sábado, abril 1

Isto está bonito, está.

SLB e SCP vão ser penalizados em 8 e 14 pontos, respectivamente, no campeonato. A razão é simples e não dá espaço para grandes divagações: inscrição ilegal de um jogador.

As incrições em causa são as de Manduca (SLB) e Abel (SCP).

sexta-feira, março 31

Antevisão - Jornada 29.

As opções de Koeman, como as de qualquer outro treinador, são sempre discutíveis. No jogo com o Barcelona, o holandês fez alinhar um "onze" defensivo e, na minha opinião, pouco mais podia ter feito. Deixando de lado as óbvias reservas que uma equipa com o potencial e classe do Barcelona merece, outras causas "impediram" Koeman de ter outra abordagem ao jogo.

"(...) O jogo que os encarnados conseguem mostrar nos segundos 45 minutos, só é possível depois da “muralha do forte e feio” fazer o seu trabalho."

Mialgia de Esforço, Castigo Máximo

Para Belém, o técnico "encarnado" terá Manduca para o lugar do inerte Robert. De resto, Ricardo Rocha deverá manter-se na lateral direita já que Alcides e Nélson não estão em condições. Serão de novo "os três centrais", facto que, por si só, não signifca absolutamente nada. O SCP foi ao "Dragão" jogar com 4 defesas centrais e até empatou. Léo fica na esquerda e fica bem.

No meio campo, Petit e Beto serão os trincos de serviço (
Manuel Fernandes cumpre jogo de castigo), com Simão à esquerda (espero) e Manduca à direita. Mais na frente, Karagounis, Miccoli e Geovanni vão ocupar os dois restantes lugares. Nuno Gomes deve ficar de fora, por lesão.

A vitória no Restelo é extremamente complicada por tradição. O desgaste do jogo com o Barça vai fazer sentir-se e, claro está, os "azuis" sabem disso. Por isso mesmo, o SLB tem de entrar forte e decidido, para chegar ao intervalo em vantagem. Caso contrário, o Braga está já ali.

O SCP vai a Guimarães, defrontar uma equipa aflita e sem grandes argumentos (os pontos não mentem). Contudo, o plantel de Pontes tem qualidade e pode surpreender (a vitória vimaranense será sempre uma surpresa). O SCP está num excelente momento, com uma solidez defensiva evidente e com um Moutinho "à antiga". Depois é juntar o bravo Liedson e o imprevisível - e muitas vezes fundamental - Nani e o teórico vencedor está encontrado.

Espera-se um ambiente fervoroso nas bancadas e uma boa arbitragem. É um jogo muito importante para o SCP - e para o Vitória também - que, em caso de derrota, muito dificilmente chegará ao título.

O FCP recebe o Gil Vicente e não deverá ter grandes dificuldades para vencer. Uma eventual escorregadela do SCP, deixará os portistas moralizados para derrotarem os "galos". Outro resultado será impensável.

quinta-feira, março 30

Diferenças

Depois de Guti, foi agora a vez de Casillas insinuar que disfruta com as derrotas do Barcelona. Mais dois adeptos do Benfica para a semana. Cá em Portugal cairia o Carmo e a Trindade, ou então, no mínimo, o jogador desmentiria que o tivesse afirmado.

Entretanto uma boa notícia. Nuno Valente está com o Mundial em risco. Insensibilidade, eu sei.

Mas o que é isto!?


Levski - Schalke 04
Rapid B.- Steaua
Basilea-
Middlesbrough
Sevilla - Zenit


Poderia ser muito bem uma eliminatória da Intertoto, ou ainda um desses jogos amigáveis de um qualquer torneio de segunda, mais típico de uma pré-temporada. Mas não!!!
São mesmo os quartos de final da Taça Uefa.
Com este lote de equipas, apenas reconheço qualidade a um Sevilla ou Schalke 04. O resto...o resto é muito mau!!! E assim cada vez mais me convenço que é nesta competição que as equipas portuguesas deveriam brilhar. Na Champions, apesar de ultimamente até ter havido campeões surpresas e onde as equipas portuguesas até tem feito boa figura, acho que a tendência é para que as coisas se normalizem e fiquem cada vez mais resumidas aos clubes potência de Espanha, Itália ou Inglaterra.

Na Uefa, uma competição cada vez mais vista como uma segunda divisão europeia, considero que deveríamos ser mais ambiciosos. Clubes como o Braga, Guimarães, Boavista, por exemplo, se querem realmente dar aquele salto que os faça aproximar do nível dos tres grandes, têm também de se afirmar na Europa. E mesmo os três grandes, se têm a má sorte de ir lá parar, deveriam também assumir a ambição da conquista deste torneio. Não sei muito bem o historial desta competição, mas de certeza que com apenas uma taça conquistada pelo Porto, deveremos ser dos países com pior historial em Taças Uefas.

Por outro lado, também com a redução do número de jogos para o próximo campeonato, a desculpa da rotação do plantel começa já a não servir. Apartir de agora, temos a obrigação de fazer muito melhor!!!

quarta-feira, março 29

Simão Sabrosa

Agora que está concluída a primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões - cuja análise se pode ler nos posts anteriores - vou dedicar-me a um exercício que me parece interessante. O "timing" da opção está relacionado com o encontro ontem disputado mas, sobretudo, com a vontade de iniciar o "esforço" antes das fundamentais decisões do Campeonato que, facilmente, poderiam influenciar as análises de toda uma época.

Proponho-me a destacar alguns elementos cujo desempenho tem sido fundamental para as equipas que representam, valorizando circunstâncias particulares acima do interesse óbvio ou mediático que o estatuto de alguns garante, mesmo se a minha opção de abertura pode parecer demasiado fácil ou evidente.

Escolho, para arrancar com esta série, um atleta do Benfica que, embora seja, à partida, a opção mais evidente, surge neste lote pelo invulgar contexto que envolve a apreciação do seu rendimento na presente temporada.

Confesso, desde já, que não sou um particular apreciador da personalidade de Simão Sabrosa, com quem mantive contacto profissional durante o período dedicado ao acompanhamento do Benfica. Estou, por isso, inteiramente à vontade para manifestar a minha opinião.

Independentemente dos defeitos que lhe possam ser atribuídos, é indiscutível que, desde a sua chegada à Luz, teve uma influência impar em todos os sucessos da equipa encarnada, assumindo-se como principal fonte de desequilíbrios de uma formação – numa fase inicial - francamente limitada, sem fugir às responsabilidades quando esta se transformou numa legítima candidata à discussão dos principais troféus.

Sem ter no drible uma arma fundamental – tal como sucede com João Vieira Pinto, por exemplo -, Simão faz das mudanças de velocidade e direcção uma arma letal apontada à baliza adversária mas, sobretudo, assenta o seu estatuto num espírito competitivo que lhe permitiu evoluir, mesmo quando já não possui a superioridade física manifestada no período de afirmação internacional. É isso que o distingue dos demais.

O Simão que hoje lidera o Benfica fá-lo sem dispor da “sexta velocidade” que, em 2001-02, lhe permitia uma supremacia absoluta sobre os marcadores directos, pois soube – algo que está ao alcance de poucos – superar as limitações impostas pelo desgaste e pelas lesões, apurando outras características determinantes.

Pode até ser que chame a si um protagonismo excessivo, mas é certo que ninguém como ele garante, repetidamente, os resultados que se exigem ao actor principal de um argumento complexo.

Com uma carreira internacional prejudicada por uma infeliz aventura no Barcelona, onde só a teimosia – a roçar o autismo - de Van Gaal o impediu de triunfar – numa equipa órfã de extremo esquerdo, estava limitado a um pequeno rectângulo no flanco direito, quando qualquer observador medíocre sabe que é na ala oposta que se destaca, tal como Overmars, outro dextro de características equivalentes que o holandês tinha obrigação de conhecer -, Simão Sabrosa enfrentou na Luz o estigma que qualquer atleta oriundo do emblema rival carrega e, porém, cedo se tornou no principal símbolo da renovação encarnada.

Foi, na presente temporada, sobejamente criticado pelo rendimento evidenciado, contudo, que ninguém tenha dúvidas: o Benfica pode ganhar quatro jogos sem ele, mas a sua ausência marca a diferença entre um conjunto quase banal e um adversário temível.

Hoje, como ontem, é uma referência incontornável da competição nacional e seria, no mínimo, desonesto que não fosse reconhecida a sua contribuição decisiva para alguns dos mais importantes momentos do futebol português.

Terão existido momentos mais fáceis para o elogio, mas não posso deixar de manifestar a minha admiração por quem, sem deixar de focar o interesse em si próprio, o adaptou à ambição de vencer.

Não se esqueçam disso os benfiquistas, que tanto lhe devem.

JEAN-PAUL LARES

SLB continua a sonhar na Liga dos Campeões.

SLB e Barcelona empataram a zero, no estádio da Luz, deixando tudo em aberto para o jogo da segunda mão. As duas equipas rubricaram excelentes exibições, com natural superioridade para os de Barcelona.

O Barcelona entrou melhor no jogo e, no lado benfiquista, os nervos eram mais do que muitos, limitando as acções ofensivas que esbarravam, quase sempre, na adiantada defensiva "blaugrana". Foram 25 minutos de algum sufoco na baliza de Moretto que, à sua frente, tinha uma defesa pouco decidida e algo nervosa. O Barcelona criou várias oportunidades flagrantes e o SLB, apenas em remates de longe, levou algum perigo à baliza de Valdez.

A partir da meia hora o jogo ficou mais equilibrado e o intervalo chegou com um resultado algo injusto para Deco e companhia.

A segunda parte trouxe um SLB mais motivado, mais esclarecido e bem mais perigoso. Arriscou-se mais na defesa e isso, por várias vezes, podia ter dado vantagem ao Barça que, com um futebol de processos simples e com uma qualidade de passe imparável, nunca se deixou encostar pelos comandados de Koeman.

Contudo, nos últimos 15 minutos, o Barça recuou um pouco e os benfiquistas acreditaram ser possível marcar um golo. Oportunidades não faltaram. Foram poucas mas boas e, nesta fase, os erros são fatais.

O SLB empatou com aquela que é considerada por muitos como a melhor equipa do Mundo. Os jogadores tiveram uma entrega total, suaram a camisola e, no fundo, deixaram-nos a sonhar durante 15 dias. A diferença de qualidade foi notória, entre as duas equipas, quer táctica, quer tecnicamente.

Este Barça é tudo menos uma equipa "acessível" a este SLB, ao contrário do que alguns querem fazer crer. A sorte tivemo-la, faltou o resto.

Em destaque:
Moretto - Excelentes defesas, simplesmente fantásticas. Apesar de duas fífias comprometedoras.
Léo - Na antecipação, como ninguém.
Rocha - Excelente marcação a Ronaldinho. Pedir mais era difícil.
Fernandes - Uma excelente exibição. Força, garra, qualidade de passe e remates.
Simão - Sempre muito marcado, deu imenso trabalho à defesa espanhola. Ganhou algumas faltas e não ganhou outras porque o árbitro não quis.
Miccoli - Mexeu no ataque e esteve nas melhores jogadas.

O árbitro não esteve bem. Acabou a primeira parte de forma arrogante, não assinalou uma falta clara sobre Simão, à entrada da área, e não viu um pénalti de Motta. Não viu ainda uma pisadela de Petit, e várias entradas por trás, para ambas as equipas. O fiscal estava com pressa e assinalou um fora de jogo absurdo a Miccoli.

Concluindo, o SLB foi bafejado pela sorte e não conseguiu marcar nas excelentes oportunidades de que dispôs. O Barcelona joga futebol de qualidade e demonstrou na Luz toda a classe e força de um colectivo, servido por artistas de primeira.

Parabéns aos jogadores "encarnados" que se esforçaram e lutaram por um resultado melhor.

terça-feira, março 28

É hoje.

O SLB defronta, no estádio da Luz, aquela que é considerada a melhor equipa europeia da actualidade. O Barcelona, com Deco, Eto'o, Messi e, claro, Ronaldinho Gaúcho, vem a Lisboa para ganhar e nem mesmo algumas ausências no sector defensivo podem servir como desculpa para um eventual desaire.

O SLB não tem nada a perder. Ou melhor, se não perder por números humilhantes, nenhum outro resultado poderá envergonhar os benfiquistas. A diferença de valores das duas equipas é clara e a pressão está do lado "blaugrana".

Não há como esconder. Os jogadores e técnicos "encarnados" querem jogar este jogo, querem ir longe na Liga dos Campeões (LC). O campeonato é uma miragem, só ao alcance de um milagre e, na LC, passar às meias-finais é quase como ser campeão. Para mais, se o Barça ficar pelo caminho, esse facto será realçado pelo mundo do futebol e desculpará os desaires internos. Mas ainda é cedo para falar em eliminações.

Será mais uma casa-cheia (receita de 2,5 milhões de Euros), uma noite para viver como as antigas noites europeias às quartas-feiras. Que vença o melhor e que o melhor seja o Glorioso.

A esta hora, o meu prognóstico é razoavelmente optimista: 3-0 para o SLB.

domingo, março 26

Já mexe...

VS



Terça-feira é dia de jogo grande na Luz. O Benfica recebe o Barcelona de Ronaldinho, Deco, Eto’o e muitos outros.
O Barça é uma equipa muito forte, das mais fortes a nível europeu, contudo não é imbatível.
O Barcelona é uma equipa que gosta de jogar com a bola no pé, que faz da posse de bola de uma das suas grandes armas – é a teoria do “se a bola é nossa, o adversário não pode jogar”. Tem jogadores com enorme talento que fazem com que seja extremamente difícil roubar a bola, e falo de Deco, Ronaldinho, Messi, Eto’o. São jogadores de enorme mobilidade, dotados de técnica e visão de jogo fora do normal, que além de jogarem com a bola, quando não a têm fazem enorme pressão sobre a defesa adversária, logo à saída da grande área. Aliando tudo isto aos cuidados de tentar controlar os movimentos destes jogadores, torna-se muito difícil a quem defronta os blaugrana impor o seu tipo de futebol.
Apesar de todas as qualidades já enumeradas, o Barcelona é uma equipa que concede espaços, e se o adversário os souber aproveitar e não tiver receio de arriscar, poderá fazer “mossa”.
É provável que Messi não jogue na Luz, mas esta ausência não faz o Barça mais fraco no ataque, até porque Giuly faz bem o papel do jovem prodígio argentino.
É pois uma tarefa difícil, muito difícil para o Benfica.
Mas estará o Benfica derrotado à partida? Não, claro que não. O Barcelona é uma equipa muito forte a partir do meio campo, mas tem uma defesa que não está de longe nem de perto à altura dos restantes sectores. Se for aliado este factor às ausências de Marquez, Puyol, Edmilson e Sylvinho (todos eles defesas), conclui-se que Rijkaard vai ter que “inventar” no sector mais recuado. A defesa, quando exposta a situações de pressão, demonstra enormes fragilidades, a começar no mediano guarda-redes Valdez. Depois, Puyol e Marquez tentam disfarçar as enormes dificuldades que têm nas marcações, e principalmente no um-para-um, com especial ênfase para o espanhol que recorre repetidamente à falta para travar os adversários. Salvam-se as laterais, com jogadores bastante ofensivos (Belletti, e Giovanni Van Bronckhorst), podendo também o Benfica tirar partido do adiantamento destes jogadores no terreno.
O Benfica tem uma defesa muito forte, embora a ausência de Alcides seja baixa de vulto, já que vinha rubricando boas exibições, e é um jogador que dá muito mais consistência defensiva à equipa do que Nelson (com problemas físicos), este último mais “talhado” para jogos em que a equipa está “sobre” o adversário. Léo está em grande forma e as “torres” dão uma segurança à equipa que já não se via nas bandas da Luz desde os tempos de Ricardo Gomes e Mozer. Petit, Manuel Fernandes e Beto, irão ter trabalho acrescido na luta do meio campo, e serão obrigados, certamente, a jogar muito mais encostados à defesa que o normal. Para a frente, e para aproveitar as fragilidades da já frágil defesa barcelonista, Koeman deverá(ia) apostar em Simão, Geovanni e Miccoli, três jogadores muito rápidos, todos dotados de excelentes capacidades técnicas, capazes de pôr delírio o “Inferno da Luz”.
Os barcelonistas parecem muito confiantes, e também mais ansiosos pelo embate de terça-feira. Já há muito (fruto da tranquikidade no campeonato espanhol) que preparam este jogo, e todos os dias falam, fazem antevisões, sempre demonstrando respeito pelos encarnados, dando a sensação que que se querem convencer que o Benfica não é um adversário fácil, não se querendo deixar levar pela onda de euforia dos adeptos. Por vezes as euforias podem trazer dissabores.
Na Luz, aparentemente, a tranquilidade é maior, exceptuando Koeman, que parece estar em delírio por defrontar o “seu” Barcelona, desdobrando-se em entrevistas aos órgãos de comunicação espanhóis.
Em jeito de resumo, o Benfica tem que aguentar a enorme pressão das linhas avançadas espanholas, e tentar colocar em sobressalto a defesa blaugrana, não se fazendo rogado às possíveis beneces que venham a ser concedidas. Nestes jogos é preciso aproveitar as oportunidades... que não vão ser muitas.
Equipas prováveis:
SL Benfica: Moretto; Nélson, Luisão, Anderson e Léo; Petit, Manuel Fernandes e Beto; Simão, Geovanni (ou Karagounis) e Miccoli
FC Barcelona: V. Valdez; Belletti, Oleguer, Rodri e Van Bronckhorst; Motta; Iniesta e Deco; Ronaldinho, Eto’o e Larsson (ou Giuly);
A minha aposta: SLB 1 – FCB 0 (Manuel Fernandes)

Tudo na mesma

Exibição fraquinha do Sporting, mas com resultado positivo. Nani e João Alves marcaram, o que pode servir para aumentar a confiança de ambos, sobretudo do ex-bracarense que continua sem justificar a contratação. O Loureiro demonstrou porque não faz parte dos titulares, realizando tal como Douala, uma exibição confrangedora.

Faltam 6 finais. O Benfica continua atrás e o FC Porto continua à distância de 2 pontos. Para a semana o Sporting joga o jogo mais difícil até ao fim do campeonato.

sábado, março 25

SLB recebe Braga "para a Liga dos Campeões".

O SLB recebe, hoje, o Braga, num jogo de extrema importância para ambos os clubes. Em disputa está o terceiro lugar que, como se sabe, dá acesso à terceira eliminatória da Liga dos Campeões (LC).

Do lado do "encarnados", Ronald Koeman surgiu, ao longo da semana, mais motivador, recusando o facto de já ter desistido da luta pelo título - na versão do holandês, os jornalistas teimam em desvirtuar as suas palavras. Além disso, Koeman afirmou que este jogo com o Braga é mais importante do que o da próxima terça-feira, contra o Barcelona, o que vai de encontro ao que sempre defendi: a LC é um sonho ao alcance de quem lá está mas, para o SLB, muito mais importante é a disputa interna.

Contudo, parece-me que, agora, é tarde de mais para o SLB perseguir o objectivo "número um" com sucesso. Diria mesmo que só lá vai com um milagre, essa coisa rara no futebol, assim como na vida. Contra o Braga, temos de ganhar para marcar distância e ganhar tranquilidade para o resto do campeonato.

O Braga vem à Luz sem Césinha e Hugo Leal - um dia falo dele porque estou convencido que, se não tivesse saído do SLB, era hoje o nosso número 10. Vamos ver qual a verdadeira dimensão deste Braga e se, fora do campo, Jesualdo Ferreira assume a sua equipa como candidata a mais qualquer coisa que não a um lugar na Taça UEFA.

Ainda no lado do SLB, Miccoli voltou a ser convocado (com boas probabilidades de jogar e voltar a lesionar-se?), assim como Mantorras que, para já, parece ter ganho o duelo com o inenarrável Marcel. Concentração, atitude, bom futebol e golos: é tudo o que se pede aos nossos jogadores. Mas não pedimos sempre?

Para rematar, resta-me referir a estrondosa receita (cerca de 2,5 milhões de Euros) que o jogo contra o Barcelona vai proporcionar aos cofres da Luz. São, de facto, valores impressionantes e que batem um novo recorde. Agora é saber gerir tanta nota...

sexta-feira, março 24

União

Os adeptos do Sporting, depois de verem a equipa ser espoliada no Dragão, parecem decididos a criar ambientes "favoráveis" nos próximos compromissos da Liga. Teremos finalmente Alvalade a funcionar como um caldeirão.

Dias Ferreira, Guilherme Lemos e Abrantes Mendes defendem um Sporting menos anjinho e mais interventivo junto dos centros de poder do futebol. Dias Ferreira afirma que "quando a seriedade se confunde um bocado com sermos anjinhos é uma situação que não pode continuar". Só não percebo o que é que pretendem fazer de diferente...

quinta-feira, março 23

Os grandes e os pequenos

No desporto, como, aliás, na vida, há vários tipos de pessoas, mas, invariavelmente, aquelas a quem a História dedica especial destaque são as que alcançaram o sucesso.

Esse legado está, contudo, condicionado pela forma como os mais elevados patamares foram atingidos. Excluindo aqueles que, à custa de um talento único e excepcional, conquistaram um posto que não depende do seu comportamento extra-desportivo – casos, por exemplo, de Maradona ou Pelé – os grandes do desporto usufruem de um estatuto concedido pela nobreza de carácter evidenciada no exercício da actividade que os notabilizou.

Ainda bem, pois é assim que deve ser. É nas decisões dramáticas, nos maus momentos, mas, sobretudo, nos bons, que se define o carácter das verdadeiras lendas.

Ninguém poderá esquecer a imagem de Eusébio, aplaudindo e cumprimentando Vítor Damas depois deste ter defendido de forma brilhante um remate seu, pois são essas atitudes que enaltecem os mais louváveis valores da prática desportiva, transformando uma actividade outrora apenas lúdica num fenómeno social relevante e… moralmente saudável.

Todos deveríamos recordar e divulgar o abraço comovido de Earvin “Magic” Johnson ao seu amigo e rival, Isaiah Thomas, que chorava compulsivamente, quando os Lakers do primeiro bateram, pela segunda vez seguida, os Pistons do segundo na final da NBA, ou os recíprocos elogios - complementados pela forma nobre e elegante que marcou os seus eternos confrontos - com que Pete Sampras e Andre Agassi sempre conduziram uma das mais fervorosas rivalidades da história do ténis.

Ora, se o espírito vencedor e a insuperável competitividade de Vítor Baía são qualidades que há muito admiro no guardião portista, os títulos por ele conquistados, embora merecedores de louvor, não o colocam no mesmo patamar de Maradona. Muitos são os factores que poderiam contribuir para que o seu legado fosse sólido e impoluto, mas creio que, para o julgamento da História, o carácter desempenha um papel fundamental.

Ontem, no Estádio do Dragão, Ricardo preparava-se para bater o quinto pontapé da marca de grande-penalidade pelo Sporting, numa altura em que os azuis e brancos venciam por 5-4. Baía, depois dos aceitáveis e compreensíveis “jogos psicológicos”, apercebendo-se de que nenhum oficial do jogo se encontrava por perto, insultou o seu rival e lançou-lhe a bola para a cara. Não se tratou, nem de perto nem de longe, de uma agressão, apenas de um gesto que teve tanto de provocador, ordinário e deselegante como de… desnecessário.

Numa noite que poderia ter lugar no vasto leque de grandes momentos do camisola 99, fica uma mancha que muito diz sobre o seu carácter – e sobre certas opções que o envolvem… ou não. Para mim, mais importante do que saber perder continua a ser saber ganhar mas, acima de tudo, a forma como se ganha.

O que Vítor Baía teima em não perceber é que não chega ser grande por fora quando se é mesquinho por dentro.

JEAN-PAUL LARES

Muito forte!

Apesar de tudo o que se passou no Estádio do Dragão, acredito que a equipa do Sporting sai reforçada deste jogo. A fantástica atitude que os jogadores tiveram deixam os sportinguistas orgulhosos e descansados em relação à sua equipa. Há matéria prima para discutir o título até ao fim, mesmo que encontremos pelo caminho arbitragens como a de ontem. O Sporting de Paulo Bento tem um espírito de grupo fortíssimo e essa é a grande arma da equipa. O jogo de ontem mostrou que não é nada fácil abater esta equipa...

quarta-feira, março 22

Parabéns aos jogadores do Sporting!

O Sporting foi impedido de atingir a final da Taça. Uma arbitragem completamente escandalosa não apaga a excelente exibição dos leões. Parabéns aos jogadores do Sporting que aguentaram tanto tempo contra 14 sem perderem a cabeça. Após o golo de Liedson, ainda acreditei na vitória mas logo o Olegário tratou da questão, expulsando vergonhosamente Caneira. Para tentar encobrir, expulso Bosingwa aos 120 minutos! Uma palhaçada!
Nem vale a pena enumerar os erros do árbitro em prejuízo do Sporting. Todos viram o que se passou...

Confirma-se...


A jogar assim, ninguém pára o FC Porto. Parabéns.

... mas ganhou o F.C.Porto

Aos 58 anos Co Adriaanse atinge a primeira final da sua carreira de treinador.

Parabéns Co, vemo-nos no Jamor.

Que ganhe o Sporting...

É sabido que muitos sportinguistas (porventura a maioria) alia a esta condição a de anti-benfiquistas. Por isso, sempre que o meu clube está na mó de baixo, aproveitam para espezinhar, apequenar, humilhar, provocar. Lá temos de os aturar nas televisões, nas rádios, nos jornais, nos 'blogues', no local de trabalho, em jantares de amigos, enfim, por todo o lado. Isso leva a que muitos benfiquistas prefiram uma vitória do FC Porto a um triunfo do Sporting, argumentando que "os outros gajos estão longe e não chateiam". Por norma, não sou capaz, mas chego a ter momentos de hesitação. Felizmente, ele existe. O meu ódio de estimação. Bastaram duas ou três imbecilidades ditas na inauguração de um núcleo de amigos do seu clube para me fazer voltar à razão. Embora para o Benfica seja indiferente o resultado de logo à noite, não tenho dúvidas: estarei a torcer pelo Sporting (ou contra o FC Porto, se preferirem). Pode ser, como pedia um amigo benfiquista, um jogo com "mortos e feridos" - leia-se lesionados (daquelas lesões musculares, chatas mas pouco graves, pois não desejamos mal a ninguém) e expulsos - e com cartões em barda (para além dos "amarelos" que o Polga e o Custódio verão), mas que ganhe o Sporting. Pode ser no prolongamento. Ou mesmo nos 'penalties'. Ou até por 5-0. É-me indiferente.
PS - No domingo, regressa a normalidade. Verei no Penafiel uma equipa cheia de potencialidades para travar a marcha vitoriosa do Sporting!

terça-feira, março 21

Um post altamente provocatório!

Foi em 1986/87 que o Sporting venceu pela última vez no Estádio do Porto, para a Taça de Portugal. Curiosamente, foi também num jogo das meias-finais. Todos nos lembramos de como era complicado jogar nas Antas naquela época. O ambiente era de terror e as jogadas dos visitantes eram invariavelmente paradas junto à linha de meio campo por uma oportuna apitadela. Causou por isso estupefacção que o Sporting sobrevivesse durante 90 minutos e chegasse ao prolongamento. Mas o mais espantoso aconteceu mesmo aos 119 minutos. Mário, médio brasileiro do Sporting, aplica forte pontapé e marca um golão, resolvendo a eliminatória. Poucos depois, o inesquecível Alder Dante apita para o final da partida. Naturalmente, instala-se a revolta nas bancadas. Em plena década de 80, uma equipa de mouros tem o descaramento de eliminar o Fêcêpê na Invicta! O tratamento acabou por ser o do costume, como vem relatado no texto que se segue, em que o herói Mário conta ao Maisfutebol como tudo se passou naquela tarde de Maio.

"O ex-médio brasileiro assistiu ao apedrejamento de vários elementos da comitiva leonina. O treinador do Sporting, o inglês Keith Burkinshaw, foi atingido e o autocarro dos leões também seguiu para Lisboa com os vidros partidos: «Tivemos de sair do estádio escoltados. Havia obras, nessa altura, junto do estádio e ficou mais complicado. Fomos acompanhados pela polícia até à saída da cidade, mas numa altura em que já estávamos sem apoio o autocarro foi apredejado por adeptos do F.C. Porto.»
Importa referir que a fúria portista tinha surgido bem antes, durante o encontro. Primeiro, Lima Pereira lesionou-se na tíbia num choque com Silvinho, que continuou em campo e, na altura do golo de Mário, surgiram as queixas de Guilherme Aguiar, dirigente do F.C. Porto, acusou um polícia de festejar com os jogadores do Sporting"


P.S. Deve referir-se que as deslocações ao terreno do Porto são agora bem menos problemáticas, principalmente após a mudança de estádio. Mas os bastidores continuam a funcionar na perfeição! Soube-se hoje que a Liga instaurou processos disciplinares a Sá Pinto, Tonel e Nélson, na sequência do encontro frente ao Nacional, disputado a 4 de Fevereiro, no Estádio de Alvalade. Esperemos então pelos castigos. Afinal de contas, aproxima-se uma deslocação a Guimarães e o "tal" Sporting-Porto.

Taça: FC Porto - Sporting



Começa amanhã o primeiro mano a mano entre Porto e Sporting. Quem ganhar amanhã dá um passo de gigante rumo à conquista da Taça de Portugal e marca uma vantagem psicológica sobre o rival para o confronto de daqui a duas semanas e meia. Uma certeza existe: o Dragão estará com lotação esgotada ou muito próximo disso. Aplaude-se a decisão de quem colocou os bilhetes a preços extremamente apelativos - 8€ para uma superior e 15€ para uma central.
Neste momento o equilíbrio teórico entre as duas equipas é evidente. Ambas atravessam uma excelente fase e o moral está certamente em alta nos seus jogadores, até pela expectativa de vitória tanto no Campeonato como na Taça. Jogam com dois sistemas de jogo distintos mas tanto o Sporting como o Porto são neste momento equipas optimizadas face aos recursos que têm. No Sporting a principal virtude assenta em não deixar o adversário jogar. Já o FC Porto aposta o seu futuro na consistência do seu trio de meio campo e no poder de ataque que os seus 4 avançados conferem.

As equipas esperadas:

FC Porto
Baía, Bosingwa, Pepe e P. Emanuel; R. Meireles, P. Assunção, Lucho, Andersson, Quaresma, Adriano e McCarthy

Sporting
Ricardo, Abel, Polga, Tonel, Caneira, Custódio, Moutinho, C. Martins, Sá Pinto, Liedson e Deivid

É um jogo de tripla. Claramente. Não existe favoritismo de nenhuma das equipas, nem mesmo pelo facto do FCP jogar em casa. Este FCP ainda não ganhou um único jogo contra os grandes rivais e o Sporting já deu boa conta de si este ano no Dragão e na Luz. O carácter dos jogadores vai ser decisivo.

segunda-feira, março 20

300 minutos depois...

É verdade! Contando com períodos de compensação, o Benfica esteve perto de 300 minutos sem marcar um golo. E isso aconteceu por não ter atacado, ter sido incapaz de chegar à área do adversário ou ter adoptado estratégias demasiado defensivas? Não. Nesses longos minutos (que muito depressa passaram...), o Benfica beneficiou de muitos cantos, desenhou dezenas de ataques, chutou inúmeras vezes à baliza - acertou no guarda-redes, na trave, nos defesas, rematou por cima, ao lado, com força, devagar - , enfim, fez tudo o que normalmente é necessário para ganhar os jogos sem problemas. E, nesse intervalo, o que fizeram os adversários? A Naval quase não passou do meio-campo; o V. Guimarães pouco chegou à área do Benfica e marcou um golo com a ajuda da mão; o Rio Ave defendeu, voltou a defender e não obrigou o Moretto a fazer, que me lembre, uma única defesa. E o que lhes aconteceu? Os da Figueira da Foz, depois de o árbitro ignorar um 'penalty' imenso sobre o Léo, empataram. Os vimaranenses prosseguiram na Taça. Os de Vila do Conde contaram com o auxílio do guarda-redes do Benfica para ter um canto e enfiaram a bola na baliza. Só não ganharam porque o árbitro não considerou golo. E, depois, tiveram o que mereciam: perderam o jogo com o golo de Mantorras. Finalmente! Ao fim de 300 minutos. Quando muitos de nós, benfiquistas, já desesperávamos, não querendo acreditar no prolongamento do pesadelo que começou uma semana antes.
O Benfica, neste momento, é a antítese do Sporting. Os adversários sabem que o podem deixar atacar, chutar à baliza, ganhar cantos, que a bola, em princípio não entra. Já o Sporting só tem de preocupar-se em defender. Paulo Bento certamente dirá aos jogadores: "Defendam bem. Não sofram golos, que de certeza marcamos um". E assim é. Seja com a mão do Costinha, o calcanhar do Tonel ou o pé do Caneira de fora da área. É que nem sequer é o Liedson a marcar! Quando será que isto acaba? Confesso que já estou à espera há demasiado tempo!
P.S. - Estão desejosos que fale do caso do Rio Ave-Benfica, não é? Não sei se lhes faça a vontade. Está bem, concedo-lhes esta: quem viu pela TV não pode afirmar peremptoriamente que a bola não saiu, mas é essa a ideia que fica...