O sorteio da Taça de Portugal foi hoje e lançou um jogo quente: Benfica-Sporting. Não sabemos se as bolas estavam quentes ou frias mas será, certamente, mais um dérbi emocionante.
Principais jogos do sorteio:
Arouca-D. Chaves (2.ª Liga)
Olhanense-Sp. Braga
Rio Ave-Sertanense (CNS)
Famalicão (CNS)-Estoril
Marítimo-AD Oliveirense (CNS)
Académica-Académico Viseu (2.ª Liga)
V. Guimarães-FC Porto
Tondela (2.ª Liga)-P. Ferreira
V. Setúbal-Santa Maria (CNS)
Peyroteo, Miguel, vemos-nos no Silva Nunes para assistir ao Cova da Piedade (CNS)-Gil Vicente?
quinta-feira, outubro 24
Ronaldo gosta delas mais novas...
... mas esta Velha Senhora não é nada de se deitar fora. Enquanto jogou com onze jogadores a Juve deixou sempre o Bernabéu de pé
atrás. Isto até Chiellini se tornar na segunda figura deste Real
Madrid-Juventus. E dizemos 'segunda'
porque em campo estava um ser com um magnetismo incontornável. O mesmo que
lhe permitiu atrair para si todos os momentos-chave do jogo. O
portentoso jogador que é Cristiano Ronaldo segurou o jogo a favor dos
merengues e, como é hábito, deixou tudo o resto para segundo plano.
Ainda a Juventus media o seu '4-3-3' (na Serie A, Antonio Conte faz jogar a Vecchia Signora em 3-5-2) e já Ronaldo perfurava a sua nova linha defensiva. Logo aos 4' (para quê mais tarde?) o português aproveitou um movimento interior de Di Maria para traçar uma diagonal que acabou cheia de sucesso.
Mas seria uma pena que o belo plano de jogo que a Juventus levou a Chamartín se afundasse logo ali. Pirlo e Cia trataram de mostrar que a campeã italiana se faz também de muito critério com bola e, assentando-a de pé para pé, os italianos iam daí então, a pouco e pouco, dominando o jogo. Contudo as investidas de Carlos Tévez não chegavam para bater o regressado Iker Casillas. Era preciso algo que é como 'kriptonite' para o Real Madrid: Os 'blancos' caíram na armadilha de pressionar alto uma saída de bola desde Buffon e deixaram destapado o espaço que a Juventus ia utilizar para empatar o jogo. Foi Llorente - ao aproveitar uma defesa incompleta de Casillas a um cabeceamento de um incompreensivelmente solto Pogba - o autor da poética justiça que era a Juventus não continuar em desvantagem no marcador.
Saídas de bola e pressões que dão em golo... sofrido, fazem lembrar o Real do próximo adversário para a Liga (Barcelona-Real Madrid, sábado, 17.15), e talvez isso lhe tenha despertado a raiva. Isto porque, depois do empate, foi altura de novo repentismo merengue e altura também de Chiellini começar a aparecer no jogo. O central italiano não pôde com Sérgio Ramos e, por entre a confusão habitual que se dá sempre que há quatro centrais na área, derrubou o espanhol. Um penálti claro que Ronaldo não haveria de desperdiçar.
Dois erros defensivos que foram pagos bem caro por uma Juventus que mostra saber dominar territorialmente o Real Madrid mas que não aguenta a velocidade blanca. E como não há dois sem três... seria uma arrancada de Ronaldo a decidir, de vez, o jogo. No 'um para um' com (adivinhem...) Chiellini o português foi naturalmente mais forte e o italiano usou, e abusou, do braço para o travar. Com naturalidade, depois da jogada, Giorgio acabou expulso gorando assim as reais possibilidades que a Juventus tinha de surpreender os merengues.
A partir daí instalou-se um enorme bocejo no Bernabéu, que só foi interrompido pelo, já viral, 'pontapé na atmosfera' de Vidal. O chileno deveria pedir cartão amarelo para o fantasma 'Gasparzinho' visto que aquilo é coisa que não se faz. Mas, brincadeiras à parte, a rivalidade destes dois colossos é séria e assim são também as contas do Grupo B, que ditam que no Juventus Stadium a Velha Senhora não pode deixar escapar de novo este 'Ronal' Madrid.
Real Madrid-Juventus, 2-1 (Ronaldo 4 e 29 g.p.; Llorente 22')
Grupo B - Liga dos Campeões
Real Madrid 9
Galatasaray 4
Juventus 2
FC Copenhaga 1
Foto: Getty Images
www.facebook.com/agambeta
Ainda a Juventus media o seu '4-3-3' (na Serie A, Antonio Conte faz jogar a Vecchia Signora em 3-5-2) e já Ronaldo perfurava a sua nova linha defensiva. Logo aos 4' (para quê mais tarde?) o português aproveitou um movimento interior de Di Maria para traçar uma diagonal que acabou cheia de sucesso.
Mas seria uma pena que o belo plano de jogo que a Juventus levou a Chamartín se afundasse logo ali. Pirlo e Cia trataram de mostrar que a campeã italiana se faz também de muito critério com bola e, assentando-a de pé para pé, os italianos iam daí então, a pouco e pouco, dominando o jogo. Contudo as investidas de Carlos Tévez não chegavam para bater o regressado Iker Casillas. Era preciso algo que é como 'kriptonite' para o Real Madrid: Os 'blancos' caíram na armadilha de pressionar alto uma saída de bola desde Buffon e deixaram destapado o espaço que a Juventus ia utilizar para empatar o jogo. Foi Llorente - ao aproveitar uma defesa incompleta de Casillas a um cabeceamento de um incompreensivelmente solto Pogba - o autor da poética justiça que era a Juventus não continuar em desvantagem no marcador.
Saídas de bola e pressões que dão em golo... sofrido, fazem lembrar o Real do próximo adversário para a Liga (Barcelona-Real Madrid, sábado, 17.15), e talvez isso lhe tenha despertado a raiva. Isto porque, depois do empate, foi altura de novo repentismo merengue e altura também de Chiellini começar a aparecer no jogo. O central italiano não pôde com Sérgio Ramos e, por entre a confusão habitual que se dá sempre que há quatro centrais na área, derrubou o espanhol. Um penálti claro que Ronaldo não haveria de desperdiçar.
Dois erros defensivos que foram pagos bem caro por uma Juventus que mostra saber dominar territorialmente o Real Madrid mas que não aguenta a velocidade blanca. E como não há dois sem três... seria uma arrancada de Ronaldo a decidir, de vez, o jogo. No 'um para um' com (adivinhem...) Chiellini o português foi naturalmente mais forte e o italiano usou, e abusou, do braço para o travar. Com naturalidade, depois da jogada, Giorgio acabou expulso gorando assim as reais possibilidades que a Juventus tinha de surpreender os merengues.
A partir daí instalou-se um enorme bocejo no Bernabéu, que só foi interrompido pelo, já viral, 'pontapé na atmosfera' de Vidal. O chileno deveria pedir cartão amarelo para o fantasma 'Gasparzinho' visto que aquilo é coisa que não se faz. Mas, brincadeiras à parte, a rivalidade destes dois colossos é séria e assim são também as contas do Grupo B, que ditam que no Juventus Stadium a Velha Senhora não pode deixar escapar de novo este 'Ronal' Madrid.
Real Madrid-Juventus, 2-1 (Ronaldo 4 e 29 g.p.; Llorente 22')
Grupo B - Liga dos Campeões
Real Madrid 9
Galatasaray 4
Juventus 2
FC Copenhaga 1
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quarta-feira, outubro 23
Benfica perde pontos: decisivamente fraco.
Como se adivinhava, o Benfica foi incapaz de praticar um futebol digno desse nome frente a um Olympiacos que é uma equipa porreira e tal, mas que é da segunda divisão europeia (quase terceira). Mais uma vez, a equipa surge desligada do jogo, uma estranha apatia, a entrada de Cavaleiro num jogo da Liga dos Campeões, a manutenção de Gaitán até aos 80'. Tudo isto faz parte de um filme bem conhecido dos benfiquistas.
A equipa está uma miséria e não há volta a dar. Que se apoie durante os 90' mas, por favor, já chega deste pesadelo. Luis Filipe Vieira tem de apresentar a demissão e levar consigo Jesus. Já. Ontem. Ainda se podem juntar os cacos e fazer uma boa época.
Mas Jesus tinha razão: o jogo não era decisivo porque ainda vamos à Bélgica e podemos perfeitamente ficar em quarto lugar.
A equipa está uma miséria e não há volta a dar. Que se apoie durante os 90' mas, por favor, já chega deste pesadelo. Luis Filipe Vieira tem de apresentar a demissão e levar consigo Jesus. Já. Ontem. Ainda se podem juntar os cacos e fazer uma boa época.
Mas Jesus tinha razão: o jogo não era decisivo porque ainda vamos à Bélgica e podemos perfeitamente ficar em quarto lugar.
Benfica na Liga dos Campeões.
Nem de propósito, o post anterior foca uma questão que venho alertando há vários anos, especialmente desde que o investimento na equipa principal aumentou e todas as condições foram oferecidas àquele que é por muitos considerado como o melhor treinador português a seguir a Mourinho.
Também a propósito, as mais recentes declarações de Jesus, na antevisão do jogo desta noite contra o Olimpiacos, deixam-me nervoso e (novamente) abismado perante tamanha falta de exigência, de sentido de obrigação e de Benfica.
Diz Jesus que este jogo é importante, mas não é decisivo. O desplante, merece uma recção contundente, pelo menos da minha parte:
"Jorge, vai pró caralho mais a tua mania de desceres a fasquia da exigência e mostrares que estás todo cagado, pá. Já não te podia ouvir, agora já nem ler. E quando te vejo a ofender os teus jogadores só me apetece mandar-te para uma sala escura durante três meses, a pão e água.
Então, primeiro dizes que o PSG é de outro planeta, logo, inacessível fica o primeiro lugar no grupo. Agora dizes que este jogo não é decisivo? Então qual vai ser o jogo decisivo? Quando perdermos este e o próximo e tivermos de ir à Bélgica ganhar ou quando recebermos a tal equipa estratosférica (estarás a contar que os franceses repitam a gracinha do Barcelona e venham cá jogar com os suplentes)?
A minha paciência esgotou-se. Não tens estaleca para um Clube como o Benfica. Não aprendeste nada nestes últimos anos e a tua cagúfa sobrepõe-se ao querer ganhar. Para o Benfica todos os jogos são decisivos, especialmente aqueles em que vamos defrontar o nosso concorrente directo na luta pela continuidade na Liga dos Campeões. Entendes isto? Estamos ao nível de um Olimpiacos e é ganhando-lhes que podemos subir de nível. Mas como tu não queres ganhar, porque os jogos decisivos (que por sinal, perdes sempre) devem ser aqueles que não vamos jogar (ou talvez cheguem na Liga Europa), estamos mal.
Hoje, mais uma vez, tens a oportunidade de mostrar a tua qualidade (que a tens, por muito escondida que pareça por vezes estar). Mexe na equipa. Põe a técnica e a táctica a jogar à bola. Obriga os teus jogadores a lutarem pela bola, pelos golos, pela vitória. O Benfica não quer empates nem derrotas, caralho. Vê lá se entendes isso.
Também a propósito, as mais recentes declarações de Jesus, na antevisão do jogo desta noite contra o Olimpiacos, deixam-me nervoso e (novamente) abismado perante tamanha falta de exigência, de sentido de obrigação e de Benfica.
Diz Jesus que este jogo é importante, mas não é decisivo. O desplante, merece uma recção contundente, pelo menos da minha parte:
"Jorge, vai pró caralho mais a tua mania de desceres a fasquia da exigência e mostrares que estás todo cagado, pá. Já não te podia ouvir, agora já nem ler. E quando te vejo a ofender os teus jogadores só me apetece mandar-te para uma sala escura durante três meses, a pão e água.
Então, primeiro dizes que o PSG é de outro planeta, logo, inacessível fica o primeiro lugar no grupo. Agora dizes que este jogo não é decisivo? Então qual vai ser o jogo decisivo? Quando perdermos este e o próximo e tivermos de ir à Bélgica ganhar ou quando recebermos a tal equipa estratosférica (estarás a contar que os franceses repitam a gracinha do Barcelona e venham cá jogar com os suplentes)?
A minha paciência esgotou-se. Não tens estaleca para um Clube como o Benfica. Não aprendeste nada nestes últimos anos e a tua cagúfa sobrepõe-se ao querer ganhar. Para o Benfica todos os jogos são decisivos, especialmente aqueles em que vamos defrontar o nosso concorrente directo na luta pela continuidade na Liga dos Campeões. Entendes isto? Estamos ao nível de um Olimpiacos e é ganhando-lhes que podemos subir de nível. Mas como tu não queres ganhar, porque os jogos decisivos (que por sinal, perdes sempre) devem ser aqueles que não vamos jogar (ou talvez cheguem na Liga Europa), estamos mal.
Hoje, mais uma vez, tens a oportunidade de mostrar a tua qualidade (que a tens, por muito escondida que pareça por vezes estar). Mexe na equipa. Põe a técnica e a táctica a jogar à bola. Obriga os teus jogadores a lutarem pela bola, pelos golos, pela vitória. O Benfica não quer empates nem derrotas, caralho. Vê lá se entendes isso.
terça-feira, outubro 22
Cultura de mediocridade.
Existem vários motivos para o Benfica andar arredado de vitórias nos últimos anos. Uns exógenos ao clube, em relação aos quais pouco se pode fazer, mas existem também as razões endógenas. Dentro destas, uma que me salta à vista como muito evidente é a cultura de mediocridade neste momento instalada.
Isto é ainda mais preocupante quando os três líderes (LFV, Jesus e Luisão) parecem partilhar de uma visão pouca ambiciosa para o clube. Alguns exemplos, apenas recorrendo à memória:
1. LFV: "Não me podem exigir títulos".
2. Jesus (depois de uma vitória por 1-0 e de uma exibição fraca, contra uma equipa da 3a divisão, a propósito de ter lançado alguns jovens da equipa B): "Se tivesse corrido mal já andavam pessoas a falar".
3. Luisão: insulta adeptos, depois de mais uma exibição fraca da equipa.
Isto apenas demonstra que nenhum dos líderes tem noção do que é (ou deveria ser) a equipa da Luz. Só assim se explica que se celebre uma vitória contra o Marítimo como se se acabasse de ter ganho a Champions (ainda hoje acho que foi aí que perdemos a liga do ano passado).
Só assim se explica que não se tenha ganho a final do Jamor do ano passado a um banal Vitória de Guimarães.
Só assim se explica a atitude dos jogadores do Benfica em todos os jogos desta época (o único jogo razoável foi contra o Anderlecht, uma das equipas europeias mais fraquinhas que vi na luz nos últimos anos).
Espero que 4ª feira o Benfica comece a inverter esta tendência, mas a história recente diz-nos o contrário. De qualquer forma, lá estarei para apoiar a equipa e também aplaudir o grande Saviola!
1. LFV: "Não me podem exigir títulos".
2. Jesus (depois de uma vitória por 1-0 e de uma exibição fraca, contra uma equipa da 3a divisão, a propósito de ter lançado alguns jovens da equipa B): "Se tivesse corrido mal já andavam pessoas a falar".
3. Luisão: insulta adeptos, depois de mais uma exibição fraca da equipa.
Isto apenas demonstra que nenhum dos líderes tem noção do que é (ou deveria ser) a equipa da Luz. Só assim se explica que se celebre uma vitória contra o Marítimo como se se acabasse de ter ganho a Champions (ainda hoje acho que foi aí que perdemos a liga do ano passado).
Só assim se explica que não se tenha ganho a final do Jamor do ano passado a um banal Vitória de Guimarães.
Só assim se explica a atitude dos jogadores do Benfica em todos os jogos desta época (o único jogo razoável foi contra o Anderlecht, uma das equipas europeias mais fraquinhas que vi na luz nos últimos anos).
Espero que 4ª feira o Benfica comece a inverter esta tendência, mas a história recente diz-nos o contrário. De qualquer forma, lá estarei para apoiar a equipa e também aplaudir o grande Saviola!
segunda-feira, outubro 21
Avançados
1 - Montero é um fora de série. Bem sei que o jogo de ontem não serve para tirar conclusões, mas aqueles 1º e 3º golos são reveladores e reforçam o que já se viu dele. Acertámos em cheio neste jogador.
2 - Slimani marcou um golo e sinalizou ao treinador do Alba que pode contar com ele para o ano. Do que vi até agora, não acredito que tenha muito sucesso em portugal.
2 - Slimani marcou um golo e sinalizou ao treinador do Alba que pode contar com ele para o ano. Do que vi até agora, não acredito que tenha muito sucesso em portugal.
Suécia no caminho para o Brasil.
Portugal vai defrontar a Suécia no apuramento para o Mundial do Brasil. O desvio ainda é grandinho mas, de facto, devia ter sido um pouco mais comedido quando escrevi num post anterior que, caso não nos calhasse a França, era certo que estaríamos presentes no Brasil.
A Suécia é, actualmente, uma selecção ao nível da nossa. Além disso, são extremamente competitivos e este embate não vai ser nada fácil.
Teremos de estar ao nosso melhor nível, em ambos os jogos. Um bom desempenho de Patrício, Pepe, Moutinho, Nani e Ronaldo, será a chave do sucesso.
A Suécia é, actualmente, uma selecção ao nível da nossa. Além disso, são extremamente competitivos e este embate não vai ser nada fácil.
Teremos de estar ao nosso melhor nível, em ambos os jogos. Um bom desempenho de Patrício, Pepe, Moutinho, Nani e Ronaldo, será a chave do sucesso.
quinta-feira, outubro 17
O Império contra-ataca... pouco (mas marca muito)
A pouco menos de um dia para o embate que promete fazer os seguidores da Serie A largarem tudo, analisar a imaculada campanha de um dos seus intervenientes em nada será descabido. Isto porque os seus números estão a impressionar e a despertar uma enorme curiosidade na Europa do futebol. Na próxima sexta-feira estarão frente a frente a AS Roma e o Nápoles (primeiro e segundo classificados) mas as atenções estão centradas nos romanos, que, desde que começou a época, contam por vitórias todos os jogos realizados conseguindo um fantástico 'goal-average' de 20-1.
E podia até acontecer que está série vitoriosa da equipa de Rudi Garcia fosse algo parecido com uma enorme coincidência, não fosse o facto de os giallorossi já terem vencido equipas como o Parma, Sampdoria e Inter (fora de casa, 1-3, 0-2 e 0-3) e Lazio e Bolonha (no Olímpico de Roma, 2-0 e 5-0). A já referida vitória contra a Internazionale foi a cereja no topo do bolo, até porque comprovou que estes romanos são bem maleáveis e, até ver, inquebráveis.
Não são adjectivos muito usados para descrever equipas de futebol, é certo. Mas talvez não se usem assim tanto porque poucas equipas conseguem um rendimento tão alto utilizando recursos que podem ser considerados antagónicos. É que a esta Roma tanto se lhe dá defender mais abaixo, ou mais acima, ter a bola ou não a ter, que o rendimento é o mesmo. Equilíbrio é a palavra de ordem e o futebol atacante que os 20 golos marcados apregoam é conseguido por uma excelente envolvência de quase todas as unidades no ataque. Assim, nos momentos que os romanos não têm bola (que até são em percentagem elevada para o que os números sugerem), o critério italiano está lá e permite-lhes segurar adversários mais 'nervosos' e intensos (como o Inter por exemplo).
Mas é no ataque que esta Roma se distingue do estereótipo criado, há muito, pelo Calcio. A posse é feita lentamente para afastar as probabilidades de erro e a sua qualidade e visão é garantida pelo eterno Totti e pelo bósnio Pjanic. Com a descida de Francesco Totti até ao meio-campo (é utilizado por Rudi Garcia como falso 9) a abertura desse espaço é usado pelas diagonais de um dos dois alas: Gervinho ou Florenzi (Ljacic também entra nestas contas e entra para 'abanar' os jogos).
No entanto, esta dinâmica não teria metade do rendimento sem o excelente uso que a AS Roma faz de uma posição que é levada pouco em conta pelos adeptos. São os laterais (Maicon e Balzarretti) que desbloqueiam o que muitas vezes está preso a movimentações que já começam a ser evidentes aos olhos dos 'allenatores' adversários. Com a sua subida os 'cadeados' abrem e deixam espaço para as chegadas de Pjanic e para as já referidas entradas de Gervinho e Florenzi, sempre com o maestro Totti e guiar a orquestra, com De Rossi e Castan, ou Strootman, a vigiar as possíveis, e raras, transições.
A formação romana é por isso, e sem qualquer dúvida, completíssima porque garante um desdobramento eficaz que tem sido inquebrável, já que a equipa trata a bola de maneira a que o jogo 'nunca' (consideração obviamente relativa) parta. Assim apanhar os giallorossi desprevenidos tem sido impossível para adversários que depois são batidos pela grande diferença que faz utilizar-se (bem) os laterais, e as restantes unidades de ataque, na manobra ofensiva.
Estas são as chaves do novo 'Império Romano' que enfrenta esta sexta-feira duro teste ao seu recente domínio. A dois pontos, o Nápoles de Rafa Benítez está à espreita e por isso a legião vai fazer tudo para o que o Olímpico continue invicto. As reais chances da surpresa romana podem muito bem estar neste duelo, até porque sem competições europeias pela frente o scudetto pode vir a ser um sonho bem real.
Sexta-feira, 18 de outubro de 2013
AS Roma-Nápoles, 19.45h Sport-TV1
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Curtas.
1. Volta a Taça de Portugal e a oportunidade para jogadores menos utilizados poderem mostrar o que valem. É assim nos três grandes que terão pela frente adversários muito inferiores.
2. A Benfica TV chega aos 250 mil assinantes o que resulta num excelente resultado. Tendo em conta a depressão do universo benfiquistas depois das derrotas do final da época e da crise económica que se vive no país, são números, diria, espantosos.
Ao que parece, o Benfica fez um acordo com a ZON e fez um encaixe a rondar os 30M por um ano, independentemente do número de adesões. Ou seja, o Benfica, para já, não ganha nenhum euro das subscrições. Tal acontecerá apenas para o ano.
3. Até ao fim do ano o Benfica não pode perder nenhum jogo se quer manter intactas as esperanças em vencer alguma competição. O plantel tem de render mais, pois qualidade não falta. É uma pena não podermos contar com Sálvio, mas Jesus terá de fazer muito melhor. Ainda não se viu bom futebol para os lados da Luz.
4. Finalmente, Bruno de Carvalho entra na palhaçada. Ao dizer que se não fossem os árbitros o Sporting já estaria em primeiro, revela duas coisas: que anda muito desatento aos jogos do Benfica (ao contrário do que disse) e aos jogos do seu próprio clube, e que teve pouco inteligência por proferir uma frase que atinge os árbitros (e nós sabemos como eles ficam com o sentimento corporativista estimulado sempre que o Sporting os critica), nada resolve, e só serve para arma de arremesso dos adversários já na próxima vez que Montero voltar a marcar um golo ilegal.
2. A Benfica TV chega aos 250 mil assinantes o que resulta num excelente resultado. Tendo em conta a depressão do universo benfiquistas depois das derrotas do final da época e da crise económica que se vive no país, são números, diria, espantosos.
Ao que parece, o Benfica fez um acordo com a ZON e fez um encaixe a rondar os 30M por um ano, independentemente do número de adesões. Ou seja, o Benfica, para já, não ganha nenhum euro das subscrições. Tal acontecerá apenas para o ano.
3. Até ao fim do ano o Benfica não pode perder nenhum jogo se quer manter intactas as esperanças em vencer alguma competição. O plantel tem de render mais, pois qualidade não falta. É uma pena não podermos contar com Sálvio, mas Jesus terá de fazer muito melhor. Ainda não se viu bom futebol para os lados da Luz.
4. Finalmente, Bruno de Carvalho entra na palhaçada. Ao dizer que se não fossem os árbitros o Sporting já estaria em primeiro, revela duas coisas: que anda muito desatento aos jogos do Benfica (ao contrário do que disse) e aos jogos do seu próprio clube, e que teve pouco inteligência por proferir uma frase que atinge os árbitros (e nós sabemos como eles ficam com o sentimento corporativista estimulado sempre que o Sporting os critica), nada resolve, e só serve para arma de arremesso dos adversários já na próxima vez que Montero voltar a marcar um golo ilegal.
terça-feira, outubro 15
Olá, sou o João Moutinho, como posso assisti-lo?
Há certos adversários que são como a suposta 'abertura fácil' dos
pacotes de leite. Em teoria são simples de abrir mas qualquer 'nervoso
miudinho' suja a bancada da cozinha. Imaginemos agora
como deve estar a cozinha da FPF, visto que, nesta qualificação para o
Mundial'2014, muito leite foi derramado pela Selecção com adversários
que em teoria seriam fáceis de 'abrir'.
E o caso do Luxemburgo - como Israel e Irlanda do Norte em terras lusas - até podia ser um desses (já nunca se sabe). Mas no Cidade de Coimbra a Selecção Nacional teve um João Moutinho com 'pulso firme' e com uma simplicidade tão afiada como uma boa faca. Da imaginação do jogador do Mónaco nasceram os três golos que fizeram o resultado do Portugal-Luxemburgo que fechou as contas do Grupo F da zona europeia.
Portugal apresentou-se sem Pepe e sem Ronaldo, e Paulo Bento apostou em Luís Neto e em Silvestre Varela para os substituir. Por opção o seleccionador prescindiu de Rúben Micael (por Josué) e fez regressar Hélder Postiga e Fábio Coentrão ao 'onze'. Mas a Selecção anda com uma confiança em si própria tão negra, como a camisola que usou nesta partida, que as alterações em nada mudaram um futebol que vem sendo, de há vários jogos a esta parte, bem frouxo.
Daí que a permanência de João Moutinho seja uma lufada de ar fresco, até porque como se sabe o médio nunca joga mal, estando por isso sempre uns furos acima da prestação de uma equipa pouco alegre, pouco assertiva e pouco dinâmica. Moutinho é o antónimo disso tudo. Basta reparar como o 'motor' luso descobriu a diagonal de Varela no primeiro golo, ou como na incrível sucessão de tabelas, com Postiga e Nani, onde o seu calcanhar achou o extremo do United no segundo golo do jogo. E se isso não bastar acrescente-se uma rara assistência de... cabeça, para ajudar também Hélder Postiga a regressar à equipa com um golo.
E enquanto Moutinho dava aulas em Coimbra a Rússia ia empatando com o Azerbaijão (1-1), realçando ainda mais que a qualificação directa acabou perdida por culpa própria e que o 'playoff' acaba por ser um justo castigo para o futebol que a equipa das quinas apresentou ao longo da caminhada.
Portugal-Luxemburgo, 3-0 (Varela 30', Nani 37 e Postiga 79')
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E o caso do Luxemburgo - como Israel e Irlanda do Norte em terras lusas - até podia ser um desses (já nunca se sabe). Mas no Cidade de Coimbra a Selecção Nacional teve um João Moutinho com 'pulso firme' e com uma simplicidade tão afiada como uma boa faca. Da imaginação do jogador do Mónaco nasceram os três golos que fizeram o resultado do Portugal-Luxemburgo que fechou as contas do Grupo F da zona europeia.
Portugal apresentou-se sem Pepe e sem Ronaldo, e Paulo Bento apostou em Luís Neto e em Silvestre Varela para os substituir. Por opção o seleccionador prescindiu de Rúben Micael (por Josué) e fez regressar Hélder Postiga e Fábio Coentrão ao 'onze'. Mas a Selecção anda com uma confiança em si própria tão negra, como a camisola que usou nesta partida, que as alterações em nada mudaram um futebol que vem sendo, de há vários jogos a esta parte, bem frouxo.
Daí que a permanência de João Moutinho seja uma lufada de ar fresco, até porque como se sabe o médio nunca joga mal, estando por isso sempre uns furos acima da prestação de uma equipa pouco alegre, pouco assertiva e pouco dinâmica. Moutinho é o antónimo disso tudo. Basta reparar como o 'motor' luso descobriu a diagonal de Varela no primeiro golo, ou como na incrível sucessão de tabelas, com Postiga e Nani, onde o seu calcanhar achou o extremo do United no segundo golo do jogo. E se isso não bastar acrescente-se uma rara assistência de... cabeça, para ajudar também Hélder Postiga a regressar à equipa com um golo.
E enquanto Moutinho dava aulas em Coimbra a Rússia ia empatando com o Azerbaijão (1-1), realçando ainda mais que a qualificação directa acabou perdida por culpa própria e que o 'playoff' acaba por ser um justo castigo para o futebol que a equipa das quinas apresentou ao longo da caminhada.
Portugal-Luxemburgo, 3-0 (Varela 30', Nani 37 e Postiga 79')
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segunda-feira, outubro 14
A Selecção não é para o Micael.
Acho incrível que se empate com Israel em casa e não vale muito a pena apontar o erro de Patrício para justificar mais um mau jogo da equipa de Paulo Bento.
Acredito que ainda temos alguma matéria prima para fazer uma selecção razoável, capaz de, na base da força e da entrega, chegar longe em competições como o Mundial.
Agora, caro Paulo Bento, insistir na nulidade do Micael, começa a roçar a estupidez. É um péssimo jogador e não compreendo como é que se vê ali seja o que for: não tem inteligência - é, até, bastante burro -, não tem remate, o passe é banal. O que faz ali?
Com certeza que se a opção é Josué, mais vale apostar neste. Pelo menos mostra algum potencial e ainda tem margem de progressão. O Micael é que não. Por favor.
Se escaparmos à França estaremos, certamente, no Mundial do Brasil.
Acredito que ainda temos alguma matéria prima para fazer uma selecção razoável, capaz de, na base da força e da entrega, chegar longe em competições como o Mundial.
Agora, caro Paulo Bento, insistir na nulidade do Micael, começa a roçar a estupidez. É um péssimo jogador e não compreendo como é que se vê ali seja o que for: não tem inteligência - é, até, bastante burro -, não tem remate, o passe é banal. O que faz ali?
Com certeza que se a opção é Josué, mais vale apostar neste. Pelo menos mostra algum potencial e ainda tem margem de progressão. O Micael é que não. Por favor.
Se escaparmos à França estaremos, certamente, no Mundial do Brasil.
sexta-feira, outubro 11
Porque nem tudo é mau...
Há também coisas que me encvhem de orgulho. Uma delas é o facto do Benfica não ter abandonado o Fábio Faria. A vida é mais do que uns toques na bola. O futebol também deve ser solidariedade.
terça-feira, outubro 8
Notas soltas
- Após as miseráveis declarações de Luisão, que não são virgens, o mundo benfiquista já se insurgiu. O Benfica não é o presidente, muito menos este. O jogadores têm que ganhar pelo Benfica e não por cause do indivíduo A, B ou C. Depois dos amuos com os assobios justificados, mais uma fora do sítio daquele que devia, em primeira linha, personificar o espírito benfiquista. Se calhar personifica e eu é que não estou habituado.
- Parece que Josué terá cuspido num jogador do Arouca no passado fim de semana. O arouquense tratou de minimizar o episódio, mas dizem que há imagens que atestam a coisa. Insúa foi castigado com 2 jogos na época passada. Aguardemos...
- Bruno de Carvalho continua a capitalizar créditos junto dos adeptos. Desta vez foi visitar os que caíram no fosso. E assim se vai reacendendo a mística sportinguista. Com pequenos actos se fazem grandes obras.
- Mota saiu do Setúbal. O setúbal muda notoriamente para pior. É que apesar de tudo, Mota ainda é um treinador. Já Couceiro...
- Quem é o próximo a cair? JJ? Costinha? Jesualdo? Eu aposto claramente no Costinha.
domingo, outubro 6
Benfica, ufa, ufa.
Mais um jogo muito pobre dos encarnados frente a um Estoril que continua a surpreender pela organização e pelo bom futebol que pratica. No fim, é verdade, ganhámos três pontos onde o FCP perdeu dois mas, quem viu o jogo, sabe que as coisas podiam perfeitamente ter corrido mal.
O Benfica entrou razoavelmente bem, marcou um golo e acabou. Isto aos 15 minutos. Depois assistimos ao habitual nesta época: saída com a bola até ao meio-campo e bola bombeada lá para a frente.
O Estoril reagiu ao golo mas parecia incapaz de fazer mossa. À beira do intervalo, Lima desperdiça um penálti, num sinal claro da incapacidade ofensiva da equipa de Jesus. Na minha opinião, o lance foi mal ajuizado, pois o jogador estorilista não teve qualquer intenção em tocar na bola com o braço. Felizmente, então, o brasileiro falhou.
Segunda parte, mais do mesmo. Até à entrada de Cardozo, a equipa da Luz foi um zero absoluto, melhorando um pouco com a entrada do paraguaio que, mais uma vez, fez um magnífico golo - e ainda ofereceu outro a Lima.
Entretanto, o Estoril jogava com 10 e não parecia. Nunca o Benfica foi capaz de ganhar superioridade, apesar de ter mais um jogador. Mas a verdade é que o Estoril abusava da agressividade e depois do árbitro ter perdoado um vermelho por agressão a Maxi, voltou a contar com a benevolência do homem do apito numa entrada sobre Siqueira (que continua sem me convencer minimamente). Maxi acabou por ser expulso o que acentou ainda mais a diferença de critério do árbitro.
Enfim. Três pontos conquistados, muita insegurança, faltas cometidas sem necessidade, reveladoras de nervosismo e de falta de inteligência, um golo sofrido em mais um pontapé de canto e um futebol muito, muito fraco.
O Benfica entrou razoavelmente bem, marcou um golo e acabou. Isto aos 15 minutos. Depois assistimos ao habitual nesta época: saída com a bola até ao meio-campo e bola bombeada lá para a frente.
O Estoril reagiu ao golo mas parecia incapaz de fazer mossa. À beira do intervalo, Lima desperdiça um penálti, num sinal claro da incapacidade ofensiva da equipa de Jesus. Na minha opinião, o lance foi mal ajuizado, pois o jogador estorilista não teve qualquer intenção em tocar na bola com o braço. Felizmente, então, o brasileiro falhou.
Segunda parte, mais do mesmo. Até à entrada de Cardozo, a equipa da Luz foi um zero absoluto, melhorando um pouco com a entrada do paraguaio que, mais uma vez, fez um magnífico golo - e ainda ofereceu outro a Lima.
Entretanto, o Estoril jogava com 10 e não parecia. Nunca o Benfica foi capaz de ganhar superioridade, apesar de ter mais um jogador. Mas a verdade é que o Estoril abusava da agressividade e depois do árbitro ter perdoado um vermelho por agressão a Maxi, voltou a contar com a benevolência do homem do apito numa entrada sobre Siqueira (que continua sem me convencer minimamente). Maxi acabou por ser expulso o que acentou ainda mais a diferença de critério do árbitro.
Enfim. Três pontos conquistados, muita insegurança, faltas cometidas sem necessidade, reveladoras de nervosismo e de falta de inteligência, um golo sofrido em mais um pontapé de canto e um futebol muito, muito fraco.
Onda verde
O Sporting de Montero vai embalado. Vários jogadores estão num processo de afirmação impensável há uns meses. Falo por exemplo de Cédric, Adrien ou William, jogadores que estavam condenados a "desaparecer" mas que, ao invés, podem até tornar-se selecionáveis para o Brasil.
Paradoxalmente, creio que este bom inicio e a consequente pressão sobre a equipa que daí advém, será o principal inimigo desta equipa. Se por um acaso dos deuses o Sporting vencer no Dragão, será muito complicado continuar a manter o discurso de outsiders e temo que essa pressão seja demasiada para esta equipa.
Bruno de Carvalho pediu um mínimo de 32 mil Gameboxes vendidas. Ainda estamos longe desse número. Nem mesmo a boa época que está a ser feita tem aumentado a presença de sportinguistas no estádio.
O ambiente em Alvalade tem sido eléctrico. E tenho o feeling que está mais perto o dia em que as restantes bancadas acompanhem a Curva Sul em algum dos hinos do momento.
Paradoxalmente, creio que este bom inicio e a consequente pressão sobre a equipa que daí advém, será o principal inimigo desta equipa. Se por um acaso dos deuses o Sporting vencer no Dragão, será muito complicado continuar a manter o discurso de outsiders e temo que essa pressão seja demasiada para esta equipa.
Bruno de Carvalho pediu um mínimo de 32 mil Gameboxes vendidas. Ainda estamos longe desse número. Nem mesmo a boa época que está a ser feita tem aumentado a presença de sportinguistas no estádio.
O ambiente em Alvalade tem sido eléctrico. E tenho o feeling que está mais perto o dia em que as restantes bancadas acompanhem a Curva Sul em algum dos hinos do momento.
quinta-feira, outubro 3
De tanto bater o coração do Benfica parou...
Em Paris acontecem muitas coisas fantásticas, mas não para as equipas
portuguesas. À semelhança do que já havia acontecido com o FC Porto, na
passada época (os dragões perderam no Parque dos Príncipes
a oportunidade de se qualificarem em primeiro lugar do grupo), o
Benfica deu também um claro indicador do estatuto das equipas
portuguesas fora-de-casa em jogos a contar para a Champions League.
Querer trazer para Portugal primeira vitória lusa, em solo parisiense, não passou de um mero desejo. De facto, a derrota por 3-0 às mãos do PSG junta aos (maus) indicadores dados neste início de época, outro - e também ele muito importante.
Nada de melhor há para se aferir as capacidades de uma equipa portuguesa, do que um jogo em casa do adversário mais forte da fase-de-grupos da Liga dos Campeões. E se, noutras épocas, os encarnados conseguiram boas prestações em estádios como Old Trafford, Anfield (e até Camp Nou), o desaire desta terça-feira ensombra, e de que maneira, o 'sonho' encarnado de ser um dos protagonistas da milionária competição.
As aspirações não caem por terra é certo (há ainda muitos jogos e tempo para outras opções) mas a fraca exibição da equipa não consegue escapar à ideia de que a manutenção de Jorge Jesus, e do núcleo duro da passada época, talvez tenha sido uma aposta precipitada. É que tudo tem o seu tempo e depois de um final de época extremamente desgastante, e infeliz, talvez as condições para a evolução da equipa se tenham esgotado em maio de 2013.
A prová-lo estão os resultados, até esta altura, no campeonato, e o facto do Benfica não ter conseguido fazer em Paris aquilo em que é reconhecidamente forte. Se com bola, o Benfica de Jorge Jesus sempre deixou muito a desejar nas (suas) 'etapas de montanha', sem ela o colectivo mostrou sempre equilíbrio e coesão. Mas isso, esteve longe de acontecer frente a um PSG que no seu estádio, já se sabe, entra sempre com intenções extremamente ofensivas.
Aos encarnados faltou coesão para travar Ibrahimovic (por duas vezes) e Marquinhos, mas faltou sobretudo estofo para impor o seu futebol na capital francesa, e é agora um facto que o coração do Benfica parou e tem de ser, urgentemente, reanimado para se atingirem os bons níveis de pulsação de outras épocas. Restará saber as opções para essa reanimação...
Paris St. Germain-Benfica, 3-0 (Ibrahimovic 5' e 30', Marquinhos 25')
www.facebook.com/agambeta
Querer trazer para Portugal primeira vitória lusa, em solo parisiense, não passou de um mero desejo. De facto, a derrota por 3-0 às mãos do PSG junta aos (maus) indicadores dados neste início de época, outro - e também ele muito importante.
Nada de melhor há para se aferir as capacidades de uma equipa portuguesa, do que um jogo em casa do adversário mais forte da fase-de-grupos da Liga dos Campeões. E se, noutras épocas, os encarnados conseguiram boas prestações em estádios como Old Trafford, Anfield (e até Camp Nou), o desaire desta terça-feira ensombra, e de que maneira, o 'sonho' encarnado de ser um dos protagonistas da milionária competição.
As aspirações não caem por terra é certo (há ainda muitos jogos e tempo para outras opções) mas a fraca exibição da equipa não consegue escapar à ideia de que a manutenção de Jorge Jesus, e do núcleo duro da passada época, talvez tenha sido uma aposta precipitada. É que tudo tem o seu tempo e depois de um final de época extremamente desgastante, e infeliz, talvez as condições para a evolução da equipa se tenham esgotado em maio de 2013.
A prová-lo estão os resultados, até esta altura, no campeonato, e o facto do Benfica não ter conseguido fazer em Paris aquilo em que é reconhecidamente forte. Se com bola, o Benfica de Jorge Jesus sempre deixou muito a desejar nas (suas) 'etapas de montanha', sem ela o colectivo mostrou sempre equilíbrio e coesão. Mas isso, esteve longe de acontecer frente a um PSG que no seu estádio, já se sabe, entra sempre com intenções extremamente ofensivas.
Aos encarnados faltou coesão para travar Ibrahimovic (por duas vezes) e Marquinhos, mas faltou sobretudo estofo para impor o seu futebol na capital francesa, e é agora um facto que o coração do Benfica parou e tem de ser, urgentemente, reanimado para se atingirem os bons níveis de pulsação de outras épocas. Restará saber as opções para essa reanimação...
Paris St. Germain-Benfica, 3-0 (Ibrahimovic 5' e 30', Marquinhos 25')
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quarta-feira, outubro 2
O Benfiquinha foi às compras em Paris.
Mais uma experiência doentia do Benfica na Europa, mais uma exibição paupérrima da melhor equipa dos últimos 30 anos.
Jesus continua a destruir o sonho dos benfiquistas e Vieira tem de sair abraçado a este incompetente.
A equipa não tem personalidade, está um autêntico farrapo. Cinco anos depois, acho que o facto de se manterem nos seus lugares diz tudo sobre esta gente.
Mais uma vez, vergados. E vamos ver se o PSG decide começar a jogar à bola na segunda parte.
Miserável, humilhante e desastroso. E o pior é já este aparente desinteresse entre os benfiquistas. Terrível.
Jesus continua a destruir o sonho dos benfiquistas e Vieira tem de sair abraçado a este incompetente.
A equipa não tem personalidade, está um autêntico farrapo. Cinco anos depois, acho que o facto de se manterem nos seus lugares diz tudo sobre esta gente.
Mais uma vez, vergados. E vamos ver se o PSG decide começar a jogar à bola na segunda parte.
Miserável, humilhante e desastroso. E o pior é já este aparente desinteresse entre os benfiquistas. Terrível.
Ir buscar a prenda debaixo do colchão e ficar preso nas molas
A julgar pelo início deste Porto-Atlético a dívida que os dragões
contraíram aos adeptos, na passada sexta-feira frente ao Guimarães, iria
ser paga com pompa e circunstância. Com
uma entrada fulgurante, o FC Porto passou 16 minutos dentro meio-campo
colchonero a tentar achar a prenda que havia faltado ao aniversário do
clube, no último jogo da Liga Portuguesa frente ao Vitória de Guimarães.
Os dragões procuraram e acharam, num quarto-de-hora fantástico que
culminou com o excelente golo do inevitável Jackson Martínez. O
colombiano voltou a marcar para a Champions e o 1-0 devolvia ao Dragão o
optimismo que contrastou com o pessimismo dos dias que anteviram a
partida.
É que sendo a 'Champions' o indicador máximo da qualidade do jogo portista, este duelo com o líder da Liga BBVA (a par com o Barcelona), poderia deixar antever o que este FC Porto de Paulo Fonseca pode fazer na milionária competição. Noutros anos, sucederam-se eliminações nos 'oitavos' com equipas do calibre deste Atlético (Schalke, Málaga e até Arsenal) e o desejo de ver a equipa com 'a pata' de cima da equipa de Diego Simeone era por isso mais que evidente.
Mas o resto do jogo garantiu, sem absoluta dúvida, que este Porto ainda não pode dar aquilo que, por exemplo, a equipa da passada época mostrou contra Paris St. Germain e Málaga. Em casa os dragões asfixiavam os adversários com um estrangulamento que durava uma partida inteira, num claro contraste com o que este 'novo' FC Porto fez a seguir ao golo da vantagem nesta 2.ª jornada da fase-de-grupos da Liga dos Campeões.
Com surpresa absoluta, a seguir ao golo, o FC Porto baixou linhas e deixou o Atlético bem mais confortável. A equipa de Diego Simeone pôde respirar e armar o seu jogo, com a diferença de que, com os dragões mais recuados, pôde também aumentar a intensidade na bola dividida e - passe o pleonasmo - dividir um jogo que tinha sido até então de sentido único.
Não foi logo visível a subida de produção colchonera, mas o passar dos minutos da primeira-parte já mostrava melhor o Atlético aos adeptos que seguiram a equipa até ao Estádio do Dragão e que se encontravam bem perto da baliza de Helton. Os madrilenos puderam assim ver, em grande plano, o desvio de Raúl García, a um pontapé de canto, a fazer embater a bola na barra da baliza azul e branca. Um primeiro aviso, portanto...
O apito de Howard Webb para o intervalo trouxe assim uma velha questão. É que dizer, por estes dias (e jogos) que se espera(va) mais Porto na segunda metade, é quase redundante, mas esse era o sentimento geral depois do regresso das equipas ao relvado. Voltaria aquela intensidade de fazer corar madrilenos? essa era a pergunta que se impunha e ao qual o resto da partida se encarregou de responder... negativamente.
Não. O FC Porto dominador não voltou (à excepção de cinco minutos depois da entrada de Quintero, aos 68') e o que se seguiu foi um braço de ferro que o Atlético ganhou claramente.
E não que os dragões não tivessem a intenção de atacar, mas a subida de intensidade por parte do Atlético engoliu a saída de bola de um FC Porto que já por si só erra demasiados passes. E daí que as chegadas colchoneras à área portista premiassem claramente uma equipa que estava a fazer mais por isso, castigando a outra - que tinha o 'pássaro na mão' e não quis desacelerar e guardá-lo em segurança.
O jogo partiu, o Porto não conseguia segurar a bola (nem o Atlético), e as faltas à entrada da área pareciam solução. Mas não eram. É que se de livre se ganha, também de livre se empate e... se perde. Godín, aos 58', foi o primeiro a 'estrear' esta época as redes de Helton no Dragão e o guardião brasileiro fica (muito) mal na fotografia de um lance em que podia ter feito bem melhor.
E longe já ia o tempo em que o FC Porto dominava. Paulo Fonseca tentou recriar a 'experiência' e fez entrar Licá e Quintero (por Josué e Lucho) e conseguiu (algum) ascendente que não se reflectiu no controle da partida. O '10' colombiano do FC Porto até poderia ter marcado (de livre, aos 70') mas os passes teimavam em sair sempre lado, impedindo o Porto de conseguir segurar a bola e crescer definitivamente para virar o marcador.
E se a essas 'indecisões' lhe juntarmos a displicência com que foi abordada a bola parada defensiva que acabou por decidir a partida, aos 86' (livre estudado em que Turan aparece sozinho a 'fuzilar' Helton), teremos obrigatoriamente de deixar de pensar no FC Porto de Paulo Fonseca como 'produto acabado' e começar a pensar em dar uma longa margem de progressão à equipa do ex-pacense.
FC Porto-Atlético Madrid, 1-2 (Jackson 16'; Godín 58' e Turan 86')
www.facebook.com/agambeta
É que sendo a 'Champions' o indicador máximo da qualidade do jogo portista, este duelo com o líder da Liga BBVA (a par com o Barcelona), poderia deixar antever o que este FC Porto de Paulo Fonseca pode fazer na milionária competição. Noutros anos, sucederam-se eliminações nos 'oitavos' com equipas do calibre deste Atlético (Schalke, Málaga e até Arsenal) e o desejo de ver a equipa com 'a pata' de cima da equipa de Diego Simeone era por isso mais que evidente.
Mas o resto do jogo garantiu, sem absoluta dúvida, que este Porto ainda não pode dar aquilo que, por exemplo, a equipa da passada época mostrou contra Paris St. Germain e Málaga. Em casa os dragões asfixiavam os adversários com um estrangulamento que durava uma partida inteira, num claro contraste com o que este 'novo' FC Porto fez a seguir ao golo da vantagem nesta 2.ª jornada da fase-de-grupos da Liga dos Campeões.
Com surpresa absoluta, a seguir ao golo, o FC Porto baixou linhas e deixou o Atlético bem mais confortável. A equipa de Diego Simeone pôde respirar e armar o seu jogo, com a diferença de que, com os dragões mais recuados, pôde também aumentar a intensidade na bola dividida e - passe o pleonasmo - dividir um jogo que tinha sido até então de sentido único.
Não foi logo visível a subida de produção colchonera, mas o passar dos minutos da primeira-parte já mostrava melhor o Atlético aos adeptos que seguiram a equipa até ao Estádio do Dragão e que se encontravam bem perto da baliza de Helton. Os madrilenos puderam assim ver, em grande plano, o desvio de Raúl García, a um pontapé de canto, a fazer embater a bola na barra da baliza azul e branca. Um primeiro aviso, portanto...
O apito de Howard Webb para o intervalo trouxe assim uma velha questão. É que dizer, por estes dias (e jogos) que se espera(va) mais Porto na segunda metade, é quase redundante, mas esse era o sentimento geral depois do regresso das equipas ao relvado. Voltaria aquela intensidade de fazer corar madrilenos? essa era a pergunta que se impunha e ao qual o resto da partida se encarregou de responder... negativamente.
Não. O FC Porto dominador não voltou (à excepção de cinco minutos depois da entrada de Quintero, aos 68') e o que se seguiu foi um braço de ferro que o Atlético ganhou claramente.
E não que os dragões não tivessem a intenção de atacar, mas a subida de intensidade por parte do Atlético engoliu a saída de bola de um FC Porto que já por si só erra demasiados passes. E daí que as chegadas colchoneras à área portista premiassem claramente uma equipa que estava a fazer mais por isso, castigando a outra - que tinha o 'pássaro na mão' e não quis desacelerar e guardá-lo em segurança.
O jogo partiu, o Porto não conseguia segurar a bola (nem o Atlético), e as faltas à entrada da área pareciam solução. Mas não eram. É que se de livre se ganha, também de livre se empate e... se perde. Godín, aos 58', foi o primeiro a 'estrear' esta época as redes de Helton no Dragão e o guardião brasileiro fica (muito) mal na fotografia de um lance em que podia ter feito bem melhor.
E longe já ia o tempo em que o FC Porto dominava. Paulo Fonseca tentou recriar a 'experiência' e fez entrar Licá e Quintero (por Josué e Lucho) e conseguiu (algum) ascendente que não se reflectiu no controle da partida. O '10' colombiano do FC Porto até poderia ter marcado (de livre, aos 70') mas os passes teimavam em sair sempre lado, impedindo o Porto de conseguir segurar a bola e crescer definitivamente para virar o marcador.
E se a essas 'indecisões' lhe juntarmos a displicência com que foi abordada a bola parada defensiva que acabou por decidir a partida, aos 86' (livre estudado em que Turan aparece sozinho a 'fuzilar' Helton), teremos obrigatoriamente de deixar de pensar no FC Porto de Paulo Fonseca como 'produto acabado' e começar a pensar em dar uma longa margem de progressão à equipa do ex-pacense.
FC Porto-Atlético Madrid, 1-2 (Jackson 16'; Godín 58' e Turan 86')
www.facebook.com/agambeta
terça-feira, outubro 1
Perder assim é uma merda em 4 frases
Grande primeira parte da equipa.
.
Entrada medrosa no segundo tempo anulou tudo de bom que se fez até aí.
Desconcentração no final atirou os três pontos para Madrid.
Esta equipa tem muito que crescer e tem que ser coerente e mais confiante.
.
Entrada medrosa no segundo tempo anulou tudo de bom que se fez até aí.
Desconcentração no final atirou os três pontos para Madrid.
Esta equipa tem muito que crescer e tem que ser coerente e mais confiante.
segunda-feira, setembro 30
Sem cilindros em V funcionará o GTI de Paulo?
A necessidade de uma resposta 'cabal' é, por estes dias, a necessidade de
Paulo Fonseca no FC Porto. A horas de receber o Atlético Madrid os
indicadores que vêm sendo dados pela equipa não são, de forma alguma,
esclarecedores sobre as hipóteses azuis e brancas, numa fase-de-grupos em que
os bons resultados em casa são uma enorme prioridade. Se o poderio colchonero
e russo não bastasse já para colocar a Dragão de guarda, às más exibições fora
de casa somou-se, nesta passada sexta-feira, uma segunda-parte horrível frente
ao Vitória de Guimarães. Os alertas vão sendo dados e os opositores ao sistema
de jogo instaurado por Paulo Fonseca vêm na pouca solidez do FC Porto
'fantasmas' que podem atirar os dragões para níveis bem mais humildes em
relação à última época.
Já de há muitos anos para cá que o futebol portista se mede pelas competições europeias em que está inserido. Um mau campeonato é por norma significado de fraqueza na Europa e a um bom campeonato é exigido que a equipa se apresente com bom nível pelo Velho Continente a fora. Se nos reportarmos às duas épocas mais próximas, veremos que, com Vítor Pereira na equipa, uma primeira época de várias indefinições não deixou sequer a equipa passar da fase-de-grupos da Liga dos Campeões. A Liga Europa acabou, depois, por também não ser solução confirmando, com a goleada às 'duas-mãos' do Manchester City, a real instabilidade da equipa.Na segunda época do espinhense, as cabeças no lugar e uma equipa "à imagem" do herdeiro de AVB, fizeram com que o 'sonho' voltasse a estar presente. Para mais, faltou à equipa a solidez mostrada no Dragão, pois nos jogos fora (PSG e Málaga) o 'controle' apregoado por Vítor, pura e simplesmente, não apareceu.
E esses são indicadores fundamentais. Primeiro, o de que a equipa será, imediatamente, posta à prova na Champions. E segundo, o de que os jogos fora serão a principal base desse duro-teste.
E a julgar pelas exibições fora-de-portas, ao FC Porto falta-lhe o controle, falta-lhe 'asfixiar' o adversário para que os adeptos azuis se possam sentir 'em casa' nas deslocações da sua equipa. E o responsável? esse é claramente aquele a quem todos irão elogiar se a tendência se inverter, ou aquele a quem todos pedem agora satisfações pela quebra no rendimento geral de uma equipa que ambiciona, sempre, altos voos.
Assim duas legitimidades impõem-se mas também... chocam. A de que o técnico pode, e deve, testar o sistema que o fez subir a pulso no futebol português, e a de que os adeptos têm o direito de querer a equipa a 'atacar com mais um' e de 'defender com mais um' também. Confusos? Passo a explicar:
O triângulo invertido de Vítor Pereira levava a que Moutinho fosse mais um a chegar à área e levava também a que o internacional português fosse mais um, na hora da perda da bola, a pressionar e a não deixar sair o adversário. Isso levava a que a criação de oportunidades do adversário fosse reduzida a números 'nulos'. Lembram-se da recepção ao Málaga? Lembram-se da recepção ao Benfica e ao PSG? O Porto não criava por aí além, mas com o controle, em muito ajudado pelo triângulo invertido, criava sempre mais... que o adversário.
Com Fernando e Defour, com Lucho, sozinho e facilmente anulável, a organização ofensiva reflecte-se na falta de um elemento na chegada à área e na falta de um elemento no momento da perda da bola, tornando assim o 'duplo-pivot' no 'lugar do morto' no fraco GTI que tem sido este FC Porto. Jogue quem lá jogar (esta sexta-feira foi Lucho) ele imediatamente desaparece nas imediações de um Fernando que sempre foi inútil na construção de jogo azul e branca.
O cenário é assim difícil para Paulo Fonseca que, como dissemos acima, tem a tal legitimidade para querer fazer valer o seu sistema. A atenuante é que essa 'experiência' tem tempo limitado. Nenhum sistema se perpetua pelo infinito e, mais, nenhum sobreviverá à falta de resultados. E se bem que esses têm sido até óptimos, ninguém em boa vontade esperará que tanta má exibição não seja castigada com perdas de pontos. E é aqui, como explicámos, que a Champions League entra. Este Atlético não é aquele que Jesualdo trucidou em 2009 e é até mais forte onde este FC Porto é mais fraco.
Tem a palavra Paulo Fonseca. E se o técnico esconde alguma na 'manga', o jogo da terça-feira será o ideal para a mostrar. Sob pena de ser julgado como um.. bluff.
Também na Futebol Portugal Magazine
Já de há muitos anos para cá que o futebol portista se mede pelas competições europeias em que está inserido. Um mau campeonato é por norma significado de fraqueza na Europa e a um bom campeonato é exigido que a equipa se apresente com bom nível pelo Velho Continente a fora. Se nos reportarmos às duas épocas mais próximas, veremos que, com Vítor Pereira na equipa, uma primeira época de várias indefinições não deixou sequer a equipa passar da fase-de-grupos da Liga dos Campeões. A Liga Europa acabou, depois, por também não ser solução confirmando, com a goleada às 'duas-mãos' do Manchester City, a real instabilidade da equipa.Na segunda época do espinhense, as cabeças no lugar e uma equipa "à imagem" do herdeiro de AVB, fizeram com que o 'sonho' voltasse a estar presente. Para mais, faltou à equipa a solidez mostrada no Dragão, pois nos jogos fora (PSG e Málaga) o 'controle' apregoado por Vítor, pura e simplesmente, não apareceu.
E esses são indicadores fundamentais. Primeiro, o de que a equipa será, imediatamente, posta à prova na Champions. E segundo, o de que os jogos fora serão a principal base desse duro-teste.
E a julgar pelas exibições fora-de-portas, ao FC Porto falta-lhe o controle, falta-lhe 'asfixiar' o adversário para que os adeptos azuis se possam sentir 'em casa' nas deslocações da sua equipa. E o responsável? esse é claramente aquele a quem todos irão elogiar se a tendência se inverter, ou aquele a quem todos pedem agora satisfações pela quebra no rendimento geral de uma equipa que ambiciona, sempre, altos voos.
Assim duas legitimidades impõem-se mas também... chocam. A de que o técnico pode, e deve, testar o sistema que o fez subir a pulso no futebol português, e a de que os adeptos têm o direito de querer a equipa a 'atacar com mais um' e de 'defender com mais um' também. Confusos? Passo a explicar:
O triângulo invertido de Vítor Pereira levava a que Moutinho fosse mais um a chegar à área e levava também a que o internacional português fosse mais um, na hora da perda da bola, a pressionar e a não deixar sair o adversário. Isso levava a que a criação de oportunidades do adversário fosse reduzida a números 'nulos'. Lembram-se da recepção ao Málaga? Lembram-se da recepção ao Benfica e ao PSG? O Porto não criava por aí além, mas com o controle, em muito ajudado pelo triângulo invertido, criava sempre mais... que o adversário.
Com Fernando e Defour, com Lucho, sozinho e facilmente anulável, a organização ofensiva reflecte-se na falta de um elemento na chegada à área e na falta de um elemento no momento da perda da bola, tornando assim o 'duplo-pivot' no 'lugar do morto' no fraco GTI que tem sido este FC Porto. Jogue quem lá jogar (esta sexta-feira foi Lucho) ele imediatamente desaparece nas imediações de um Fernando que sempre foi inútil na construção de jogo azul e branca.
O cenário é assim difícil para Paulo Fonseca que, como dissemos acima, tem a tal legitimidade para querer fazer valer o seu sistema. A atenuante é que essa 'experiência' tem tempo limitado. Nenhum sistema se perpetua pelo infinito e, mais, nenhum sobreviverá à falta de resultados. E se bem que esses têm sido até óptimos, ninguém em boa vontade esperará que tanta má exibição não seja castigada com perdas de pontos. E é aqui, como explicámos, que a Champions League entra. Este Atlético não é aquele que Jesualdo trucidou em 2009 e é até mais forte onde este FC Porto é mais fraco.
Tem a palavra Paulo Fonseca. E se o técnico esconde alguma na 'manga', o jogo da terça-feira será o ideal para a mostrar. Sob pena de ser julgado como um.. bluff.
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