terça-feira, novembro 6

Foi-se

Confesso que tinha grandes esperanças para o jogo de hoje do Benfica. Tinha um feeling que hoje o Benfica não ia ganhar nos últimos minutos, que não isa sofrer tanto.
Os primeiros 20' pareciam querer confirmar as minhas expectativas. O Benfica controlou o jogo, teve uma boa dinâmica a equipa estava personalizada e chegou com muto perigo á baliza adversária. Mas por aqui se foi ficando. O Celtic começou a tomar conta das operações e o Benfica cada vez a encolher-se mais. O golo surgiu num lance furtuito numa altura em que, pese embora o ascendente do Cetic fosse já evidente, o empate ainda era o resultado mais justo.
Na segunda parte, e quando eu esperava uma forte reacção à Benfica, não sei o que sucedeu, mas das duas uma, ou eu tenho uma memória curta, ou foi das exibições mais tristes que assisti do Benfica nos últimos tempos. A meio da segunda parte dei por mim a rir de desespero quando via jogadores como o Luís Filipe ou o Binya a tocar na bola e esperar que os adversários os viessem desarmar. O Benfica não correu, o meio campo desapareceu, o Benfica não foi equipa, o espírito gurreiro à Camacho não existiu.
A derrota é mais que justa, e preocupante se pensarmos que esta é a segunda equipa mais fraca do grupo (o Benfica é neste momento a mais fraca das 4).
Ainda assim consigo destacar pela positiva a exibição do Quim e do inevitável Rodriguez (principalmente na 1ª parte). Cardozo teve 1 ou 2 bons apontamentos e concordo com o Carlos Manuel neste aspecto (e com toda a análise que ele fez ao jogo): nestes jogos as grandes equipas não podem desperdiçar oportunidades como as que o paraguaio teve hoje.
Pela negativa: Pereira, Binya (e deste já falo mais um pouco), Luis Filipe.
As substituições não truxeram nada de positivo à equipa.
O Binya conseguiu-me arrepiar hoje, e confesso que depois da primeira repetição da entrada "assassina", não consegui ver mais repetições. Fiquei impressionadíssimo com o lance. É um caso urgente. O clube tem que tomar medidas quanto a este tipo de situações, antes que outros o façam, ou que ele magoe verdadeiramente alguém. Achava-o demasiado duro, e que o técnico lhe devia refrear um pouco o ímpeto, mas hoje ultrapassou todos os limites. Não acabou com a carreira do adversário por muita sorte, felizmente. É pena porque se nota que existe qualidade, mas com esta vontade de bater nas pernas dos adversários não lhe auguro uma carreira muito auspiciosa.
A Champions já lá vai, e, sinceramente seria bom o Benfica sair já das competições europeias. Às vezes dar um passo atrás pode ser benéfico. Cimentar internamente, focar-se apenas na superliga e taça de portugal, definir posições dos jogadores, mandar embora quem está a mais. Acabar com as constantes mudanças na equipa, deixar de colocar centrais a médios e médios a centrais, (por muito bem que façam as posições), integrar os jovens jogadores, e depois sim, apostar em ir mais à frente na próxima época.

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