terça-feira, julho 16

Um annus horribilis que não acaba nunca...

Foi o sétimo lugar de antes, a consequente não ida á Europa, os problemas com os bancos e a tal  reestruturação  financeira tendo sempre presente o medo de uma falência assumida por todos.

Passamos depois a assistir  ao exôdo de metade do plantel por tostões (tirando Wolfsfinkel) seguida de contratações á Gil ou Estoril (Montero ainda não está confirmado e só Jefferson e outros é de facto muito pouco).

Da academia veio mais uma desilusão e andamos agora a pregar sozinhos uma vez mais, sobre ética e príncipios que insistimos em não ter na nossa própria casa. É só numerar: agora foi Bruma, há uma ano ouvia-se o mesmo em relação a Adrien, há 3 anos era Moutinho, sem esquecer Quaresma, Simão e até Figo ou Futre..

Mas são desses mesmos principíos e ética que apregoamos donde vem agora mais uma página negra para o clube.
E talvez seja esta a noticia mais perturbante e dificil de aceitar para nós sportinguistas.

Que através de actos (em nome próprio ou não, que é o que está por provar)  de um nosso vice-presidente, o clube acabe por estar envolvido numa estranha cilada com o intuito de provar um certo acto de corrupção de um árbitro ( !?).
Apesar de não ser um caso de corrupção activa como muitos querem fazer querer (afinal de contas foi o clube que se denunciou a si próprio - denúncia caluniosa qualificada portanto), não deixa de ser por isso uma prática que nada tem a ver com o clube que queremos ser e que nos deixa ainda mais de cabeça a abanar e a perguntar: não merecemos todos um clube melhor que isto?

Há quem diga que existem muitas expectativas e esperanças postas em BdC.
Eu acho que não. É só deixar fazer merda atrás de merda e ser minimamente sério e competente.
Eu pelo menos, não peço mais que isso!!!

7 comentários:

Zé Luís disse...

"foi o clube que se denunciou a si próprio "

Vale e Azevedo também denunciou a própria irregularidade fiscal que devia ter conduzido à despromoção automática. A Liga não se mexeu e a ministra das Finanças de então deu aval a pagar ao Fisco com papéis (1000 escudos cada) como se fossem acções.

O criminoso que se denuncia não deve ser preso.

Marco Morais disse...

Falando em Wolfswinkel...

http://sphotos-g.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-frc3/969922_510171889056124_1300763286_n.jpg

J. disse...

Zé Luis, eu sei que percebeste.
Não te faças agora de desapercebido.

Marco, eles nisto do Marketing estão muito á frente.
:-)

LDP disse...

Essa dos "actos em nome próprio" é uma maneira engraçada de tentar mascarar as coisas.

"Ah e tal, o gajo foi lá depositar o cheque e tal mas foi sozinho...sabe-se lá pá!"

Pois foi, se calhar foi, mas o cerne da questão não se prende com uma acção contra um árbitro que ia apitar um jogo do Sporting Clube de Portugal, imaginada e executada por um membro da direcção do Sporting Clube de Portugal? Então qual é a dúvida?

J. disse...

Exacto, LDP, tudo isso repito numa situação de denúncia caluniosa qualificada, que não é bem o que se quer fazer passar.

Francis disse...

Estamos no fim. Nem sei para que lado me hei-de virar.

Filipe disse...

J., depositar dinheiro na conta de um árbitro pode ser entendido ou como suborno ou como coação. A auto-denúncia é perfeitamente explicada como uma tentativa de mascarar uma situação que correu para o torto e que iria explodir de qualquer forma.

Obviamente que cabe ao tribunal decidir se a evidência é suficiente para sustentar a acusação, o que os jornais dizem não é de fiar.