Um mês depois...

Um mês de férias, sempre a acompanhar estas coisas do pontapé na bola, e a constatação de que algo mudou no meu clube:

- o presidente deu um rebuçado aos adeptos: correu com o treinador que (ainda) servia depois de uma época de insucessos porque um tipo de tranças acertou um pontapé depois de um ressalto feliz. Chegou o Desejado. Também prefiro o Camacho ao Fernando Santos, mas isto só demonstrou uma enorme falta de estratégia;

- depois de ver a "melhor equipa dos últimos 10 anos" diante do Copenhaga, do Leixões e do Guimarães, interroguei-me se não seria a pior desde 2000/2001. Os últimos dois jogos animaram-me um pouco, mas, 14 reforços depois, ainda não sei o que vale esta equipa.

Por outras bandas, infelizmente, tudo parece na mesma:

- no Porto, o Quaresma permanece :) e os fins continuam a justificar os meios, como se viu com a inflexibilidade na alteração da data do jogo de Leiria. Felizmente, o 'post' do Gonçalo e a crónica de hoje n'A Bola do MST demonstram que nem todos os adeptos portistas apoiam estas estratégias rasteiras;

- para os lados de Alvalade, a choraminguice habitual sempre que a derrota tem a ousadia de aparecer. Quer queiram, quer não, o maior culpado do desaire no Dragão foi o guarda-redes. Apesar de estar interessadíssimo em que o jogo acabasse empatado e de ser pública a minha pouca simpatia com o clube que venceu o jogo, eu teria marcado falta, ainda que aceite que haja quem pense o contrário. Não podem é comparar esse lance com o do Sporting-Belenenses. Aliás, as declarações do Paulo Bento no fim deste jogo mais não foram do que a tentativa de disfarçar a incómoda sensatez que demonstrou uma semana antes;

- na classificação da Liga, o filme de sempre: um FC Porto que não convence já lidera porque o Sporting foi algo amedrontado ao Dragão e porque o Benfica entende que tem sempre de dar avanço aos adversários.


PS - Paradoxo: o Benfica acaba de viver uma das melhores semanas da sua história, com dois campeões do mundo. E até o futebol nos deixou com um sorriso nos lábios, graças ao apuramento para a Liga dos Campeões e ao claro triunfo na Madeira.