócio!!!

Estive quase a acertar mais no post em baixo. Afinal não vamos rescindir, vamos emprestar... e atenção que, assim, ainda poupamos uma pipa de massa em salários. Para vender era mais difícil, porque o mercado está em baixo e o brasileiro já nem corria em campo. Era um peso no plantel como muitos outros e assim este negócio, bem vistas as coisas, é um bom negócio! Os 9 milhões que demos por ele, pronto, foi azar. Acontece!

"Elias está prestes a tornar-se o primeiro reforço do Flamengo para a nova época, consumando a sua saída do Sporting. Segundo noticia o "Globoesporte", o médio chegará ao clube do Rio de Janeiro por empréstimo de um ano, não se sabendo ainda os valores associados à transação. A publicação dá destaque à capacidade de negociação de Paulo Pelaipe, diretor desportivo do Flamengo, que conseguiu convencer os dirigentes leoninos a cederem Elias por empréstimo, em oposição à vontade inicial de vender em definitivo o médio".

In Record  09.01.2013

terça-feira, janeiro 8

Que alguém pare isto já!!!

É que já tenho medo de abrir o jornal de manhã quando peço o pequeno almoço aqui no café. É uma atrás da outra. E já nem falo dos resultados da equipa.

Ficamos então hoje a saber os contornos do negócio Izmailov. O russo por Miguel Lopes e... Ventura?!

Alguém sabe quem é o Ventura e por onde anda? hehehehe Magnífico!!! É para ser o nosso quarto guarda redes? Ou se calhar vamos ainda mandar o Patrício (como é dos mais bem pagos sempre se poupa alguma coisa) para o Dragão e receber para aí o Castro, ou o Seba, da equipa B.

Mas isto promete não ficar por aqui. É que é mesmo uma atrás da outra. Ainda estou com curiosidade em saber como vai ser o negócio Elias. O tal que custou quase 9 milhões de euros e que ganha 150 mil por mês, anda agora em Interrail por Itália, Brasil e Espanha à procura de clube. Não há empresários, não há intermediários com o jogador brasileiro. Nada disso. Tem que ser ele mesmo a procurar equipa. Não joga, não treina, mas decerto que ganha ao fim do mês. Eu acho uma grande medida de valorização do jogador. Já deve valer para aí o dobro. Agora mais a sério, eu proponho uma rescisão amigável em que o jogador fica a receber até arranjar novo clube.

Por fim, Vercauteren é mais um que foi despedido sem acordo, sem dignidade e de certeza que para compensar tudo isto com mais alguns milhões para que ele não fique mais triste.

Eu já nem sei como lidar com tudo isto. Há dias em que me sinto mesmo mal com vontade de ir a Alvalade e espancar o primeiro que encontre. Outras vezes tento alhear-me e não saber nada mais do clube.

Há ainda outros dias em que tento ver isto com ligeireza e até me rir com tudo isto. Eu acho que não há sportinguista que se preze que saiba como lidar com esta situação.

Mas o certo é que o Sporting está na merda e é gerido por gente sem qualquer nível e pior, isto não vai mudar tão cedo se ninguém fizer por isso. Não sei como, nem quando, nem por quem. Mas alguém que pare com isto já!!!

segunda-feira, janeiro 7

Vercauteren out.

Nenhum espanto na saída do belga. A verdade é que não conseguiu inverter a tendência negativa da equipa e mesmo tacticamente foi incapaz de melhorar o que quer que fosse. Não sei se por inépcia se por incompetência.

Contudo, Vercauteren pareceu-me sempre um homem frontal e sério, com um discurso que só podia, a longo prazo, trazer tranquilidade ao futebol português.

Em relação à subida de Jesualdo, não entendo como há sportinguistas que acham tudo isto natural. Então o homem vem para manager porque era isto e aquilo, e agora vai ser treinador, ficando o clube sem o tal manager (uma posição fundamental aquando da contratação do professor)?

Não confio minimamente em Jesualdo. Dificilmente fará pior (o SCP naturalmente vencerá 3 jogos em 15) mas o SCP não tem, nas mãos do ex-FCP, o futuro.

Bússola russa para conquistar Montanha da Luz

Maus prenúncios raramente são razões para sorrir. Isto porque os mesmos implicam mudança e perda de conforto. Ora, como nada se mantém igual neste Mundo a 'chave', ou pelo menos parte dela, para um bom resultado no 'Clássico' do próximo domingo, poderá estar no tão gasto discurso do Governo português nos últimos tempos. Para o ganhar, o FC Porto terá que encontrar na crise a tal oportunidade. E qual é essa oportunidade? Naturalmente a necessidade de transcender-se e de crescer na mesma. Não ter James é não ter bússola, mas haverá, com certeza, outras maneiras de encontrar o Norte.

Há montanhas que parecem impossíveis de ultrapassar. E uma delas pode muito bem ser a máquina de ataque que Jorge Jesus, pela quarta vez, montou no seu Benfica. Sem o jogo colectivo de Aimar e Saviola, secundados por Di Maria e Ramires, os encarnados não foram mais campeões, mas ameaçaram, ou pelo menos nunca desistiram de o ser. O Benfica pós 2009/10 foi sempre mais individual e menos 'tabelador', nunca encontrando soluções em jogadas muito combinativas. Vive da individualidade e talento que lhe sobra nos quatro elementos da frente de ataque e da pressão que os mesmos fazem no momento da perda da bola.

O seu jogo na Luz é por norma frenético e passível de imensas transições devido ao elevado número de más decisões e perdas de bola. Diverte como não há igual na Liga e não encontra grandes opositores em Portugal. Jorge Jesus sabe-o como ninguém e por isso mesmo muda o chip quando encontra um adversário que o faz pensar em demasia. Tímido, o Benfica não 'carrega' em jogos grandes a não ser que se encontre em desvantagem. Até lá tenta fazer aquilo que evita nos outros jogos todos. Posse, circulação, um amornar de jogo que nunca entendeu, nem me parece que vá entender.

É aqui que pode entrar Vítor Pereira. O técnico já por demais deu a entender que não gosta de jogos partidos. A vulgar transição é abominada pelo técnico espinhense e por isso o Porto passa a época toda a fazer aquilo que o Benfica tenta fazer em 'clássicos' e em jogos que fazem JJ coçar a tão afamada cabeleira. É uma vantagem, portanto, o jogo desenrolar-se nos momentos em que o FC Porto está mais à vontade. Sem grandes vertigens, o FC Porto vai tentar adormecer para acelerar quando mais lhe convém, mas... a esse facto opõe-se desde logo o mais que provável desaparecimento de James do 'clássico'. É que é o maestro colombiano que acelera, desacelera e encontra o caminho para as balizas do adversário.

Não ter o fantástico miúdo coloca a nu toda a limitação do banco portista. Já antes do mercado de Inverno, que ainda nada trouxe, o plantel era um 'onze'. Nada mais, nem nada menos, à excepção dos centrais que vão rodando sem que se note algo de melhor ou pior. De resto é o marasmo. Atsu, o único que ia mexendo com o jogo quando entrava pelo mais equilibrado Varela, não vai estar. Iturbe não passou de estrela da especulação e Kelvin tem mais vontade de mostrar tudo numa jogada do que ser paciente em todos os momentos do jogo. Foi assim até agora, em outros jogos, mas todos sabemos que o de dia 13 é o mais especial deles. É aí que a palavra transcendência ganha sentido para um FC Porto que se tem guardado em demasia para um só jogo.

Jogue quem jogar levará na cabeça a montanha que tem de ser ultrapassada, mas também a real crença de que a pode ultrapassar. São coisas que o Governo português, por exemplo, não consegue porque não é uma 'casa' que tenha já ultrapassado alguma coisa. Já o FC Porto tem um vasto currículo de alpinismo e um método especial para montanhas clássicas. Ainda para mais prepara-se para garantir o concurso de um dos dois jogadores da Liga que poderiam algum dia substituir 'El Bandido' (Gaitán é o outro). Ninguém mais que Izmailov estará com vontade de jogar esta partida a um nível superior. Se o 'czar' arranjar dores nas costas será certamente noutro jogo, pois bastará conhecer a  casa nesta semana bastante especial para aparecer na Luz disposto a apagá-la.

domingo, janeiro 6

Estoril 1 Benfica 3.

Vitória indiscutível contra um Estoril demasiado... medíocre. Custou-me ver o falhanço de Artur e custou-me igualmente ver a equipa do Benfica a praticar um futebol muito fraquinho. Mais uma vez, a qualidade do plantel encarnado fez mossa, num jogo em que o banco era constituído por César, Aimar, Lima, Nolito e Ola. E não estavam na equipa Maxi, Luisão e Martins. É muita fruta. Da boa, não é da envenenada.

Quanto ao jogo: talvez o pior Enzo da época mas também Matic não esteve bem. A equipa, no geral, esteve francamente mal e é difícil destacar alguém pela positiva. Gaitán marcou um golo soberbo mas continuo a achar que lhe falta empenho sério, comprometimento total.

Até marcámos de bola parada (o que se passa nestes lances desde há... meses?) mas a verdade é que em futebol jogado, faltou quase tudo. Mas posso sempre destacar algumas razoáveis exibições: Almeida, Garay, Sálvio e Lima.

Não gostei do jogo do Benfica, apesar de ter sido uma vitória incontestável. No Domingo há clássico e o que me deixa mais confiante é... a lesão de James.

O árbitro foi muito mau. Nem vou perder tempo com isto mas quem viu o jogo apercebeu-se da incoerência disciplinar e da incapacidade técnica revelada em lances claríssimos que foram mal assinalados. Lesa futebol, mas adoramos dizer que até temos os melhores árbitros do mundo.

Lambuças

Qual será agora o objectivo - para aí o 6º esta época - que o maçom vai traçar para o clube no próximo editorial do jornal do clube? Assegurar a manutenção antes de Maio?

1 ponto acima da linha de água

O gajo não se vai demitir, não tem o que é preciso para isso. A vida pessoal e profissional dele falam por si.

Força Braga, força Benfica. E que Marítimo e Beira Mar empatem.

sábado, janeiro 5

Estejam quietos e peçam para sair!!!

Já chega!!! Sinceramente já não há ponta por onde se pegue. A exibição de hoje do Sporting foi novamente má demais para acreditar. É que já nem há palavras para descrever isto.

E depois o negócio Izmailov. É um crime o que se está a fazer ao clube. Então vai-se buscar a 50% um jogador que podemos ter a 100% em Maio? E ainda se oferece Izmailov para isso, jogador com quem renovamos há 3 meses atrás? E Miguel Lopes ainda vai ganhar 100 mil por mês? Puta que os pariu a todos!!!

Estamos num momento, em que qualquer decisão que se tome agora, é claramente danosa para o Sporting.
Godinho, Jesualdo, Vercauteren ou qualquer um que lá esteja, estejam mas é quietinhos e saiam já! Cada dia que passa com esta malta, mais nos afundamos!!!

sexta-feira, janeiro 4

Curtas.

1. No Domingo o Benfica tem uma deslocação à Amoreira, para defrontar o Estoril. Os benfiquistas esperam uma equipa determinada para resolver um jogo que se adivinha complicado. Jesus deve voltar a apostar em Ola e Sálvio, lançando Lima para jogar com Cardozo.

2. O plantel do Benfica oferece imensas alternativas. Basta pensar que, no onze provável (Artur, Garay e Jardel, Melga e Maxi, Matic, Sálvio e Ola, André, Lima e Cardozo), não estarão Luisão, César, Enzo, Nolito, Aimar, Martins ou Rodrigo. O jogo é para vencer, obviamente, e estou confiante que é isso mesmo que vai acontecer.

3. Segundo a RTP, SCP e FCP estão a acertar uma parceria de troca de jogadores. Mas essa parceira não existe já há uma data de anos? Pobre Sporting...

4. Villas-Boas e o seu Tottenham alcançaram o terceiro lugar (o Chelsea é quarto com menos um jogo) e estão bem lançados para um campeonato a lutar pelo acesso à LC, o grande objectivo da época.

5. Mourinho continua com problemas numa época em que nada corre bem. Mas o Real é o Real, serão capazes de chegar à décima?

6. O mercado nacional e internacional está... parado.

quinta-feira, janeiro 3

Jesus dixit.

Benfica 6 Aves 0 - Taça de Portugal.

O Benfica fez o que lhe competia e cilindrou um Aves demasiado dócil. Contudo, os jogadores encarnados fizeram uma primeira parte muito boa, com atitude competitiva, com vontade e muito propósito.

Para mim tem sido uma agradável surpresa o empenho que esta competição tem tido quer dos jogadores, quer de Jorge Jesus. E tem de ser assim até à sua conquista. Os benfiquistas já a merecem.

Agora vem aí a Académica, com quem temos umas contas a ajustar.

O destaque do jogo de ontem tem de ser repartido: César (por tudo o que deu, quase sempre com qualidade, a mostrar que pode ser importante numa fase mais adiantada da época, quando já estiver em forma), Cardozo (pelos golos, pelos passes a rasgar), Rodrigo (pelo excelente trabalho e pelos golos), foram os melhores.

A bom nível estiveram Artur, Maxi, Garay, André e Jardel.

Não gostei de Luisinho (demasiado ansioso, pouco eficaz no ataque), Gaitán (para ser um grande jogador falta-lhe ser concreto em todas as acções do jogo - o que é bastante), Nolito (na pior exibição que me lembro, com muita pena minha, vi o espanhol a definhar e a revelar que a pressão a que está sujeito por parte de Jesus, limita a sua capacidade de decisão).

Uma cabazada das antigas e festa da Taça de Portugal.

O que vale Izmailov?

Até agora promete ser o negócio deste mercado de inverno. O Sporting oferece um jogador reconhecido como dos maiores talentos do plantel, com quem acabou de renovar contrato até 2015.  Em troca, recebe apenas qualquer coisa, não interessa bem o quê. Fala-se insistentemente de um internacional português em fim de contrato e de uma promessa dos juniores para posições onde já há alternativas no plantel. Logo, visto assim, não parece ser grande negócio para os de Alvalade.

Mas tento com força não ser sempre do contra. E assim para tentar perceber melhor as coisas, lembro-me logo do historial clínico e disciplinar do jogador russo.  É um problema! Sempre lesionado ou a criar problemas. Ainda que tenhamos renovado recentemente (?!), o Sporting não precisa de jogadores destes. E então mais ou menos estaria de acordo aqui.

A questão coloca-se então nos jogadores a receber. Obviamente conhecendo o actual plantel do Porto, poderíamos pedir Rolando, Kléber ou até Walter. O Sporting precisa de centrais e avançados. Mas parece que todos esses estão descartados. Então eu pergunto, precisamos de mais alguém dispensável do plantel dos gajos?

Mesmo que Miguel Lopes pudesse interessar, porque não negociar agora para ter o jogador livre em Maio, sem ter que passar pelo Porto? Depois, para quê ter mais um defesa direito, quando já temos Cédric, Arias e até Esgaio a crescer na equipa? Não entendo sinceramente.

Izmailov sempre deu a impressão de ser um jogador instável que necessitava de uma estrutura sólida à sua volta para poder mostrar toda a sua qualidade. Pode ser que no Dragão consiga mesmo render mais e ser uma opção para o lugar de Lucho, por exemplo. Se a coisa não correr bem, o Porto fica com um peso morto no plantel que custará 50 mil por mês. É um risco sim, mas não me parece ser um risco muito caro.

Com Miguel Lopes, na melhor das hipóteses, o Sporting ficará com um lateral polivalente razoável. Por outro lado, parece-me que mesmo a garantir um "razoável" rendimento com o lateral, o Sporting taparia a progressão de outros jovens que ainda agora chegaram ao plantel e que poderiam trazer mais que Miguel Lopes, mesmo a nível financeiro, no futuro.

Argumento final: após ter tentanto ver os termos do negócio de várias perspectivas e, em não ver grandes vantagens para o Sporting, para quê então negociar com o Porto? Não haverá outras opções para Izmailov?

É que assim acabamos por reforçar um clube que queremos ter como rival, damos a imagem de subserviência aos lá de cima e mostramos também agora desespero em tentar poupar tostões, tudo sem olhar a condições.

A ser um negócio Jesualdo, não começamos muito bem...