A primeira fase da Liga dos Campeões decorreu da forma mais previsível possível, com o apuramento de todas as equipas que no sorteio compunham os potes 1 e 2. A maioria dos que compunham o pote 1 ficou mesmo em 1.º lugar. Para a Taça UEFA passaram quase todos os componentes do pote 3: Sporting e Olympiakos foram as excepções, por troca com Spartak Moscovo e Shaktar Donetsk. É evidente que nós, adeptos de clubes do pote 3, gostaríamos que tivesse sido diferente, mas infelizmente as nossas equipas não foram capazes de mais.
A participação do FC Porto parece-me justificar elogios e não será líquido que a equipa portista se fique pelos oitavos-de-final. Estará dependente do sorteio e já sabe que jogará a segunda mão no terreno do adversário, mas a equipa exibe uma personalidade considerável.
O Benfica foi vítima de uma primeira volta muito fraca, em que apenas fez um ponto, e do facto de estar num grupo em que o factor 'casa' foi determinante: dos 12 jogos, 10 tiveram vitórias caseiras, ficando apurado quem ganhou os três jogos no seu campo. Só assim se explica que o Celtic, tão frágil no exterior, estivesse apurado a uma jornada do fim. Apesar de ontem ter mostrado ser inferior ao Manchester, caso tivesse percorrido toda a competição com o mesmo apuro de forma que hoje exibe, acredito que o Benfica teria sido a excepção à ditadura dos mais fortes. Na Taça UEFA, julgo que pode ir longe.
Por último, o Sporting. Com um início prometedor, fez sonhar os seus adeptos. Afinal, a queda acabou por ser grande. O 'plantel' parece-me curto e, "sem" Liedson, não pode esperar-se que Moutinho e Nani tudo resolvam. Sobretudo nos jogos em que a defesa cede e a equipa sofre golos. Embora psicologicamente seja marcante, a eliminação talvez acabe por ser uma bênção, face a um lote de jogadores que, reafirmo, se afigura limitado. Se, até final do ano, não perder pontos nos dois jogos da Liga e, para a Taça, eliminar o União da Madeira, há que continuar a contar com o Sporting.
PS - Não pensem que não estou desapontado com a eliminação do Benfica. Só que era uma ideia a que me fui habituando à medida que a prova se desenrolou, sobretudo face ao magro ponto depois dos três primeiros jogos, e que se acentuou quando o Saha falhou o 'penalty' em Glasgow. Ontem, o pontapé do Nélson deu-me as últimas esperanças, mas foi curto.
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