segunda-feira, setembro 29

Fera!

segunda-feira, setembro 22

O gordo, outra vez.

quinta-feira, setembro 18

Inacreditável

Tenho para mim que existem situações que só acontecem ao Sporting. Aquele erro de ontem, que impediu um começo perfeito de Champions, ofusca tudo o que de bom foi feito pela equipa. É certo que o adversário não era especialmente forte mas para uma equipa inexperiente como o Sporting, que se apresenta com seis jogadores da formação no onze inicial, a vitória tangencial, fora de casa, seria sempre um resultado fantástico.
Mas não foi isso que aconteceu e o empate de Stamford Bridge só veio tornar ainda mais lamentável o ocorrido nos descontos da partida da Eslovénia.
Não vou aqui bater na dupla de centrais (muita gente ficou satisfeita com o que aconteceu), tal como não vou sacrificar Mané por ter falhado, de forma escandalosa, o 2-0.
Vou antes realçar a exibição de Nani que, de facto, está num nível superior aos demais. Aquele golo é excepcional. Não só a forma como trabalhou os adversários até se enquadrar com a baliza mas também como desferiu um colocadíssimo míssil com o seu "pior" pé. Um golo que deveria ter valido três pontos...

terça-feira, setembro 16

Benfica perde na estreia da Liga dos Campeões.

Derrota caseira que torna tudo muito complicado para o Benfica na luta pelos oitavos O Zenit entrou melhor e bastou um erro defensivo de Jardel para marcar um golo, através do cu descaído. O Benfica procurou responder mas houve nervosismo a mais e os russos voltaram a aproveitar, num golpe de cabeça do super hype belga (cabe no chinelo do Enzo e ainda sobra espaço). E o jogo terminou aí, já com Artur expulso.

O que aconteceu depois não merece grande análise porque nem o Zenit jogou o que podia, nem o Benfica teve capacidade para fazer melhor. Isto apesar da boa imagem deixada pelos jogadores encarnados. A equipa juntou-se e mostrou que as coisas podiam ter sido diferentes, para melhor. Houve várias oportunidades de golo mas os russos também as tiveram (e o jogo esteve sempre controlado, parece-me).

A arbitragem podia ter sido bem melhor, especialmente no penálti sobre Sálvio que não foi assinalado.

Agora o foco é para o campeonato, o verdadeiro objectivo para esta época e aquilo que é realmente exigível ao treinador e jogadores.

Ah, e o Samaris mostrou bastante qualidade para quem chegou há 15 dias.

sábado, setembro 13

Jogar sempre igual, para assim esperar resultados diferentes?

Acabo de ouvir Marco Silva na conferência de imprensa e não podia estar mais em desacordo?

Pouca eficácia? O Sporting cruzou muito, teve cantos, rematou também bastante, mas oportunidades de golo!? sim criamos umas 2 ou 3, mas será isso suficiente para ganhar a um Belenenses?

Pouca experiência? tirando Esgaio (que até nem esteve mal) e Sarr (que disparatou lá para o fim) todos os outros jogadores já têm bastantes jogos disto.

O Sporting empatou o jogo de hoje, porque basicamente não jogou nada á bola. Temos ali mais de meia equipa a jogar muito, mas mesmo muito mal. O meio campo então neste momento, está numa forma deplorável. Nas alas, Carrillo perdeu o protagonismo que prometia no inicio da época. Slimani anda ainda á procura da sua melhor forma e assim toda a equipa parece agora demasiado dependente de Nani,

Marco Silva tem que encontrar soluções já e começar também a assumir que estar no Sporting é ser muito mais que isto.

sexta-feira, setembro 12

Benfica na liderança.

Jogo muito bom da equipa do Benfica. Equipa muito focada, com exigência, características que ganharam corpo na época passada. Se for para continuar assim, a renovação do título é mais provável.

Talisca, claro. Tenho vindo a destacar este jovem brasileiro e hoje mostrou, mais uma vez, todo o seu potencial. Muito bem.

Artur regressou bem e mostrou-se sempre seguro, mesmo a jogar com os pés. Samaris e Enzo não se destacaram mas fizeram parte de um todo muito activo e pressionante. Lima sem acertar na baliza (Jonas vai jogar ali?).

Sálvio foi Sálvio e aquele remate foi golo mesmo antes de entrar. Centrais certos e laterais q.b., para um Setúbal muito mal posicionado (grande Domingos, que bela carreira está a fazer!), sempre incapaz de responder defensivamente (porque desorganizado) às investidas de Gaitán e companhia.

Benfica na liderança. Quatro jogos, três vitórias e um empate. Nove golos marcados e zero sofridos. O Artur tem um.

quarta-feira, setembro 10

domingo, setembro 7

A noite em que Aveiro cheirou a Brasil...

... e em que Óbidos cheirou a Campinas. Mas, ironias, climas e humidades à parte, convém referir que quantos mais percalços a Selecção Nacional sofrer, mais perto ficarão os seus seguidores de não andarem iludidos sobre o potencial da mesma. E, assim sendo, esta histórica derrota frente à Albânia só poderá ser considerada uma coisa boa (bastante boa, até) para quem pretende que a Selecção de todos nós possa transcender um capítulo que põe em causa, e de que maneira, a sua qualidade. Isto porque por mais nomes, renovações e revoluções que se invoquem, Portugal, em campo, tem um gravíssimo problema na tomada de decisão dos seus jogadores. Apesar do(s) posicionamento(s) obedecerem às novas modas (centrais abertos, trinco ao meio, laterais profundos e alas no meio - com bola; tentativa de encurtar os espaços ao máximo, sem ela) as constantes más decisões conseguem transformar uma partida que passou a maior parte do tempo a ser jogada no meio-campo da Albânia, numa derrota que faz corar quem envergou a camisola das quinas nesta noite de domingo. 

E esses [seleccionados] podiam ser tantos, mas foram praticamente os mesmos que já haviam sido avisados, no Brasil, pelo universo. Lá, no 'onze' titular de Bento, continuam aqueles que merecem a sua máxima confiança, sendo que em relação a 'desconhecidos' basta referirmos o nome de André Gomes (não esquecendo William Carvalho) e estamos conversados. Mas, se vamos por aí, mais vale não esquecer que o problema é mesmo como os lusos tratam a bola. Isto porque mesmo com um défice de qualidade gritante em relação às gerações de ouro, esta equipa teria que ter batido uma Albânia que se colocou, durante toda a partida, a jeito para ser castigada. A correr pelo campo todo - pressionar é outra coisa -, e com marcações individuais, os albaneses seriam facilmente batidos por uma selecção que soubesse usar isso a seu favor. Mas o 'problema' de Portugal é que Cristiano Ronaldo habituou mal uma equipa que vê todas as suas más decisões escondidas na habilidade que CR7 tem para fazer golos.

Assim, com Ronaldo a usar o tempo para retirar dos seus joelhos o peso que Portugal lhe provoca, ficou a nu a incapacidade que Portugal tem para fazer um (um sequer, leram bem!) ataque condizente com os seus pergaminhos. Pepe e Ricardo Costa, por exemplo, são horríveis a iniciar jogo, William Carvalho ainda não joga à vontade com as quinas ao peito, o 'par' André Gomes e Moutinho não dará profundidade (ainda assim foram os 'melhores', se é que se pode usar a expressão) e Nani alterna a excelente capacidade técnica com várias decisões infantis. E se chegarmos a Vieirinha e Éder, mais vale dizer que os dois, juntos, fizeram um jogo ao nível do Cristiano Ronaldo... que ficou em Madrid. Inexistentes no apoio e na finalização.

Terá, por certo, de ser dividida a culpa pelo gritante facto de a equipa não saber jogar em conjunto. Enquanto os rockets, as acelerações, os golos de cabeça, de pé esquerdo e direito, ficaram na capital espanhola, a Selecção foi mostrando um pobre jogo sem ligação e capacidade para desposicionar uma defesa que sempre pareceu instável. Mas a gestão dos tempos de jogo, as tabelas, as diagonais, e as chegadas à área nunca estiveram - nem nos parece que vão estar - nos planos de Bento, sendo que do banco saiu a atrapalhação de Cavaleiro, a demasiada vontade de Horta, e a tentativa de aproveitar um livre de Miguel Veloso. Preocupante, portanto. Tudo isto quando a Albânia já tinha feito o impensável (Balaj, 52'), por parte de um avançado que depois de marcar um grande golo teve a humildade de o festejar pedindo a camisola a Pepe. Reacção que contrasta, claramente, com a de quem permanece pensando (e o gerúndio fica aqui tão bem) que tudo isto é obra do azar. Continue-se a jogar para Ronaldo e nem com ele a Selecção chegará para ombrear com os melhores, e nem sem ele ganhará às Albânias desta vida. Melhor lição não haverá para Port... Paulo Bento.

Portugal-Albânia, 0-1 (Balaj 52')

Foto: Catarina Morais/zerozero.pt

segunda-feira, setembro 1

Benfica quase fechado.

Está quase a terminar o período de transferências e as boas notícias chamam-se, para já, Enzo e Gaitán, que permanecem de águia ao peito. Enzo vai, assim, continuar a ser o motor da equipa e Gaitán, pelo que se tem visto, continua comprometido em ser um jogador de futebol, emprestando a criatividade necessária a uma equipa que se quer vencedora.

Cristante, dizem, é um talento puro, e em Itália há muita gente a lamentar a sua saída. Entretanto, Sílvio fica e o plantel só fica coxo na posição mais avançada no terreno.

No geral, as opções são menos do que na época passada mas agora temos Samaris, Cristante e Enzo (Amorim e Fejsa não contam para esta época) e laterais com qualidade.

Os meus maiores receios estão na baliza (desconheço a forma/motivação de Júlio César) e na frente, pois Lima é muito pouco.

Faltam vinte minutos e era bom que se confirmasse a chegada de Joel Campbell.

domingo, agosto 31

Empate na Luz

Foi um bom jogo aquele a que assistimos na Luz.
Entrada mais forte do clube que jogava em casa, mas rapidamente voltou tudo ao equilibrio com um Sporting a jogar bastante personalizado a jogar na Luz. A discutir a posse de bola, pressão alta, número de cantos, o que mostrou um Sporting que foi efectivamente lutar pelo resultado na Luz.

Muito se tem falado nas saidas do Benfica, mas para mim, talvez um pouco exageradamente. No ano passado o clube da Luz tinha 4 jogadores de nivel mundial (e um deles ficou logo arrumado em Outubro com uma lesão de 6 meses) na minha opinião. Com a saida de Garay, este ano conta com 3 e isso quer queiramos quer não, ainda se nota principalmente em jogos como este. Enzo, Gaitán e Salvio estiveram sempre a um nivel muito superior de todos os outros. E enquanto permanecerem no clube, este Benfica vai ser sempre uma equipa bastante forte.

O Sporting, apesar das tremidelas naqueles 15 minutos da segunda parte, esteve quase sempre bem neste jogo. Estava com receio de ver as estreias de Sarr e Esgaio nestes ambientes. O francês acabou de chegar e o defesa direito ainda não tinha tido um teste a este nivel. Ambos estiveram muito bem e o Sporting acabou por fraquejar talvez nas suas unidades mais experientes (Mauricio, Adrien, André Martins). Continua a faltar o melhor Nani, mas já temos Slimani e com isso ganhamos outro poder ofensivo que não tivemos nos outros dois jogos.

Apartir de agora, vai ter que ser sempre a ganhar, até chegarmos á sexta jornada onde vamos receber o Porto. Jogo importantíssimo para nós, pois já estamos a quatro pontos do primeiro lugar.

Benfica vence dérbi.

Dérbi morno, onde o Benfica foi superior e teve mais e melhores oportunidades de golo. Artur voltou a mostrar todas as debilidades (que têm anos) e a equipa sofreu desnecessariamente. Gostei do Talisca novamente (ainda lhe falta alguma coisa), do Maxi e do Luisão.

O Sporting conseguiu sobreviver na segunda parte e no fim acabou por cima, sem saber muito bem como. Felizmente para o Benfica, o suspeito do costume entrou já depois do jogo ter terminado e resolveu a coisa com mais um golo e mais três pontos para os encarnados.

quinta-feira, agosto 28

Sorteio Champions

 - Sporting com Chelsea, Schalke e Maribor. Nada mau. Com algum jeito até passamos o grupo. A Liga Europa é obrigação.

- Benfica com Zenit, Leverkusen e Monaco. Muito equilíbrio. Nenhum favorito óbvio.

- Porto com Shakthar, Bilbao e Bate Borisov. O mais sortudo. Mas duas equipas espanholas no mesmo grupo? Achei que não era permitido...

terça-feira, agosto 26

Brahimi & Jackson: Milhões de Festa em jogo de cêntimos

Nas contas do defeso, não se enganaram os 'olheiros' de coração azul e branco. Brahimi sempre lhes pareceu como o algodão, assim como Jackson, e a sua permanência, sempre foram exigidas à SAD portista como fundamentais para a 'ilusión' que a nova época lhes podia, ou não, criar. Pois bem! num dos momentos mais fundamentais da época para o FC Porto, foram estas duas certezas dos adeptos que ofereceram aos portistas a 19.ª presença na Champions, número que permite aos dragões igualar Real Madrid e Manchester United no número de participações na prova rainha do futebol europeu. No entanto, até se chegar aos dois momentos mais importantes do jogo (leia-se golos - Brahimi, aos 49', e Jackson, aos 69'), o 'Lopi Team' demonstrou cuidado a mais para aquilo que o Lille merecia. O grau de exigência que os gauleses trouxeram ao Dragão nunca revelou a necessidade de um meio-campo reforçado (aquele que, de resto, já é imagem de marca deste Porto: Casemiro; Rúben Neves e Herrera), e de um futebol tão curto de ideias. Assim, lembre-se que o técnico basco tinha avisado que os dragões teriam que ser perfeitos (99,9% não chegava) para passar a eliminatória. Mas perfeito, perfeito... só mesmo um resultado criado sem quaisquer outras chances de golo. 

Não foi, assim, o adversário a refrear os ânimos atacantes dos dragões nesta nova aventura pela Europa do futebol. Foi sim, apostamos, o elevado grau de exigência que a obrigatoriedade de participar na Champions League implicou para uma equipa com tão pouco tempo para administrar uma ideia de jogo tão complexa. O FC Porto quer-se 'mandão' e prota
gonista, mas a sua rotina ainda 'só' chega para mostrar uma organização defensiva irrepreensível e uma intenção de toque curto, com um posicionamento que lhe permite, até agora, controlar os seus jogos. Contra um Lille um 'nada' mais atrevido que na 'ida', Casemiro, Rúben Neves e Herrera (com Óliver e Brahimi das alas para dentro) foram defensivos e cautelosos em demasia para um Porto com qualidade para resolver a questão bem mais cedo. Assim sendo, o Dragão teve de esperar por um momento de génio do seu novo ídolo - Brahimi - para chegar à baliza de Eneyama. Já na segunda metade, foi através de um livre (porque este 'miolo' não liga com o último terço) que o argelino ofereceu o primeiro sopro de alívio a um Estádio que na ultima época não viu nenhuma vitória europeia. Mas não só. O golo do 'Tio Brahinhas' pôde dar a segurança que faltava a um conjunto que geriu com pinças, e passes de risco, uma vantagem que nunca seria segura para corações tão sôfregos.

Enquanto isso, Ricardo Quaresma ia também sofrendo com o paradigma do seu novo técnico - Lopetegui teve decerto pesadelos com as sucessivas perdas de bola do Mustang (e de Quintero) - e o máximo de relva que este lhe ofereceu... foi a zona reservada ao aquecimento. Uma polémica que, diga-se, nunca sairá do controle de 'Lopi' enquanto a equipa conseguir um grau de eficácia como o desta terça-feira. É que mesmo sem criar chances de golo, basta um erro de posicionamento adversário para o talento de Brahimi (não esquecendo que Óliver fez um jogo que merecia o centro do campo) encontrar as redes ou criar um 'duo' que tem tudo para ficar nas melhores memórias portistas. Com Jackson, que é certo e sabido, não perdoa, o argelino coroou-se 'man of the match' enquanto os dragões transformaram os cêntimos que levaram para esta partida em milhões fundamentais para a nova época.

FC Porto-Lille, 2-0 (Brahimi 49' e Jackson 69')

Foto: UEFA

segunda-feira, agosto 25

Nunca mais faço zapping em dia de jogo.


A partir dos 5:22. Simplesmente inacreditável. Só não lhe chamo grandessíssimo fanático dos popós porque as coisas andam tão perigosas que ainda me põem um processo qualquer em cima. A lata desta gente. A máquina está ligada, a propaganda está mais declarada do que nunca e os gorilas avançam sem medo porque ninguém lhes dá uma chumbada na tola. Estes artistas estão na primeira linha da destruição do futebol português. Simplesmente ultrajante e descarado.

E aquele banana do Benfica está ali a fazer o quê? Que coisa tão imbecil. O do Sporting compõe o ramalhete. Chiça, que vergonha do alheio.

domingo, agosto 24

Sinteticamente, uma pobreza.

Tinha algumas expectativas para este jogo no Bessa. A equipa do Benfica mostrou qualidade na primeira jornada, Enzo poderia ser opção e o adversário era fraco. Pensei que pudesse haver continuidade mas rapidamente tirei o cavalinho da chuva.

Talisca aparecia recuado e Amorim sem sal, Sálvio e Gaitán disinspirados, Lima um zero absoluto. Sobrava Maxi para dar alguma rapidez (e talvez o melhor jogador em campo), Luisão com extremo acerto, e Eliseu a subir de forma.

Sobre o lateral, já aqui o escrevi: vai meter Siqueira num chinelo, precisando apenas de melhorar fisicamente para não ter que recorrer à falta tantas vezes e para que possa apoiar mais o ataque. Boa contratação, sem dúvida.

Talisca fez uma primeira parte razoável mas, como a equipa toda, uma segunda apenas sofrível. Mas continuo a achar que deve ser aposta.

O Boavista não joga futebol. Limita-se a ocupar os espaços e a dar biqueiros na bola. A forma como o Benfica também (não) jogou acabou por beneficiar os axadrezados que, tipo râguebi, iam ganhando terreno, lançamentos, cantos, sem saber muito bem como.

Três pontos conquistados mas uma exibição muito fraca dos encarnados. Mas, sabendo que esta fase da época é a mais complicada, digamos que o importante foi mesmo o resultado.

A arbitragem , sem ser medonha, teve vários erros. Sempre a apitar, sempre a quebrar o ritmo do jogo. Já fez bem melhor, este Marco Ferreira. Contudo, nos lances capitais, acertou sempre.

Uma vitória que não convence, mas que nos pôs no caminho certo

Ponho-me a imaginar no que seria ir á Luz com 4 pontos de atraso, sob o risco de ficar a 7. O que seria "apenas" a mesma distância pontual que tinhamos para o primeiro classificado quando o campeonato passado acabou. Só que claro,com a pequena diferença, que ainda estamos á terceira jornada....

Este Sporting de Marco Silva ainda não arrancou. E talvez o jogo na Luz possa ser o momento certo para o fazer. Mas o certo é que o jogo da equipa neste momento é previsivel, molengão, sem grandes rasgos individuais, não pressiona a defender, a atacar parece estar á espera que o golo caia do céu. E aqui não sei se a vinda de Nani deu a mensagem certa para o plantel.
Eu acho que o pior de tudo é que todas as boas notas que tinhamos tirado da pré-temporada, parecem já não estar lá. André Martins voltou á letargia da época passada, Rossell parece jogar a medo, Montero continua na sua sequia inexplicável. Talvez este tipo de jogo peça mesmo Slimani ou então porque não Tanaka? O colombiano está a precisar de uma terapia de confiança

Notas Positivas: Adrien (parece decidido a sair da mediania); Mané (que satisfação é ver este jogador no plantel e a entrar para resolver. Pela quase generalidade da mentalidade tuga, estaria a evoluir numa B ou teria sido já emprestado a um clube pomposo lá no estrangeiro); o ambiente em Alvalade (por enquanto em sintonia total com a equipa)

Notas Negativas: Nani ( apesar do óbvio extra de qualidade que veio trazer, não pode começar logo a ser ele a marcar livres, penalties, a amuar quando é substituido. Havia uma equipa montada e pensada, antes de ele chegar); André Martins e Montero pelos motivos que já expus.

Para a Luz, vou confiante apesar de tudo. Algo temeroso pelo baptismo de Sarr e Esgaio nestas andanças, mas optimista que nestes jogos lá na frente possa haver mais inspiração para resolver jogos.

quarta-feira, agosto 20

Pavilhão da Realidade

Que se saiba, tirando os 'esforços' de Herman José com as rabúlas da 'Expo 97' (Herman Enciclopédia), nunca houve nada parecido à Expo '98 na Invicta. Por consequência, pavilhões como o da Utopia, ou o da Realidade Virtual, nunca dariam para fazer analogias ao primeiro jogo europeu dos dragões sob o comando de Julen Lopetegui. Mas, depois da polémica que antecedeu o Lille-Porto, a cobertura do Pierre-Mauroy fechou mesmo e transformou a casa do adversário dos dragões num inédito Pavilhão da Realidade. Lá, puderam ser revisitados conceitos já conhecidos mas com algumas inclusões (ou exclusões...) surpreendentes. Que dizer do afastamento de Quaresma do 'onze', do golo do improvável Herrera, de nova vitória fora-de-portas (desta vez em França e a doer) e do comportamento defensivo quase irrepreensível de uma equipa que à meia-hora conseguiu... 70% de posse-de-bola? E esta parece ser a Realidade de um colectivo que quer estar preparada para tudo.

Claro que tudo isto teve um preço que transportou para a realidade dos espectadores e tele-espectadores que este FC Porto é, claramente, um produto inacabado. Talvez a relva seca e a tentativa de sufocar o 'paradigma' azul e branco tivessem ajudado, mas a verdade é que os cinco médios que Lopetegui juntou (Casemiro; Rúben Neves, Herrera, Óliver e Brahimi - estes últimos ocupavam as faixas) tiveram demasiados problemas em se ligar a Jackson e, por consequência, em criar lances que aproveitassem a desmesurada percentagem de 'posse' que o FC Porto conseguiu na meia-hora inicial. Mas se a máxima reza que as equipas se constroem a partir de trás, os portistas podem estar descansados. É que foi, quase sempre, exemplar a forma como o 'Lopi Team' fechou os caminhos a uma equipa que só procurou o resultado a partir da meia-hora já referida.

Aí, momento determinante para se avaliar a coesão do novo dragão. E se já com Vítor Pereira (com Paulo Fonseca escusa-se o mesmo exercício) se conheciam dificuldades em assumir os jogos fora-de-portas em jogos europeus com grau de dificuldade elevada (City, PSG, Málaga), a pressão gaulesa foi determinante para que se veja, e reveja (porque não?) que o Porto tem ainda muito trabalho na sua organização ofensiva. Por outro lado, o comportamento zonal da linha defensiva só por uma vez assustou (Corchia 45'). Mas quem estiver interessado na relação casa/fora de um Porto (que se quer) Europeu, pode também reter que na segunda metade a tentativa de 'ser protagonista' se manteve - apesar da 'posse' ir baixando à medida que a velocidade defensiva do Lille aumentava -, mas que para se criar um Porto totalmente imponente vai ser preciso mais tempo. Claro que, no meio disso, o mais importante: Rúben Neves ainda é aposta e serviu mesmo, tanto para ser o mais esclarecido dos dragões em campo, como para oferecer de bandeja uma inédita corrida até à linha que haveria de dar o triunfo aos dragões. Tello entrou (Brahimi 60') e mostrou outro caminho, Jackson não conseguiu bater Enyeama, mas Herrera (que precisa, à vontade, de 100 remates para fazer um golo) conseguiu aproveitar o facto da baliza ter ficado escancarada e colocar o FC Porto a sonhar (mais ainda) com a Europa. Isso, e fazer recuar uma equipa que até aí se tinha mostrado sempre mais 'mandona'. Mas, depois disso e até ao fim, a filosofia de Lopetegui teve de dar lugar à (excelente) organização defensiva e à (escusada) repetição de chutões para Tello. Algo a rever para Paços-de-Ferreira e para a segunda-mão deste 'playoff' que se joga na próxima terça-feira no Estádio do Dragão.

Lille-FC Porto, 0-1 (Herrera 61')

Foto: Getty Images

terça-feira, agosto 19

Populismo, meus senhores!!!

Estava ali mesmo perto do estádio, quando resolvi por lá passar numa mais de "morder" o ambiente e ver afinal de contas quem é que treina, quem não treina, como se joga, como MS prepara esta equipa para o jogo de sábado e talvez dar a minha contribuição para a Missão Pavilhão.

E foi mesmo chegar lá perto para logo me aperceber que algo de diferente se estava a passar. Algum pessoal já a fazer filas para comprar bilhete para o próximo jogo de sábado, Loja Verde completamente cheia, várias pessoas em passo acelerado para entrar depressa no estádio, falta de lugares para se sentar, laterais e superior a terem que ser abertas etc etc etc.

Do treino em si, não sairam grandes ilações. Miguel Lopes por lá andava, bons pormenores do puto argentino da esquerda, muitos passes e trocas de bolas, pouco golos e poucos destaques individuais para o dia de hoje.

Mas o melhor estava para vir. O pessoal a agradecer no fim e BdC a pedir o microfone.
Primeiro, comecou por agradecer a presença de tantos adeptos. E logo começou a dizer que ainda tinha mais 2 coisas para dizer.
A segunda delas, era aquela que todos os sportinguistas estavam á espera: Nani está de volta a Alvalade!
Foi como se marcasse um golo em Alvalade. Na verdade, não me lembro de ver tanta manifestação positiva dentro de um estádio que não estivesse relacionado com um golo.
Por fim, lança outra noticia que deixou os sportinguistas ainda mais orgulhosos do seu clube: 9 milhões para o pavilhão. Alegria total!

Por fim, ao ver o pessoal sair, pensei cá para mim. Pode ter sido puro populismo, mas soube muito, muito bem.
:-)

segunda-feira, agosto 18

Um bom começo

Vou esperar a crónica/análise ao jogo para quem sabe escrever (despacha-te lá Marco) e vou-me limitar a partilhar uma fotografia tirada in loco, que imortaliza o pontapé de saída desta nova edição da liga e meia dúzia de linhas sobre este novo Porto.


Boas indicações deste Porto com sotaque castelhano. Lopetegui muito bem na escolha do 11 inicial, principalmente pela coragem em colocar um miúdo a titular e bem na forma como foi lendo o jogo e mexeu na equipa. Nota-se uma preocupação clara em sair com a bola controlada e evitar o jogo directo, mesmo que às vezes seja enervante, principalmente nos pontapés de baliza, acredito nesta forma de jogar e nas vantagens que existem em começar a construir cedo e em chamar o adversário para pressionar em zonas tão adiantadas. Outro factor evidente é a qualidade técnica destes meninos. O controlo de bola e a qualidade de passe são muito bons. Oliver é uma peça fundamental nesta equipa, pela forma como faz circular a bola e descongestiona o jogo e Brahimi é um desequilibrador. Uma nota final para Ruben Neves que fez história aos 17 anos.