Tirei deste jogo uma ideia que nunca pensei tirar. A realidade é que o Barcelona teve bola a mais. Isto é, com tanta posse de bola, e com o jogo a decorrer com o Inter a defender, literalmente, com dez, que espaço sobrou para as transições?
Mantendo o seu jogo e estilo - só fazendo passes de ruptura quando com elevada percentagem de sucesso - o jogo desenrolou-se sempre numa velocidade que beneficiava o Inter.
A chave do sucesso do Barça está na forma como acelera e desacelera o jogo. Ontem, atacando contra 10 raramente o conseguiu acelerar e, a meu ver, as transições seriam a chave. E elas só se existem se se perderem bolas, ou seja, a elevada precisão em ter a bola, do Barça, traiu-o.
P.S. 1- A ironia disto é que foi com Mourinho que conheci, algo parecido a, este conceito. Na final da Taça UEFA, Mourinho disse a Capucho para perder a primeira de propósito para os seus colegas poderem ganhar a segunda.
3 comentários:
Parece-me que foi também a relutancia do Barca em alterar o seu modelo de jogo perante uma situacao em que ele simplesmente nao foi eficaz que levou à eliminacao. Nao há muitas equipas no Mundo que retirassem mesmo o mais apático dos Ibrahimovics numa partida contra um adversário cada vez mais fechado em redor da sua grande área.
E ontem, no final do jogo, Mourinho disse mais ou menos isto, que é um tratado sobre futebol para todos os que se babam com o futebol do Barça (e eu sou um deles, atenção): "Eu hoje não queria a bola, há jogos em que quero ter bola. Eu não queria a bola, porque o Barcelona gosta de fazer pressão sobre a bola, mas se nós não tínhamos bola, o que é que eles iam pressionar?"
Vejam no youtube as declarações do Mourinho no fim do jogo e digam lá se não é um tratado.
Por acaso não li nem ouvi as declarações do Mourinho, mas sei que ele é um gigante em todos os momentos e estilos do futebol.
Ainda assim, penso que se o Barça alterasse, e não era preciso muito, a sua forma de jogar - por forma a fazer mais passes de ruptura e menos especulação - poderia fazer os dois golos.
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