...que num país que mal ultrapassa os 10 milhões de habitantes, onde o principal campeonato de futebol é dominado pelos jogadores estrangeiros (tendência que se acentua nos plantéis de alguns dos principais clubes portugueses) que ainda haja pessoas que se admirem de adaptações ou naturalizações. Temas diferentes está claro, mas que deixam em evidência o mesmo problema.
Até quando poderemos ter um grupo de 23 jogadores na selecção minimamente competitivo?
Até quando poderemos ter um grupo de 23 jogadores na selecção minimamente competitivo?
13 comentários:
parece-me q as selecções jovens ultimamente têm querido mostrar algumas melhoras...
Os nossos grandes resultados em competições foram obtidos com selecções que tinham por base grandes equipas nacionais. Muitas vezes existiam sectores inteiros que eram repetidos na selecção.
1966 - Benfica e Sporting
1984 - Porto e Benfica
2004 - Porto
Hoje se o seleccionador quiser aproveitar um sector homeogeneo de um clube o único que tinha era, Veloso, Pedro Mendes e Moutinho.
De resto da melhor defesa está lá o guarda-redes (abdicou de João Pereira), do Porto um central, do Benfica eu lateral adaptado, um "espanhol" e um "inglês".
O meio campo é outra salganhada, o ataque é o Ronaldo and friends.
Mais do que qualidade falta identidade.
fruto da globalização e claro da falta de formação dos nossos dirigentes e responsavéis técnicos dos clubes...
vejo por exemplo o meu Porto com a mesma filosofia de sempre: os putos da formação é para rodar indefinidamente...
este ano os putos do "olhanense" teriam dado imenso jeito a Jesualdo...
"Hoje se o seleccionador quiser aproveitar um sector homeogeneo de um clube o único que tinha era, Veloso, Pedro Mendes e Moutinho."
A selecção jogar com o meio-campo do 4º classificado do campeonato nacional. Era garantia de sucesso...
Sai um pirilampo mágico para a mesa 4 ófaxavor.
Cada vez mais as selecções são uma salganhada de cada jogador a jogar num clube diferente.
Acho que nos temos que aperceber para um país da nossa dimensão com os problemas que temos em incorporar os jogadores do nosso pp próprio país na nossa principal liga de futebol e ainda assim consegue juntar uma selecção com a qualidade(individual) que temos neste momento, é já em si mesmo um feito.
E o que dizer das formações juniores? Tenho visto pela TVI 24 os jogos da fase final e vejo muitos estrangeiros nas respectivas equipas, muitos deles de qualidade duvidosa.
J., embora concorde que o excesso de estrangeiros descaracteriza o ADN do futebol de cada País, certo é que outras Ligas se encontram recheadas de estrangeiros e nem por isso perdem qualidade nas suas selecções.
E convenhamos que a situação actyual não é idêntica, por exemplo, à da década de 90. O nível dos estrangeiros a jogar em Portugal é bastante superior e beneficia em larga medida a competividade dos portugueses que conseguem triunfar. Analisando bem as coisas, o jogador médio português é hoje mais evoluído, daí que a campo de recruta para a selecção seja actualmente bem major. O problema está nos "topos de gama". Ainda os temos mas quase todos em fim de ciclo e, ainda assim, em menor quantidade que no passado.
LMGM, permite-me contrariar-te também. :)
Faltou-te a selecção de 2000, onde não havia um bloco clubistico definido.
O teu argumento é tão válido como o dos que defendem que só com estrangeiros ao leme atingimos bons resultados. Sabemos bem que os fracassos de México e Coreia/Japão estão relacionados com factos que acabam por fugir ao futebol jogado.
Guetzal, havia para ai uma estatistica onde o nosso campeonato era mesmo dos que mais estrangeiros tinha, acho que só era superado pelo campeonato belga. E acho que a tendência dos ultimos anos era um acentuar ainda mais do numero de "foreigners" cá dentro.
Quetzal, contraria à tua vontade, desde que não inventes coisas que eu não disse :)
Deixei 2000 de fora propositadamente, foi para mim a nossa equipa de luxo, faltou-lhe ... nem sei bem o que faltou, talvez não terem mantido o segundo melhor ataque da qualificação em toda a europa (32 golos) a improvável dupla JVP - Sá Pinto.
Foi a melhor dupla de centrais que vi jogar, Jorge Costa e Fernando Couto que em conjunto somaram um ou dois cartões amarelos, com Baia e era um bloco rotinado no Porto, mais Rui Jorge/Dimas e Abel Xavier/Secretário (tinhas aqui à disposição um bloco inteiro formado no Porto).
Mas era principalmente o grupo da geração de ouro, uma grande parte dos jogadores jogou junta nas selecções anos sem fim, acho que foi esse o trunfo. Isso e jogadores como não voltou a existir no mesmo horizonte temporal, Couto, Sousa, Figo, Costa, Pinto, com segundas linhas como Bento, Nuno Gomes, Vidigal, Rui Jorge... Muito bom.
Da melhor defesa do campeonato podem jogar 2: Amorim e Coentrão
Acredito J. Mas julgo (de cabeça, sem dados concretos para apresentar), que isso se deve às equipas mais fracas. Enquanto noutros Países se recorre muito a jogadores locais na elaboração do plantel, por cá os pequenos continuam a ir ao Brasil com um carrinho de super-mercado. Mas aqui, digo eu, fugimos um pouco à base de recrutamento da selecção. Nos clubes grandes e que lutam pelo acesso às competições europeias não encontro grandes diferenças para outros campeonatos europeus.
LMGM, julgo que Couto e Costa não chegaram a jogar juntos no Porto (e o Hélder também era regularmente utilizado), o Rui Jorge já estava no Sporting (depois de uns anos de pouca utilização no Porto, atrás de Esquerdinha e Mendes, por exemplo). O Porto tinha, se não me engano, 4 jogadores na selecção e um era o Capucho. As figuras chave estavam espalhadas. Baía, Couto, Sousa, Figo, Costa, JVP, cada um jogava no seu clube/campeonato.
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