terça-feira, agosto 28

Mercado Azul e Branco

Creio que independentemente das saídas não vamos ter novidades nas entradas por isso foco-me nesta parte. Hoje, 28-Ago, temos o seguinte cenário:

- Guarin - Vendido - 9,5M
- Álvaro Pereira - Vendido - 10M
- Belluschi - Vendido - 2,5M
- Janko - Vendido? - 3M?
- Rolando - ?
- Sapunaru - ?
- Hulk - ?
- Moutinho - ?

Vamos acompanhando. Até à data não me parece um mau encaixe... confesso que não conheço os compromissos financeiros imediatos do clube, por isso não faço ideia se isto chega ou se é preciso muito mais. Mas que há mais encaixe financeiro a se poder realizar, isso parece-me evidente. Desportivamente a coisa já não é tão imediata, uma vez que estão na lista dois dos jogadores mais importantes do plantel. Espero que não saia nenhum.

7 comentários:

Filipe disse...

O Janko foi 2.4M

Jorge Borges disse...

Gonçalo:
Olha que não é dizer mal por dizer, mas as coisas no Porto, ao nível de tesouraria parece que não estão muito famosas. Já ouvi dizer (por alguém próximo de alguns dirigentes do clube) que os salários estão a ser pagos quase no limite de tempo para a rescisão com justa causa.
Outro facto que pode ser indiciador dessa situação, é a anormal venda do Janko. Não é costume o Porto perder dinheiro nas transferências.
Pode ser tudo mentira, mas que o boato corre...

jamsilva disse...


25M por época em vendas de jogadores que podem ser substituindos são uma excelente receita.

Boatos ha muitos! E esse nem corre tao bem pq eu nunca tinha ouvido falar disso!
já houve outras transferências em que o clube podia ter capitalizado melhor!

Filipe disse...

Gonçalo, os relatórios financeiros do FCP estão na internet, desde as rubricas operacionais a vendas e compras de jogadores incluindo custos de intermediação. Os custos operacionais (excluindo custos com passes) são cerca de 15 milhões de euros mais elevados que os proveitos operacionais (excluindo vendas de passes).

O que isso significa é que o Porto precisa de fazer mais valias nas transferências de jogadores (isto é, valor na venda acima do valor da compra) na ordem dos 15 a 20 milhões de euros por época para compensar o deficit nas rubricas operacionais.

Vender pelo preço de compra (+custos de intermediação) mantém o balanço nas operações com passes mas não gera dinheiro para tapar o buraco nos proveitos operacionais.

Isso explica porque razão apesar das vendas o FCP não reduz passivo. Em relação a vendas da época passada, Falcão representou 20 milhões de mais valia, Micael não proporcionou mais valias, e o Cebola deu um prejuízo da ordem dos 11 milhões de euros. Entre os três jogadores a mais valia do FCP foram menos de 10 milhões de euros.

Gonçalo disse...

Olá Filipe. Obrigado pelo detalhe dos números. No entanto, parece-me que a análise não pode ser circunscrita aos pontos que referes. Temos que considerar também o tema da liquidez e do cumprimento das obrigações assumidas em termos de empréstimos. Todavia, acredito mais no cenário da saúde financeira, do que do sufoco, até porque, se fosse esse o caso, veríamos uma postura mais agressiva a vender e menos preocupação desportiva.

Filipe disse...

Gonçalo, tens razão, se bem que o problema da liquidez seja relativamente recente. Até à época passada com maior ou menor dificuldade conseguia-se um empréstimo.

O aumento recente dos prejuízos operacionais é relativamente fácil de corrigir, pois os salários do Hulk, Moutinho e Lucho são uma fatia importante disso. Uma venda não só traria mais valias como libertava carga salarial.

Caso não haja vendas desses jogadores o Porto só para suportar o deficit na parte não relativa a vendas precisa de aproximadamente 20 milhões de euros. Para além disso é preciso incluir as prestações da dívida e da compra de passes de jogadores.

É incrível como mesmo quase sem esforço o Porto consegue tanto dinheiro para esta época (quase 25 milhões em vendas e ainda 9 milhões de uma prestação do Falcao).

Filipe disse...

Já agora, de acordo com o relatório de 2011, o Porto tem que reembolsar um empréstimo obrigacionista a 18 de Dezembro de 2012, de 18 milhões de euros.