domingo, novembro 2

Curtas.

Benfica
Ainda nem sequer vi o golo de Talisca mas aposto que mais uma vez o brasileiro deixou bem patente a importância que já tem na equipa de Jesus. E mesmo depois de treinador e presidente adversários terem defendido que o tal lance do ataque do Rio Ave foi bem anulado, já me fartei de rir com a teoria da linha torta, por não estar paralela à linha da grande área encarnada. Chama-se perspectiva e bastava que se dominasse um pouco do conceito "ponto de fuga" para se perceber que não valem todos os argumentos para se ganhar uma discussão, principalmente se forem uma demonstração de ignorância e estupidez.

Pelo que li, não é unânime que o Benfica esteja a jogar bem. É algo preocupante a aparente fragilidade defensiva mas, depois de Garay, haveria sempre lugar a um enorme vazio, de qualidade, de seriedade, de classe e de sobriedade. O meio-campo continua também pouco consistente mas, já se percebeu, muito tem contribuído para isso a "ausência" de Enzo.

Até Dezembro é importante que a equipa se mantenha na frente. Com mais ou menos qualidade, o que importa é vencer os jogos e esperar que os principais adversários percam pontos.

Sporting
Também não vi nada deste jogo mas pelo que li faltou tudo à equipa de Marco Silva. O Sporting está naquele patamar muito perigoso: tão depressa joga bem e ganha, como logo a seguir perde e não mostra nada. Eu penso que é natural, dada a pouca qualidade de alguns dos jogadores. Nani não vai ser sempre decisivo (apesar de estar a ser o melhor a par de Talisca e talvez Jackson) e do banco nunca sairá nada de muito consistente. Com a LC a bombar, a cabeça de alguns, dispersa-se, as pernas de outros, faltam.

Facadas
A impunidade que existe em alguns recintos do país é o mais assustador. Já todos nos habituámos à violência praticada em Guimarães e isso é o pior. As melhoras para as vítimas de um ataque cobarde (onde andam os punhos?, os mano-a-mano?, isso das navalhas é para maricas) e que sabemos que voltará a repetir-se, num estádio perto de si. Triste.

Nolito
Sempre aqui defendi o espanhol. Defini-o vezes sem conta como sendo um dos jogadores mais inteligentes que já vi jogar. Jesus nunca foi à bola com o extremo e, mal pôde, despachou-o. Nem com os golos, nem com as assistências, nem sequer com a clara qualidade técnica e táctica que emprestava à equipa, o espanhol caíu no goto de JJ. O que fez em Barcelona (e o que tem feito), além de absolutamente delicioso, serviu apenas para os benfiquistas suspirarem de saudades.