Faltava um dia para o jogo e o jornal "O Jogo" anunciava João Paulo no onze titular do Porto que iria defrontar o Sporting na final da taça. Fiquei preocupado mas pensei que os jornais também erram e esta poderia ser uma previsão sem cabimento.
Faltavam minutos para o inicio da partida e os meus maiores medos foram confirmados. João Paulo era titular e isso para mim confirmava mudança de mentalidade, rotinas de jogo e acima de tudo modelo táctico.
Quero tudo menos desculpar-me pela derrota com a entrada de um jogador, mas esta entrada que, infelizmente, já vem sendo um hábito (irritante) do professor e que transparece a sua faceta mais cagona ( e desculpem-me pela palavra, mas é a mais acertada). Foi assim em quase todos os jogos grandes ou a eliminar e não admira por isso que não tenhamos ganho nenhuma competição desse tipo com Jesualdo ao leme.
Perdemos e perdemos bem. A equipa entrou com menos vontade que o Sporting, que foi baralhando a defesa do Porto e não fossem duas ou três intervenções decisivas de Nuno e o resultado poderia ser logo feito no começo da partida. Bem, poderão dizer "mas o Nuno tá lá é para isso", é verdade, mas quer dizer que, tirando ele, a equipa defendia mal. Depois essas incidências todas o Porto conseguiu equilibrar a partida e ainda dispôs de uma (tão pouco, meu Deus) oportunidade para desfeitiar Patricio. E disse equilibrar porque o Sporting depois do período inicial (muito) mais forte também só dispôs também de mais uma.
Na 2ª parte o Porto entrou melhor (pudera) e notava-se a tendência para começarmos a praticar um futebol parecido ao que os Tri-campeões nos habituaram esta época, até J. Paulo, em mais uma mostra da sua classe, resolver entrar no jogo. Entrada duríssima sobre Moutinho a merecer claramente o cartão vermelho.
Porto com 10, e com outra alma. Jogava atrás da linha da bola e com os olhos no contra-ataque, travando muito bem o jogo do Sporting que não mostrava soluções para ultrapassar o bloco portista.
No prolongamento mais do mesmo. Sporting a assumir mais o jogo e a jogar no meio campo do Porto. Quem marcasse ganharia e a "sorte" acabou por sorrir ao Sporting que com tudo somado foi a equipa que fez (claramente) mais para ganhar o jogo. Tiui marca e a minha azia é indisfarçável! sabia que o Sporting tinha feito mais para ganhar o jogo mas também sei que isso não será condição imperativa para se ganhar um jogo e por isso quando vi o lance entre Lisandro e Polga não me contive...
Sei que não perdemos por causa disso, mas também sei que podiamos ter ganho e naquela altura senti-o mais que nunca. Ao prof. Jesualdo fica, mais uma vez, o recado de quem quer ganhar jogos decisivos não dá partes de avanço aos adversários, porque por muito respeito que tenho pelo Sporting (que demostrou mais uma vez ser uma grande equipa com um problema de regularidade) o Porto tem obrigação de fazer mais do que fez na relva do Jamor.
Parabéns aos vencedores que acabam em grande e que sem dúvida mereceram ganhar, acreditando sempre mais que o Porto na vitória. Parabéns Sporting!
P.S. Tinha dito no meu post anterior, que o Porto em 10 jogos daqueles ganhava 9, referindo-me ao jogo de Alvalade. Obviamente, o jogo do Jamor não foi um jogo daqueles e, para que não fiquem mais dúvidas, parabéns Sporting e que para o ano tornem a Liga mais competitiva que só é bom para todos.
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