sexta-feira, setembro 21

Razia

Um empate e seis derrotas. Quatro golos marcados e onze sofridos. É este o balanço da participação nacional na primeira ronda europeia. É certo que há atenuantes: defrontámos o campeão e o vice-campeão da Europa, o campeão inglês, o quase-campeão holandês e duas equipas alemãs, uma delas o colosso da Baviera. Aliás, frente a este, o Belenenses fez melhor resultado do que o Benfica nas diferentes deslocações a Munique. Mas não deixa de ser sintomático. Estes resultados não se repetirão, quase de certeza, dentro de 15 dias, mas não podem deixar-nos indiferentes. Os três grandes ainda podem seguir em frente, o Sp. Braga será, provavelmente, apurado e os outros ficarão previsivelmente pelo caminho. Ou seja, o normal. E, apesar de toda a satisfação que acompanhou a presença de sete representantes portugueses nas provas da UEFA, começam a vislumbrar-se os problemas desse elevado número: os pontos conquistados são a dividir por sete e algumas equipas porventura nem sequer pontuarão.
Esta fragilidade leva-me a outra questão: por que se esforçam tanto algumas equipas nacionais para se qualificarem para estas competições? Normalmente, não fazem mais do que uma eliminatória e acabam mesmo por ter prejuízo financeiro. Os três grandes, apesar de normalmente sucumbirem perante os maiores da Europa, têm arcaboiço para estas andanças. Quanto aos outros, se exceptuarmos alguns brilharetes isolados (a presença no Boavista na meia-final da Taça UEFA, a participação do Sp. Braga na mesma competição na época passada e uma ou outra participação condigna, num passado que começa a ser distante, do V. Guimarães), é de uma fragilidade que reflecte bem o (fraco) nível da nossa liga e a sua debilidade competitiva.

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