quinta-feira, maio 31

Europeu 2004: Portugal.

Guardo fantásticas recordações deste Europeu. Grécias à parte, o país vestiu-se das cores nacionais e respirou-se futebol durante um mês inteiro, sem grandes polémicas e muito desportivismo.

Estive no Mundial da Alemanha em 2006 e, apesar de haver muita festa na rua, gente de todos os países, houve também violência e faltava ali algum romantismo. Coisa que houve de sobra no nosso Euro.

A carreira de Portugal foi fantástica e nesta altura, a exigência era já enorme, apesar de ser apenas o terceiro Europeu consecutivo da Selecção Nacional. Scolari uniu os portugueses e a equipa respondia em campo.

Contudo, começámos mal. A Grécia, essa besta, estragou a festa no jogo inaugural, vencendo-nos por 2-1 e complicando logo ali a nossa passagem aos quartos-de-final. De seguida veio uma vitória fácil sobre a Rússia, por 2-0 e o jogo decisivo contra a poderosa Espanha. Com alguma sorte, mas muito trabalho, o golo de Nuno Gomes bastou para continuarmos em prova. E que prova.

Frente à Inglaterra, um dos jogos mais fantásticos de sempre desta competição. O empate de Postiga, numa jogada fabricada por dois suplentes (Simão e Postiga), a poucos minutos do fim. Aquela cavalgada mosntruosa do Rui Costa, a bomba desferida à entrada da área, depois de deixar no chão dois ou três ingleses. A bola a bater na trave e a entrar sem pedir licença. O relato do saudoso Jorge Perestrelo, que ouvi vezes sem conta. Impossível um gajo não se emocionar, ainda hoje.

Lampard no último minuto empata, após um canto. Vai tudo para penáltis. Beckham manda para as nuvens e o estádio cai pela primeira vez. Simão e Ronaldo marcam. Rui Costa manda por cima, como é possível depois de ter feito o que fez? Deco e Maniche não vacilam. Postiga, parece contrariado e dá um toquezinho na bola. Impressionante a calma do rapaz. Muita classe tem este gajo. Ricardo tira as luvas! E defende, caralho! Defende sem luvas! Épico? Não. Ainda falta. Ricardo pega na bola e quer chutá-la com os pés. Perdeu a cabeça definitivamente, embalado pela defesa com as mãos nuas. O estádio está em silêncio, tal é o barulho. Foda-se, se o gajo marca, morro aqui.

A Holanda veio depois e já qualquer equipa nos parecia fraca e acessível. Ninguém punha em causa a vitória. Maniche marca o 2-0 num lance brilhante e o golo holandês foi sofrido apenas por compaixão.

Finalmente a final. Pela primeira vez na nossa história. Em casa. Acabou-se o sonho num instante. Embrulha a bandeira e guarda o cachecol. Ganhámos tudo e não ganhámos nada. A Grécia, como é possível? Foi. Deixou para trás a Espanha e a Rússia, a França (detentora do título) e a República Checa, que praticou o melhor futebol da competição.

Contudo, penso que todos os portugueses se orgulharam como nunca da nossa Selecção e da organização exemplar de toda a competição. Foi um mês em cheio.

quarta-feira, maio 30

Mais Apostas Euro

Para a malta se entreter ainda mais seguem duas ligas criadas no site da UEFA. A primeira é a tradicional a que todos estamos habituados, a segunda... não sei bem como funciona... mas já está criada!

Liga Clássica SectorB32 - 154436-43119


Liga Head-to-Head SectorB32 - 154436-43123


Boa sorte!!!

Apostas Europeu (corrigido).

Peço desculpa mas o ficheiro estava com um erro e tive de o corrigir, pela enésima vez. Eu e o Excel...

Parece que é desta: saquem então este ficheiro e preencham-no com os vossos palpites. Depois, podem enviar as vossas apostas para filipe.pavao@yahoo.com.

Nota: depois da fase de grupos, o que interessa é sempre o resultado que se verificou aos 90 minutos. Ou seja, podem colocar num jogo dos quartos-de-final um empate. Depois escolham a equipa que passa essa eliminatória, colocando o nome da respectiva selecção com cor vermelha.

Já recebemos algumas apostas mas estamos à espera de mais.

Em relação a quem já me enviou as apostas, peço desculpa mas têm de as reenviar porque as meias-finais estavam mal emparelhadas (obrigado, Sérgio!).

Alguma dúvida utilizem a caixa de comentários. Obrigado.

Europeu 2000: Bélgica e Holanda.

Penso ter sido o primeiro Europeu bi-partido. Bélgica e Holanda receberam a competição e, pela segunda vez consecutiva, Portugal estava na caderneta da Panini.

Lembro-me de ter apostado com um amigo meu da universidade que Portugal não só passaria o grupo, como o faria com três vitórias. O grupo era teoricamente complicadíssimo, com Inglaterra, Alemanha e Roménia.

Estava eu na Ponte 25 de Abril e ouvia o relato do 2-0 para os ingleses. Ainda festejei o golo de Figo no carro e, quando cheguei a casa, JVP mergulhou para o empate, numa jogada magistral, das coisas mais bonitas que vi uma equipa fazer. Nuno Gomes, a passe magistral de Rui Costa, selou uma das vitórias mais saborosas de sempre da nossa Selecção.

Depois veio a Roménia, e vencemos com um golo de Costinha, perto do fim. Não pude ver este jogo. Contra a Alemanha, e apesar das reservas, estava superconfiante! Não me desiludi e Sérgio Conceição fez um hat-trick memorável.

Com Portugal passou a Roménia. A Inglaterra é sempre a Inglaterra, mas a Alemanha esteve muito mal, com uma equipa fraquinha, em renovação. Fomos a melhor equipa na fase de grupos!

Havia alguma magia nesta equipa lusa, com Figo, Rui Costa e João Vieira Pinto. Mas também havia algumas coisas muito mazinhas, como Dimas, Xavier ou Vidigal. Contudo, Humberto Coelho conseguiu construir uma equipa, que apresentou um futebol eficaz e, por vezes, atraente.

Nos quartos, defrontámos a Turquia e vencemos tranquilamente (apesar dos turcos terem falhado um penálti, acho eu). Depois veio o pior...

Contra uma França fortíssima e campeã do Mundo em 1998, com jogadores como Barthez, Blanc, Desailly, Lizarazu, Thuram, Vieira, Zidane, Deschamps, Petit, Anelka, Dugarry, Henry, Pires, Karembeu, Trezeguet e Djorkaeff, a tarefa era quase impossível.

Gomes, com um magnífico movimento fez o 1-0 mas os franceses empataram e o jogo foi para prolongamento. Depois, Xavier fez penálti, Zidane marcou-o de forma irrepreensível e acabou tudo à pancada, num vergonhoso comportamento de alguns jogadores lusos, com especial destaque para o actual seleccionador, Paulo Bento.

Saímos pela porta dos fundos, depois de termos feito um europeu muito bom. O fado triste estava de volta.

Na grande Final, a França derrotou a Itália, também no prolongamento, naquela que foi a consagração total daquela geração de jogadores.

terça-feira, maio 29

Europeu 1996, em Inglaterra.

Foi um Europeu estranho para Portugal, este. Limpámos o grupo que era acessível (empate contra a Dinamarca com golo de cabeça de Sá Pinto), vitória sobre a Turquia (Figo, penso eu) e goleada à Croácia, se bem que contra as reservas, pois os croatas não se importavam nada de apanhar a Alemanha, favorita, nos quartos-de-final.

Esta competição foi a primeira com 16 equipas mas foi a Alemanha que se mostrou sempre mais forte apesar de ter sido, provavelmente, a selecção germânica mais fraca de que me lembro.

Portugal acabou aos pés da República Checa, com aquele estrondoso chapéu de Karel Poborsky. Para a qualidade do plantel, exigia-se mais a Oliveira que pôs a equipa a jogar muito pouco. Era estranho ver a equipa a jogar com pontas-de-lança chamados Sá Pinto e João Pinto.

No fim, ficou o sabor amargo daquele jogo mal resolvido contra os checos. Mas foi importante pelo menos termos lá estado.

A surpresa da prova foram mesmo os checos, que foram até à final e ainda estiveram a vencer. Mas lá está, o futebol são 11 contra 11 e no fim ganham os alemães.

A Croácia apresentou o melhor futebol com jogadores como Suker (marcou um golo lindo contra a Alemanha, em que passa o pé por cima da bola para fintar o guarda-redes, numa finta à futebol de salão), Boban, Jarni, Bilic, Vlaovi e Stanic. E o Prosineki!

segunda-feira, maio 28

Champions League.

Entretanto, parabéns ao João Correia (776 pontos e lugar 174 do "overall"!) pelo primeiro lugar na liga SectorB32 da Fantasy.

Em segundo lugar ficou o Tiago de Azevedo Costa, com 734 (1200 no "overall") e em terceiro, o Tiago Santos, com 717 (2227).

domingo, maio 27

Europeu 1992, na Suécia.

Podia ter sido o Europeu de Brolin, Ravelli, Schwarz, Thern, Kenneth Anderson, Limpar, Larsen e Dahlin. Mas foram os dinamarqueses, repescados à última da hora (a Jugoslávia foi banida), a vencer o troféu, contra todas as odes.

Sem o mais velho dos irmãos Laudrup (vi uma reportagem sobre ele onde falava deste episódio, terrível escolha), mas também sem a pressão de vencer, a Dinamarca passou um grupo com a França e Inglaterra (mais a Suécia).

Depois, um dos favoritos, a Holanda, apareceu no caminho dos nórdicos. Nos penáltis, depois de um empate a dois, os dinamarqueses foram mais fortes.

Na final, a Alemanha de Klismann, Riedle, Kohler, Brehme, Hassler (o pequenino) Effenberg e Mathias Sammer, o ruivo do Borussia Dortmund, foi surpreendida pelo futebol esforçado e por vezes espectacular da Dinamarca.

Para mim a melhor equipa era a Holanda, mais uma vez com o trio maravilha Gullit-Basten-Rijkaard, e com novos elemntos de classe, como Bergkamp. Na final, torci pelos dinamarqueses e a verdade é que todos ficámos surpreendidos com a vitória.

Mais uma caderneta, mais um Europeu sem Portugal. Adolescência difícil!

sexta-feira, maio 25

Europeu 1988, na RFA.

Mítico, mítico, mítico, este campeonato! Com Portugal de fora (Saltillo rules), escolhi bem a equipa pela qual torcer.

Com uma União Soviética fortíssima, liderada por Dasaev e Protasov, no campo, e pelo saudoso Lobanovsky no banco (o senhor que se abanava constantemente no banco), uma Holanda sempre laranja e bastante mecânica, e uma Alemanha quase imperial, com Voller, Mathaus, Brehme, Olaf Thon, Klinsmann e o enorme Lothar (e o pernas arqueadas, Littbarsky), esta competição conheceu um dos mais belos golos de que tenho memória (nem vale a pena dizer qual, pois não?).

Aí está o seu autor, na foto, Marco Van Basten, um jogador de classe mundial, secundado por Gullit e Rijkaard. Depois havia também o Vanenburg, Koeman, Wouters, Kieft e Van Breukelen. Todos cromos que não faltaram na minha colecção da Panini.

Foi um mau campeonato para Inglaterra, que perdeu os três jogos e para a Itália de Bergomi, Vialli e Altobelli, este último que me fazia sonhar desde há uns anos (juntamente com Paolo Rossi).

No fim, venceu a melhor equipa (embora tenha perdido na fase de grupos com a URSS). Aquele futebol era espectacular, num misto de força e muita classe. E ainda lá tenho em casa a minha camisola da Holanda...

Benfiquinha.

O que se passou no pavilhão do FCP, na final do jogo de basquete, foi mesmo uma vergonha. Perante as imagens cabais que mostram Carlos Lisboa a fazer gestos altamente provocatórios para a bancada, outra coisa não seria de esperar que não a reacção violenta de uma dúzia de macacos.

No SLB temos muito disto: quando fazemos as coisas mal, somos pateticamente apanhados. Obviamente que não defendo a violência, mas o que Lisboa fez foi, também, violência. Eu, se estivesse na bancada, e visse o treinador a fazer gestos de "vai comer no cu", também me irritava um bocadinho. Não chegava para invadir ou bater, mas isso é coisa que nunca precisei de fazer, por mais irritado que já tenha estado. Já outras pessoas, sabemos todos, explodem com mais facilidade e, habituados que estão à violência, não hesitam em fazer uso dela.

O SLB de hoje em dia é isto: fazemos disparate, damos azo a estas situações, e depois ainda aparece o presidente, com o discurso inflamado, de guerrilha, carregado de ressabiamento, frustração e demagogia.

O Benfica não deveria ser nada disto, caralho. O Benfica não é esta merda. O Benfica não aplaude o erro, nem tão pouco perde a dignidade na vitórias.

O Benfica precisa de todos os adversários, de todas as lutas dentro dos campos, de todos os adeptos. Das vitórias cabais, das sofridas, das derrotas, dos empates. É tudo isto que faz o Benfica ser grande.

Se esta direcção quer lutar contra o "mal", que o faça com dignidade, com seriedade, com actos corajosos. Que deixe de lado as palavras pensadas e tome uma atitude (todas as atitudes) que eleve o Clube, e que não o esteja constantemente a humilhar.

Isto não é Benfica, caralho!

quinta-feira, maio 24

Quem se segue?

O Sporting está tão aflito que nem pode esperar pelo Europeu para vender o João Pereira! São mesmo previsíveis. Veremos se o estado de aflição daquela gente se mantém daqui a umas semanas...

Entretanto, 2 dos 4 titulares que acabaram por ser a 2ª melhor defesa do campeonato que acabou já foram despachados.

Curtas à Quinta.

1. Polga abandona o SCP, ao fim de 9 anos de "leão" ao peito. Nunca fui admirador do brasileiro mas, diga-se, sempre foi um bom profissional. A saída é discreta.

2. Ola John, finalmente. Os três jornais confirmam a vinda do holandês (como se nada fosse, como se nunca tivessem escrito o inverso, ontem). Mais uma vez, OJOGO ganhou esta corrida (esteve sempre por dentro de todas as movimentações), tornando ainda mais certa a convicção que tem acesso privilegiado no clube da Luz. Oito milhões de euros!

3. Entretanto, também parece que Fabio (MU) está a caminho do SLB. Será melhor do que Emerson? Só pode.

4. Nacional e Marítimo pedem despromoção do SCP. Está garantido a continuação do folclore no nosso futebol (mais alargamento e os episódios habituais).

Europeu 1984, em França.

As minhas memórias de Europeus começam em 1984, com a prova disputada em França. Na altura, apenas participavam 8 equipas pelo que, a chegada às meias-finais da competição implicou “apenas” a passagem do grupo.

O grupo era forte, com a RFA (0-0), Espanha (1-1) e Roménia (1-0). Depois dos dois empates, Nené carimbou a passagem em segundo lugar, atrás da Espanha.

O jogo seguinte, contra a França, vi-o com a família toda em casa e, pela primeira vez, com um sofrimento inesquecível. A jogada de Chalana, o remate meio-acrobático de Jordão, a bola a bater nas redes, a euforia de estar a eliminar a França de Platini, Giresse, Tigana e Bats, alguns dos jogadores mais conhecidos do mundo.

Depois, o fado triste, com o empate. O fado trágico veio mesmo no fim, com vários jogadores no chão, um a esticarem-se, outros a caírem, sem que nenhum conseguisse evitar que a bola chegasse aos pés de Platini.

Lembro-me de ter achado que o francês já não teria forças para o remate (com 120 minutos nas pernas, num jogo intenso). Não só teve, como ainda colocou muito bem a bola, acabando com o jogo. Foi horrível ver o gajo a correr todo contente e a festejar.

Na Final, a França superiorizou-se à Espanha, por 2-0 e Platini marcou o seu nono golo no Europeu!

Fiz nesta altura a minha primeira caderneta de cromos e à memória vêm-me nomes como Bento, Chalana, Jordão, Paltini, Lerby, Laudrup, Larsen, Camacho, Arconada, Señor, Voller, Grun, Ceulemens.

Ora se não era assim...

A culpa nunca é do , é sempre das calças. Mas há quem acredite que é sempre assim. E ao contrário também...
Já para não falar da transmissão à revelia da FPB e da Sporttv (mas com estes é fácil de resolver...). A culpa também foi do Benfica, de certeza. Ou então há uma explicação lógica, válida, e que lhes dá toda a razão, como sempre!

quarta-feira, maio 23

Curtas à Quarta.

1. Morreu Manolo Vidal. O dirigente sportinguista foi o principal responsável pelo futebol leonino na temporada 2001/02, quando o Sporting conquistou o seu último campeonato, comandado pelo romeno Laszlo Bölöni. Foi um dirigente discreto mas todos lhe reconhecem a dedicação ao clube e a competência com que sempre desempenhou as suas funções.

2. Na Selecção, Carlos Martins não recuperou da lesão e foi substituído por Viana. Com o drama familiar que todos conhecemos confesso que fiquei surpreendido com a convocação do jogador do SLB, no sentido de achar que não tinha condições para lá estar a 100%. Viana fez uma boa época e merece o reconhecimento de Paulo Bento.

3. Ola John é do SLB, garante OJOGO. O Record diz que não. Falta o clube emitir um comunicado final sobre este assunto.

4. Hulk parece mais inclinado para rumar a Inglaterra. Na minha opinião é o cenário ideal para as características do jogador. Se for, é para arrasar.

terça-feira, maio 22

Calado é um poeta

Miguel Sousa Tavares é outro que calado é um poeta.

Diz que "o Sporting esperou que Adrien fosse fiel ao patrão e não à verdade desportiva". Será que é mesmo preciso dizer a este idiota que o mesmo Adrien já tinha defrontado o Sporting por 2x este ano, tal como Cédric, Wilson Eduardo, Mexer, etc.

E já agora, convém ainda relembrar o pateta que, por exemplo, o Atsu, não jogou com o Porto devido a "síndrome gripal".

Limite-se a escrever romances, porque no resto é uma nulidade.

Mais curtas.

1. Falcaaaaaaaaao.
2. Falcaaaaaaaaao.
3. Falcaaaaaaaaao.
4. Temos acompanhado a situação de Ola John. Ainda ontem alguém aqui escreveu numa caixa de comentários que a coisa ia acabar por mudar de rumo, para mais a norte. Para já, os jornais referem que as negociações estão paradas (não estavam, já?). Contudo, OJOGO diz que o negócio está feito (por 9M!) e que o holandês já é jogador do SLB. É o que vale ter relações privilegiadas com o clube...
5. Caballero é outra contratação do SLB. O clube tornou-se definitivamente numa plataforma de intercâmbio de jogadores. Maxi jura amor eterno ao clube (foram dois anos para renovar...)!
6. Paulinho, o famoso roupeiro do SCP, afirmou que Domingos o queria fora do clube. Eu não acredito nesta conversa. Domingos parece-me ser alguém com o mínimo de sensatez e que nunca se colocaria na posição de ser o responsável pelo afastamento daquele que é um dos mais adorados sportinguistas. Não faz sentido nenhum.
7. O SCP não deverá resistir à venda de Patrício e Pereira, pelo menos. Há que fazer dinheiro e jogadores como Wolfs ou Carrillo podem não ficar em Alvalade.
8. "Palito" está de saída do FCP. Este ano o FCP deve bater todos os recordes de vendas, se se confirmar a saída de Hulk.

segunda-feira, maio 21

A(s) vitória(s) do jogo possível

Depois de um fim-de-semana com duas finais, a despedida da época, de clubes, deixa-nos a noção que no futebol tudo é possível. O mais fraco Chelsea dos últimos oito anos (o que teria menos condições para vencer a Champions) vence em casa do Bayern, com uma estatística digna de quem não foi ao jogo, e a Académica de Coimbra 'tombou' o Sporting, provando que a sua segunda parte da época foi influenciada pela Taça de Portugal, que os adeptos em Portugal só correm atrás das vitórias, e que os 'autocarros' continuam a dar frutos em competições a eliminar. O futebol é isto, e, enquanto ele assim for, a discussão entre futebol 'positivo' e 'negativo' não faz sentido.

 Quantas e quantas vezes, ao ver um jogo de futebol, não nos fica a sensação que estava escrito. Ao ver a Final da Champions, neste último sábado, um desaparecido Drogba empata o jogo, aos 88'(!), no único canto que a sua equipa conquistou ao longo de 90 minutos. Depois de um prolongamento insosso, a lotaria dos penáltis dava de novo vantagem ao Bayern para, logo de seguida, a perder novamente. Estava escrito, diz-se, nada se podia fazer. Assobia-se para o lado e segue-se a vida, com a desculpa da contingência, da conjuntura... do raio que parta.

A verdade é que se ao Barcelona se desculpa que insista um jogo todo num plano que já deu mais de uma dezena de troféus ao clube, achei estranho ver um Bayern a tentar entrar para dentro da baliza de Cech com a bola. Esperava, sinceramente, que não acontecesse aos bávaros aquilo que acontecia ao Barcelona de Pep quando perdia jogos. Não perder a bola, evitar transições, é evitar que a outra equipa se parta e se desorganize, e se, nestas últimas épocas, o Barça conseguiu levar a sua avante mesmo com a outra equipa o mais organizada possível é porque tinha rotinas e soluções para o fazer. Já, ver o Bayern fazer isso foi uma surpresa pelo abdicar da luta pela primeira e segunda bola... aquilo em que os alemães são demasiado fortes. O jogo não partiu 'à alemã' e o Chelsea, devagar, devagarinho, foi estando sempre na discussão do resultado final.

 E ao que se chamará sorte (dos diabos!), outros chamarão Drogba e a sua queda para o golo. Não foi à toa que foi o costa-marfinense o titular, não foi, também à toa, que aquele canto foi marcado. A estratégia é e continuará a ser legítima desde que esteja dentro das regras. Assim como era a do Barcelona de Pep, assim como é a do Real de Mourinho. Gostar-se ou não é indiferente desde que ninguém meta futebol acima do controle emocional de cada um.

E algo parecido aconteceu no Jamor. A Académica, que quebrou na segunda metade da época com vista ao sonho da Final, foi feliz e viu a sua estratégia não ser ultrapassada por um Sporting que me pareceu mal preparado para a desvantagem. Ricardo Sá Pinto, treinador que me surpreendeu pela capacidade de comunicação, não conseguiu impor aos seus jogadores os mesmos níveis de atitude conseguidos com o Manchester City, Benfica e Bilbao. O estreante provou do mesmo veneno e viu o 'outsider' mais enérgico nos duelos e mais incisivo a aproveitar espaços. Quando as forças faltaram aos 'estudantes' e quando o pontapé para a frente foi palavra de ordem, o Sporting mais não soube fazer. E isto, é um claro aviso para a época que aí vem. Ricardo Sá Pinto preparou bem a equipa para jogos em que não precisou de assumir o jogo, para os outros poder-se-á dizer que ainda não teve tempo, ou que não sabe mais. Eu escolho a primeira opção e espero um Sporting autoritário e dominador na época que aí vem.

Final da época.

1. A Taça de Portugal foi para a Académica ao fim de algumas décadas e o SCP de Sá Pinto voltou a falhar. Já aqui o disse várias vezes: Sá Pinto e o plantel actual não me convencem ainda. Perderam em Bilbau (final da UEFA), no Dragão (lugar na CL) e ontem (Taça de Portugal). Três jogos distintos, com três objectivos também diferentes. Nenhum foi cumprido. Há muito material para ser esmiuçado para os lados de Alvalade.

2. O ataque a uma jornalista da SIC por parte de um anormal (lá se foi o mito dos homens benfiquistas baterem nas mulheres depois das derrotas) marcou também o dia de ontem. O argumento "isso (SIC) é tudo Benfica" serviu para atacar uma mulher indefesa que estava apenas a exercer a sua profissão (coisa que a besta do adepto não deve saber o que é). Diz bem do espírito com que alguns vão ao futebol. E o Benfica, sempre o Benfica, por detrás dos insucessos do SCP. Esta gente não se cansa deste comportamento errático e ilógico?

3. Insisto em Ola Jonh. Será possível a contratação demorar assim tanto tempo? O que há afinal para discutir que não se resolve? Saviola é para vender e aparentemente ninguém quer saber de Martins. Eu arriscava-me a dizer que o SLB, com alguns dos emprestados e alguns que nem utilizados foram, fazia uma magnífica equipa.

4. Nos próximos tempos vamos andar nisto do "entra-sai" mas todos estamos curiosos por saber o que vai acontecer com Hulk? Sai mesmo? Por 50M, 100M? E para onde? Futebol inglês? Espanhol?

5. A Selecção entrou em estágio e vai ter pela frente a tarefa que todos sabemos. Estou convencido que passamos o grupo mas isto só vai lá com umas apostas. Vamos pensar numa solução para nos entretermos a descobrir o verdadeiro treinador de bancada do Sector (entre colaboradores e visistantes, obviamente).

domingo, maio 20

Desilusão

Jogo fraco do Sporting. Sá Pinto não apertou com eles o suficientes e a equipa jogou a meio gás, não conseguindo marcar qualquer golo a uma Académica que, salvo 2 excepções - uma do Sporting e uma do Benfica - apresentou uma equipa mediana, a atirar para o fraco.

Dizem que o resultado é justo. Não sei se de facto é ou não, nem interessa muito para o caso, mas não gosto de ver tanta perda de tempo e tanto expediente menos correcto... dizem que não têm as mesmas armas dos outros e por isso jogam como podem. Talvez seja verdade, mas não é bonito de se ver.

Valeu, como sempre o ambiente de final de Taça e o desejo de para o ano lá querer marcar presença outra vez. É de facto um jogo diferente.

Adrien foi dos melhores e terá sido mesmo, porventura, o melhor em campo. Noutros lados inventam-se gripes e lesões temporárias para não defrontrarem a casa mãe. No Sporting, parece-me que somos muito "verdinhos". Este ano, assim de cor, Wilson Eduardo tirou 2 pontos, Adrien e Cédric mais 2 e agora uma Taça. Não consigo ter uma opinião formada acerca destes casos. 

sábado, maio 19

Porto vs Marítimo

Os maritimistas descontentes com as decisões da justiça desportiva no tocante ao "caso Kléber", recorreram ao Tribunal Administrativo ara reverter a decisão do CJ da FPF.
O Porto vem agora, invocando normas regulamentares, exigir a descida de divisão dos insulares, porque estes, alegadamente, não poderiam ter recorrido aos tribunais civis. A norma invocada é a seguinte: "o clube que submeta aos tribunais comuns a apreciação de decisões ou deliberações de órgãos da estrutura desportiva sobre questões estritamente desportivas será punido com pena de baixa de divisão".
A discussão centra-se em saber se o caso Kéber é uma questão estritamente desportiva...
Alguém se lembra do que aconteceu àquele clube a quem foram tirados 6 pontos e que depois os tribunais civis revogaram a decisão? Desceu de divisão, foi? Seria, ou não, a perda de 6 pontos uma questão "estritamente desportiva"?
Já me faz lembrar a situação do segurança que não era agente desportivo mas algum tempo depois já deveria ser considerado como tal.
Nestas coisas há sempre os filhos de deus e os outros...
Será que se vai manter a coerência, ou o Marítimo merece mesmo descer?
Na sua linha de pensamento o departamento jurídico do Porto o que está a dizer, de forma indirecta, é que se tivessem sido cumpridos os regulamentos, o Porto deveria ter descido de divisão por ter recorrido aos tribunais civis? É assim?
Expliquem-me sff.