O tema de ontem do Prós e Contras, era o "Apito Final", e, não fosse este um caso tão sério, teria dado para rir.
O painel era composto por Valentim Loureiro e António Sérgio (presidente da APAF) de um lado, e António Dias da Cunha e Cunha Leal, do outro.
António Dias da Cunha, mais uma vez apontou o dedo ao sistema, e sem papas na língua voltou a dizer os nomes desses rostos, coisa que muitos continuam com dificuldades em fazer. Teve ainda duas intervenções preciosas, acusando o Estado de saber como tudo funcionava e nada fazer, contrariando o Secretário de Estado do Desporto ao dizer-lhe de que forma é que o Governo/Estado teria que ter intervido, e depois ao chamar de mentiroso com todas as letras o presidente do Sindicato dos Jogadores a respeito de vários assuntos.
Cunha Leal, ter lá estado e não foi a mesma coisa. O jornalista Marinho Neves ainda o provocou, mas ele fugiu com o rabo à seringa.
António Sérgio foi outro que falou e não disse nada, ou melhor, repetiu-se. Chegou ao ponto de Valentim Loureiro, no meio de uma discussão, lhe dizer que ele não sabia falar, levando a que Dias da Cunha aproveitasse o facto para demonstrar à plateia o que é o "sistema".
Ao Major o que interessava era justificar que a coacção só existe quando há resultado, isto para justificar que adecisão de fazer baixar de divisão o Boavista não é fundada.
O primeiro a apontar baterias foi Marinho Neves, provocando a primeira irritação ao Major.
Mas o momento alto da noite seria protagonizado por Dias Ferreira, que parece estar a perder o "medo" de meter a boca no trombone. Pena se tenha ficado por ali. Além de acusar o major de visitar as cabines dos árbitros depois dos jogos, colocou a questão do "Apito Final" de forma simples e sucinta: mais do que dirimir argumentos jurídicos, o que interessa ao povo é saber que o Augusto Duarte esteve na casa do Pinto da Costa nas vésperas de ir apitar um jogo do Porto. E isso é éticamente incorrecto. Seria, como ele disse, o mesmo que um Juiz ir a casa de um advogado na véspera de julgar um caso no qual esse advogado era interveniente. Condenável, de tal forma que até o Velentim e o Guilherme Aguiar concordaram. A questão foi posta de forma tão simples e eficaz que os desarmou. Brilhante! Já o tinha feito n'O Dia Seguinte, e voltou a fazê-lo na RTP.
Deu-se ainda uma troca de acusações entre o causídico e o Major, com lagosta à mistura, não se tendo percebido muito bem. Pena é que o Dr. Dias Ferreira não tivesse contado mais algumas coisas.
Desenterrou ainda o caso Francisco Silva e fez um desafio, mas a discussão não passou dali. Pena, mais uma vez...
A gargalhada da noite veio da plateia quando o Major disse que nunca tinha tido conhecimento de alguém tentar comprar um árbitro com dinheiro.
Destaque ainda para Guilherme Aguiar, qua além de justificar juridicamente a injustiça das decisões (segundo a sua óptica), deixou a imagem que o futebol é a conjugação de vários interesses, contando um episódio passado com a selecção nacional no apuramento para o Europeu de França, quando, ao que parece, de forma premeditada foi assinalsdo um penalti a favor de Portugal, a fim de evitar que a ex-URSS fosse a esse Euro, devido ao enorme contingente emigrante português naquele país e ao impacto financeiro a que isso levaria. Deixou no ar que esses interesses podem interferir em resultados desportivos. Verdadeiramente preocupante! Assim sendo isto é tudo uma completa fantochada!
Uma palavra mais para Dias da Cunha que, bem , referiu que no actual "status" quem está no poder influencia os resultados desportivos, não se coibindo de "acusar" o Sporting também o ter feito em determinado momento da História. Se todos fossem assim...
A quem viu o programa: sabem-me dizer oq ue é que o Prof. Miguel Beleza foi lá fazer, e o que é que ele disse na sua intervenção? Sinceramente, não percebi...
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