terça-feira, outubro 31

Contas complicadas

O Sporting assumiu as despesas do jogo, jogou no meio campo adversário, mas não teve a capacidade de concretizar em golos a ascendência. O Bayern ofereceu o domínio de jogo ao Sporting mas teve as mais flagrantes hipóteses de golo. A vitória podia ter caído para qualquer lado, o empate é um resultado justo.

Caneira, Polga, Tello e Custódio exibiram-se em bom plano. Moutinho esteve ainda melhor, fez um jogo fantástico! Pena que as unidades mais criativas - C. Martins, Djaló e Nani - não tenham tido produção equivalente.

As contas estão agora mais complicadas para o Sporting no grupo B. O Inter bateu o Spartak num jogo parecido ao de Munique. O Spartak a assumir o jogo, o Inter a criar as melhores oportunidades e a vencer. A batalha de Milão será decisiva. Quem diria em Setembro que o Sporting iria a Milão, na 5ª jornada, discutir o apuramento?

O Sporting leva 4 jogos seguidos sem vencer - Bayern, Porto, Beira Mar e novamente Bayern. No entanto foi a equipa que mais fez por isso em todos eles e teria sido um justo vencedor nestes 4 jogos dado o futebol agradável apresentado. A justiça em futebol vale o que vale...

“I believe in you”

Era mais ou menos assim que cantava Jerry Lee Lewis lá pelas décadas dos 50. Certamente com outras inspirações espirituais,muitas diferentes das minhas, mr.Lewis afirmava por essa época, ser um “believer”!

Perdoem-me então pela blasfemia de transcrever tais inspirações para as incidências futebolísticas, mas hoje eu também vou acreditar.

E vou acreditar porquê!?

1) Porque um Bayern sem Deisler ,Podolski, Lucio, Hargreaves, Ismael e, principalmente Schweinsteiger, não será um Bayern tão poderoso;

2) Porque ainda assim, com tantas baixas e de em Lisboa terem levado um semi-banho de bola, são arrogantes ao ponto de dizer “É importante ganhar com uma margem confortável: queremos ganhar por três golos” (eu se fosse jogador de Sporting estaria agora com uma vontade de calar os “frankfurt´s”...);

3) Porque Paulo Bento também é um believer e afirma querer dominar hoje no Allianz Arena. Nem o mais recente resultado em Aveiro parece desanimar o jovem treinador do Sporting, que ainda assim afirma “tudo aquilo que não nos mata torna-nos mais fortes”.

4) Porque é nos grandes palcos que se vêem os grandes jogadores. E eu acredito que jogadores como Moutinho, Liedsón, Nani ou Carlos Martins são já grandes jogadores.

Resultado Final: Bayern M. 1 – 2 Sporting CP. Há dúvidas?

segunda-feira, outubro 30

Duas sem três?

Os adeptos do Benfica, Sporting ou FC Porto que, como eu, compraram logo bilhetes para os três jogos da fase de grupos da Liga dos Campeões arriscam-se, de momento, a presenciar um terceiro jogo que pouco ou nada decidirá. Espero que os nossos jogadores não deixem que assim seja...

PS - Na semana passada, não hesitei em criticar dirigentes do Benfica e do FC Porto pelo triste desempenho verbal que tiveram nos dias que antecederam o jogo. Agora, registo a forma bem diferente como se manifestaram as respectivas SAD's após o jogo. Basta comparar
isto
com isto

Como é que foi o clássico?

"O Benfica bem se pode queixar da falta de sorte nesta 8ª jornada da Bwin Liga. A equipa orientada por Fernando Santos perdeu por 3-2 no Dragão, diante do FC Porto, numa partida marcada pelos lances de puro azar que estiveram na origem do primeiro e do terceiro golo do rival nortenho. "

"Estava feito o primeiro golo da partida e desde logo se notou que o Benfica não ia ter a sorte do seu lado."

"Se o brasileiro do Benfica teve azar nesse lance, do mesmo não se pode queixar Quaresma "

"Tudo fazia, pois, crer que o Benfica poderia reduzir o resultado, mas, mais uma vez, a sorte não esteve do seu lado, já que Hélton negou dois golos feitos"

"A segunda parte trouxe mais do mesmo, ou seja, um Benfica a mandar no jogo e um FC Porto confortável com a vantagem de 2-0. Foi nesta altura que mais ficou visível a qualidade do trabalho realizado por Fernando Santos neste início de época"

"Gloriosa recuperação e... cúmulo do azar"
in http://www.slbenfica.pt/Info/Futebol/Noticias/noticiasfutebol_futfcpslbcro_281006_39615.asp


"Em segundos, F.C. Porto e Benfica denunciavam intenções. No caso do segundo, meras pretensões, uma espécie de sonho vão, que a determinada altura ameaçou materializar-se, para surpresa até de quem o sonhava."


"Se esta crónica fosse de automobilismo, poderia dizer-se que um bólide, de traço arrojado, cruzava as mesmas linhas com um automóvel com motor levemente vitaminado e design adulterado em manobras de «tunning», deixando-o a léguas na primeira aceleração."

"Em fase de desaceleração, mesmo quando se aproximava mais da obtenção do terceiro golo do que propriamente da concessão do primeiro, o F.C. Porto foi surpreendido por um adversário incrédulo, que voltaria a festejar, perante um palco atónito, preparado para presenciar uma de muitas brincadeiras e tropelias em que o futebol é pródigo."

"Mas Bruno Moraes, que pouco antes saltara do banco, não permitiu que a injustiça se materializasse."
in http://www.fcporto.pt/Info/Futebol/Noticias/infofut_futfcpslbcro_281006_22489.asp

domingo, outubro 29

Happy end.

Concordo na generalidade com o post, aqui em baixo, do Luís. Com o positivo e negativo.

Não tivesse o Bruno Moraes marcado aquele golo num lance de bola parada no ultimo minuto e os meus dedos, inconscientemente, escorregavam para um texto mais faccioso, numa tentativa frustrada de desculpar o facto de deixar fugir o pássaro quando esteve bem apertado na nossa mão. Cheguei, assim como todos os portistas, a sonhar com uma goleada. A quanto tempo não víamos, por cá, um jogo de futebol. Num ambiente daqueles a perder por dois a meio da primeira parte e conseguir chegar ao empate, e no mínimo meritoso, e bem sei que as vitórias morais de nada valem mas é de enaltecer a presença do adversário. É certo que não se sabe como seria o jogo se Anderson tivesse ficado por lá (não vou querer comentar o lance), mas com tanto para realçar do que aconteceu, não vale a pena falar do que não aconteceu.
Não percebi a saída do Quaresma. O melhor.
Postiga, ressuscitado.
O homem elástico na baliza.

FCP 3, SLB 2.

Um jogo emocionante, mas não bem jogado. Cinco golos, dois deles simplesmente fantásticos (Quaresma e Nuno Gomes). Estádio cheio, nem me lembro do senhor Lucílio.

O SLB deu meia hora de avanço e, ao contrário do habitual, a equipa não se afundou nos golos sofridos. O FCP dominou o primeiro tempo mas, mesmo assim, os "encarnados" poderiam ter ido para os balneários com um golo marcado.

Na segunda parte, Fernando Santos corrigiu um erro chamado Paulo Jorge e colocou Assis. O SLB deu a volta ao jogo, com mérito. Quis mais, até, mas faltou alguma coisa. A derrota veio em cima do apito final, num golo que trouxe alguma injustiça ao marcador. Contudo, há que ter em conta que os portistas perderam Anderson e, ao seu melhor estilo, Jesualdo "mancou" a equipa, retirando Quaresma.

O FCP venceu e venceu bem. Teve alguma sorte mas, ao mesmo tempo, não teve culpa que o adversário falhasse em lances capitais.

Positivo: Helton, Postiga e Quaresma; Léo, Katsouranis e Simão.

Negativo: Lucho e Fucile; Nélson e Nuno Gomes.

Uma derrota é uma derrota mas, em termos gerais, penso que a equipa do SLB mostrou alguma qualidade (especialmente na recuperação de dois golos). Ao mesmo tempo, há demasiada ingenuidade no sector defensivo. Tirando a frustração de perder no último minuto, resta-me aceitar e dizer: "É futebol".

Parabéns aos jogadores do FCP e também aos do SLB que conseguiram "realizar" um dos "clássicos" mais honestos que tenho memória.

sábado, outubro 28

Beira Mar 3 - 3 Sporting

Dois empates seguidos com sabor a derrota mas o futebol do Sporting continua a dar sinais positivos. É por certo um empate muito complicado de digerir mas a esperança continua intacta e isso é, nesta altura em que ainda não há jogos decisivos, o mais importante.

Positivo
- O bom futebol evidenciado
- A capacidade de reacção da equipa
- Liedson de volta aos golos
- Tello e Carlos Martins

Negativo
- Imaturidade patente em 3 golos sofridos de bola parada
- Romagnoli

Agora mais do que nunca, venha o empate no derby... continuar no pelotão da frente é perfeitamente justo para esta equipa do Sporting.

sexta-feira, outubro 27

Mas que grande merda!!!

Porra, nem dá vontade de dizer nada. Ou então vir para aqui e desatar aos palavrões... dasse! Enfim, vou tentar não fazer nenhuma das duas coisas. Mas não prometo nada.

Que estupidez de jogo! E não venham para aqui dizer que foi um grande jogo, um hino ao futebol e essas cenas que irritam ainda mais um gajo.

Como é que é possível sofrer golos assim parvos... 4 numa semana que nos custaram 4 pontos. E o que é pior nisto tudo, é que já se estava mesmo a ver.

Um hat-trick do Buba?! Bubócaralh* todos, é o que dá vontade de dizer. E o melhor é retirar-me mas é, senão isto ainda desce mais de nível. Pós copos para esquecer!

Uma história de democracia

Este 'post' não invalida o anterior, da autoria do Jorge Borges, nem a ele se sobrepõe, mas permitam-me que, em dia de eleições, recorde um pouco da história do meu clube. Poucas instituições, em Portugal, podem vangloriar-se de um historial de democracia como o Benfica. Ainda o país vivia em ditadura e já no Glorioso os sócios escolhiam os seus representantes de forma livre. Com a minha participação directa, é uma história já com perto de 20 anos:

1987 - candidatos: João Santos, Fernando Martins e Cavaleiro Madeira. Um dia inesquecível! Estive 4 horas na fila para conseguir votar na antiga sede. Fernando Martins era o presidente. Tinha fechado o terceiro anel, mas enfraquecido a equipa de futebol: não havia Humberto Coelho, mas Oliveira; não estava o Chalana, mas o Wando; tinham saído o Alves e o Stromberg e tínhamos o Nunes e o Tueba. Sentia-se necessidade de mudança. JOÃO SANTOS anunciava a intenção de fazer regressar o Benfica europeu. Votei nele (para o conselho fiscal, optei pela lista de Cavaleiro Madeira, pois o meu pai fazia parte dela, e não podia 'traí-lo) e contribuí para a sua vitória. Em 1988 e 1990, o Benfica voltou a jogar a final da Taça dos Campeões Europeus.

1989 - João Santos e Fernando Martins. O antigo presidente voltou à carga, mas o sucesso europeu do novo presidente deu-lhe uma clara vitória: 81%/19%. JOÃO SANTOS tornou a receber os meus 20 votos. Quanto a Fernando Martins, a história recente tratou de fazer-lhe justiça: atrás de mim virá quem de mim bom fará.

1992 - Jorge de Brito, Alexandre Alves e Carlos Cardoso Lopes. Depois de uma vida em que muito contribuiu para o engrandecimento do Benfica, JORGE de BRITO, então vice-presidente, tornava-se finalmente presidente do clube (com a contribuição dos meus 20 votos). Já tinha concorrido em 1983 (derrotado por Fernando Martins).

1994 - Manuel Damásio e José Capristano. O Verão Quente de 1993, em que Sousa Cintra se divertiu a vir roubar jogadores à Luz, foi marcante para a queda antecipada de Jorge de Brito. A crise financeira já era bem visível e a Direcção, cada vez com menos elementos, não resistiu. De entre as listas concorrentes, a de MANUEL DAMÁSIO pareceu-me justificar mais confiança, arrecadando os meus votos.

1996 - Manuel Damásio e Vale e Azevedo. Nesta altura, já era um desencantado com a gestão de Damásio. O populismo do outro candidato prenunciava algo ainda pior. Como estava garantida a vitória do presidente em funções, preparava-me para votar em branco. Ainda me desloquei ao Estádio da Luz, mas como lá estava muita gente e eu tinha um jantar, acabar por abster-me. Foi a única vez.

1997 - Vale e Azevedo, Luís Tadeu e Abílio Rodrigues. Mais umas eleições antecipadas. A crise (desportiva e financeira) estava definitivamente instalada. Os benfiquistas quiseram algo novo e optaram pelo populismo. Receei que a vitória de Vale e Azevedo trouxesse maus tempos. Enganei-me. Foi ainda pior. Pela primeira vez, o candidato que mereceu a minha votação (LUÍS TADEU) foi derrotado.

2000 - Manuel Vilarinho e Vale e Azevedo. O dia mais feliz da minha vida benfiquista. Corremos com ele! Duas horas de espera, na maior votação da história do clube (21.804 sócios), valeram a pena. Os meus 20 votos ajudaram MANUEL VILARINHO. Memorável!

2003 - Luís Filipe Vieira, Jaime Antunes e Guerra Madaleno. Mudava o presidente, mas havia uma intenção de continuidade na candidatura de LUÍS FILIPE VIEIRA. Entendi que era o melhor para o Benfica e votei nele.

2006 - Luís Filipe Vieira. Tem qualidades e defeitos. Nem sempre aprecio o seu discurso e as suas atitudes. Há opções que merecem o meu repúdio (estou a lembrar-me de José Veiga), mas, apesar de não haver adversário, passarei hoje pelo Estádio da Luz, para ajudar a legitimar a reeleição de LUÍS FILIPE VIEIRA, pois considero positivo o seu trabalho de recuperação e consolidadção.

Porque hoje há eleição...

Ando para escrever algo do género há lagum tempo, mas por diversos circunstancialismos só hoje o faço, e até acho que vem a "talho de foice".
O Benfica vai eleger novos corpos sociais. Não há surpresas, o "novo" presidente está escolhido. É pena que não tenham aparecido outros candidados, se mais não fosse pelo debate de ideias que certamente provocaria.
É a altura dos benfiquistas colocarem a questão: Será LFV o homem certo para conduzir os destinos do clube? Mesmo que a resposta seja negativa...
É pois também a altura de fazer um balanço da governação de LFV à frente dos destinos do Benfica:
- Ao nível finaceiro, e a serem verdadeiros os números que anualmente têm vindo a ser apresentados, LFV tem o grande mérito de liderar uma equipa que devolveu ao clube a credibilidade perdida junto das instituições do ramo. Convém lembrar que há cerca de 6 anos o Benfica estava quase falido. Hoje, embora a situação ainda esteja longe de estar sanada, as contas estão controladas, e as "loucuras" acabaram.
- Em 6 anos o Benfica construiu um centro de estágio e um estádio novo. LFV diz ter receitas garantidas para, dentro de 6 anos o estádio estar completamente pago.
- O projecto de angariação de sócios, embora muito abaixo da meta anunciada, foi um autêntico sucesso.
- Foi anunciada uma aposta forte na formação, com a contratação de quadros especializados. Começa, no entanto, a ser altura deste sector dar os seus frutos. Não é vergonha seguir as pisadas de quem é melhor que nós, e nesse aspecto o exemplo vem da porta ao lado.
- A equipa de futebol foi estabilizada, tendo mantido a sua espinha dorsal com poucas oscilações ao longo dois últimos 3/4 anos. Resultados? Uma Taça de Portugal, um campeonato (ou liga) e uma supertaça, somando ainda uma presença meritória na edição passada da Champions League.
- Estranha-se porque é que Camacho, Trappatoni e Koeman sairam a meio do contrato. Se a saída de Camacho é compreensível, ade Trappatoni é sinistra, mesmo tendo sido campeão. O argumento apresentado veio a revelar-se falso
- Porque nos úlmos defesos existiram "casos" com jogadores? Primeiro Tiago, depois Miguel, agora Manuel Fernandes. Algo de estranho se passa.
- José Veiga estará associado a estas saídas? terá sido ele o causador? Eu acho que sim. Aproveito aqui para dizer que não é uma figura com a qual eu simpatize no clube, por variadíssimas razões. É justo contudo reconhecer-lhe algum mérito na forma como ele blindou a equipa. Desde a chegada de José Veiga ao Benfica, acabaram-se as fugas de informação. E esse, entendo eu, é um factor importante para o sucesso. Resta saber é quanto isso custa... Por mim pode ser já dispensado. O Benfica tem no seio dos seus adeptos pessoas capazes e conhecedoras do meio, para exercerem as mesmas funções.
- Marca também negativamente a imagem do presidente do Benfica toda a indefinição em torno da (não) saída de Simão, não só esta época como na anterior.
- Serão também de evitar desenfreadas corridas ao mercado de Inverno, como aconteceu no último. Não se compreendem contratações como Robert, Manduca, Marcel, Marco Ferreira, Moretto. Aliás quanto a estes dois últimos custa-me ainda mais a perceber: manda-se embora um jogador formado no clube (João Pereira) para ficar com o Marco Ferreira? mal por mal, antes o João Pereira. Compra-se o passe de Marcel para depois o emprestar e não se tem dinheiro para comprar o passe do Miccoli ou pagar o empréstimo de D'Alessandro? É esta a propalada política de contratações criteriosa onde só se comprava se o jogador fosse uma verdadeira mais-valia para o plantel?
- Em suma, penso que se tem feito uma excelente gestão, repito, a serem verdadeiros os números apresentados, ao nível financeiro e estrutural do Benfica, gestão essa que não tem sido tão eficiente ao nível da equipa de futebol.
- Por tudo isto, acho que o debate teria sido importante, mais que não fosse, para obrigar o presidente a dar explicações sobre estes e outros pontos.
- Apesar de tudo, vou votar em LFV.

quarta-feira, outubro 25

O clássico discurso dos clássicos.

Mal saímos de um clássico, e nem tempo tivemos para falar dos erros de arbitragem, ou a ausência deles, e já nos preparamos para outro, falando dos futuros erros do árbitro.

Quanto ao primeiro, nem a jovem equipa jogou o suficiente para merecer a vitória, nem o Campeão foi insuficiente para merecer a derrota. O que faz do empate um resultado justo. Nota importante a media de idades dos jogadores de ambas as equipas, e para surpresa de alguns, a da equipa portista até foi ligeiramente mais baixa. Nunca teremos o mérito da melhor formação, mas ninguém nos tira o mérito de melhores bacharelatos e doutoramentos.

O tema da semana, propositadamente o tema da semana, é o árbitro, ou melhor foi o árbitro. Imagine-se que teve a ousadia de expulsar, por acumulação de amarelos, o Mi Mi Micoli (não é uma piada original, mas é muito boa) o que veio de encontro ao pressentimento do engenheiro. O Jesualdo também deve ter tido esse pressentimento em Alvalade, e tirou o Quaresma. Não vi o jogo em questão, mas os dois lances dos amarelos ao Mi Mi Micoli (não é uma piada original, mas é muito boa) são, quanto a mim, justos.
Em relação ao tema da semana, até agora o que se sabe é que no próximo fim de semana temos o Lucílio. Que não sendo um árbitro conhecido por beneficiar a equipa das contas em dia, é conhecido por prejudicar o F.C.Porto.

Certo, certo é que depois do jogo nos encontraremos todos, de novo, para falar do árbitro, ou ouvir falar dele.

Rodrigo Tello

Hoje quero fazer um post sobre o Tello. E porquê?
Certamente que não será por ser dos melhores jogadores do plantel e que haveria muitos outros que provavelmente merecessem muito mais que se falasse deles nesta época do que propriamente o jogador chileno.
Mas Tello foi um jogador que entrou para a história do Sporting. Não tanto pelo que jogou, mas mais por aquilo que custou. Certamente será a contratação mais cara do Sporting por muitos anos. A viver tempos de desmesura naquela época que muito pronto acabarariam, o Sporting com a contratação de Tello encerra também um período de contratações milionárias no mercado sul americano que trouxeram a Alvalade ilustres jogadores como Kmet, Hanuch ou Bruno Marioni Giménez.
1)Tello apesar disso, é o único sobrevivente no actual plantel dessa onda de euforia financeira.

Na altura, os avalistas da sua contratação, definiam o jogador chileno como sendo uma espécie de Salas e Recoba, para além disso tinha no seu CV, uma participação meritória nos JO desse mesmo ano. Era então com alguna expectativa que se aguardava a estreia do Rodrigo no Sporting. Principalmente, depois da saída de Simão para o Barcelona.
E aquí também cedo se percebeu que não era o jogador que diziam. Assobios e manifestações de desagrado foram quase imediatas assim que o chileno começava a falhar passes ou fazer exibições menos conseguidas.
2)Mesmo assim e sem nunca ter sido titular indiscutivel no onze, já lá vão quase 6 anos de Rodrigo Tello no Sporting, o que faz do jogador um dos mais antigos no plantel do clube. E isso a pesar de tudo, tem algum mérito.

Rodrigo Tello foi titular no último jogo do Sporting em casa com o Porto. Foi até considerado como um dos melhores em campo. Mas não foi isso que mais me chamou á atenção. Nesse mesmo jogo, no inicio da segunda parte, quando o Porto beneficiou de um pontapé de canto, Tello foi cubrir o segundo poste. Depois de uma série de ressaltos na área, a bola é oferecida a Quaresma que aproveita para mandar uma charutada lá para dentro. Tello, em cima da linha de golo, parece tentar evitar o que já seria para muitos como um golo certo. Toca na bola de cabeça num remate á queima roupa dando depois uma valente marrada no poste,isto contundo sem conseguir evitar o golo.
3)Inglório, certamente, mas significativo de alguma coisa, acho eu!!!

Tello pode não ser o melhor jogador do Sporting, pode nunca ter justificado o que se pagou por ele, pode até ser o eterno suplente em Alvalade.
4)Mas é também um jogador útil, principalmente pela sua polivalência e pela sua qualidade de passe e capacidade de centrar e também pelo seu comportamento/atitude profissional.
No ano que finaliza o contrato, há quem em Alvalade questione a sua continuidade.
Eu acho que seria uma injustiça. Aliás, uma injustiça que começou logo no primeiro dia em que o jogador chegou a Alvalade. Afinal de contas, que culpa tem ele de que se tenha pago aquele dinheiro todo por ele? E principalmente, que culpa tem o chileno se afinal o que se diz que se pagou por ele não corresponde á verdade?

terça-feira, outubro 24

Está a chegar!

Um FC Porto-Benfica faz-se sempre anunciar. Pelas boas e pelas más razões. Infelizmente, mais por estas. Como agora: pinóquio, engavetado, hum, hum, hum, engenheiro-chefe, levou três em Glasgow, "dá-me bilhetes; não dou", caloteiro, mãozinhas, etc. etc. O nível voltou a baixar. E só tenho pena que alguns protagonistas sejam do meu clube. O outro tipo é desprezível e o melhor é não lhe dar conversa. Parece que há quem não perceba algo tão simples. Só não pode dizer-se que é o futebol no seu pior porque ainda há pior (e mais grave) do que isto.

PS - Ao menos, sabemos que não há o risco de alguém aparecer no estádio com um cartaz a dizer "Orelhas, estou aqui!"

Fora de prazo

Quatro anos, seis meses e doze quilos depois, regresso amanhã à competição.

Apesar de saber que se trata de uma versão ligeiramente geriátrica da coisa, sinto a ansiedade de um miúdo de 18 anos e a ilusão de quem vai jogar um campeonato do mundo, mesmo se, a treinar há um mês, já estou afogado em analgésicos e anti-inflamatórios…

Há gajos que não sabem mesmo quando parar…

2005-06

Um indicador desportivo, um contabilístico e um financeiro:

FC Porto - 1º classificado - Prejuízo de 30,4 milhões - cash flow negativo de 5,3 milhões
Sporting - 2º classificado - Lucro de 313 mil - cash flow positivo de 9,3 milhões
Benfica - 3º classificado - Prejuízo de 1,2 milhões - cash flow positivo de 10,9 milhões

segunda-feira, outubro 23

Sporting 1 - Porto 1

Um resultado que acaba por favorecer o Porto, pois a equipa nortenha nunca tentou (ou não conseguiu) jogar de igual para igual com o Sporting e aproveitou um erro crasso de Ricardo para alcançar um empate que pouco fez por merecer.
O Sporting foi melhor, principalmente na 1ª parte. O golo de Yannick (muito bem!) perto do intervalo foi o corolário lógico do domínio leonino, alicercado nas excelentes exibições de Polga, Tello e Moutinho. A segunda parte começou praticamente com o consentidíssimo golo do Porto (o Sporting tem a tendência de sofrer os golos mais parvos do nosso campeonato). A defesa foi pouco lesta a aliviar a bola mas foi Ricardo quem borrou definitivamente a pintura. Primeiro, ficou a observar a bola a sobrevoar a sua zona de acção durante alguns segundos e quando se decidiu a resolver o lance, ofereceu o golo a Quaresma. E aí vão dois seguidos...
A partir daí, registo apenas para um cabeceamento à trave de Liedson e um fora-de-jogo absurdo no lance de Polga. A arbitragem foi fraquinha.

SLB 3 - Estrela Amadora 1.

A receita é simples: anular todas as tentativas de ataque com a marcação de foras de jogo, ignorar pénaltis e provocar os jogadores "encarnados" até à sua expulsão. Foi assim esta semana. Será assim para a próxima?

Podia falar das fragilidades do SLB, da medíocre exibição de Petit, Gomes ou Nélson. Do nervoso que se instala na equipa, nas perdas de bola infantis e nos falhanços clamorosos em frente ao guarda-redes. Mas digam-me lá: viram o que o árbitro fez ao jogo?

Ganharam-se dois pontos ao FCP e ao SCP. Isto, pelo menos, aproveita-se.

domingo, outubro 22

Ai, Liedson...


... sem mais comentários!

Curtas.

- Os jogadores do Boavista continuam a demonstrar que a vitória sobre o SLB não foi obra do acaso. Significativo.

- "Ouça lá, ele vai falar de quê? Da equipa maravilha que disse que tinha quando assumiu (a presidência do clube) e que desbaratou deixando sair o Miguel, o Manuel Fernandes e o Tiago? Acha que é disso que ele vai falar? Acha que vai falar do Benfica europeu que vai ao Celtic e leva 3-0, que empata em Copenhaga, perde em casa e faz um ponto em três jogos?"

Isto só era grave se tivesse sido dito pelo homem que desbaratou um plantel campeão europeu, encheu o clube de dívidas e que ainda no ano passado andou a fazer figuras tristes por essa Europa fora.

- Logo há "clássico" em Alvalade. Nem se ouviu falar do árbitro, o que é sempre bom sinal. Anderson não joga mesmo e Paulo Bento quer a liderança já hoje. Mais um teste para Jesualdo.

sábado, outubro 21

Confiança

Domingos diz que o Sporting é previsível. Tem alguma razão. Com equipas que optam por jogar fechadas, marcando os dois médios interiores do losango, o Sporting costuma passar por dificuldades. As segundas partes contra Paços e Bayern demonstram bem alguma falta de "qualquer coisa" para ultrapassar o obstáculo. Falta de imprevisibilidade, de aceleração, que só é conseguida através de rasgos individuais, normalmente por Nani mas também às vezes por Djaló ou Moutinho ou Liedson. O plano B tem sido por vezes a aposta em 3 avançados, entrando mais um para fazer companhia aos dois que já estavam em campo. Ainda não provou a sua eficácia. No entanto, à excepção do jogo com o Paços, as coisas na Liga têm corrido bem e contra as equipas mais poderosas os jogadores do Sporting têm realizado os jogos mais conseguidos pelo que a confiança na vitória é forte.

Para além disso, o Sporting vai jogar em casa perante 45 mil adeptos verde e brancos. Moutinho, Tonel e Polga estão em boa forma. E o Anderson não vai jogar.