segunda-feira, março 20

300 minutos depois...

É verdade! Contando com períodos de compensação, o Benfica esteve perto de 300 minutos sem marcar um golo. E isso aconteceu por não ter atacado, ter sido incapaz de chegar à área do adversário ou ter adoptado estratégias demasiado defensivas? Não. Nesses longos minutos (que muito depressa passaram...), o Benfica beneficiou de muitos cantos, desenhou dezenas de ataques, chutou inúmeras vezes à baliza - acertou no guarda-redes, na trave, nos defesas, rematou por cima, ao lado, com força, devagar - , enfim, fez tudo o que normalmente é necessário para ganhar os jogos sem problemas. E, nesse intervalo, o que fizeram os adversários? A Naval quase não passou do meio-campo; o V. Guimarães pouco chegou à área do Benfica e marcou um golo com a ajuda da mão; o Rio Ave defendeu, voltou a defender e não obrigou o Moretto a fazer, que me lembre, uma única defesa. E o que lhes aconteceu? Os da Figueira da Foz, depois de o árbitro ignorar um 'penalty' imenso sobre o Léo, empataram. Os vimaranenses prosseguiram na Taça. Os de Vila do Conde contaram com o auxílio do guarda-redes do Benfica para ter um canto e enfiaram a bola na baliza. Só não ganharam porque o árbitro não considerou golo. E, depois, tiveram o que mereciam: perderam o jogo com o golo de Mantorras. Finalmente! Ao fim de 300 minutos. Quando muitos de nós, benfiquistas, já desesperávamos, não querendo acreditar no prolongamento do pesadelo que começou uma semana antes.
O Benfica, neste momento, é a antítese do Sporting. Os adversários sabem que o podem deixar atacar, chutar à baliza, ganhar cantos, que a bola, em princípio não entra. Já o Sporting só tem de preocupar-se em defender. Paulo Bento certamente dirá aos jogadores: "Defendam bem. Não sofram golos, que de certeza marcamos um". E assim é. Seja com a mão do Costinha, o calcanhar do Tonel ou o pé do Caneira de fora da área. É que nem sequer é o Liedson a marcar! Quando será que isto acaba? Confesso que já estou à espera há demasiado tempo!
P.S. - Estão desejosos que fale do caso do Rio Ave-Benfica, não é? Não sei se lhes faça a vontade. Está bem, concedo-lhes esta: quem viu pela TV não pode afirmar peremptoriamente que a bola não saiu, mas é essa a ideia que fica...

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