sexta-feira, julho 17

Ser ou não ser totó

Venderam-nos insistentemente a ideia de que a chegada de José Eduardo Bettencourt à presidência do Sporting seria uma lufada de ar fresco no futebol português, por ser alguém diferente do dirigente desportivo típico. Afinal, além de salutarmente procurar aumentar o número de associados do seu clube e não esconder a imensa satisfação de cada vez que apresenta algumas dezenas, apenas se destaca por: cantar "quem não salta é lampião" após ganhar as eleições ou na apresentação de um jogador novo; ser consolado pelo líder da Juve Leo em pleno relvado do campo de Alcochete; proferir afirmações destas: "ser do Sporting é ser diferente, é a forma que temos de nos orgulhar, pois não fomos apanhados em escutas. Não somos totós, somos os maiores. Totós são aqueles que tentam fazer igual aos outros e são apanhados nas escutas".

Se veio para isto, seria preferível ter ficado na banca. Dá-me ideia de que ainda não percebeu, à semelhança de outros, o que significa ser presidente de um grande clube. Já deveriam ter-lhe explicado que não é apenas mais um associado.

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