Resposta cabal, dada em campo, aos arautos da desgraça. Sem saberem o que é sentir, sem se lembrarem do que é ser, atacaram subestimando. Usaram, e usarão, todo o tipo de artimanhas demagógicas para, pelo menos sonharem, que o campeão, e melhor equipa portuguesa de há largos anos, está enfraquecido e sem defesa. No meio da resposta, esteve um Sporting Clube de Portugal que não merece ser humilhado por estar uns degraus abaixo da verdadeira Força.
Pensava eu que o significado de crise, para um clube com pergaminhos em Portugal e que todas as pré-épocas fala em ser campeão - definição que assenta aos três grandes, era ter, somente, a oportunidade de ganhar dois campeonatos, numa longa década. Isso seria motivo para crise. Mas afinal, vejo que, com as mesmas técnicas que se usam para branquear supostos males em todas as pré-épocas com novos "salvadores", crise, é, nada mais nada menos, do que não convocar o capitão para um jogo importante, ter jogadores envolvidos num processo (bem) escuro, divergências e consequente demissão de um administrador da SAD e ter um presidente absolvido pela justiça em todos os casos em que foi julgado. Pensava eu que crise tinha (em futebol) algo a ver com falta (gritante) de vitórias.
Tudo foi feito para montar cenários de crise no Dragão. À boa maneira dos bruxos e cartomantes que todas as pré-épocas dizem que o campeão, desta vez (ufa), vai ser o Benfica, aqueles que a cada mau-resultado (ou mau momento em jogo) dizem que o treinador é um "bebe-águas" e que "não sabe ganhar estes jogos", ao mesmo tempo que ao mínimo deslize dizem que "o losango tá gasto", acreditaram, desta vez, em mais um glorioso conto de fadas. Desta vez é que é: o Papa está morto, sem o Gomes e o Kléber, que vai ele ser? como vai o Porto fazer?
A resposta foi dada, mais uma vez (e quantas mais quiserem) ontem e dentro de campo. Porto mais que magnifico, aquele que ontem devorou a equipa adversária. Onde vai este clube buscar forças para, ano após ano, superar todas as condições adversas, normais e anormais, com que se depara? Não subestimem, pois no meu clube e, quase todos os anos (não só dois, ou mesmo um, por década) uma vassoura pode dar um melhor jogador que um super-craque galáctico.
Mas eu gosto disto, a sério que gosto. É que quando toda a massa crítica fala que o efeito Benfica congela os adversários de medo, ninguém se lembrou de procurar nesta última década um semelhante efeito Porto. Deixem lá, já estou habituado e da mesma forma que deve estar o Domingos, pois afinal o trabalho da sua linha defensiva é de Jesus, mas o trabalho de linha defensiva de Jesus nunca será o de Quique. Claro que não, sacrilégio! o espanhol até era (é) fraquinho e o Benfica não teve culpa disso.
Contudo, dou Graças a que no meio do "corredor do picanço" a que foram sujeitos os jogadores do Porto, tenham sido os mais fracos psicologicamente a ceder. Foi bom para a equipa. É que num momento em que se está atrás do(s) líder(es) com seis pontos de diferença, não fazem falta cabeças de serradura que não se saibam controlar em situações de stress. Esses caíram na esparrela e (ainda bem) não vão fazer parte da caminhada para o penta.
Não se preocupem, há lá quem saiba jogar. As Graças que eu dou, que a Varela não lhe tenha apetecido (do nada) a partir as trombas a algum,dos muitos, "macacos" que lá estavam. Mariano e Fárias passaram e não ligaram e isso é que é preciso. Calma e sangue frio pois há "mais dias que chouriças".
E no meio deste contexto, que para um clube que alimentar-se do mal que lhe tentam criar é como comer corn flakes ao pequeno almoço, surge mais um jogo em que é precisa uma resposta cabal. Com as peças no seu devido lugar e com um ressacar de jogar bem, e convencer, imenso, o Porto atropelou o seu adversário. Foi o Sporting, mas ontem seria qualquer um. O que interessa retirar desse jogo é isso mesmo: foi o Sporting mas podia ser qualquer um pois quando é preciso ganhar, quando pensam que estamos na lama por um ou dois pormenorzecos, o Porto levanta-se e é por isso que nenhum portista toma partido das previsões zandigueiras de derrocada e senilidade.
O que eu me vou rir, quando na mesma situação, alguém começar a sentir o pulso à pressão. Ter de ganhar não é o mesmo de ir ganhando e no futebol faz toda a diferença ganhar. Essa é a "chapada" que o Porto continua a dar por mais que enfatizem penaltys da Choupana e branqueiem outros. Por mais que o "manto da verdade" esteja de facto sujo com as mesmas jogadas de bastidores que tanto se criticaram num fenómeno que começou no Uganda. Por mais que tanta conjectura e conspiração seja deitada pela báscula só para o mesmo lado, o importante será continuar a dar a mesma resposta. Sim, a mesma de ontem.