"A tão propalada auditoria financeira e de gestão reúne hoje à mesa, em Alvalade, três dos cinco candidatos ao tumultuoso acto eleitoral do passado sábado. Godinho Lopes, eleito presidente graças a uma tangencial margem de 360 votos sobre o mais directo concorrente, Bruno de Carvalho, prometera que este seria um dos seus primeiros actos de gestão, razão pela qual lançou o desafio a todos os outros participantes no sufrágio. Porém, nem todos vão responder à chamada por aquele que era um denominador comum a todos os concorrentes à sucessão de Bettencourt na liderança do emblema verde e branco"
In O Jogo 30.03.2011
Depois de tanto se ter falado acerca do momento financeiro do Sporting e de se ter acusado os da "continuidade" de terem levado o clube á bancarrota, eis o exemplo que certa parte da oposição resolve dar no dia de hoje.
Sejam quais forem os motivos para estas ausências, não há nada na minha opinião que justifique não estar na reunião de hoje. O Sporting deveria estar acima de qualquer interesse pessoal, não!?
quarta-feira, março 30
terça-feira, março 29
Abordagem errada
Ao ler melhor o que escrevi ontem, percebi que entrei pelo caminho errado. Não devia ter afirmado que houve marosca, devia sim ter dito que essa foi a ideia com que fiquei depois de ver e ouvir algumas das incidências que se passaram na noite de sábado. Não quero, por isso, alimentar mais este assunto. Cabe à lista C a decisão de avançar ou não com a impugnação. Espero que só o façam se houver provas concretas pois, caso contrário, perdem algum (ou bastante) do capital adquirido neste período eleitoral. Se não avançar, Bruno de carvalho deve retractar-se pois já fez acusações graves no pós-eleições.
Sendo assim, é altura de deixar que as coisas se resolvam nos locais apropriados e deixar Godinho Lopes trabalhar pois acima de tudo está o clube e esse não pode parar. Até ver, ele é o presidente do clube e tem que ser respeitado, apesar de não ser a escolha da maioria dos sportinguistas. A única maneira de inverter isso é fazer um trabalho sério e isso passa por cumprir as promessas que fez. Vejo que começou com boa vontade, pedindo uma auditoria externa e falando aos jogadores. Também não desgostei da entrevista que deu no Dia Seguinte. Espero sinceramente que aquela parte de acabar com a subserviência seja para cumprir. Isto tudo para dizer que, não sendo a minha escolha, e até prova em contrário, Godinho Lopes será o meu presidente.
Sendo assim, é altura de deixar que as coisas se resolvam nos locais apropriados e deixar Godinho Lopes trabalhar pois acima de tudo está o clube e esse não pode parar. Até ver, ele é o presidente do clube e tem que ser respeitado, apesar de não ser a escolha da maioria dos sportinguistas. A única maneira de inverter isso é fazer um trabalho sério e isso passa por cumprir as promessas que fez. Vejo que começou com boa vontade, pedindo uma auditoria externa e falando aos jogadores. Também não desgostei da entrevista que deu no Dia Seguinte. Espero sinceramente que aquela parte de acabar com a subserviência seja para cumprir. Isto tudo para dizer que, não sendo a minha escolha, e até prova em contrário, Godinho Lopes será o meu presidente.
segunda-feira, março 28
Inevitável
Muita gente acha que Bruno de Carvalho devia aceitar os resultados e sair de cena e que, com isso, chegaria às próximas eleições com grande favoritismo. Mas isso seria pactuar com a vergonha que se passou em Alvalade no sábado. Não haja dúvidas que houve marosca e da grande! Alguém acredita que Rogério Alves daria os parabéns ao adversário sem ter dados concretos nesse sentido? Se Godinho Lopes esteve sempre à frente nas contagens, como dizem agora, faria sentido o jornal O Jogo dar a vitória a Bruno de Carvalho na capa? Faria sentido o site d'A Bola anunciar o mesmo? E estamos a falar de jornais que mostraram um tendência clara em favor de Godinho Lopes. O Record também deu a vitória à Lista C na primeira contagem. A própria candidatura de Dias Ferreira confirma que existiram irregularidades e que os motivos para impugnar são válidos.
Seja como for, Godinho Lopes é um presidente a prazo, por várias razões. Alegadamente, apenas 31% dos votantes votaram nele para presidente do Sporting, contra 41,5% de Bruno Carvalho. Ou seja, o número de votos até poderia dar legitimidade (não havendo irregularidades) mas com 69% dos sócios a pretenderem uma mudança com o passado, não vejo Godinho Lopes com capacidade e carisma para ultrapassar isto. Uma coisa é ser a cara do projecto e outra bem diferente é ser o líder. Como candidato, Godinho era, de muito longe, a pior opção. E entretanto começa já a faltar ao prometido. Diz que anunciou 3 defesas centrais mas não serão precisos tantos.
Seja como for, Godinho Lopes é um presidente a prazo, por várias razões. Alegadamente, apenas 31% dos votantes votaram nele para presidente do Sporting, contra 41,5% de Bruno Carvalho. Ou seja, o número de votos até poderia dar legitimidade (não havendo irregularidades) mas com 69% dos sócios a pretenderem uma mudança com o passado, não vejo Godinho Lopes com capacidade e carisma para ultrapassar isto. Uma coisa é ser a cara do projecto e outra bem diferente é ser o líder. Como candidato, Godinho era, de muito longe, a pior opção. E entretanto começa já a faltar ao prometido. Diz que anunciou 3 defesas centrais mas não serão precisos tantos.
domingo, março 27
Isto é o Sporting?
Não me revejo em BdC mas custa-me ainda mais que um grupo de lambuças vá governar o Sporting.
Ontem de manhã informavam-me dos resultados da sondagem e BdC estava à frente. À tarde a diferença aumentou. Ao longo da noite a vitória era um dado adquirido e, por volta das 4 e tal da manhã Rogério Alves chegou a dar os parabéns aos vencedores. O staff de BdC é composto por uma cambada de anjinhos ...
Inédito um recém-eleito presidente ter de fugir e ser escoltado. Como diz e bem o João em baixo, a guerra civil vai extremar-se. Os 10% transformaram-se em 36%. o Sporting está fracturado. Vai ser bem feito para alguns dos papagaios dessa lista, que andavam na internet a fomentar a revolta, levarem agora com ela nas trombas.
P.S. Quem instigou a Juve Leo a arranjar a confusão? Qual o objectivo?
Ontem de manhã informavam-me dos resultados da sondagem e BdC estava à frente. À tarde a diferença aumentou. Ao longo da noite a vitória era um dado adquirido e, por volta das 4 e tal da manhã Rogério Alves chegou a dar os parabéns aos vencedores. O staff de BdC é composto por uma cambada de anjinhos ...
Inédito um recém-eleito presidente ter de fugir e ser escoltado. Como diz e bem o João em baixo, a guerra civil vai extremar-se. Os 10% transformaram-se em 36%. o Sporting está fracturado. Vai ser bem feito para alguns dos papagaios dessa lista, que andavam na internet a fomentar a revolta, levarem agora com ela nas trombas.
P.S. Quem instigou a Juve Leo a arranjar a confusão? Qual o objectivo?
O pior resultado de todos!!!
Polémica, confusão, suspeitas, acusações, violência.....tudo isto na noite de ontem. Não era isto certamente que os sócios do Sporting pediam e mereciam, e seja quem for o vencedor, uma coisa é certa: o estado de guerra civil continuará em Alvalade!!!
Perante as incertezas de quem realmente ganhou as eleições, há uma dado que considero unânime....ontem o Sporting perdeu!!!
Perante as incertezas de quem realmente ganhou as eleições, há uma dado que considero unânime....ontem o Sporting perdeu!!!
sexta-feira, março 25
Intenção de voto
Eu ontem ainda colocava Dias Ferreira com alguma hipótese de surpreender nesta recta final das eleições mas depois disto...
...o melhor é desistir. Incrível! AHHHHAAAHHHAHHHHHH Não sabia que o homem estava neste estado!
Isto simplifica, e muito, a decisão sobre o melhor candidato para assumir a presidência do Sporting.
Muito se fala do Fundo de Bruno de Carvalho e da sua credibilidade. Claro, é um desconhecido para o grande público sportinguista mas hoje em dia é muito fácil obter informações e percebe-se que não é pára-quedista. É patrono dos Leões de Portugal, fundador e presidente da fundação Aragão Pinto, é (ou foi) vice-presidente do Hóquei, promoveu mais de uma centena de acções de comemoração do centenário do clube. Claro que isto não é suficiente para aquilatar das capacidades para presidente. Para isso servem as sessões de esclarecimento, para isso servem os programas eleitorais, para isso servem os debates (aqueles 10% em que não estão a falar por cima uns dos outros). E é por aí que temos de escolher. E eu não tenho grandes dúvidas que a Lista C é a que mais serve ao Sporting no momento actual. Existe muita desconfiança em torno do Fundo russo. Sei que ele foi apresentado, juntamente com os investidores. Serão estes credíveis? Não sei dizer. Mesmo que fosse a Máfia Russa, não veria grande problema. Assim teria a certeza que nunca mais seriamos prejudicados pela arbitragem. :)
Já a questão do direito de veto, acho perfeitamente normal que isso aconteça. Se eu colocar dinheiro num fundo e me apresentarem um Grimi ou Purovic, certamente diria não. Ou seja, obriga o Sporting a contratar jogadores de qualidade ou pelo menos com grande margem de progressão.
Tem sido uma candidatura particularmente visado porque entrou com convicção muito superior às outras e com ideias mais claras. A tentativa de descredibilizar é diária mas muitas tiveram efeito contrário. Esta última do Correio da Manhã travou a ascensão de Pedro Baltazar, no meu entender.
Já de outras campanhas, os planos financeiros passam sobretudo por um fundo que já existe (15 milhões) e uma bomba de gasolina. Ou seja, não há grandes alternativas ao actual sistema. A candidatura de Godinho tenta atirar areia para os olhos dos sócios com camiões de jogadores. Já tem pré-acordo com 8! Domingos, por esta altura, deve estar a olhar para o chão... Luís Duque afirmou que talvez tivesse de atirar um ou dois nomes como trunfo antes das eleições mas a quantidade actual mostra que a Lista A já não tem tanta certeza da vitória. Cheira a desespero. Então Bruno de Carvalho é que é populista quando os trunfos saem aos dois por dia da lista de Godinho? Não faz sentido.
Uma vez que estas eleições estão agora reduzidas a duas candidaturas com reais hipóteses de vitória, é altura de escolher entre arriscar no desconhecido e na mudança ou apostar na continuidade, no compadrio. O mais estranho nisto tudo é que, olhando para as centenas de opiniões de já tive oportunidade de ler, quase ninguém gostaria de ver Godinho Lopes como presidente mas estou com a sensação que vai acabar por ganhar. Por isso, aos indecisos que não querem mais do mesmo, talvez o melhor não seja dispersar o voto mas sim apostar no voto útil. Se o Sporting atravessa um período assim tão mau, não é agora a altura de arriscar? Na minha opinião, sim. Esperemos então, com grande expectativa, pelos resultados de amanhã.
...o melhor é desistir. Incrível! AHHHHAAAHHHAHHHHHH Não sabia que o homem estava neste estado!
Isto simplifica, e muito, a decisão sobre o melhor candidato para assumir a presidência do Sporting.
Muito se fala do Fundo de Bruno de Carvalho e da sua credibilidade. Claro, é um desconhecido para o grande público sportinguista mas hoje em dia é muito fácil obter informações e percebe-se que não é pára-quedista. É patrono dos Leões de Portugal, fundador e presidente da fundação Aragão Pinto, é (ou foi) vice-presidente do Hóquei, promoveu mais de uma centena de acções de comemoração do centenário do clube. Claro que isto não é suficiente para aquilatar das capacidades para presidente. Para isso servem as sessões de esclarecimento, para isso servem os programas eleitorais, para isso servem os debates (aqueles 10% em que não estão a falar por cima uns dos outros). E é por aí que temos de escolher. E eu não tenho grandes dúvidas que a Lista C é a que mais serve ao Sporting no momento actual. Existe muita desconfiança em torno do Fundo russo. Sei que ele foi apresentado, juntamente com os investidores. Serão estes credíveis? Não sei dizer. Mesmo que fosse a Máfia Russa, não veria grande problema. Assim teria a certeza que nunca mais seriamos prejudicados pela arbitragem. :)
Já a questão do direito de veto, acho perfeitamente normal que isso aconteça. Se eu colocar dinheiro num fundo e me apresentarem um Grimi ou Purovic, certamente diria não. Ou seja, obriga o Sporting a contratar jogadores de qualidade ou pelo menos com grande margem de progressão.
Tem sido uma candidatura particularmente visado porque entrou com convicção muito superior às outras e com ideias mais claras. A tentativa de descredibilizar é diária mas muitas tiveram efeito contrário. Esta última do Correio da Manhã travou a ascensão de Pedro Baltazar, no meu entender.
Já de outras campanhas, os planos financeiros passam sobretudo por um fundo que já existe (15 milhões) e uma bomba de gasolina. Ou seja, não há grandes alternativas ao actual sistema. A candidatura de Godinho tenta atirar areia para os olhos dos sócios com camiões de jogadores. Já tem pré-acordo com 8! Domingos, por esta altura, deve estar a olhar para o chão... Luís Duque afirmou que talvez tivesse de atirar um ou dois nomes como trunfo antes das eleições mas a quantidade actual mostra que a Lista A já não tem tanta certeza da vitória. Cheira a desespero. Então Bruno de Carvalho é que é populista quando os trunfos saem aos dois por dia da lista de Godinho? Não faz sentido.
Uma vez que estas eleições estão agora reduzidas a duas candidaturas com reais hipóteses de vitória, é altura de escolher entre arriscar no desconhecido e na mudança ou apostar na continuidade, no compadrio. O mais estranho nisto tudo é que, olhando para as centenas de opiniões de já tive oportunidade de ler, quase ninguém gostaria de ver Godinho Lopes como presidente mas estou com a sensação que vai acabar por ganhar. Por isso, aos indecisos que não querem mais do mesmo, talvez o melhor não seja dispersar o voto mas sim apostar no voto útil. Se o Sporting atravessa um período assim tão mau, não é agora a altura de arriscar? Na minha opinião, sim. Esperemos então, com grande expectativa, pelos resultados de amanhã.
quarta-feira, março 23
Há azul ou vermelho que cheguem para uma tela tão negra?
Confesso que pensei antes de escrever um post sobre um assunto que, para mim, se resolve exactamente ao contrário do que tem sido feito. E o que tem sido feito? dar demasiado destaque e demasiada conotação a um problema cultural português. O da inveja e o da negatividade que se sobrepõe a qualquer tentativa de bom senso.
Foi com o Jorge Borges que, primeiramente, discuti a violência que se verifica entre 'adeptos' do Porto e do Benfica, que por vezes, demasiadas, se alastra para os seus representantes oficiais. Parece-me claro, bem claro até, que não será com o tratamento dado pelos dois clubes às situações que este 'flagelo' se resolverá. Disse eu, e torno a não demarcar-me disso, que nem Porto nem Benfica têm de tomar posições - sem ser a de condenar qualquer acto violento - acerca de qualquer agressão a outrem.
Isto porque ao tomarem essas posições, a conotação, juntamente com o crescimento em número desses actos, torna-se demasiado perigosa. Todo o tratamento dado, seja a azul com linhas pequenas ou a vermelho com letras garrafais, só serve para que mais disto haja e é isso que ninguém parece perceber.
Ninguém, seja de um lado seja de outro, me parece impoluto até porque nenhum se demarca da constante tentativa de conotar o rival com os casos. De nenhum lado alguma vez se fomentou qualquer respeito pelo rival. Haverá algum dia uma maioria portista a admirar o historial e grandeza do clube da Luz? Haverá algum dia alguma maioria benfiquista a reconhecer os feitos de um clube que tem um crescimento prodigioso? Não haverá, porque a negatividade e conotação dos dois se sobreporá sempre à positividade. Aliás, qualquer positividade de um será sempre a negatividade do outro.
E terá mesmo de ser assim? onde se beliscam estas duas esferas, ao ponto de alguém querer ferir fisicamente o rival? eu digo onde se beliscam: nos problemas culturais e psicológicos dos 'atacantes' e das 'vítimas'. E isso será resolvido com capas de jornais a dar um qualquer (seja imenso ou reduzido) destaque? Será resolvido com comunicados feitos através de acusações anteriores? É um problema de Portugal não haver nenhuma rivalidade salutar. Onde ela está, há disto. Seja com clubes, localidades, ou qualquer coisa que provoque disputa.
Não me parece é que alguém veja que ao alargar-se a discussão para mais do que condenar o acto é meio caminho para mais disto haver. Percebam de uma vez por todas que isto não tem que ver com cores, com pontos cardeais ou com culpas. É um problema cultural e quem não perceber isso não se surpreenderá ao perceber que em Portugal um 'par de lostras' e umas 'pedradas' é uma situação bem normal e até, por muitos, considerada 'bem empregue'.
Continuem a apontar e culpas no cartório terão também. Cenário demasiado português, aquele que sempre se preocupa com a pena do outro para branquear a sua. É o que o menos interessa aqui, continuarei a dizer. A integridade física é sagrada! E isto deveria ser repetido até à exaustão. Mas não me parece que seja isso que as manchetes, posts e comentários queiram desenvolver. Leiam-nas nas entrelinhas. São a estupidez, das segundas intenções, completa.
E esse limite não existe em Portugal - país onde quem bate não é uma pobre alma, é um cowboy, muitas das vezes um herói. No futebol, então, há muito que as marcas foram ultrapassadas. Teremos alguma coisa de realmente sagrado e consensual neste país? Se não temos, a integridade e segurança física de cada um deveria sê-lo e antes de se comentar qualquer caso destes, pensemos se realmente vamos ajudar a isso ou não.
Pensem numa agressão feita à frente de gente séria. Pensei nos efeitos que semelhante acto teria nas mentes de tais pessoas. Pensem em algo sagrado a ser profanado e visualizem a reacção das mesmas. Parece-vos parecida com as que têm chegado até nós?
Foi com o Jorge Borges que, primeiramente, discuti a violência que se verifica entre 'adeptos' do Porto e do Benfica, que por vezes, demasiadas, se alastra para os seus representantes oficiais. Parece-me claro, bem claro até, que não será com o tratamento dado pelos dois clubes às situações que este 'flagelo' se resolverá. Disse eu, e torno a não demarcar-me disso, que nem Porto nem Benfica têm de tomar posições - sem ser a de condenar qualquer acto violento - acerca de qualquer agressão a outrem.
Isto porque ao tomarem essas posições, a conotação, juntamente com o crescimento em número desses actos, torna-se demasiado perigosa. Todo o tratamento dado, seja a azul com linhas pequenas ou a vermelho com letras garrafais, só serve para que mais disto haja e é isso que ninguém parece perceber.
Ninguém, seja de um lado seja de outro, me parece impoluto até porque nenhum se demarca da constante tentativa de conotar o rival com os casos. De nenhum lado alguma vez se fomentou qualquer respeito pelo rival. Haverá algum dia uma maioria portista a admirar o historial e grandeza do clube da Luz? Haverá algum dia alguma maioria benfiquista a reconhecer os feitos de um clube que tem um crescimento prodigioso? Não haverá, porque a negatividade e conotação dos dois se sobreporá sempre à positividade. Aliás, qualquer positividade de um será sempre a negatividade do outro.
E terá mesmo de ser assim? onde se beliscam estas duas esferas, ao ponto de alguém querer ferir fisicamente o rival? eu digo onde se beliscam: nos problemas culturais e psicológicos dos 'atacantes' e das 'vítimas'. E isso será resolvido com capas de jornais a dar um qualquer (seja imenso ou reduzido) destaque? Será resolvido com comunicados feitos através de acusações anteriores? É um problema de Portugal não haver nenhuma rivalidade salutar. Onde ela está, há disto. Seja com clubes, localidades, ou qualquer coisa que provoque disputa.
Não me parece é que alguém veja que ao alargar-se a discussão para mais do que condenar o acto é meio caminho para mais disto haver. Percebam de uma vez por todas que isto não tem que ver com cores, com pontos cardeais ou com culpas. É um problema cultural e quem não perceber isso não se surpreenderá ao perceber que em Portugal um 'par de lostras' e umas 'pedradas' é uma situação bem normal e até, por muitos, considerada 'bem empregue'.
Continuem a apontar e culpas no cartório terão também. Cenário demasiado português, aquele que sempre se preocupa com a pena do outro para branquear a sua. É o que o menos interessa aqui, continuarei a dizer. A integridade física é sagrada! E isto deveria ser repetido até à exaustão. Mas não me parece que seja isso que as manchetes, posts e comentários queiram desenvolver. Leiam-nas nas entrelinhas. São a estupidez, das segundas intenções, completa.
E esse limite não existe em Portugal - país onde quem bate não é uma pobre alma, é um cowboy, muitas das vezes um herói. No futebol, então, há muito que as marcas foram ultrapassadas. Teremos alguma coisa de realmente sagrado e consensual neste país? Se não temos, a integridade e segurança física de cada um deveria sê-lo e antes de se comentar qualquer caso destes, pensemos se realmente vamos ajudar a isso ou não.
Pensem numa agressão feita à frente de gente séria. Pensei nos efeitos que semelhante acto teria nas mentes de tais pessoas. Pensem em algo sagrado a ser profanado e visualizem a reacção das mesmas. Parece-vos parecida com as que têm chegado até nós?
Cada vez mais dúvidas
Confesso que não tenho candidato ideal que me represente nas próximas eleições. Bruno de Carvalho tem vindo a desiludir-me de dia para dia: a sua sobranceria e arrogância causam-me muitas dúvidas:
"Pedido de informações de Godinho Lopes ao Kremlin? Eh pá, que faça um bom curso em cirílico!
Mostrar o dinheiro? Pedro Baltazar, que tem os sete satélites e os quatro plasmas, que ponha num canal da Rússia e que não me chateie! Pode continuar nas suas aulas de dicção, comunicação, a ver plasmas, acrescente um dos plasmas para o futsal, a tratar por tu os outros presidentes, não chateie as pessoas que estão fartas.
Debato com Dias Ferreira quando ele quiser! Quer fazer quando? Dias Ferreira tem o treinador, não tem projectos, modelo para o futebol, tem Futre e Rijkaard. Penso que seria um debate pobre, mas pelo menos não seria ofensivo."
"Pedido de informações de Godinho Lopes ao Kremlin? Eh pá, que faça um bom curso em cirílico!
Mostrar o dinheiro? Pedro Baltazar, que tem os sete satélites e os quatro plasmas, que ponha num canal da Rússia e que não me chateie! Pode continuar nas suas aulas de dicção, comunicação, a ver plasmas, acrescente um dos plasmas para o futsal, a tratar por tu os outros presidentes, não chateie as pessoas que estão fartas.
Debato com Dias Ferreira quando ele quiser! Quer fazer quando? Dias Ferreira tem o treinador, não tem projectos, modelo para o futebol, tem Futre e Rijkaard. Penso que seria um debate pobre, mas pelo menos não seria ofensivo."
terça-feira, março 22
Para preencher calendário
A vitória do Benfica apenas pode ser considerada espectacular pela expressão do resultado, ou pelo fantástico golo de Nico Gaitán.
O bis do Nuno Gomes é obtido numa fase decrescente do jogo, com o Paços há largo tempo a jogar com 10. Apenas o coração benfiquista pode atribuir algo de fantástico a este feito. Atenção: eu gosto do Nuno Gomes, mas daí a transformar em feito heróico cada golo que marca, vai uma enorme distância.
A expressão deste jogo e deste resultado no campeonato é nula. O título está entregue, e concretização é um mero formalismo que pode acontecer mais ou menos jornada.
Mais uma vez, e novamente a Norte, assistimos a actos de puro e cobarde vandalismo. Há responsabilidades a apurar, culpas a atribuir. Isto não pode ficar assim. Espero que não estejam à espera de mortes para se agir. Há que pôr fim a isto. O sentimento de impunidade não pode perdurar. Hoje é a norte, amanhã é a sul, hoje é com pedras, amanhã é com armas de fogo. As autoridades precisam de ser mais responsáveis e responsabilizadas pelas falhas, sem descurar que os principais culpados são os energúmenos que recorrem à violência, e quem os instiga a tal.
Imaginemos que o saco de pedras batia no vidro do autocarro e este se despistava? do que estaríamos a falar hoje? Não acham que já chega? Espero que o incediário não venha dizer que foi mais uma simulação...
Só lamento que a região do país da qual me orgulho de pertencer esteja a ficar "colada" a estes fenómenos.
O bis do Nuno Gomes é obtido numa fase decrescente do jogo, com o Paços há largo tempo a jogar com 10. Apenas o coração benfiquista pode atribuir algo de fantástico a este feito. Atenção: eu gosto do Nuno Gomes, mas daí a transformar em feito heróico cada golo que marca, vai uma enorme distância.
A expressão deste jogo e deste resultado no campeonato é nula. O título está entregue, e concretização é um mero formalismo que pode acontecer mais ou menos jornada.
Mais uma vez, e novamente a Norte, assistimos a actos de puro e cobarde vandalismo. Há responsabilidades a apurar, culpas a atribuir. Isto não pode ficar assim. Espero que não estejam à espera de mortes para se agir. Há que pôr fim a isto. O sentimento de impunidade não pode perdurar. Hoje é a norte, amanhã é a sul, hoje é com pedras, amanhã é com armas de fogo. As autoridades precisam de ser mais responsáveis e responsabilizadas pelas falhas, sem descurar que os principais culpados são os energúmenos que recorrem à violência, e quem os instiga a tal.
Imaginemos que o saco de pedras batia no vidro do autocarro e este se despistava? do que estaríamos a falar hoje? Não acham que já chega? Espero que o incediário não venha dizer que foi mais uma simulação...
Só lamento que a região do país da qual me orgulho de pertencer esteja a ficar "colada" a estes fenómenos.
O debate
Bruno de Carvalho esteve muito pior neste debate do que no anterior. Deixou-se envolver em picardias, mostrou sobranceria e alguma arrogância e não teve a serenidade e presença de espírito para "estar acima de tudo". Teria sido mais proveitoso demonstrar o mérito da sua solução ou desmistificando fantasmas que atacam a sua credibilidade.
Godinho Lopes continua sem chama. Muita gente está convencida que é um testa de ferro de Luis Duque. O homem, todavia, não tem jeito para estas coisas a continua a parecer mais apostado em demarcar-se da continuidade do que em apresentar soluções.
Pedro Baltazar melhorou a olhos vistos face ao primeiro debate. Mostrou as suas convicções, embora duvide que haja nos dias de hoje quem esteja interessado em regressar ao tempo dos presidentes mecenas. Foi dele que partiram os ataques mais violentos contra BdC.
Abrantes Mendes tem a serenidade que falta aos outro candidatos. Ninguém duvida que "fala a voz da verdade", mas a sua candidatura não tem base de sustentação. Todavia, todos os outros candidatos deviam possuir um pouco da sua formação, educação e princípios rígidos.
Dias Ferreira foi hoje o vencedor do debate. Não deverá ter muitas hipóteses no sábado, mas revelou o seu lado de animal televisivo e o seu melhor lado de sportinguista apaixonado. O futebol é para quem percebe de futebol foi a sua mensagem mais forte. Isso e a necessidade de acabar com a promiscuidade com a Banca. Foi quem mais atacou Godinho Lopes e BdC bem lhe pode agradecer esse apoio.
Candidatos ordenados do pior para o melhor em termos de prestação no debate de hoje.
Godinho Lopes continua sem chama. Muita gente está convencida que é um testa de ferro de Luis Duque. O homem, todavia, não tem jeito para estas coisas a continua a parecer mais apostado em demarcar-se da continuidade do que em apresentar soluções.
Pedro Baltazar melhorou a olhos vistos face ao primeiro debate. Mostrou as suas convicções, embora duvide que haja nos dias de hoje quem esteja interessado em regressar ao tempo dos presidentes mecenas. Foi dele que partiram os ataques mais violentos contra BdC.
Abrantes Mendes tem a serenidade que falta aos outro candidatos. Ninguém duvida que "fala a voz da verdade", mas a sua candidatura não tem base de sustentação. Todavia, todos os outros candidatos deviam possuir um pouco da sua formação, educação e princípios rígidos.
Dias Ferreira foi hoje o vencedor do debate. Não deverá ter muitas hipóteses no sábado, mas revelou o seu lado de animal televisivo e o seu melhor lado de sportinguista apaixonado. O futebol é para quem percebe de futebol foi a sua mensagem mais forte. Isso e a necessidade de acabar com a promiscuidade com a Banca. Foi quem mais atacou Godinho Lopes e BdC bem lhe pode agradecer esse apoio.
Candidatos ordenados do pior para o melhor em termos de prestação no debate de hoje.
segunda-feira, março 21
Somos 10 milhões
Uns para não deixar o Paços de Ferreira aproximar-se (!), outros porque terá mais sabor festejar o título na Luz com uma vitória, hoje estaremos certamente unidos no desejo de que o Benfica não perca esta noite.
sábado, março 19
There's only one Dutchman
De holandês em holandês, os candidatos do Sporting vão dando tiros ao lado. Van Basten e Rijkaard é pessoal prontinho para ir para casa com indemnização choruda. Uns grandes Koeman's, portanto.
Só há um holandês capaz de vir cá limpar o comando da Zon e a caneca da Sagres e se nenhum candidato toca no nome dele, eu também não o vou fazer. Deixem-no estar lá sossegadinho.
Só há um holandês capaz de vir cá limpar o comando da Zon e a caneca da Sagres e se nenhum candidato toca no nome dele, eu também não o vou fazer. Deixem-no estar lá sossegadinho.
sexta-feira, março 18
A identidade para viver o sonho
A conquista da segunda linha europeia por parte de Portugal é mais que evidente nesta caminhada, a três, rumo a Dublin. O feito notável é, sem duvida, o do Sporting de Braga - como já havia sido o do Boavista anos atrás - que demonstra que o caminho feito em território luso não deverá ser seguir a linha de outros clubes e países. Temos uma identidade própria e essa, ainda que aberrantemente não a queiramos reconhecer, é a que, esporadicamente, nos tem dado alegrias. Chama-se qualidade futebolística. Não se chama dinheiro, nem marketing, nem especulação.
Coloque-se a vista nas brilhantes caminhadas europeias feitas por 'gigantes' portugueses que mais não são do que 'Davides' europeus. Analise-se cada uma delas e ver-se-á certamente que a qualidade futebolística imperou mais que qualquer outro factor que se intromete demais no nosso jogo.
A conquista desta 'segunda divisão europeia' é por demais óbvia para dois emblemas que já fizeram história na Europa. Mas a inclusão de uma segunda linha lusa - o Sp Braga - prova que o caminho não são os milhões, mas sim os modelos e o trabalho de campo. O percurso bracarense pode ser visto, como tudo na vida, de duas maneiras. Se o Sevilha e o Celtic já não são colossos europeus, se o Arsenal fora de casa desce para níveis rudimentares e se o Liverpool não apresenta a 'unidade red' do passado, isso não é problema da equipa de Domingos. O problema é de quem tem estatuto e milhões para gastar e não apresenta resultados.
Já o havia dito aqui depois da brilhante vitória do Benfica em Marselha - último grande exemplo português de verdadeiro estofo europeu - o caminho a seguir é identidade futebolística. E só não vê quem não quer. Até porque a Liga, os dirigentes, os próprios treinadores e sobretudo os adeptos, continuam a dar demasiada importância a factores que só nos atrasam. Essas questões estão mais que discutidas e como já aqui reconheci, principalmente nas caixas de comentários, as discussões são legítimas. Mas o que é certo, e isso duvido que alguém possa negar, é que só nos atrasam.
A jornada
Confesso que só segui o Liverpool-Braga a espaços. Depois dos dois golos portistas pensei que poderia dedicar mais atenção ao silêncio de Anfield, mas o golo do CSKA trouxe de volta a 'necessidade' de acompanhar o que me é mais próximo. Fica a menção para o resultado e excelente vitória na eliminatória, só ao alcance de quem tem preocupação com o jogo.
O Porto continua a surpreender a Europa mais pelos resultados do que pelo jogo em si. Não querendo com isto menosprezar a qualidade da equipa de AVB, fica-me a sensação de uma estranha estrelinha que nos tem acompanhado. Há golos inesperados a mais e padrões de jogo demasiado 'completos' para serem verdade. É que o Porto, equipa de posse como AVB gosta de frisar, desde que passou para as eliminatórias desta Europa League passou também uma preocupante parte do tempo alheada do estilo que o seu técnico defende. Mas isto só seria preocupante se a equipa apresentasse níveis baixos quando muda de 'chip'. Não o faz e isso deixa-me a estranha sensação (um feeling bem contraditório, próprio de adeptos desconfiados) que a equipa não é tão forte como a Europa do futebol a classifica. Mas, atenção, é uma equipa que por mais que a queiram menosprezar - não foi a minha intenção nas linhas acima - é, para este nível, fortíssima.
Ontem esperei um regresso. Já é conhecido o meu 'fetish' pelo jogo do Benfica no Velodrome e ontem, em território (luso) francês - já agora, impressionante o número de benfiquistas presentes - não seria descabido da minha parte esperar por algo parecido. A fasquia era alta e cedo reparei que os meus níveis de exigência eram demasiado elevados. O jogo perfeito não apareceu e da imperfeição registo os minutos até ao golo, contra a corrente, de Gaitan e os últimos minutos - normais pelo resultado. Do que (bem) apareceu conto um brilhante início de segunda parte e um Fábio Coentrão que demonstra que a psicologia no futebol é bem útil. Que jogador impressionante!
O sorteio
O gelo está, de novo, demasiadamente presente no caminho. As equipas 'soviéticas' (que outro termo usar?) são sempre um 'osso', pela mentalidade e pela deslocação ao seu habitat. E como as probabilidades são matreiras, tinha que calhar outra deslocação ao frio russo para testar a 'estrelinha' portista. O Luzhniki é também um adversário de peso e duvido que alguém, na comitiva portista, fique contente pela deslocação.
A vingança por 1988 vai ser também tema nestes 'quartos', mas mais importante que isso será o modelo e competitividade de um Benfica que me parece em descida de forma. O abdicar do campeonato, e a rotatividade esperada, não auguram nada de bom pois os níveis competitivos não são regulares. E essa gestão é uma prova à mestria de Jorge Jesus. Ele já indicou possui-la, o teste vem a caminho.
Quem não tem esse problema é o Braga. Ainda envolvido na luta por nova presença na Europa (o que é bom é para repetir) os bracarenses estão nas suas 'sete quintas'. Todos os adversários têm mais estatuto e nenhum resultado será mau para o que já foi feito. É o que se chama 'viver o sonho'.
P.S. 1 - Já agora, fala quem sabe. À atenção dos benfiquistas.
P.S. 2 - Quando parará a irritante mania portuguesa de bater palmas nos minutos de silêncio?
Coloque-se a vista nas brilhantes caminhadas europeias feitas por 'gigantes' portugueses que mais não são do que 'Davides' europeus. Analise-se cada uma delas e ver-se-á certamente que a qualidade futebolística imperou mais que qualquer outro factor que se intromete demais no nosso jogo.
A conquista desta 'segunda divisão europeia' é por demais óbvia para dois emblemas que já fizeram história na Europa. Mas a inclusão de uma segunda linha lusa - o Sp Braga - prova que o caminho não são os milhões, mas sim os modelos e o trabalho de campo. O percurso bracarense pode ser visto, como tudo na vida, de duas maneiras. Se o Sevilha e o Celtic já não são colossos europeus, se o Arsenal fora de casa desce para níveis rudimentares e se o Liverpool não apresenta a 'unidade red' do passado, isso não é problema da equipa de Domingos. O problema é de quem tem estatuto e milhões para gastar e não apresenta resultados.
Já o havia dito aqui depois da brilhante vitória do Benfica em Marselha - último grande exemplo português de verdadeiro estofo europeu - o caminho a seguir é identidade futebolística. E só não vê quem não quer. Até porque a Liga, os dirigentes, os próprios treinadores e sobretudo os adeptos, continuam a dar demasiada importância a factores que só nos atrasam. Essas questões estão mais que discutidas e como já aqui reconheci, principalmente nas caixas de comentários, as discussões são legítimas. Mas o que é certo, e isso duvido que alguém possa negar, é que só nos atrasam.
A jornada
Confesso que só segui o Liverpool-Braga a espaços. Depois dos dois golos portistas pensei que poderia dedicar mais atenção ao silêncio de Anfield, mas o golo do CSKA trouxe de volta a 'necessidade' de acompanhar o que me é mais próximo. Fica a menção para o resultado e excelente vitória na eliminatória, só ao alcance de quem tem preocupação com o jogo.
O Porto continua a surpreender a Europa mais pelos resultados do que pelo jogo em si. Não querendo com isto menosprezar a qualidade da equipa de AVB, fica-me a sensação de uma estranha estrelinha que nos tem acompanhado. Há golos inesperados a mais e padrões de jogo demasiado 'completos' para serem verdade. É que o Porto, equipa de posse como AVB gosta de frisar, desde que passou para as eliminatórias desta Europa League passou também uma preocupante parte do tempo alheada do estilo que o seu técnico defende. Mas isto só seria preocupante se a equipa apresentasse níveis baixos quando muda de 'chip'. Não o faz e isso deixa-me a estranha sensação (um feeling bem contraditório, próprio de adeptos desconfiados) que a equipa não é tão forte como a Europa do futebol a classifica. Mas, atenção, é uma equipa que por mais que a queiram menosprezar - não foi a minha intenção nas linhas acima - é, para este nível, fortíssima.
Ontem esperei um regresso. Já é conhecido o meu 'fetish' pelo jogo do Benfica no Velodrome e ontem, em território (luso) francês - já agora, impressionante o número de benfiquistas presentes - não seria descabido da minha parte esperar por algo parecido. A fasquia era alta e cedo reparei que os meus níveis de exigência eram demasiado elevados. O jogo perfeito não apareceu e da imperfeição registo os minutos até ao golo, contra a corrente, de Gaitan e os últimos minutos - normais pelo resultado. Do que (bem) apareceu conto um brilhante início de segunda parte e um Fábio Coentrão que demonstra que a psicologia no futebol é bem útil. Que jogador impressionante!
O sorteio
O gelo está, de novo, demasiadamente presente no caminho. As equipas 'soviéticas' (que outro termo usar?) são sempre um 'osso', pela mentalidade e pela deslocação ao seu habitat. E como as probabilidades são matreiras, tinha que calhar outra deslocação ao frio russo para testar a 'estrelinha' portista. O Luzhniki é também um adversário de peso e duvido que alguém, na comitiva portista, fique contente pela deslocação.
A vingança por 1988 vai ser também tema nestes 'quartos', mas mais importante que isso será o modelo e competitividade de um Benfica que me parece em descida de forma. O abdicar do campeonato, e a rotatividade esperada, não auguram nada de bom pois os níveis competitivos não são regulares. E essa gestão é uma prova à mestria de Jorge Jesus. Ele já indicou possui-la, o teste vem a caminho.
Quem não tem esse problema é o Braga. Ainda envolvido na luta por nova presença na Europa (o que é bom é para repetir) os bracarenses estão nas suas 'sete quintas'. Todos os adversários têm mais estatuto e nenhum resultado será mau para o que já foi feito. É o que se chama 'viver o sonho'.
P.S. 1 - Já agora, fala quem sabe. À atenção dos benfiquistas.
P.S. 2 - Quando parará a irritante mania portuguesa de bater palmas nos minutos de silêncio?
Liga Europa
Depois do brilharete de ontem (especialmente o Braga, pela pouca experiência e pelo ambiente em que jogava), o caminho está aberto para que a taça regresse a Portugal. Olhando para as 5 equipas restantes, nenhuma assusta verdadeiramente: Twente, PSV (podias estar aqui Sporting!), Dinamo Kiev, Spartak Moscovo e Villarreal. Talvez os espanhóis sejam a grande ameaça mas não é nenhum colosso. Em 2002-2003, a final esteve a minutos de ser um Porto-Boavista. Seria interessante ver duas equipas portuguesas na final. Gostava que uma delas fosse o Braga mas tudo depende do que ditar o sorteio.
quarta-feira, março 16
O Fundo II
Esta súbita viragem para fundos de jogadores deve ser entendida à luz de uma determinação da UEFA designada por Financial Fair Play que vai regular a forma como os clubes podem contratar jogadores já dentro de 2 anos.
A título de exemplo, a estratégia do Benfica nos ultimos anos, de investimento forte em jogadores, só poderia ser seguida se o clube conseguisse apresentar resultados financeiros positivos, nos moldes definidos pela UEFA. Confesso que não sei se o Benfica cumpriria porque não conheço em detalhe as contas. Esta medida da UEFA visa proteger clubes com uma estratégia como a que o Sporting vinha seguindo, nomeadamente aposta na formação e sem "fugas para a frente" em termos de contratações (financial fair play). Hoje, a posteriori, sabemos que o Benfica saiu-se bem porque ganhou um título e valorizou jogadores. Mas a UEFA defende uma abordagem mais conservadora e aliás, já deliberou pela sua implementação.
A melhor forma de contornar esta maior regulação do organismo que tutela o futebol europeu, tendo em conta o estado lastimável das finanças dos clubes (portugueses e não só!) passará por criação de mecanismos alternativos como por exemplo fundos de jogadores. O único problema neste caso será a "anarquia" em torno da posse efectiva dos jogadores e o aparecimento de cada vez mais conflitos de interesses entre gestores dos fundos e gestores dos clubes. Imagine-se que o fundo quer vender o jogador para gerar mais valias e o clube pretende mantê-lo... Ramires, por exemplo.
Pedro Faleiro Silva, o presidente da AAS, comparava ontem o Financial Fair Play a uma Lei Bosman 2, pela liberdade "forçada" de circulação de jogadores. Será um fundo e não o clube a determinar onde o jogador irá exercer actividade. Todavia, parece cada vez mais uma inevitabilidade.
A título de exemplo, a estratégia do Benfica nos ultimos anos, de investimento forte em jogadores, só poderia ser seguida se o clube conseguisse apresentar resultados financeiros positivos, nos moldes definidos pela UEFA. Confesso que não sei se o Benfica cumpriria porque não conheço em detalhe as contas. Esta medida da UEFA visa proteger clubes com uma estratégia como a que o Sporting vinha seguindo, nomeadamente aposta na formação e sem "fugas para a frente" em termos de contratações (financial fair play). Hoje, a posteriori, sabemos que o Benfica saiu-se bem porque ganhou um título e valorizou jogadores. Mas a UEFA defende uma abordagem mais conservadora e aliás, já deliberou pela sua implementação.
A melhor forma de contornar esta maior regulação do organismo que tutela o futebol europeu, tendo em conta o estado lastimável das finanças dos clubes (portugueses e não só!) passará por criação de mecanismos alternativos como por exemplo fundos de jogadores. O único problema neste caso será a "anarquia" em torno da posse efectiva dos jogadores e o aparecimento de cada vez mais conflitos de interesses entre gestores dos fundos e gestores dos clubes. Imagine-se que o fundo quer vender o jogador para gerar mais valias e o clube pretende mantê-lo... Ramires, por exemplo.
Pedro Faleiro Silva, o presidente da AAS, comparava ontem o Financial Fair Play a uma Lei Bosman 2, pela liberdade "forçada" de circulação de jogadores. Será um fundo e não o clube a determinar onde o jogador irá exercer actividade. Todavia, parece cada vez mais uma inevitabilidade.
Treinador
Os jornais avançam que Scolari é o treinador de Godinho Lopes. Ainda ontem o candidato dizia que tinha a certeza que não ia decepcionar os sportinguistas com a escolha para liderar a equipa técnica. Mas ou Godinho Lopes anda muito distraído ou não faz ideia que Scolari é tudo menos consensual entre os adeptos leoninos. Desconfio até que esta escolha não é mais do que um valente balázio no pé. Scolari é um treinador capaz de galvanizar e mobilizar os adeptos mas em termos técnicos e tácticos, tem falhado nos últimos tempos, o que faz temer uma curva descendente, assim ao jeito de Carlos Freitas, que no início contratava Andrés Cruz e Liedsons, passou a trazer Purovics e Kokes e acabou com o aquisição de Grimi, talvez o pior jogador da história do clube. Se Bruno de Carvalho apresentar um treinador com algum peso, as coisas ficam muito complicadas para a lista da continuidade...
terça-feira, março 15
O Fundo
Para perceber exactamente o que pode ganhar e / ou perder o Sporting com o fundo proposto por Bruno de Carvalho, sugiro a leitura deste post do MRO.
É impossível prever agora se o fundo será benéfico ou prejudicial para o Sporting. Uma coisa parece-me mais ou menos certa: este fundo serve para fazer hedge do risco, ou seja, se a temporada correr mal desportivamente, com flops em termos de contratações, o fundo "compensa" essa má prestação. Mas se as coisas correrem bem e houver valorização e rotatividade de jogadores (que no fundo é o que desejamos), ganha o fundo e perde o Sporting.
Nota adicional: os custos com salários terão um peso brutal no que o Sporting poderá realmente ganhar.
É impossível prever agora se o fundo será benéfico ou prejudicial para o Sporting. Uma coisa parece-me mais ou menos certa: este fundo serve para fazer hedge do risco, ou seja, se a temporada correr mal desportivamente, com flops em termos de contratações, o fundo "compensa" essa má prestação. Mas se as coisas correrem bem e houver valorização e rotatividade de jogadores (que no fundo é o que desejamos), ganha o fundo e perde o Sporting.
Nota adicional: os custos com salários terão um peso brutal no que o Sporting poderá realmente ganhar.
Dinheiros da Rússia!!!
É o grande destaque no dia de hoje em relação ás próximas eleições no Sporting.
BdC tem desde já um mérito. Passou de ser um perfeito desconhecido a ser o centro das atenções destas eleições. Desta vez com a apresentação do fundo de capitais proveniente da Rússia.
Devo confessar que estas coisas vejo sempre com uma certa desconfiança. Preferiria que um clube se financiasse com os ganhos das sua própria actividade. No entanto, por outro lado devemos compreender que esse foi o grande objectivo do tão afamado Roquetismo e talvez o seu maior fracasso. Isso e rodear-se de pessoas que pouco percebiam de futebol.
O Sporting viveu da ilusão que poupando nos custos, investindo na formação, e ir á Champions de vez em quando seria suficiente para pagar a sua actividade. Hoje sabemos do resultado desta estratégia. Assim, que para aqueles que se caracterizam por uma maior aversão ao risco (como eu!!!) talvez pudessem pensar que este seria o melhor caminho.Especialmente comparando com os mais directos rivais já que tanto o Porto, como Benfica decidiram adoptar por outras estratégias.
Lá no Norte, fruto de uma capacidade única na Europa em mais valias conseguem atrair jogadores que o Sporting não consegue. O Benfica, fruto da simpatia de investidores nacionais, consegue valorizar juniores e não só, a preços vantajosos, conseguindo assim igualmente uma capacidade de investimento díficil de igualar.
Então das duas uma, ou conseguiamos formar e vender um Nani cada ano e com isso financiar a nossa actividade(que já sabemos também ser impossível), ou talvez devêssemos repensar a forma de conseguir capitais para igualar a capacidade de Porto e Benfica.
BdC mostra apenas uma opção e explica pormenorizadamente o fundo em questão.Haverá quem goste e quem não goste. Mas mais que puramente criticar, espero que haja outros que consigam fazer o mesmo para as suas opções e que no fim sejam os sócios a escolher o melhor candidato.
BdC tem desde já um mérito. Passou de ser um perfeito desconhecido a ser o centro das atenções destas eleições. Desta vez com a apresentação do fundo de capitais proveniente da Rússia.
Devo confessar que estas coisas vejo sempre com uma certa desconfiança. Preferiria que um clube se financiasse com os ganhos das sua própria actividade. No entanto, por outro lado devemos compreender que esse foi o grande objectivo do tão afamado Roquetismo e talvez o seu maior fracasso. Isso e rodear-se de pessoas que pouco percebiam de futebol.
O Sporting viveu da ilusão que poupando nos custos, investindo na formação, e ir á Champions de vez em quando seria suficiente para pagar a sua actividade. Hoje sabemos do resultado desta estratégia. Assim, que para aqueles que se caracterizam por uma maior aversão ao risco (como eu!!!) talvez pudessem pensar que este seria o melhor caminho.Especialmente comparando com os mais directos rivais já que tanto o Porto, como Benfica decidiram adoptar por outras estratégias.
Lá no Norte, fruto de uma capacidade única na Europa em mais valias conseguem atrair jogadores que o Sporting não consegue. O Benfica, fruto da simpatia de investidores nacionais, consegue valorizar juniores e não só, a preços vantajosos, conseguindo assim igualmente uma capacidade de investimento díficil de igualar.
Então das duas uma, ou conseguiamos formar e vender um Nani cada ano e com isso financiar a nossa actividade(que já sabemos também ser impossível), ou talvez devêssemos repensar a forma de conseguir capitais para igualar a capacidade de Porto e Benfica.
BdC mostra apenas uma opção e explica pormenorizadamente o fundo em questão.Haverá quem goste e quem não goste. Mas mais que puramente criticar, espero que haja outros que consigam fazer o mesmo para as suas opções e que no fim sejam os sócios a escolher o melhor candidato.
Está quase quase
No dia depois do dia em que o Benfica disse que já não se interessava pela Liga, o FCP arrancou confiante para mais uma exibição segura e personalizada. O jogo é construído sempre com certeza e cada elemento sabes exactamente o seu papel em campo. A equipa funciona como um todo e isso ajuda a destacar os talentos, hoje, à semelhança do que tinha sucedido em Moscovo, foi Guarin a marcar do meio da rua. Este colombiano que tantas críticas gerou na temporada passada tem-se mostrado um activo valioso e tem dado muito que pensar ao AVB em relação à sua utilização no 11. Eu quero que ele comece na 5ª!
Ainda o Porto não tinha jogado em Leiria e já se falava da hipotética conquista da liga na Luz... calma... até pode ser que seja antes :)
domingo, março 13
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