Este 'post' já vem um pouco fora de tempo, mas pretende repor alguma justiça relativamente a alguém que se retirou há pouco tempo e foi um dos mais brilhantes futebolistas portugueses das duas últimas décadas. Até pela forma algo discreta como se deu o seu final (?) de carreira, parece-me que se justifica esta homenagem. João Pinto foi um homem que gerou paixões e ódios. Nem sempre terá agido de forma correcta ao longo da sua carreira, mas procurou sempre, como poucos, honrar as camisolas que vestiu. Todos nos lembramos da forma triste como terminou a sua contribuição à selecção nacional, os famosos duelos com Paulinho Santos, em que foi bem mais vítima do que culpado, o modo menos próprio como por vezes se dirigia aos árbitros ou as suas sempre controversas quedas no relvado, analisadas por nós de acordo com as cores que envergava no momento. Mas também todos recordamos os brilhante momentos de futebol que nos proporcionou.
Os benfiquistas não esquecerão, entre outros, o célebre 6-3; os sportinguistas recordam, já com nostalgia, o último título, em que assumiu o papel de "pai" de Jardel. E mesmo boavisteiros e bracarenses não deixarão de ter gratas lembranças do seu desempenho em campo. Uns lembram-se dele como o Menino de Ouro, outros como Grande Artista, mas todos o recordamos como alguém que tudo dava em campo, que nunca virava a cara à luta, que sempre respeitou os clubes que representou, mesmo depois de os deixar. Cheguei a irritar-me com ele quando envergava a camisola do Sporting (natural, éramos adversários), mas nunca compreendi a animosidade que sentem alguns benfiquistas, depois de ser varrido por Vale e Azevedo e Jupp Heynckes. Nos oito anos que esteve na Luz (quantos, hoje em dia, aí permanecem tanto tempo?), teve de fazer tudo, num dos momentos mais negros da história do clube. Tinha de ser a estrela, o 'capitão' de equipa, e ainda tinha de suprir a falta de qualidade de muitos colegas. E isso acabou por prejudicá-lo. De qualquer forma, apesar das críticas que podem ser-lhe apontadas, não esqueço o que fez no futebol português ao longo de quase duas décadas, em particular ao serviço do Benfica, e agradeço, por isso, ao Menino de Ouro.
Os benfiquistas não esquecerão, entre outros, o célebre 6-3; os sportinguistas recordam, já com nostalgia, o último título, em que assumiu o papel de "pai" de Jardel. E mesmo boavisteiros e bracarenses não deixarão de ter gratas lembranças do seu desempenho em campo. Uns lembram-se dele como o Menino de Ouro, outros como Grande Artista, mas todos o recordamos como alguém que tudo dava em campo, que nunca virava a cara à luta, que sempre respeitou os clubes que representou, mesmo depois de os deixar. Cheguei a irritar-me com ele quando envergava a camisola do Sporting (natural, éramos adversários), mas nunca compreendi a animosidade que sentem alguns benfiquistas, depois de ser varrido por Vale e Azevedo e Jupp Heynckes. Nos oito anos que esteve na Luz (quantos, hoje em dia, aí permanecem tanto tempo?), teve de fazer tudo, num dos momentos mais negros da história do clube. Tinha de ser a estrela, o 'capitão' de equipa, e ainda tinha de suprir a falta de qualidade de muitos colegas. E isso acabou por prejudicá-lo. De qualquer forma, apesar das críticas que podem ser-lhe apontadas, não esqueço o que fez no futebol português ao longo de quase duas décadas, em particular ao serviço do Benfica, e agradeço, por isso, ao Menino de Ouro.
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