Depois de se perceber realmente que a regressão futebolística do FCP não era um pesadelo (ou sonho para os adeptos adversários) mas sim realidade pura e dura, a pergunta que agora se impõe é quanto tempo durará esta fase? Do que já ninguém tem dúvidas é do principal culpado da queda. E para nos apercebermos da validade desse pensamento, basta perguntarmos a quem quiser escrever, ou opinar, sobre uma possível reviravolta qualitativa no futebol do Porto. Aí, até o sentimento portista que nos leva a dizer 'ainda vamos dar a volta' foi trocado por um 'com este não vamos lá'. O Vítor está sozinho e já só ele acredita. A nós, adeptos, resta-nos esperar que as oportunidades sejam poucas.
Custa ser tão mauzinho, acreditem que custa. Não tenho nada contra o homem (nem nada contra ninguém, realmente) mas está mais que visto que está no sítio errado. Tudo o que diz sai furado, tudo o que faz sai errado. Critico o treinador do FCP, Vítor Pereira, mas poderei estar a elogiar amanhã o trabalho que ele pode efectuar num Leiria ou num Beira-Mar. Contudo são já demasiados erros. Basta ver que tudo o que de bom foi conseguido na 'época perfeita' foi, com este senhor, perdido.
O jogo contra o APOEL foi mais uma prova disso mesmo. Uma equipa que se quer a um nível de Champions, que outrora reinou em campos com o Sanchez Pizjuan e o Luzhniki, hoje por hoje não sabe sequer sair a jogar. E este é só um aspecto que o desmotivador nato conseguiu estragar, mas é um aspecto que todo o construtor civil preza quando não constrói primeiro o telhado que a casa.
Convencido de que a qualidade dos jogadores chegava e sobrava, convencido também da falsa ideia de que qualquer treinador é campeão no Porto, Vítor Pereira limita-se a bradar aos céus que somos melhores, porque somos e pronto. Na sua cabeça pensar que terá sucesso só porque está no Porto é demasiado evidente e isso é uma doença tão grande que o impede de ver as suas limitações neste momento. Repito: Vítor, ó Vítor, a equipa nem sequer sabe sair a jogar e tu queres ser campeão de alguma coisa, ó Vítor?
Mas a presunção não acabará por aqui. Amanhã depois de mais uma vitória com um resultado confortável se lerá nos títulos que 'Somos Porto'. Pronto, se somos Porto está tudo bem, mas não conduza alguém o autocarro do clube a ver se ele anda sozinho. Foi assim contra a Académica, vai ser assim contra o Nacional, espera-se é que à próxima vez que se espalhe ao comprido o tirem deste filme que, por todas as razões e mais algumas, não é para ele. Mas eu sei, o Mourinho fez a cabeça a muita gente e toda a gente quis, a partir daí ser treinador - eu incluído -, mas epá o Maradona também fez a cabeça a muita gente e 99.9% não deu jogador.
Por isso só há uma solução e adiá-la só torna as coisas piores e mais esquisitas. Para mim, que já há muito entrei em ruptura com esta equipa técnica, cada vez é mais óbvio que a sua demissão é inevitável. Depois, resta saber se o timoneiro seguinte terá competência para fazer o mais difícil de que tenho memória: vir para o Porto no decorrer da época e ser campeão. Se vier por estas semanas, terá de o ser, se vier em Janeiro poderá sempre dizer 'para o ano seremos, com certeza, campeões'! Mas como é que é afinal? É para agora ou é só para o ano?
2 comentários:
Penso que o jogo fora com o Apoel, a 1 de Novembro, vai ser decisivo para responder à tua pergunta.
Entretanto,(Nacional e Beira-Mar) acredito que Belluschi, Defour e Walter consigam dar um pouco mais de alma à equipa (ou não...).
este resultado alem de enganador alimenta a incompetência... tenho para mim que esta época vai ser cheia de oscilações, sem ganhar nada mas a lutar até ao fim. só no final é que se despacha o fraco do vitor e se opta por uma boa alternativa que a liga nacional há-de mostrar.
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