À terceira... a mesma receita dada pelo mestre inverso. Se alguém contava ou não será irrelevante, até porque me parece, sem beliscar a justiça da vitória benfiquista, que o que se tira deste clássico não é lá muito favorável às duas equipas.
Muito aqui escrevi sobre o jogo de Aveiro e sobre o jogo do Dragão. E se escrevi de certeza que referi a maneira como os jogos foram ganhos pelo Porto, mas para uma melhor recordação será preciso regressarmos ao contexto que antecedeu as duas partidas. E nem é preciso se assustarem, garanto, até porque nem vai demorar muito.
É um contexto simples, porque o Benfica vinha agarrado ao passado e à filosofia que lhe deu o título. A hegemonia conferia-lhe obrigação de agarrar no(s) jogo(s) e de ser superior e protagonista nas partidas, e a isso contrapôs AVB com um bloco compacto e muito pressionante apostando claramente no erro encarnado.
Com os papéis a inverterem-se, mais não fez Jesus no jogo de quarta-feira. O Porto é que tem sido comparado com o Barcelona, o Porto é que é uma equipa «claramente de posse» e ainda para mais segue na frente do campeonato com boa distância. A equipa teria então de provar que o seu método resulta em jogos 'grandes', mas, e pela segunda vez (tendo sido a primeira em Alvalade), falhou, de novo, redondamente.
Contrariando Villas-Boas, está à vista de todos que o Porto é bem mais forte em transição. Nos dois jogos grandes em que pretendeu assumir o controlo da partida pela posse de bola, os erros e falta de critério dos dois centrais, e de Fernando, a sair a jogar ofereceram sempre à equipa adversária sinais de fraqueza. Sinais esses que lhes permitiram confiança para marcar.
Foram duas equipas que, mais ou menos bem, foram comparadas com o Barcelona, e aqui é que está a ironia destas três histórias. É que tanto uma como outra, só saíram vitoriosas quando abdicaram do estilo que os seus técnicos defendem. Algo que é muito mau para cada uma delas.
3 comentários:
Desculpa lá mas sinceramente não consegui perceber do que é que o Benfica abdicou...Estou a falar a sério. Até estou na duvida se o pretendeste dizer.
Sim, também nao percebi essa.
O Benfica pos todas as suas caracteristicas, jà conhecidas, em campo e logo a partir do primeiro segundo de jogo. Pressionando alto, nao deixando espaço ao adversàrio para construir. Deixou passar duas bolas perigosas para as costas da defesa: numa Ramés falha à boca da baliza, e na outra o mesmo Ràmes mergulha para o penalty. Depois algumas tentativas de remate de longe de Hulk e algumas de Varela, mas pouco enquadrados com a baliza e com alguns benfiquistas entre a bola e a baliza.
No ataque, circulàmos a bola de maneira venenosa. Aproveitando erros ou nao, o cerne da questao é que ambos os golos nascem de belas triangulaçoes entre os intervenientes.
Se isto nao é o Benfica que vemos em 80% dos jogos desde que Jesus pegou na equipa sò tenho de perguntar-te se realmente viste o jogo...?
Explico-me melhor, que o disseste, disseste, não consegui foi perceber foi a tua explicação.
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