sábado, junho 3

Mundial 2006 - Grupo F



BRASIL
Campeão em título, o Brasil aparece na Alemanha com o já famoso "quadrado mágico", formado por Kaká, Ronaldinho, Adriano e Ronaldo. O potencial ofensivo desta selecção (bem patente na Taça das Confederações de 2005, quando humilharam os rivais argentinos na final, goleando por 4-1) torna-a principal favorita a conquistar a prova mas também faz dela o principal alvo a abater. Não só por isso mas também pela exigência dos seus adeptos, a pressão sobre a selecção brasileira será enorme. No entanto, o seleccionador Parreira e a maioria dos jogadores já sabem o que é vencer um Mundial...


Equipa-Tipo: Dida; Cafú, Juan, Lúcio e Roberto Carlos; Emerson e Zé Roberto; Ronaldinho, Kaká, Adriano e Ronaldo.
Outros Convocados: Rogério Ceni e Júlio César (GR) Cicinho, Luisão, Cris e Gilberto (DF) Mineiro, Gilberto Silva, Juninho Pernambucano e Ricardinho (MD) Fred e Robinho (AV)


CROÁCIA
O brilhante 3º lugar alcançado no França 98 coincidiu com o fim de uma geração de ouro, formada por Suker, Prosinecki, Boban, Boksic e Jarni, entre outros. A renovação da selecção tem-se processado de forma lenta mas eficaz, como ficou provado na fase de qualificação para o Mundial. A equipa de Zlatko Kranjcar apurou-se em 1º lugar num grupo que continha Bulgária e Suécia (venceu mesmo esta equipa nos dois jogos) e em recente partida de carácter particular, derrotou a Argentina por 3-2. Tudo indícios de que estamos perante uma equipa forte e com capacidade para, no mínimo, atingir os Oitavos-de-final.
Zlatko Kranjcar aposta num esquema de três defesas, pois dessa forma tira partido das qualidades dos alas Babic (na esquerda) e Srna (na direita), jogadores que atacam bastante bem. Outro jogador a ter em atenção é Niko Kranjcar, filho do seleccionador e o jogador mais talentoso da equipa (um dos três que ainda permanece na liga croata), que actua atrás da dupla atacante (normalmente Prso-Klasnic).


Equipa-Tipo: Butina; Tudor, Robert Kovac e Simunic; Srna, Nico Kovac, Vranjes, Niko Kranjcar e Babic; Prso e Klasnic.
Outros Convocados: Pletikosa e Didulica (GR) Simic, Tokic e Tomas (DF) Modric, Ivan Leko, Seric e Jerko Leko (MD) Olic, Balaban e Bosnjak (AV)



AUSTRÁLIA
Donos e senhores da Oceania, o grande problema dos australianos sempre foi o play-off de acesso ao Mundial, onde defrontavam o quinto classificado da zona sul-americana. Tal facto levou a federação australiana a pedir a inscrição na confederação asiática (a começar já nas eliminatórias para o Mundial 2010), numa zona em que a competição é mais forte mas as hipóteses de apuramento também sobem consideravelmente (4 vagas directas e a possibilidade de apurar uma quinta selecção, através de play-off com um adversário da América Central e Caraíbas). De facto, depois de ter encontrado o Uruguai no play-off de acesso ao Mundial 2002 (com vitória fácil dos sul-americanos), poucos acreditavam que a Austrália escapasse a nova eliminação aos pés da selecção uruguaia. No entanto, Guus Hiddink (seleccionador em part-time, pois treinava o PSV) conseguiu dar sentido colectivo a um conjunto que já contava com algumas individualidades (Kewell, Viduka, Bresciano, etc.) e os Socceroos acabaram por vencer o play-off na lotaria das grandes penalidades.
Presentes pela segunda vez num fase final (curiosamente, a primeira foi também na Alemanha, em 1974), a selecção australiana conta com a experiência do seleccionador e com a qualidade de alguns dos seus jogadores para fazer boa figura no Mundial, mas será uma surpresa se conseguir mais que do lutar com o Japão pelo 3º lugar do grupo.


Equipa-Tipo: Schwarzer; Neill, Moore e Popovic; Emerton, Grella, Cahill e Chipperfield; Bresciano, Viduka e Kewell.
Outros Convocados: Covic e Kalac (GR) Beauchamp e Milligan (DF) Culina, Skoko, Wilkshire, Sterjovski e Lazaridis (MD) Aloisi, Thompson e Kennedy (AV)


JAPÃO
O futebol no Japão tem evoluído bastante desde a introdução da J-League (liga profissional), em 1993. A chegada de grandes nomes do futebol (um deles foi o actual seleccionador Zico) ajudou a desenvolver a técnica e a mentalidade do jogador japonês. Os primeiros resultados surgiram em 1998, quando o Japão se qualificou pela primeira vez para um Mundial. A prestação em França não foi famosa (3 derrotas pela margem mínima) mas preparou a equipa para 2002. Certamente impulsionados pelo factor casa, o Japão mostrou progressos mas baqueou perante a Turquia nos Oitavos-de-final. Atingir este patamar será o objectivo para 2006, mas a selecção de Zico parece ter poucos argumentos para o conseguir. Hidetoshi Nakata continua a ser o nome mais sonante do Japão, mas o principal destaque desta equipa vai para o médio esquerdino Nakamura (Celtic).



Equipa-Tipo:
Kawaguchi; Tanaka, Miyamoto e Nakazawa; Kaji, H. Nakata, Fukunishi, Ogasawara e Alex Santos; Nakamura e Takahara.
Outros Convocados: Narazaki e Doi (GR) Komano, Koji Nakata e Tsuboi (DF) Endo, Ono e Inamoto (MD) Yanagisawa, Maki, Oguro e Tamada (AV)

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