sábado, janeiro 12

Assim, não...

O Benfica fez uma primeira parte fraca. E a segunda conseguiu ser pior. Depois do intervalo, o Leixões jogou mais do que o Benfica e teve as melhores ocasiões de golo. Tudo isto é verdade. Mas também é verdade que, se as regras do jogo tivessem sido cumpridas, ao intervalo o Benfica estaria a ganhar. Provavelmente, 2-0. E tudo teria sido diferente. Eu até sou da opinião de que o Benfica tem de ganhar ao Leixões mesmo que fiquem cinco 'penalties' por assinalar. Mas está a ser demais. Assim não vale a pena. Em 16 jornadas, só me lembro de um erro importante a favorecer o Benfica: o 'penalty' que ficou por marcar no jogo com o Sporting, por falta do Katsouranis sobre o Romagnoli. E mesmo esse num encontro em que, a terminar, houve uma clara falta na área sobre o Freddy Adu. De resto, só me recordo de erros que prejudicaram o Benfica. Já lhes perdi a conta. Só diante do Leixões voaram quatro pontos.

Podem dizer-me que, enquanto pensarmos que o mal está sempre nos outros e não em nós, nada ganharemos. Mas a questão não é essa. O Benfica tem muitos problemas e tem de rectificar muita coisa se quiser voltar a ter uma equipa à altura dos seus pergaminhos. O 'plantel', apesar de ser o melhor dos últimos 10 anos (!), foi muito mal estruturado, há jogadores há demasiado tempo em má forma, chega a haver momentos em que mete dó ver aquela equipa jogar. Mas os outros também fazem jogos maus. E ganham-nos. Porque têm sorte, porque o árbitro ajuda, porque têm jogadores mais talentosos, mas sobretudo por beneficiarem de regras diferentes. Infelizmente, o futebol português tem sido isto há cerca de duas décadas. Não dá gosto competir. Mais vale entregar-se logo o título ao clube dos proxenetas e meretrizes, da fruta, do café com leite, dos quinhentinhos. Reconheço que, neste momento, o actual líder é mais forte do que o Benfica: o Quaresma é melhor do que o Maxi Pereira; o Lizandro marca mais golos do que o Nuno Gomes e o Cardozo juntos; o Paulo Assunção e o Raúl Meireles estão em melhor forma do que o Petit e o Katsouranis; o Lucho Gonzaléz tem uma frescura que o Rui Costa já não pode apresentar. Mas não podem ainda dar-lhes empurrões. Assim, não custa nada ganhar. O JOGO NÃO PODE ESTAR VICIADO!

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