quarta-feira, janeiro 12

Diogo Salomão:o triunfo do produto médio!!!

Com Salomão espero no melhor das hipóteses ter um bom jogador capaz de fazer uns 5/7 golos por época, algumas assistências para golo, que possa ser titular em alguns jogos, mas sem ser um titular indiscutível na equipa. Tudo isto sem ser preciso gastar uns quantos milhões na América do Sul, aproveitando também o facto que ainda há qualidade em Portugal. Não é preciso chamar-se James, Mariano, Jose Luis ou Nicolas para ter este tipo de oportunidade num grande clube em Portugal. No entanto, hoje se formos ver Porto, Benfica ou Braga(só para falar nos principais clubes portugueses) parece que o conceito de futebolista português está em crise.
Dizia o Miguel antes, que Salomão é bom mas não é nenhum Nani ou Ronaldo. Ok, concordo! a questão é que espaço para os Nani´s ou Ronaldo´s sejam portugueses ou não, são no Man.Utd ou no Real Madrid e não no Sporting.E todos sabemos que Nani´s ou Ronaldo´s não aparecem todos os anos. Para Portugal o que ambicionamos é ter jogadores "apenas" bons.E de vez em quando algum muito bom, para exportar num curto espaço de tempo.
Ora será que estamos preparados para produzir não só para exportar, mas também para ter jogadores capazes de ser titulares nas principais equipas portuguesas?
Por exemplo, voltemos novamente para Salomão. Saltou directamente dum Real Massamá para o Sporting. Não teve espaço nem tempo para um clube médio onde pudesse crescer sem tanta pressão. E pode pagar por isso no futuro.
Aliás, é um problema que acontece e muito com jovens portugueses. Só sendo muito bons é que triunfam na vida. O bom ou mediano, está condenado a ter que ir para uma segunda B ou no melhor das hipóteses para Liga de Honra ou Chipre para poder ganhar a vida.
Dá que pensar! Vivemos num país que para ter o bom ou mediano tem que importar, mas que se habituou no últimos anos a vender/exportar o excelente. Curioso!!!

4 comentários:

LMGM disse...

João, eu espero mais uma coisa, golos, um faro raro e que o puto parece ter.

O mercado nacional (senior) é muito mal explorado por nós, seja em que posição for.

Uma das razões para isso talvez seja a inflação que se nota de cada vez que o Sporting tenta comprar um jogador nacional, os exemplos são variados de Paulo Ferreira a Ruben Michael.

Gostava de ver essa questão resolvida, principalmente porque as asneiras argentinas e brasileiras são cada vez mais caras e transversais a todos os clubes.

Pedro disse...

Nada a dizer. É preferível ter um mediano português do que um mediano argentino. Sempre defendi essa politica.

J. disse...

Pedro, eu acho que quando se olha para a formação, mesmo no Sporting primeiro pensa-se qual é que sera o próximo negócio milionário, e depois é que se vê qual é que será as necessidades da equipa sénior e ver ser há ou não possibilidade de primeiro promover alguém.

Por exemplo, houve anos em que não tivemos um defesa direito em condições. E agora apenas temos um de jeito. Entretanto temos um Cedric e um J.Gonçalves preparados para assumir essa posição. Quero ver se realmente se dá uma oportunidade real a qualquer destes dois jogadores.

Peyroteo disse...

O Sporting, apesar de tudo, ainda vai investindo no futebolista português. E devia apostar mais porque as apostas no estrangeiro nem sempre correm pelo melhor e com isso tapam o lugar a jogadores da formação que acabam por ser dispensados e mais tarde contratados por rivais ou por clubes estrangeiros. No entanto, é preciso olhar para dentro de casa com critério. É preciso perceber logo que um André Santos é melhor que um Adrien, ou que um Varela pode dar mais que o Pereirinha e que um Paulo Sérgio é muito superior a um Lourenço.