Foi bom o começo do Mundial 2010. O jogo de abertura trouxe intensidade, incerteza no resultado e dois lados opostos de abordar o jogo que no final... se equivaleram.
E com todas as dúvidas - algumas bem justificadas - que poderia haver, com todas as nuvens negras que pairavam sobre o Mundial, o jogo de abertura até surpreendeu pela positiva. Pelo lado bom, claro, o do futebol.
O alinhamento das equipas balanceou, desde início, o favoritismo para o lado da selecção mexicana, e (quase toda) primeira parte também. Nomes como Marquez, Dos Santos e Vela davam ego para começar o jogo a todo o gás e foi desde bem cedo que o México poderia ter marcado. Os bafana bafana entraram envergonhados - defendendo quase em cima da pequena área - e valeu-lhes um enorme Khune para não finalizarem o primeiro tempo em desvantagem. Ainda, da primeira parte, mais dois indicadores: a má organização defensiva da África do Sul nas bolas paradas e o equilibrar da balança - México claramente com mais talento em campo - pela selecção anfitriã com objectividade nas decisões.
A África do Sul, sejamos claros, em termos individuais está reduzida ao talento de Pienaar e valeu-lhes, para além do (outra vez porque bem merece) enorme Khune, a objectividade e simplicidade dos seus jogadores que, aproveitando a lentidão mexicana, chegaram à vantagem com um grande golo de Tshabalala (nome que parece o início de uma qualquer música de reggae).
De facto, o talento mexicano na frente estava desaproveitado, e complicativo, e a equipa da casa galvanizou-se. Mas o futebol voltou a provar que é perito em machadadas. Esta é preciso recorrer ao flashback da primeira parte, que indiciou a má organização defensiva nas bolas paradas por parte da África do Sul. Erro crasso - falha de marcação incrível - que permitiu a Marquez fazer o empate final. Antes do fim, ainda a África do Sul sonhou com a entrada perfeita, mas esta... acabou por embater no poste.
Num grupo com contas complicadas, fica a ideia que a África do Sul poderá mesmo ser a equipa mais fraca. Mas o factor casa, e anímico, a objectividade e simplicidade da equipa poderão equilibrar. O México terá que aprender alguma objectividade com os anfitriões, para não colocar à vista a sua maior debilidade: a transição defensiva. Venha o Uruguai x França!
2 comentários:
De facto o jogo de abertura até não foi assim tão fraco, deu para matar saudades de um joguinho de futebol depois de almoço.
Agora o barulho das vuvuzelas é impressionante, impossível de conseguir ouvir, espero que esta moda passe depressa e que estes mesmos objectos sejam proibidos de entrar nos estádios portugueses...
Espero que a França vá para casa e depressa...
De acordo com a sua actual politica de aquisiçoes, espero que os olheiros do sporting tenham posto olho num moço que ainda vai dar créditos - Blanco.
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