segunda-feira, fevereiro 23

Vantagem levezinha para Porto sem Lucho

E sem desacelerar se vence o Benfica.

O derby foi carregado de emoção mas teve um resultado que se esperava. A vitória do Sporting, fosse por que números fosse, sempre me pareceu mais realizável do que uma vitória do Benfica que agora vê, de novo, desmistificada a sua forma de jogar.

O jogo de Sábado, não terá a ver com o do Dragão, nem o uso aqui para vingançazinhas. Já assumi a parte da culpa do meu clube aqui e mantenho a opinião. E porque é que eu sabia que o Sporting ia ganhar? simplesmente, porque é uma equipa mais completa e que a jogar o seu melhor... é a melhor de Portugal. Pena para os sportinguistas que esse "melhor" não surja muitas vezes, mas isso é outra história.

Frente a um Benfica que defende bem (porque defende com muitos) é necessário ter bola e assumir o jogo, e isso o Sporting faz como nenhum grande, ainda, o faz. Circula-a, cria espaços, e controla o jogo com ela, ou pelo menos tem essa intenção. Já o Benfica, tem a sua maior arma nas bolas paradas e no contra-ataque, daí a necessidade de não desacelerar frente aos encarnados.

A inspiração atacante também é essencial e quem tem Liedson, tem tudo. Esperava mais de Vukcevic é certo, mas o sérvio andou sempre por terrenos pouco decisivos, longe de onde rende mais, a posição de segundo avançado.

Se olharmos a prestação do Benfica no derby, salta-nos à vista o lance do penalty. Jogada de transição fixada em Suazo, ajudada por um Polga que facilitou. Com bola, mais, só aos 90 minutos, no golo de Cardozo. Pouquinho, para um candidato ao título. Mesmo quando o Sporting desacelerou o Benfica só evidenciou mais as suas carências com jogadas sem norte, a ausência de um fio-de-jogo atacante é evidente também na fúria espanhola de Quique, após o brilhante golo do levezinho.

Da arbitragem nada a dizer, é já o costume. Erros, erros e mais erros, desta vez sem influência no resultado porque quem jogou mais, ganhou.

Em Paços de Ferreira, esperava um jogo difícil e assim o foi, ainda assim há coisas que surpreendem.

A ausência de Lucho do onze inicial compreendo, o que não compreendo é que a equipa jogue melhor sem ele. Foi assim em Instambul, foi assim em Paços de Ferreira.

De enaltecer a primeira vez que vejo intenção do Porto circular a bola no meio-campo do adversário com viragem de flancos num jogo de posse de bola que é essencial para as equipas que se querem campeãs. Porto não pode ser só a equipa das afamadas transições defesa-ataque pois não joga só na Champions, terá que ser, também, uma equipa preparada para receber autocarros em casa e ter ideias para os contornar.

O Paços lutou, muito tentou de fora da área, mas o futebol é feito de golos. O Porto marca dois, e poderia ter feito mais, caso o árbitro tivesse apontado para a marca de penalty mais duas vezes (Hulk, Cissohko). Quem adorou, foram os comentadores da RTP que simplesmente me enojaram, como é possível tamanha incompetência? Ele é "corpo a corpo", ele é lances "que eu se fosse árbitro não apitava"... enfim tamanhas barbaridades com direito a "palas de ouro".

Esta semana há Champions e os espanhois não sabem bem com o que contam. Por um lado vêem um adversário poderoso, mas por outro o orgulho impede-os de não se considerarem favoritos. O exemplo perfeito aqui.

Eu cá confio que vamos passar, assim como confio que o Sporting vai ganhar em Alvalade. Encontramo-nos nos Quartos.

Sem comentários: