MktOnline.net - Como se consegue que indicadores de marketing como o número de espectadores no estádio, as audiências televisivas ou as receitas de merchandising se tornem imunes ao rendimento desportivo? Há algum tipo de educação nesse sentido?
Miguel Bento (director marketing Benfica) - Sim. Há, de facto, uma aproximação muito maior ao adepto e houve um reequilibrar das variáveis do marketing mix. O que acontece é que nos tempos anteriores era, de facto, preciso que os clubes ganhassem para os adeptos reagiram, aliás, porque a distribuição era inócua, não existia, era muito reduzida. Por outro lado, em Portugal, nunca se comunicou produtos de futebol, isto foi uma pedrada no charco que nós começamos por dar e outros já o fizeram, naturalmente. É a evolução do próprio mercado e dentro da competência das sociedades desportivas a trabalharem para aquilo que são os seus universos, quer de sócios, quer de outros clientes não sócios.
André Rocha (director marketing Sporting) - Eu diria que dificilmente se torna imune. Eu sei que alguns gestores de marketing de clubes desportivos dizem que a sua missão é precisamente tornar imune a actividade comercial à actividade desportiva. Eu não defendo isso, aquilo que eu acho é que a minha responsabilidade e a responsabilidade de gestores de marketing nos clubes desportivos deverá ser potenciar ao máximo os momentos bons e, portanto, quando é golo e quando a equipa ganha, conseguir tirar o maior proveito disso e minimizar ao máximo também, digamos assim, os momentos negativos.
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