terça-feira, março 22

Para preencher calendário

A vitória do Benfica apenas pode ser considerada espectacular pela expressão do resultado, ou pelo fantástico golo de Nico Gaitán.
O bis do Nuno Gomes é obtido numa fase decrescente do jogo, com o Paços há largo tempo a jogar com 10. Apenas o coração benfiquista pode atribuir algo de fantástico a este feito. Atenção: eu gosto do Nuno Gomes, mas daí a transformar em feito heróico cada golo que marca, vai uma enorme distância.
A expressão deste jogo e deste resultado no campeonato é nula. O título está entregue, e concretização é um mero formalismo que pode acontecer mais ou menos jornada.

Mais uma vez, e novamente a Norte, assistimos a actos de puro e cobarde vandalismo. Há responsabilidades a apurar, culpas a atribuir. Isto não pode ficar assim. Espero que não estejam à espera de mortes para se agir. Há que pôr fim a isto. O sentimento de impunidade não pode perdurar. Hoje é a norte, amanhã é a sul, hoje é com pedras, amanhã é com armas de fogo. As autoridades precisam de ser mais responsáveis e responsabilizadas pelas falhas, sem descurar que os principais culpados são os energúmenos que recorrem à violência, e quem os instiga a tal.
Imaginemos que o saco de pedras batia no vidro do autocarro e este se despistava? do que estaríamos a falar hoje? Não acham que já chega? Espero que o incediário não venha dizer que foi mais uma simulação...
Só lamento que a região do país da qual me orgulho de pertencer esteja a ficar "colada" a estes fenómenos.

8 comentários:

Anónimo disse...

O que é preciso é bom senso para não se colar esses otário à região.
Cabe-nos a nós cumprir esse papel.

O jogo valeu pelo golo de Gaitan, fabuloso, mas também pelo de Aimar. Aquela recepção de bola é deliciosa.

NT

Gonçalo disse...

Estas situações, todas elas sejam onde forem e com quem forem, são indecentes e inqualificáveis. Era apanha-los e puni-los exemplarmente.

Anónimo disse...

1. a liga de clubes serve para quê?
2. não está na hora (há mais de dois anos que está na hora) de sentar a uma mesa os dirigentes da liga e dos clubes (principalmente Porto e Benfica) e resolver de uma vez por todas os diferendos que existem?
3. a Pinto da Costa, sugiro que para o próximo jogo na Luz os bilhetes das claques sejam distribuídos a crianças até aos 16 anos em vez dos tradicionais mentecaptos dos super_dragões e outras claques portistas...
4. bom jogo de futebol entre Paços e Benfica
5. ó Jesus, foste muito tono, tinhas ali um jogador do caraças...

To Ginja disse...

Não é só a norte, nem tem sido nos últimos anos, que estas coisas acontecem... o problema é que, mais uma vez, só a norte é que se faz disso o real problema que é. Quando são adeptos do FC Porto ou mesmo o seu presidente que são apedrejados, agredidos e vitimas de acto terrorismo de pegar fogo ao autocarro, não reagem nem a comunicação social, nem as autoridades competentes, nem mesmo o sr Jorge Borges com um artigo a culpar os energúmenos que tém tais actos ou os "incendiários" que as incentivaram.

É que não foi na Porto TV (que não existe) que esteve um responsável benfiquista a apelar a uma vingança, à uns tempos atráz...

Cuidado com os falsos moralismos. Ontem a direcção do SL Benfica esteve muito bem, a dar o exemplo e a falar sem apontar dedos. A violencia é culpa de todos, não é só daqueles que estão lá a norte. Cabe a todos dar o mote para erradicar, e não é apontando dedos e desresponsabilizar-se da responsabilidade que tambem tém. Ontem, felizmente, o SL Benfica esteve muito bem...

Jorge Borges disse...

Sr Tó Ginja:
Os actos de violência são todos condenáveis, independentemente da cor de quem os pratica. Vou escrever mais devagar, para ver entende: t-o-d-o-s!
Energúmenos há-os em todo o lado, e se calhar, infelizmente vamos vêlos de vermelho, no próximo dia 3. Espero bem que não, mas também não acredito muito.
Como também não escrevi sobre a vitória do benfica na Liga Europa, às tantas também não tenho direito sde voltar a falar do Benfica. É isso?

Quanto ao Sr. Benfica TV: olhe, é canal que não vejo. Tomei conhecimento das declarações via youtube, e só posso dizer que as acho deploráveis, e obviamente com as quais não me identifico.

Quanto a comunicados: já me disse que gostou do do Benfica. Eu acho que o do Porto soube a pouco. Deu uma no cravo e outra na ferradura, como se costuma dizer. Ainda qu com razão no que diz, há momentos para tudo.

Anónimo disse...

Tó Ginja, vale a pena ir pelo caminho da clubite neste campo?
E se tens razão quanto ao infeliz do Pragal Colaçao, até te espalhas ao comprido no caso do autocarro. Os autores foram presentes a tribunal e cumprem pena.

NT

Marco Morais disse...

Mais uma cobarde agressão que é obviamente de condenar.

Eu como não sou do Norte, fico triste que mais uma vez o meu clube fique rotulado com estes acontecimentos.

Espanta-me é que ninguém pense que uma das razões para isto ser tão recorrente seja a diferença de tratamento dada a casos semelhantes entre os dois clubes.

Não haverá um ponto aí? É que se discursos incendiários conseguem motivar cabeças de vento - somente esses, porque gente com dois dedos de testa tá bem quietinha - a diferença de tratamento em certos casos não motivará semelhantes atrocidades?

Depois ouve-se gente a falar com toda a certeza: esta merda só acontece no Norte! A violência tem que ser tratada por ela própria e não com conotações. Não há diferenças de espécie.

Quando se faz ouvidos moucos a um caso destes, seja ele qual for, outros aparecerão.

Jorge Borges disse...

Marco:
O aspecto que falas é muito relvante e o Miguel Guedes aflorou-o ontem na RTP-N, com factos. E contra esses...
Já sabemos que tudo o que diz respeito ao Benfica recebe sempre mais atenção da comunicação social, o que não é positivo, dado que dá-se relevo a tudo de postivo e negativo, a tudo o que favorece e prejudica o Benfica. A mão que dá, também tira.
Este não é o caso. A "culpa" da comunicação social, nunca poderá desculpar os actos bárbaros.

Da minha parte, como sabes, não há a ideia que isto se passe só a Norte, não esquecendo contudo que nos tempos mais recente é só a norte que tal se tem passado.