A derrota veio caminhando lentamente, quase a passo. O Porto perdeu uma excelente oportunidade para mostrar o método que se espera que o guie ao penta. Tarda em aparecer um Porto que convença. E não está para breve, visto que se fica satisfeito com fogachos e "vitórias" sem razão alguma para serem morais.
Podem alegar tudo. Tudo e mais alguma coisa. Que Drogba elogiou Meireles, que Ancelotti disse que o Porto está ao nível das melhores equipas inglesas, que Hulk é fantástico e blá, blá, blá, mas não me convencem. O Chelsea veio ao Porto conquistar a segunda vitória inglesa no Dragão, brincando lentamente com alguns dragões que mostraram alma e querer mas que, definitivamente, não sabem como o fazer.
Jesualdo adicionou um jogador ao onze. Antes, em outras partidas, havíamos "jogado" com dez. Já se esperava, Belluschi adicionou criatividade e rasgo individual ao futebol demasiado estático e previsível do Porto Ferreira, mas o pequeno argentino não é capaz de tudo. A bola à barra foi o melhor que teve para oferecer. O pior foram os demasiados passes errados e o desaparecimento constante do jogo. Ainda não há no Porto as conexões que fazem uma equipa campeã. Para quando a conexão Belluschi/Falcao? Só jogando, só jogando...
Ainda sobre o assunto das conexões, há um lance que me deixa à beira de um ataque de nervos. Os centrais do Chelsea trocam a bola a seu bel-prazer (como toda a equipa durante todo o jogo) e Falcao sobe na pressão. Sacode as asas, pressiona Terry e qual não é o seu espanto quando olha para o lado e vê que ninguém pressionou Zhirkov? Constrangedora esta imagem. Que espera o Porto quando recua, recua, recua até à sua área para só depois ganhar a bola (isso faz bem, controlando bem o ultimo terço) tão longe das zonas de perigo? Estará Jesualdo a fermentar uma táctica parecida à de Muhammad Ali, quando se encostou às cordas levando pancada até cansar o adversário?
O Chelsea é a segunda melhor equipa da Europa. E para esse nível o resultado até agrada a alguns. Mas com o cenário de qualificação já atribuido às duas equipas, esperava-se mais de um Porto que não sabe pressionar e que se encolhe. O Porto de Fernandez que ganhou ao Chelsea por 2-1 dava "quinje a zero" a este Porto com medo do bicho papão. Vieram gozar connosco, jogando a passo e fazendo-nos cheirar a bola e no final fala-se em vitórias morais. Tenham dó!
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